Dream Catcher: Quando os sonhos se tornam reais escrita por Ms Joseane


Capítulo 13
Passeio (nem tão) inofensivo


Notas iniciais do capítulo

Hey! Ouvi conjecturas a respeito do Miguel e da aparência dele, então não vou enrolar mais e vou deixar vocês verem o rosto do nosso mais novo personagem! Espero que gostem! PS: olhem a capa e me digam se gostaram mais dela ou da anterior, please.



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Acordei sozinha no sofá e demorei a perceber porque estava ali. Me lembrei de Ryan e eu vendo filmes... onde estava o anjo? Levantei de um salto e procurei-o por toda a casa, não o encontrando em lugar nenhum. Liguei para Faith e ela não me respondeu. Estranho. Fui até o meu quarto e resolvi colocar uma roupa confortável: meu bom e velho all-star, shorts desfiado e uma camiseta do Guns N’ Roses.

Pensei em ligar para Cindy, mas a garota tinha ido visitar seus pais (tinha ficado sem dinheiro de tantas festas, não sei como ela consegue). Resolvi ver se Anne estava em casa, pois eu queria sair um pouco. Bati em sua porta e ninguém atendeu, ela deveria estar de plantão no hospital. Me senti sozinha.

Não me deixando abalar, saí, decidindo passar o dia na praça da cidade. Pus meus fones de ouvido e andei distraída por um tempo, até que esbarrei em alguém. Tirei os fones, prestes a me desculpar, quando ouvi uma voz levemente conhecida me chamando:

– Oi! Sophie, não é?

Virei-me em direção à voz e me surpreendi ao ver o garoto da loja em que comprei minhas telas.

– Oi, Miguel, não é? – devolvi-lhe a pergunta e garoto de olhos de gato começou a rir do que eu disse e logo acompanhei sua risada.

– Que coincidência nos encontrarmos novamente, não conheço ninguém por aqui ainda – falou, sorrindo torto.

– Suas aulas ainda não começaram? – perguntei, puxando papo.

– Não, só vou me matricular na segunda-feira – respondeu.

Estranhei, pois não é comum deixarem alunos realizarem a matrícula no meio do semestre, mas ele deveria saber o que fazia.

Caminhamos até o parque juntos, tranquilamente, conversando sobre os mais diversos assuntos. Quando chegamos lá, o garoto me surpreendeu, perguntando:

– Movimentado, não?

– Fim de semana, numa cidade universitária as pessoas aproveitam o tempo livre o máximo que podem – expliquei – você se acostuma.

– Espero que sim – riu.

Acabamos por passar horas conversando e aproveitando o parque, até que uma loirinha enfezada apareceu me chamando:

– Soph, onde você estava? Eu passei horas lhe procurando – Faith gritava enquanto se aproximava, cheguei a ficar com medo de sua raiva.

– Eu vou indo – ouvi Miguel dizer rapidamente e, no segundo seguinte, ele já não se encontrava do meu lado.

Me virei na direção da garota, prestes a me desculpar, quando senti seus braços me abraçando fortemente, de um jeito que chegou a me deixar sem ar. Acredito que ela percebeu, pois logo me soltou.

– Nunca mais faça isso, você nos deixou preocupados! – exclamou a garota.

– Nós? – perguntei, visto que Ryan não estava ali.

– Esqueci de avisar Ryan – ela pegou o telefone e disse onde nos encontrávamos. Antes mesmo de ela finalizar a ligação Ryan já aparecia na minha frente, me puxando pelos braços e inspecionando todo o meu corpo, provavelmente em busca de machucados.

– Por que você saiu de casa? Eu deixei um bilhete dizendo para você não sair! – disse, exasperado.

– Bilhete? Não vi nenhum bilhete antes de sair – estranhei, esse dia estava mais confuso a cada minuto.

– Eu deixei em cima da mesa. Bem, não importa. Philip não apareceu por aqui, não é? – perguntou nervoso.

– Não, eu passei a tarde com Miguel – respondi.

– Quem é Miguel? – perguntaram os dois juntos.

– O que é isso? Interrogatório? – bufei, irritada.

– Sophie, você tem que entender que nós nos preocupamos com você – Ryan disse lentamente, como se explicasse algo a uma criança.

– Vocês conseguem fazer coisas inimagináveis para todas as pessoas, mas não conseguem me localizar. Isso é tão irônico – revirei os olhos.

– Na verdade... – o anjo hesitou – Faith criou um modo de localizá-la através da sua aura. Foi uma das... – ele pareceu pensar – foi isso que ela veio me dizer ontem – terminou, sem me olhar nos olhos.

Fiquei sem palavras ante a sua resposta. Agora eu tenho GPS?

– Não fique brava Sophie, nós só nos preocupamos com você. Você sabe que eu jamais ficaria lhe vigiando – disse Faith com olhos pidões.

– Então por que vocês demoraram a me encontrar? – perguntei confusa.

– De algum modo a sua aura estava indetectável – falou Ryan enquanto inspecionava o local onde nos encontrávamos – isso é algo que somente anjos ou Caídos podem fazer.

Fiquei sem palavras e os anjos me fizeram voltar para casa. Será que Philip estava escondido, pronto para me atacar? Ou algum outro anjo? Resolvi esquecer isso.

Chegando na minha casa, Faith logo se despediu, dizendo que tinha que resolver algumas coisas. Ryan acenou com a cabeça e entramos. Perguntei ao anjo se ele queria ver algo, mas ele disse que tinha tido um dia cheio. Vi a expressão de cansaço dele e resolvi lhe fazer um chocolate quente.

Fui até a cozinha fazer-lhe a bebida, pois, mesmo com seu jeito mandão e controlador, é evidente que o anjo passou a tarde me procurando. Suspirei e voltei para a sala, onde o garoto estava sentado, de olhos fechados. Me aproximei lentamente:

– Fiz um chocolate quente para você – informei-lhe.

Ryan abriu os olhos, me encarando. Sentei-me ao seu lado, lhe entregando a bebida.

– Obrigado – agradeceu, sorrindo.

– Desculpe por ter preocupado vocês, eu só não queria ficar sozinha – disse sem olhar nos seus olhos.

O anjo segurou meu rosto, fazendo com que eu o encarasse e falou:

– Não precisa se desculpar, mas, por favor, não faça isso novamente – pediu-me.

Ficamos nos encarando por um longo tempo, aproximando nossos rostos inconscientemente. Nossos lábios se encostaram e foi como se uma descarga elétrica passasse pelo meu corpo. Afastei-me, assustada. O que foi isso?

– Eu acho melhor eu ir dormir – disse, correndo em direção ao meu quarto.

Me joguei em minha cama e fiquei pensando no que havia acontecido. Quando nos beijamos da outra vez não havia sentido o que senti hoje. O que pode ter mudado? Talvez o fato de ter sido algo inesperado, mas da outra vez também foi. Ryan, o que você está fazendo comigo? Incapaz de chegar a alguma conclusão, tomei um banho e me deitei, decidida a parar de pensar nisso. Eu não posso estar apaixonada, não importa o que Faith diga, eu não posso ficar com um anjo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do momento fofo no fim do capítulo? Esses dois juntos são um amorzinho mesmo



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