Dream Catcher: Quando os sonhos se tornam reais escrita por Ms Joseane


Capítulo 24
Momento de descontração


Notas iniciais do capítulo

Hey! Desculpa pelo horário, mas a volta as aulas me deixou um pouco tonta em função de horário. Sem mais delongas, boa leitura.



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Fiquei alguns minutos parada após a saída de Faith, em choque com suas palavras. Suspirei, não havia o que eu pudesse fazer nesse momento. Me concentrei em achar uma roupa, afinal a loirinha não havia me dito onde iríamos. Abri meu armário e encarei pensativa as minhas roupas. O que vestir?

Após pensar no que seria mais versátil para onde quer que eu fosse, acabei optando por um vestido de tecido leve branco, com listras vermelhas e uma sandália de saltos altos vermelha que Cindy havia me dado no meu último aniversário. Passei uma maquiagem básica com um batom vermelho e me olhei no espelho antes de sair do quarto. Estava bom.

Fui até a sala e estranhei o fato de Ryan ainda não ter chegado, achei que ele já estaria aqui. Algo deveria ter acontecido. Bufei. Eu não podia ter um momento de paz mesmo.

Pensei no que eu poderia fazer para ocupar meu tempo: olhei para o sofá – não. Olhei para a cozinha – talvez mais tarde. Olhei para o meu cavalete de pintura – era isso! Fazia um tempo que eu não desenhava algo que não fosse somente para a faculdade.

Peguei uma tela em branco e tentei encontrar alguma inspiração. Nada me vinha à cabeça. Lembrei-me da primeira característica que observei em Ryan na primeira vez em que o vi: seus olhos. Pintei somente essa característica em uma parte do quadro e acabei por desenhar os olhos de todos os anjos que eu conhecia de forma que cada um ficasse dividido por uma suave linha preta que os separava.

Terminei a obra e me afastei para admirá-la. Sorri orgulhosa do meu trabalho. Ryan, Faith e Miguel ficaram com uma aparência quase sobrenatural, como se estivessem me olhando a todo momento. Me aproximei novamente da tela e assinei-a. Estava pronta. Ouvi um barulho nas minhas costas e virei-me rapidamente: Faith havia chegado. A loirinha ficou olhando para a minha pintura sem falar nada por um momento, até que se aproximou e quase tocou na tela:

— Essa sou eu? – perguntou admirada.

— Sim – sorri – gostou?

— Eu nunca tinha reparado que meus olhos eram tão brilhantes – riu – você fez um trabalho lindo.

Assim que Faith terminou de falar ela se virou sorrindo e pude observar sua roupa: um vestido branco de alcinhas bem delicado com uma sandália dourada. Eu tinha acertado na roupa.

— Bem, chega de enrolação. É melhor irmos – apressou-me.

— Para que essa pressa toda? – perguntei curiosa.

— Porque o lugar para onde vamos lota bastante – disse simplesmente.

Faith saiu em disparada pela porta e me apressei para segui-la. Vendo que eu estava demorando muito para caminhar devido aos saltos a loirinha bufou e pegou minha mão. Senti o chão sumir dos meus pés por um momento e logo me vi na porta de um dos bares mais famosos e também mais caros de Princeton: o Triumph Brewing Company. Eu nunca havia entrado nesse lugar.

— Como você conhece esse lugar? – perguntei surpresa.

— Eu sou um anjo da guarda, eu aprendi uma coisa ou outra sobre como achar lugares assim – se aproximou e sussurrou – é só seguir a multidão.

Rimos juntas por um momento por sua frase completamente maluca e resolvemos entrar no lugar. Assim que adentramos o bar me surpreendi: tudo ali era projetado para parecer um pouco rústico. Paredes feitas de tijolos a vista com diversos quadros retrô. Um bar muito extenso e repleto dos mais diferentes tipos de bebida, incluindo barris de cerveja artesanal, me fizeram entender porque aquele bar era tão famoso. Era lindo.

— Você prefere sentar no bar ou escolher uma mesa? – perguntou Faith ao meu lado.

— Bar – disse, encantada com o lugar.

Nos dirigimos até o lugar e assim que sentamos Faith já chamou o barman e pediu duas cervejas artesanais.

— Você bebe? – me espantei.

— Teoricamente o corpo não é meu, então – deu de ombros.

Resolvi ignorar o que Faith tinha dito e me concentrei na bebida que já estava na minha frente. Provei e soltei um gemido de aprovação.

— Está tão bom assim? – riu.

Fiquei vermelha na hora e não lhe respondi. Continuei tomando a minha cerveja, evitando fazer algum barulho, até que a loirinha começou a falar:

— Se você emite esse som ao beber uma cerveja nem imagino os sons que você faz quando está com Ryan – riu maliciosa.

— Faith! – repreendi-a.

— Certo, mas vamos falar sério: hoje eu resolvi investigar mais a fundo sobre o que você é – parou de falar.

— E? – estimulei-a.

— Não existem muitos registros sobre alguém capaz de fazer o que você faz. O mais próximo que encontrei foi uma passagem que falava sobre profetas.

— Então eu sou uma profeta? Como os profetas da bíblia? – espantei-me.

— Não! Isso foi o mais próximo, porém não é o que você é. A única outra informação é muito recente e não tem praticamente referências.

— E de quando é?

— Vinte anos atrás, é de quando a guerra se iniciou.

— E também quando nasci – ri sem graça – o que dizia?

— Dizia que – limpou a garganta – “a natureza sempre encontra um jeito de reestabelecer o equilíbrio, nem que para isso tenha que criar algo completamente novo. É isso que esse novo espírito vai se tornar: algo desconhecido, capaz de acabar até mesmo com a mais cruel das guerras”.

Fiquei de boca aberta, sem palavras.

— Como você decorou tudo isso? – foi a primeira pergunta que fiz.

Faith deu de ombros e não me respondeu.

— Você acha que essa informação fala sobre mim?

— É a única resposta a que pude chegar – bufou – depois disso não se fala mais nesse “espírito”.

— E o que isso significa? – perguntei preocupada.

— Significa que não há nada mais que possamos fazer por enquanto. Na hora certa você saberá o que fazer – me olhou profundamente – agora beba.

Faith pediu mais cerveja para nós e eu bebi rapidamente, logo pedindo por mais. Minha cabeça não parava de rodar pensando no que isso poderia fazer na minha vida.

— Eu ainda vou poder ficar com o Ryan? – perguntei de repente.

— Sim – riu – provavelmente vão até mesmo poder ter mini - anjinhos.

A loirinha gargalhou por alguns minutos, chegando até a lacrimejar. Encarei-a seriamente.

—  Você sabe muito bem que mesmo que eu quisesse eu não poderia fazer isso. Eles seriam Nefilins e você sabe o que aconteceria com eles.

— Eu sei, eu sei, foi só brincadeira – deu de ombros como se não fosse nada – eu ainda sou fã de Ryphie.

Ignorei-a e voltei a beber, resolvendo não perguntar o que aquilo significava. Poucos minutos depois que bebi a minha sexta cerveja (ou seria sétima? Décima? Perdi as contas) começaram a tocar músicas muito boas e logo o segundo andar se transformou em uma pista de dança. Puxei Faith pela mão e subimos – cambaleando – até lá, dançando loucamente junto a pessoas que eu mal reconhecia.

Depois de um tempo não conseguia mais ficar de pé e acabei tropeçando, com a visão turva. Reconheci a loirinha me segurando e falando algo que não entendi e desmaiei.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam das revelações sobre o que a nossa querida protagonista realmente é? Pra vocês saberem: o bar mencionado na história realmente existe (http://www.triumphbrewing.com/princeton/) e o nome Ryphie foi dado pela leitora
ACarolRM para o shipp dos fofos Ryan e Sophie, mas falarei mais disso em breve. Espero por vocês nos comentários. Bjs.



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