Dream Catcher: Quando os sonhos se tornam reais escrita por Ms Joseane


Capítulo 14
Presença inesperada


Notas iniciais do capítulo

Hey! Último capítulo de 2015, mal posso acreditar que esse ano finalmente acabou. Parece que foram dois anos em um, ufa! Mas enfim, estou aqui para trazer mais um capítulo cheio de novidades para vocês. Espero que gostem. Boa leitura.



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Pela primeira vez em muito tempo acordei antes do meu despertador tocar. Aproveitei que Ryan ainda estava dormindo na sala para poder me arrumar com calma. Tomei um banho demorado, separei minha roupa (uma blusa florida de alcinhas, um short branco e uma sapatilha combinando) e me arrumei calmamente em frente ao espelho. Quando terminei de me arrumar resolvi pregar uma peça e acordar Ryan. Andei silenciosamente até o sofá e me aproximei do seu rosto, prestes a dar um grito em seu ouvido até que o anjo simplesmente abriu os olhos e me puxou por cima dele, logo me virando e me deixando presa entre ele e o sofá. Comecei a me debater.

– Bom dia, flor do dia – o moreno irritante falou cínico.

– Saia de cima de mim, Ryan! – protestei.

– Não estou com vontade não – disse e começou a me fazer cócegas.

Comecei a rir e me debater cada vez mais até que um barulho na porta nos fez olhar assustados para quem tinha acabado de entrar.

– Interrompo algo? – riu Anne ao nos ver naquela situação vergonhosa.

Eu estava completamente vermelha e descabelada, completamente imprensada por Ryan que também estava vermelho por ficar rindo de mim.

– Não era nada – falou o anjo saindo de cima de mim – a sua amiga tentou me acordar e eu resolvi surpreendê-la fazendo cócegas.

– Sei, enfim, Sophie eu queria saber se posso tomar café-da-manhã com você. Eu esqueci de fazer compras essa semana.

– Claro, claro – empurrei Ryan de cima de mim e ele finalmente saiu – eu ainda não arrumei nada para o café. Alguma preferência? – perguntei enquanto caminhava em direção à cozinha.

Comecei a pegar os ingredientes para fazer uma omelete quando ouvi:

– Omelete? Por que não deixa que eu faço bacon e ovos enquanto você se arruma – disse Ryan.

Me virei, surpresa por suas palavras e vi o anjo se controlando para não rir. Eu estou tão desarrumada assim? Acho que o moreno percebeu o que eu pensava, pois no instante seguinte passou as mãos pelo meu cabelo, abaixando-o.

– Vocês são tão fofos juntos – disse Anne com voz de criança.

Ryan e eu nos afastamos rapidamente e eu fiquei vermelha novamente.

– Eu vou no meu quarto me arrumar. Ryan vai fazer o café – disse e saí rapidamente da cozinha.

Ouvi passos atrás de mim, mas não parei de andar até chegar ao meu quarto.

– Desculpa ter entrado sem avisar, mas eu bati na porta e ninguém atendeu – explicou Anne.

– Não tem problema, assim pelo menos Ryan parou de me fazer cócegas – bufei, arrumando meu cabelo, que estava todo desgrenhado. Eu vou matar o Ryan.

– Pare com isso, queria eu estar no seu lugar! – reclamou.

– Pode pegar para você – falei sem pensar – quer dizer... ai, esquece.

– Você reclama, mas está na cara que você está apaixonada minha amiga, só não vê quem não quer – virei-me indignada.

– Vamos parar de conversar e comer logo ou iremos nos atrasar para a faculdade – falei, já caminhando.

Andei rapidamente até a cozinha, com medo de Ryan ter feito algo errado, afinal ontem mesmo ele mal sabia o que era café da manhã. Ao chegar, entretanto, me surpreendi ao ver três pratos servidos perfeitamente em cima da mesa, com talheres e copos milimetricamente posicionados.

– Como? – falei baixinho.

– Ah, você já voltou. Bem, eu aprendo rápido – piscou o olho. Olhou para a porta e se aproximou de mim rapidamente, me beijando de surpresa.

Experimentei novamente aquela descarga elétrica, mas dessa vez não me afastei. Ouvi um pigarro e saí dos braços de Ryan rapidamente.

– Desculpa interromper, mas já está quase na hora de nós sairmos – disse, envergonhada. Eu é que devia estar envergonhada!

Sentei-me para comer e comemos em silêncio por um tempo, até que Ryan (que já havia terminado de comer) disse que tinha que pegar o seu material para a faculdade. Respirei aliviada.

– E você me dizendo que não estava apaixonada – riu Anne.

– Por favor, não vamos falar disso – pedi.

Terminamos de comer e logo Anne foi para sua casa pegar seu material para a faculdade. Fui para o meu quarto e, ao entrar, vi uma cena que me surpreendeu: Ryan estava deitado na minha cama, brincando com o urso de pelúcia que Cindy me deu para representar a nossa amizade (ela tinha um igual). Fiquei parada na porta até que ouvi sua voz:

– Se você ficar aí parada vai se atrasar para a faculdade.

Acordei do transe em que me encontrava e peguei meu material.

– Você vem? – perguntei.

– Estou indo – disse, se levantando rapidamente.

Caminhamos em silêncio por uma grande parte do caminho, até que resolvi perguntar:

– Por que você fez aquilo?

O anjo ficou em silêncio por um momento, até que resolveu falar:

– Eu não sei.

Surpresa, olhei para ele, mas ele não me olhava. Depois desse momento constrangedor, continuamos andando em um silêncio desconfortável. Chegando na faculdade encontrei Cindy e Faith conversando.

– Olá casal! – exclamou Cindy.

– Ryan, eu estava esperando você chegar. Preciso falar com você – disse Faith com uma expressão séria.

– Quando os irmãos conversam, as amigas se retiram – disse Cindy, me puxando pelo braço em direção à sala de aula.

– Por que você está tão quieta? – perguntou Cindy depois de um tempo.

– Cansaço – menti.

– Sei... depois você VAI me contar, mocinha – disse, incisiva.

Ignorei-a e prestei atenção na aula, que hoje era prática. Precisava mesmo de uma distração. O tema da pintura deveria ser seres sobrenaturais (o professor Rodriguez sempre vem com temas muito diferentes). Sem nem mesmo pensar, comecei a pintar anjos. Desta vez, entretanto, resolvi me focar em suas costas, detalhando suas asas magníficas. Fiquei tão imersa no que fazia que mal percebi a aula acabar.

– Professor, eu tenho o próximo tempo livre, posso ficar e terminar meu quadro? – perguntei esperançosa.

– Eu não deveria, mas a senhorita sempre foi uma pessoa responsável, então vou deixá-la com a chave. Quando terminar, entregue-me na sala dos professores – disse o sr. Rodriguez.

Agradeci e continuei minha pintura, perdendo a noção do tempo. Me assustei ao ouvir uma voz ao meu ouvido:

– A sua pintura está linda.

Virei-me assustada e vi Philip me encarando. O medo me fez ficar paralisada. Com um sorriso de escárnio, o Caído levou sua mão lentamente até o meu quadro, como se estivesse a ponto de estragar uma de minhas obras-primas.

É impossível definir o que se passou em minha mente naquele instante, mas quando percebi eu já puxava sua mão com uma força que só poderia ser fruto da adrenalina em meu corpo.

Minha ação pegou-o de surpresa e, antes que Philip pudesse reagir, a porta foi aberta por Faith e Cindy. O Caído saiu rapidamente, antes mesmo que as garotas o vissem. Suspirei aliviada, mal percebi que prendia minha respiração até aquele momento.

Apesar de sua expressão descontraída, eu podia sentir o corpo de Faith tenso. Ela pressentiu o que aconteceu, essa é a única explicação. Antes mesmo que eu pudesse falar, Cindy se manifestou:

– O que você está fazendo aqui? Faith estava lhe procurando e lembrei que você ficou depois da aula, só não sabia que ainda estava aqui!

Tentei recompor a minha expressão o mais rápido possível, apontando para o meu quadro:

– Eu tinha que terminá-lo – sorri, orgulhosa do meu trabalho.

– Eu preciso falar com você, Sophie – disse Faith com uma voz séria.

– Bom, vou indo, vejo você na aula Sophie! – Cindy estava estranhamente animada.

Após a saída da garota, eu e Faith nos encaramos em silêncio. Resolvi me pronunciar:

– Eu estou bem, não se preocupe – disse e me virei para organizar meu material.

– Quem estava aqui com você? Eu não consegui localizá-la – falou, brava.

– Isso de vocês saberem onde estou a cada segundo está me irritando! – exclamei, mas ao ver sua expressão completei, suspirando – Philip estava aqui.

Faith me olhou com uma expressão que misturava assombro, incredulidade e raiva. Ela me puxou pelo braço:

– Nós precisamos falar com o Ryan agora.

Mal tive tempo de trancar a sala e já corríamos pelos corredores da faculdade.


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Notas finais do capítulo

Capítulo chocante, não? Espero que tenham gostado da participação do bad boy que todos amam odiar. Sei que deixei todos curiosos com o fim do capítulo, mas prometo que vou explicar melhor depois. Alguma teoria sobre a súbita força de Sophie? Até mais, meus lindos. Bjs.



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