Liars and Killers escrita por A Lovely Lonely Girl


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Muito obrigada por acompanharem Liars and Killers! Fazia um tempo que eu havia perdido aquela sensação de orgulho quando você faz o que gosta e sente que realmente foi bem feito, sabe? A sensação que faz você bater no peito e dizer "Tá vendo essa merda aqui? Fui eu que fiz!"; ou seja, eu estava apenas deixando os capítulos "passarem", só dando continuidade à história porque era necessário, colocando um pouco de humor aqui e ali para ficar legalzinho... MAS AGORA EU RECUPEREI O GOSTO DE ESCREVER ESSA BUDEGA E TÔ SUPER FELIZ!!!
Spoiler: Nesse capítulo tem a cena mais fofa que já escrevi em toda a minha existência.

PS: Mandem as perguntas para o Talk Show!! Beijinhos e enjoy the chapter!!

PSS: #PartiuResponderReviews



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《 Lucas Völkers Singer》

Apertei a campainha e voltei a morder a rosquinha que tinha em mãos. Eu nunca recusaria uma sessão cinema, era uma das únicas coisas que eu e Hollister tínhamos em comum, então sabia que ela participaria também. Logo a porta foi aberta e a Kate apareceu.

— Oi, Lu... - A interrompi:

— Transformers. - Mordi minha rosquinha sem olhar para ela, entrei no apartamento e olhei para os lados examinando o lugar. - Cadê a ruiva?

— Já está vindo. Vou fazer a pipoca e... - A morena fixou o olhar na mochila às minhas costas. - Hey, que mochila é essa aí?

— Vou dormir aqui hoje. Estou com preguiça de ir pra casa, e sabe-se lá que horas a sessão vai acabar.

— Está bem, então vai guardar a mochila em algum lugar. Você pode dormir no meu quarto. - A encarei por um instante. - O quê? - Ela perguntou.

— Tem conseguido dormir à noite? - Perguntei suavemente, já que sabia que ela havia ficado tempo demais sem os pesadelos. De alguma forma, eles sempre voltavam. Sua postura se enrijeceu, e sabia que algo havia acontecido. Katherine paralisou com as mãos fechadas em punhos, como sempre fazia quando estava nervosa. - Kate? - Ela empalideceu e engoliu em seco.

— Ela... Apareceu de novo. - Seu tom era quase um sussurro. Fechei os olhos e respirei fundo.

— Merda. - Abri os olhos, joguei a mochila de qualquer jeito no chão, caminhei até ela, a segurei pelos ombros e olhei no fundo dos seus olhos, suas orbes verdes haviam perdido um pouco o brilho. - Você está bem?

— Claro que sim. - Respondeu com arrogância, em seguida jogou seu cabelo para o lado. Sempre que estava prestes a demonstrar fraqueza de algum modo, Kate mascarava suas verdadeiras emoções com arrogância ou sarcasmo, com a finalidade de afastar as pessoas ao seu redor.

— Tão mal assim? - Joguei meus braços ao redor dela e a abracei forte. Logo ela começou a soluçar, e sabia que Katherine estava se esforçando para chorar em silêncio. Parei de abraçá-la e a encarei. - Tudo bem, Kate. Essa é a realidade. Ela não está aqui. - A morena começou a enxugar suas lágrimas na manga da blusa.

— E-Eu a odeio. E o que ela fez... O que ela sempre faz... Eu a odeio. A odeio tanto que poderia matá-la com as minhas próprias mãos. - Seus olhos verdes brilhavam por trás das lágrimas; ela estava falando sério. Percebi que suas mãos tremiam, então as segurei.

— Eu estou aqui, Kate. Não está mais sozinha. - A garota respirou fundo, endireitou a postura e seu choro cessou no mesmo instante. Ela não gostava de sucumbir às emoções, achava que a deixavam vulnerável.

— Obrigada, Luke. - Seu tom de voz era gélido, mas sabia que era porque Katherine estava tentando controlar os sentimentos dentro de si. Soltei suas mãos e ela sorriu. - Vou fazer a pipoca.

— Claro, já trouxe o DVD que a gente vai assistir. - Disse e puxei da mochila o DVD de Transformers na tentativa de fazer com que ela se esquecesse de Kitty. Deu certo porque em seguida Katherine semicerrou os olhos.

— Só por cima do meu cadáver.

— Ah, mas com certeza não vamos assistir Planeta do Tesouro de novo.

— Quer apostar? - Katherine perguntou com um meio sorriso e uma sobrancelha arqueada.

— Vou triturar o DVD se me obrigar a assistir àquela porcaria mais uma vez. Quer apostar? - A imitei, encarando-a. Ela fixou suas orbes nas minhas, soube na hora do que se tratava; a velha brincadeira do "quem piscar primeiro é o perdedor". Ficamos em silêncio nos encarando, até que a porta da sala se abriu e nós dois piscamos ao mesmo tempo.

— Droga. - Murmurou Kate. Nós dois olhamos em direção à porta, onde Sage entrara com um sorriso bobo nos lábios, parecendo um pouco mais jovial, se meus olhos não me enganavam. Estava mais relaxada, alegre e... Linda. Pisquei e me repreendi por ter aquele pensamento. Eu já havia passado do estágio de ter uma queda pela Sage, Hollister e eu éramos apenas amigos. Ou melhor, conhecidos, já que nossa amiga em comum era a Katherine.

— Por que demorou tanto? - Thomas e Katherine perguntaram em uníssono, e só então notei que o gigante magrelo com sotaque britânico estava ali. Fingi não notar que os dois se entreolharam depois daquilo, assim como fingi não notar que a Kate havia levemente ruborizado depois de desviar o olhar.

— Fui até a cafeteria da esquina. - Ela respondeu dando de ombros, como se estivesse se desculpando. Quando me viu, um sorriso desafiador surgiu em seus lábios e ela me olhou pelo canto dos olhos. - Hey, Luke! Adivinha com quem eu tenho um encontro?

— Com o Capitão América. - Ironizei cruzando os braços. A ruiva fez um biquinho e franziu levemente o cenho.

— Hmm... O nome do Capitão América é Steve Rogers?

— Que garota idiota, mas é claro que- Espera, o que disse? - Arregalei os olhos e Katherine começou a rir. Sage abriu um enorme sorriso com o nariz empinado.

— Que eu tenho um encontro com Steve Rogers. - Fiquei encarando-a em silêncio.

— É verdade, Luke. - Kate disse, e fixei meu olhar nela, que assentiu. - Ela definitivamente tem um encontro com o Capitão América.

— Isso é ridículo. Eles nem sequer se conhecem. - Lancei a Sage um olhar de desdém.

— Na verdade... - Katherine começou, e voltei a encará-la. - Isso meio que foi culpa minha. Eu peguei uma carona com o Steve até aqui, e ela estava me esperando. Subi logo para o apartamento, já que não estava a fim de ficar segurando vela pro casal.

— Kate! - Sage exclamou, com as bochechas ruborizadas.

— O quê? Só porque eu tenho fogo não significa que eu seja vela. - A ruiva a encarou, irritada:

— De onde raios você tirou isso? - Katherine respirou fundo como se estivesse segurando ar para pular dentro de uma piscina e começou a cantar fazendo uma dancinha estranha:

— We know how to have fun at home
Being alone, parents gone
I have it all for my own

And they say they wanna have some fun
Let's party tonight, let's jump
And make this party pump

Girls, girls in the house
Open the door, and have fun
Girls, girls in the house
Open the door, and have fun

Revirei os olhos, enquanto Sage a encarava não fazendo a menor ideia do que ela queria dizer com aquilo e Thomas parecia meio surpreso, meio traumatizado com a retardadice da minha melhor amiga. A morena começou a gargalhar descontroladamente, e o inglês parecia estranhamente interessado em suas reações, como se nunca houvesse visto ninguém como ela antes. A Inglaterra era tão diferente assim, afinal? Ou isso ou aquele cara que era muito esquisito. Hollister revirou os olhos e olhou para mim:

— Então, já decidiram o filme?

— Não, você chegou bem na hora em que estávamos discutindo.

— Hm. - A ruiva seguiu até a sala, abriu a gaveta do rack em que ficavam os DVD's e me forcei ao máximo para não reparar em suas curvas enquanto ela se agachava para escolher o filme. Engoli em seco e desviei o olhar de Sage com certa dificuldade, mas uma força de vontade incrível. Voltei a olhar as outras pessoas no ambiente, Kate havia se recuperado de sua crise de esquisitice e gargalhadas desnecessárias, estava apenas com as bochechas levemente coradas e um pequeno sorriso nos lábios; Thomas parecia estar interessado nela, como se a estivesse estudando. De repente Katherine abriu um amplo sorriso, seus olhos brilharam e ela gritou:

— Como Treinar o Seu Dragão! - Ela correu até a ruiva e começou a revirar a gaveta. - Onde está?... Tinha certeza que estava aqui... - Suspirei.

— Não está no seu quarto? - Kate parou de procurar e correu para o quarto, quase caindo quando foi virar o corredor.

— Adoro Como Treinar o Seu Dragão. - Sage disse e se virou para mim com um pequeno sorriso. - Tudo bem para você, Luke? - Sua voz era tão doce, ela parecia bem menos estressada e mais pacífica... E eu estava protelando. Respirei fundo.

— Okay, okay, eu assisto.

[...]

《Katherine Adams Kohls》

Procurei por todo o quarto; abri todas as gavetas, olhei dentro de todas as mochilas e até dentro do guarda-roupa: Nada. Voltei para a sala, onde Sage estava tranquilamente cantarolando enquanto procurava algum filme que lhe agradasse. Luke estava encarando-a de boca aberta, praticamente babando. Soltei uma risadinha marota e ele tentou se recompor rapidamente. Meu celular tocou, e pelo toque já sabia muito bem quem era.

— Henry?

— Kitty! Como vai? Arrasando muitos corações por New York?

— Nós dois sabemos que esse é o seu trabalho, Ricky.

— Não me chame de Ricky.

— Então não me chame de Kitty. - Suspirei. - Mas por que está me ligando?

— Pela banda, claro. Temos um show amanhã à noite. E sabe, teremos alguns covers.

— Certo. Estarei lá. Mais alguma coisa? - Falei como se estivesse desinteressada pelo fato de eu ser a responsável pelo repertório cover da The Wild Hunters.

— E o Josh vai cantar.

— Ah, tudo bem. Agora me interessa. Finalmente cedeu, Wright? - Sorri amplamente.

— Não vencemos todas as batalhas, Kohls. Admito que é doloroso, mas necessário.

— Ótimo. Espero ansiosamente por amanhã. Tchau.

— Tchauzinho, amor. - Desliguei, mas logo tive uma ideia. Com os dedos levemente trêmulos, procurei na lista de contatos e pressionei o nome desejado. Ele atendeu em menos de dois toques.

— Alô? - Disse uma voz masculina com um sotaque característico.

— Oi. - Respondi, meio incerta do que dizer em seguida. Por que estava tão nervosa?

— Kate? Está tudo bem?

— Er... Sim.

— Por que está me ligando? Não que eu não tenha gostado, longe disso, mas... Algum problema?

— Não, não, problema nenhum. - Me apressei em dizer. - É que... Eu estava pensando... Você gostaria de me ver um pouco mais, quero dizer, longe dos treinos e essas coisas? - Prendi a respiração me preparando para a rejeição imediata.

— CLARO QUE- Quero dizer... - Ele limpou a garganta - Claro que sim. - Eu ri, e ele logo se juntou a mim do outro lado da linha. - Na verdade, eu já estava pensando em te chamar, mas nunca parecia o momento certo e... E bem, eu fiquei com medo de te ligar. - Confessou.

— Com medo? De me ligar? - Arqueei as sobrancelhas.

— Pois é, né... Eu sou só um Vingador; sou bom em enfrentar robôs genocidas, mas não tão bom em arranjar encontros com garotas. - Eu ri.

— Ah, mas até agora você está se saindo muito bem. - Ironizei de leve.

— Hey, eu estou tentando, okay? - Nós dois rimos e em seguida a linha ficou muda dos dois lados. - Mas aonde a gente vai?

— O meu amigo tem uma banda, eles farão um show amanhã à noite... Se você não quiser ir não tem problema. - Consegui sentir seu sorriso por suas palavras:

— Estarei lá.

— Tudo bem. Até amanhã, Pietro.

— Até amanhã, Kate. - Encerrei a chamada com um sorriso bobo nos lábios, e olhei em volta distraidamente. Loki não estava mais na sala. Segui até a cozinha e vi que ele estava mexendo nos botões do fogão. Me sentei na banqueta do balcão e o observei por um tempo.

— Chá? - Perguntei, porém não obtive resposta. Se meus olhos não me enganavam, ele havia fechado uma mão em punho e apertado com tanta força que as juntas ficaram brancas. - Há algo errado? - Questionei com preocupação. O que havia acontecido para que ele agisse de tal maneira? Olhei disfarçadamente por cima do ombro, Luke estava ocupado demais concentrado na beleza estonteante de Sigyn para notar alguma coisa; então me levantei da banqueta, atravessei o balcão e me aproximei do moreno. - O que houve? - Ele não me respondeu. Na verdade, era como se eu nem estivesse ali. O deus estava fechando o punho com muito mais força. Toquei sua mão fechada e o encarei; seus olhos claros encontraram os meus. - Loki, qual é o problema? - Sussurrei, e notei que havia fúria escondida por trás de seus olhos.

— Como conhece Steve Rogers? - Seu tom de voz era baixo mas perigoso. Franzi o cenho. Então era sobre aquilo? Respirei fundo. Sabia que não podia dizer a ele, ainda mais porque ele saberia se eu mentisse. Suas orbes pareciam querer penetrar a minha mente, como se me forçasse a dizer a verdade, como se ele estivesse me alertando que a arrancaria de mim a qualquer custo. Franzi os lábios e minha expressão se tornou séria.

— Não posso te dizer, me desculpe. - Loki tirou bruscamente a sua mão do contato com a minha e voltou a encarar o canecão de água fervente.

— Então vá embora daqui. - Sibilou. O observei por algum tempo, fazendo justamente o oposto do que o deus havia me ordenado. Fiquei parada ao lado dele de braços cruzados o encarando, enquanto ele fingia que eu simplesmente não existia. Até que ele ergueu o rosto e olhou no fundo dos meus olhos, parecia um maníaco assassino. - Vá embora. - Ordenou de maneira ainda mais ameaçadora. Respirei fundo e ergui a cabeça com o peito estufado, para fingir que eu tinha coragem de enfrentá-lo quando ele estava tão ameaçador. E claro que eu tinha que dizer a pior frase possível.

— Você não manda em mim. - Me surpreendi pela minha voz não ter vacilado; já que o olhar que ele me lançou fez meu coração acelerar e minhas pernas ficarem bambas. Nossa, ele sabia bem como aterrorizar alguém. O moreno ia dizer algo, mas imediatamente o interrompi. - Eu sei, eu sou uma babaca mesquinha. Também sei que você é biologicamente mais desenvolvido do que eu, mas mesmo assim não manda em mim. - Ele cerrou a mandíbula com força, e um sorriso suave preencheu os meus lábios. - Hey, não fique com raiva. Não é porque você não pode mandar em mim, é simplesmente porque não consigo obedecer. - Dei de ombros. - Não faz parte da minha natureza. - Olhei em seus olhos, ele parecia genuinamente confuso, surpreso e... Frustrado? Desconfortável, talvez? Coloquei minha mão sobre a sua e acariciei por reflexo. - Sinto muito, mas é assim que eu sou. - Sussurrei fracamente e suspirei pesadamente.

Sabia o que Loki queria de mim; de todos ao redor dele. Ele gostava de estar no controle, de ser ouvido e que todas as suas vontades fossem atendidas, tanto quanto seus desejos relacionados à aventuras quanto às pessoas a sua volta. Sabia perfeitamente que jamais permitiria que ele ficasse no controle, não enquanto eu estivesse por perto. Bem, parecia que nós dois estávamos disputando a luz de um único holofote. Estava prestes a tirar a minha mão da sua, quando Loki rapidamente a segurou. Arregalei os olhos surpresa me preparando para o pior, mas nada aconteceu; então soltei o ar que nem sequer havia percebido que estava segurando.

— Não peça desculpas. - O tom em sua voz fez com que eu olhasse em seus olhos. Ele não estava mais bravo? O moreno continuou. - Sei como é difícil lutar contra sua verdadeira natureza, ainda mais fazer isso pelas pessoas que você ama. Não me surpreende que não queiras mudar por alguém a quem odeias. - Ele tinha um pequeno sorriso nos lábios e um brilho suave nos olhos.

— Eu não te odeio. - Murmurei rapidamente, e paralisei depois que me dei conta do que havia dito. Um sentimento estranho me atingiu quando eu notei que aquilo era verdade, eu não o odiava. O deus me encarou por um tempo, parecia chocado. Comparei o que sentia por ele com o que sentia por Kitty, e sabia que não o odiava. - Não, eu definitivamente não te odeio. - Disse um pouco mais alto e com mais segurança. Loki se aproximou de mim sem se dar conta de que o tinha feito, deixando o seu rosto próximo do meu, seu olhar parecia perfurar o fundo da minha alma.

— Por que não? - Perguntou, e eu estava perdida demais na imensidão e na intensidade de seus olhos para focar em sua pergunta. Seu cheiro invadiu minhas narinas e parecia retardar todos os meus outros sentidos, sentia como se estivesse presa em uma bolha invisível com ele. O moreno ergueu suas mãos e segurou meu rosto, me fazendo olhar apenas para ele (como se fosse possível que meu olhar estivesse fixo em outro lugar). Senti como se uma corrente de energia passasse pelo meu corpo devido ao seu toque, meu coração se acelerou e minha respiração pareceu ficar um pouco mais pesada. Mas eu não fui a única afetada. Assim que nossas peles se tocaram, Loki arfou com surpresa e em seguida murmurou roucamente algo ininteligível em meio a um gemido. Assim que ouvi sua reação, senti minhas bochechas corarem violentamente. Estava prestes a protestar pela sua atitude, quando observei seus braços - estavam gradativamente se tornando azuis, e arregalei os olhos. Que merda estava acontecendo?

O deus da mentira tinha seus olhos fixos em sua própria pele, e acompanhava enquanto o azul estendia-se por seu corpo. Eu não fazia diferente: acompanhei a cor que se espalhava até que ela alcançou seu rosto, e seus olhos se tornaram vermelhos. Em um primeiro momento, tive vontade de sair correndo e nunca mais permitir que ele encostasse em mim novamente, parecia que Loki também esperava isso, pois fechou os olhos e segurou a respiração, como se estivesse se preparando. Mas minha incessante curiosidade sempre levava a melhor de mim. Observei atentamente suas características físicas, eram realmente intrigantes. Os outros aspectos continuavam os mesmos - era o mesmo cheiro, a corrente permanecia nos percorrendo devido ao contato de nossas peles.

Franzi o cenho o observando, ergui uma mão e toquei seu rosto, o que fez com que o deus abrisse os olhos. Suas orbes escarlates estavam fixas em mim, embora não movesse um músculo para se afastar de mim. Ele estava me dando permissão para tocá-lo, o que me fez sorrir como uma garotinha. Corri meus dedos por sua bochecha e por algumas marquinhas que tinha em sua pele, e mordi meu lábio distraidamente me controlando para não colocar o dedo em seu globo ocular, já que ele não gostaria disso nem um pouco. Retirei minha mão de seu rosto por segurança já que não confiava em mim mesma e em minhas mãozinhas ansiosas. Quando as retirei, sussurrei animadamente:

— Incrível! - Não conseguia segurar o amplo sorriso infantil que tinha em meu rosto. E foi então que ouvi o som mais melodioso de toda a minha vida: a risada sincera do deus da mentira.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Sinceramente, eu TINHA que terminar o capítulo assim, queria até escrever mais, mas quer maior chave de ouro do que a risada do deus da mentira?!

Mandem suas perguntas para o Talk Show! Beijinhos ^^