Dream Catcher: Quando os sonhos se tornam reais escrita por Ms Joseane


Capítulo 21
A única saída


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Sei que me atrasei para postar o capítulo dessa semana, mas com essa função de carnaval acabei não me tocando que já era segunda-feira hehe. Espero que gostem e comentem, estou sentindo falta de vocês falando comigo. Boa leitura.



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Acordei em uma confusão de braços e pernas por todo o lado e parei por um minuto, sem saber o que tinha acontecido. Subitamente me lembrei da noite que eu e as garotas fizemos e senti uma forte dor-de-cabeça. Levantei calmamente para não acordar as garotas e fui ver as horas no meu celular.

Assim que peguei o celular vi que tinha umas 30 ligações perdidas, todas de Ryan e Faith. Suspirei e decidi que era hora de voltar ao mundo real. Fiz minha higiene matinal, arrumei minhas roupas e sapato e escrevi um bilhete para as meninas. Saí da casa de Cindy já sentindo um peso nos ombros ao pensar no que teria que enfrentar.

Fui para casa andando de forma muito lenta devido às dores que sentia pelo corpo todo. Assim que pisei na minha casa me surpreendi pela quantidade de pessoas na minha sala: devia ter mais de 10. De boca aberta, procurei entre as pessoas (que abriam caminho para a minha passagem) por Ryan, certa de que ele era o responsável por aquilo.

Assim que o anjo me viu veio correndo na minha direção, me abraçando e me rodando no ar. Fiquei surpresa pela reação, mas decidi não comentar. Quando ele me soltou começou a fazer um monte de perguntas de uma só vez e fiquei tonta, colocando as minhas mãos nos ouvidos. Percebi uma movimentação ao meu redor e logo Faith apareceu na minha frente, tocando na minha testa para fazer as dores passarem.

— Ryan, você tem que prestar mais atenção nas pessoas – xingou a loirinha – Sophie estava de ressaca.

— Como você sabia disso? – me intrometi.

— Eu sou um anjo da guarda, é meu dever saber – deu de ombros a loirinha, como se não fosse nada.

— Ressaca? Você... bebeu? – perguntou Ryan, incerto.

— Eu saí com as minhas amigas. O que você tem a ver com isso? – perguntei irritada.

— Eu fiquei preocupado com você, onde você estava? Não consegui localizá-la e nenhum dos anjos que chamei conseguiu também.

— Eu estava na casa da Cindy e agora eu quero ir para o meu quarto descansar – disse, indo em direção ao cômodo – e, antes que eu me esqueça, quando eu voltar aqui não quero ninguém que eu não conheça na minha casa.

Marchei em direção ao meu quarto e bufei, inconformada com a situação, antes de me deitar e tentar pôr os meus pensamentos no lugar: Ryan terminou comigo por causa do Miguel; meu admirador secreto é o Philip; Miguel é o novo namorado de Cindy; um demônio chamado Belial pode se intrometer na guerra. Acho que isso era tudo. Seria difícil resolver essa situação toda.

Poucos minutos depois que eu me deitei Faith apareceu na porta do meu quarto, anunciando que os anjos já haviam ido embora. Agradeci e a loirinha entrou sem ser convidada.

— Nós realmente precisamos conversar – anunciou.

— O que houve Faith? – perguntei.

— Eu sei que Ryan terminou com você por causa de toda a situação com Miguel, mas sumir sem avisar ninguém com Philip à solta por aí não é a solução – repreendeu-me.

— Eu precisava de um pouco de normalidade na minha vida para variar – disse, mal-humorada.

— Eu entendo que você estava chateada com Ryan, mas poderia ao menos ter ME avisado – disse séria.

— Não queria nada relacionado a anjos na minha vida ontem, desculpe.

— Isso não pode acontecer Sophie – parou para pensar – como a casa de Cindy não pôde ser localizada?

— Miguel pode ter feito algo para que isso acontecesse. Não esqueça que ele está namorando a Cindy – salientei.

— Não tinha pensado nessa hipótese – admitiu.

Ficamos em silêncio por um momento, até que a garota bufou e veio sentar na minha cama, decidida a falar comigo.

— Eu sei que você ficou chateada porque Ryan terminou com você, mas você tem que entender que ele não teve escolha – evitei seus olhos – você lembra da nossa conversa sobre ele poder ser expulso do céu se descobrissem o relacionamento de vocês.

Fiquei surpresa com a menção de Faith, pois não lembrava disso até o momento. Mesmo a contragosto tinha que admitir que Ryan estava certo ao terminar comigo.

— E o que nós podemos fazer a respeito disso? – perguntei determinada a lutar para que essa situação mudasse.

— Nesse momento? Nada a não ser esperar que tenhamos um trunfo bom o suficiente para que Miguel permita o relacionamento de vocês.

— Mas e o fato de ele estar namorando Cindy não ajuda? – perguntei esperançosa.

— Não, porque o relacionamento dele não envolve sentimentos, é puramente estratégico – explicou-me.

— E não poderíamos usar esse argumento para mim e Ryan também? – questionei.

— Qualquer um que observar vocês dois juntos por mais de um minuto consegue ver que o que vocês têm é real – disse me olhando incrédula.

Fiquei envergonhada com o comentário e tentei pensar em outra opção, mas nada me vinha à cabeça.

— Nossa única opção restante é descobrir qual será o seu papel na guerra, para termos um argumento sólido do porquê vocês podem ficar juntos – esclareceu. – se você não for uma humana normal, o que desconfiamos que não seja, Miguel não poderá contestar o relacionamento de vocês.

— Como assim eu não sou uma humana normal? – disparei a pergunta.

— Uma humana normal não poderia simplesmente impedir um Caído ou um anjo de atacá-la como você fez – disse calmamente – isso sem falar nos sonhos que você têm.

— Certo, faz sentido. Mas o que eu sou? Eu sempre fui normal, sem nada de especial – falei.

— Nós ainda não sabemos, mas Miguel está envolvido nessa pesquisa também e ele tem acesso a mais fontes do que nós.

Como se o que Faith falou disparasse algum tipo de ignição na minha mente, rapidamente tive uma visão.

“Miguel andava por um lugar deserto que parecia com uma espécie de biblioteca, mas toda branca e com livros extremamente antigos. Parecia que ele se encontrava em algum lugar no Céu, mas não dava para ter certeza. Decidido, o anjo rumou para uma prateleira afastada das demais e puxou um livro da estante, com uma expressão de satisfação. Ele tinha achado o que procurava”.

Voltei a mim mesma com Faith me sacudindo levemente, tentando me acordar.

— Miguel achou um livro importante – falei rapidamente.

— Do que você está falando? – perguntou confusa.

— Eu tive uma visão de Miguel em uma espécie de biblioteca. Ele achou um livro que parecia ser o procurava – expliquei.

A loirinha ficou em silêncio por um momento, processando a informação. De repente disparou porta afora, dizendo que precisava ir embora. Deitei-me novamente, não querendo entender o que a garota havia dito.


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Notas finais do capítulo

Faith finalmente admitiu o que todos já sabiam (menos a Sophie): nossa amada protagonista não é uma humana normal. O que acharam disso? Será melhor ou pior para o relacionamento dela com o Ryan? E o que será que o Miguel achou? Dissertem. Beijinhos e espero por vocês.



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