Dream Catcher: Quando os sonhos se tornam reais escrita por Ms Joseane


Capítulo 22
Problema solucionado


Notas iniciais do capítulo

Hey *se esconde* sei que já passou da meia-noite, mas acabei ficando com preguiça de ligar o note para postar hehe. Mas eu não podia deixar vocês sem algo pra ler, né? Então aqui está! Boa leitura.



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Pensei que finalmente teria um tempo para ficar sozinha e colocar a cabeça no lugar, mas não foi isso que aconteceu: poucos minutos após a saída de Faith Ryan entrou em meu quarto, com culpa no olhar.

— Primeiramente me desculpe por ter chamado todos aqueles anjos para entrar na sua casa sem sua permissão. Eu estava preocupado e não pensei no que você pensaria disso.

Acenei positivamente com a cabeça já que o que menos me incomodou em toda essa situação foi isso.

— Também queria lhe dizer que, infelizmente, o livro que Miguel achou não dizia nada sobre você e sim sobre Belial. Era uma espécie de diário em que anjos relatam onde encontraram demônios e o que eles faziam. Desse modo ele descobriu que estava enganado e Belial está no outro canto do mundo, ocupado com outras maldades.

É impossível descrever o que eu sentia nesse momento: um misto de felicidade por saber que isto era menos um problema a ser enfrentado e tristeza por continuarmos nesse impasse. Acabei deixando isso transparecer no meu rosto.

— Não fique triste – disse, se sentando em minha cama e pegando minha mão – com essa notícia Miguel não vai se preocupar tanto com a guerra e eu posso convencê-lo a me deixar ficar com você.

Certa de que isso não adiantaria de nada, virei meu rosto na direção contrária de seus olhos.

— Ei, eu quero muito ficar com você, Sophie – murmurou, puxando meu rosto em sua direção – eu não vou desistir disso.

Incapaz de me controlar ao ouvir suas palavras, me joguei em sua direção colando seus lábios nos meus e o beijando com todo o sentimento que sentia naquele momento. Minhas mãos rapidamente rumaram para o seu cabelo e as suas para a minha cintura, me deitando lentamente na cama.

Assustado com o que estávamos fazendo, Ryan se afastou e me olhou com um olhar que misturava censura, desculpas e uma felicidade indisfarçada. Me disse que precisava ir e saiu do meu quarto o mais rápido que pôde.

Fiquei sem entender o que tinha acontecido. Coloquei a mão em meus lábios e suspirei. O que eu ia fazer da minha vida?

Incapaz de chegar a alguma conclusão, decidi fazer algo que nunca havia feito: testar a minha força. Há um tempo atrás Cindy tinha entrado em uma onda fitness e me fez participar com ela, tendo até mesmo que comprar um saco de pancadas que eu nunca tinha usado.

Instalei o equipamento e me preparei psicologicamente para dar o primeiro soco. Imaginei o rosto presunçoso de Philip na minha frente e dei um soco extremamente forte no equipamento, fazendo com que o mesmo caísse do suporte. Com o barulho alto que a queda proporcionou Faith entrou correndo no quarto, preocupada com o que havia ouvido.

— Está tudo bem, eu só derrubei um saco de pancadas. Nada demais – expliquei envergonhada.

— Só? Você fez um barulho muito alto! – exclamou – e como você fez isso?

— Eu queria ver se era capaz de derrubar um saco de pancadas somente pensando nos Caídos.

— Isso é impressionante! – surpreendeu-se – eu preciso avisar os outros anjos desse fato.

Mal terminou de falar e já se encaminhava para a porta, até que pareceu lembrar de algo e parou:

— Você está bem, não é? Não está machucada ou algo do tipo? – perguntou.

Neguei e a loirinha rapidamente saiu do quarto. Recolhi o saco de pancadas que encontrava-se no chão com um sorriso de vitória no rosto por ter sido capaz de causar tamanho estrago com um único golpe.

Como não havia dormido em casa naquela noite, resolvi tomar um banho. Fiquei um bom tempo no chuveiro tentando relaxar e saí me sentindo mais leve. Separei roupas bem confortáveis (camiseta larga, short jeans curto e all star) e resolvi ir até a universidade para pegar alguns quadros que havia deixado lá. Peguei meus fones de ouvido e fui caminhando animada até o prédio.

Me surpreendi ao ver vários alunos em pleno fim de semana na faculdade, mas me lembrei que já estávamos no fim do semestre. Como eu não percebi o tempo passar? Tenho que ver com Cindy se não tenho outros trabalhos para entregar. Sacudi a cabeça, espantando esses pensamentos, e fui em direção ao ateliê, onde cada aluno tinha seu espaço para pôr suas obras.

Ainda de fones de ouvido, fui até meus quadros e comecei a selecionar os que levaria para casa e os que ficariam ali para a exposição de fim de ano (os alunos podiam escolher até 5 obras para competir por um espaço na exposição e eu sempre conseguia pelo menos um espaço para mim), até que senti uma mão tocar meu ombro.

Larguei o quadro que segurava rapidamente e me virei na direção da pessoa que me tocou já de punhos em riste. Me surpreendi ao ver Miguel em posição de rendição olhando assustado para mim. Suspirei e tirei meus fones.

— O que houve? – perguntei, deixando a minha irritação com ele transparente na minha voz.

— Calminha aí, Sophie. Eu a vi pelos corredores e pensei em passar por aqui e lhe dar um “oi” – explicou.

— Miguel – bufei – eu sei o que você é, pode parar com o teatro.

O anjo dessa vez ficou muito surpreso e perguntou mais do que depressa:

— Como você ficou sabendo? Ryan lhe contou? – continuou mais baixo – eu vou matar aquele anjo desgraçado.

— Não! – gritei – Ryan não me disse nada e nem precisava ter dito. Eu não sou idiota, sabia? Já li diversos livros sobre seres sobrenaturais e depois de conhecer meu “namorado” li mais ainda – disse óbvia.

— Mas como você relacionou os fatos? – perguntou intrigado.

— Eu me lembrei da primeira vez que Ryan me explicou o que era. Na época ele mencionou você e, fazendo algumas pesquisas, cheguei à verdade – disse orgulhosa.

— Da última vez que nos vimos você não sabia disso – constatou – por que você começou a pesquisar esse assunto do nada?

Não queria ter que admitir, mas não teria escolha:

— Eu vi você e Ryan conversando e a palavra “arcanjo” ser mencionada. Só tive que somar dois mais dois.

O anjo ficou parado por alguns instantes, processando a informação.

— Bom, esses não eram os planos, mas agora tudo pode ficar mais às claras – disse sério – Faith relatou um fato muito intrigante agora há pouco no Céu, sabia disso?

— Sim, eu sabia. Eu já tinha manifestado essa força antes, mas nunca a tinha testado realmente – admiti.

— Isso nos leva a pergunta: o que você é? – questionou.

— Eu não sei, mas Faith acredita que eu não sou humana.

— Bem, eu penso o mesmo. Infelizmente ainda não achei informações o suficiente que corroborassem isso – disse, me fazendo achar graça do seu vocabulário mais rebuscado.

— Eu tenho uma pergunta para você também: Ryan vai continuar “vivendo” na minha casa? – perguntei esperançosa.

— A princípio sim – começou – porém tenho medo de que o anjo tenha desenvolvido sentimentos por você.

— Isso é um problema? – questionei intrigada.

— Teoricamente sim, entretanto essa é uma situação sem precedentes – explicou – e eu não teria bases para negar a aproximação de vocês.

— Eu vou poder me relacionar com o anjo? – perguntei, omitindo o fato que já havíamos nos relacionado anteriormente.

— Até segunda ordem sim – cedeu – até mesmo porque eu tenho tarefas mais importantes.

— Não foi descartado que Belial não está por trás das ações de Philip? – deixei escapar a pergunta.

— Como você sabe disso? – grunhiu.

— Eu tive um sonho (ou visão se preferir) de você achando um livro sobre isso – esclareci.

— Eu esqueci desse detalhe – admitiu – de qualquer maneira essa não é minha única tarefa. Acho melhor eu ir embora.

— Tchauzinho – disse cínica.

O anjo somente me ignorou, deu meia volta e sumiu. Balancei a cabeça e voltei a separar os quadros. Quando terminei, olhei os quadros que havia selecionado e me ocorreu que não havia pensado em como os levaria (eram muitos para que eu considerasse voltar andando). Tive uma ideia e sorri triunfante.

— Alô? Faith? – falei assim que a pessoa atendeu.

— Oi Sophie! O que houve? – disse já preocupada.

— Nada demais, só quero lhe pedir um favor: pode pedir para o Ryan me buscar na faculdade? Estou com sobrepeso – ri sem graça.

— Ele está a caminho – anunciou e no segundo seguinte eu senti a presença do anjo ao meu lado.

— Ele já está aqui – disse – obrigada e tchau, Faith.

Desliguei o telefone e encarei o anjo que me olhava confuso.

— Olá – disse tímida.

— Oi. Me surpreendi com sua chamada, você sabe que Miguel…- interrompi-o.

— Não se preocupe com Miguel, eu falei com ele e está tudo bem – sorri abertamente.

— Você quer dizer…? – não completou a frase.

— Sim! Sim! Sim! – pulei em seu colo rindo muito que finalmente tudo tinha dado certo.

O anjo me encarou com um sorriso maravilhoso antes de me dar um beijo que só poderia ser descrito como apaixonado.


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Notas finais do capítulo

Oin, esses dois são mesmo muito fofos, não são? Sou muito apaixonada por eles (e tenho ciúmes admito - só porque o Ryan é fictício não significa que eu não possa amá-lo). Quero opiniões, tô sentindo falta de alguns de vocês que sempre costumavam conversar. E leitores fantasmas, sejam como as duas fofas que eram fantasminhas e se pronunciaram, eu juro que não mordo. Espero por todos vocês. Bjs.



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