Young Justice - Apocalypse escrita por Child


Capítulo 8
O Dia Mais Escuro - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Oi

~desvia dos tomates, ovos e qualquer coisa arremessável~

Sem desculpas dessa vez...

Vamos logo com isso né?

Ah, esse capítulo é dedicado a Michele, leitora que não nos abandona nunca. Amamos você linda *-*



Larinna.



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Monte da Justiça, 5 de Abril - 10:00

 

— Ele quer me comer! — Exclamou Lockette se escondendo nas costas de Dick. — Não deixa ele me comer!

Dick olhou ao redor procurando qualquer coisa que pudesse ferir Lockette e soltou uma risada alta ao ver Lobo trotar até ele com um olhar ameaçador. O animal estivera fora por um bom tempo. Em sua última missão com Superboy acabara por sofrer danos quase fatais tendo que manter-se inativo até sua completa recuperação que incluía a reinserção do veneno que lhe dera suas habilidades.

— Ele só quer brincar, Lockette. — Explicou Dick sorrindo.

—  Que tipo de brincadeira canibal é essa? —  Disse ela retoricamente sentando-se no ombro do rapaz encarando o olhar do animal. Dick sorriu. O peso em seus ombros era mínimo quase inexistente o que o deixou surpreso. Desde que conhecera Lockette, ela nunca demostrou sentir-se confortável o suficiente para toca-lo fisicamente e muito menos pousar em seu ombro.

Dick aproximou-se de Lobo e acariciou sua cabeça suavemente.

—  É bom ter você de volta, amigão. — Afirmou Dick.

Ele abriu sua mão por completo e a deixou perto do ombro o qual Lockette estava sentada, ela agitou as asas e pairou até mão dele. Ele a encarou por cima dos óculos escuros e assentiu para ela e então a colocou perto do focinho de Lobo. As minúsculas mãos da fadinha foram de encontro com o nariz molhado do animal e depois para a lateral de seu focinho o acariciando. Suas asas se agitaram mais uma vez e ela pairou até a parte de trás de seu largo pescoço, abraçando pequena proporção devido aos seus braços curtos, fechando os olhos e acariciando os pelos brancos dele.

— Que bom que se entenderam. — Afirmou Dick. — Onde estão todos?

— Huum... — Indagou Lockette pairando até a cabeça de Lobo, sentando-se segurando a pontados pés e a balançando de um lado para o outro. —  Ajudando Bloom e Zatanna com o Forte Mági... Ah! Não corre!

Lobo nem ao menos deixou a pixie terminar e novamente começou a correr pelo Hangar fazendo com que Lockette segurasse firmemente em seus pelos.

Dick riu. Com certeza era o início de uma bela amizade, sem contar que era um alívio para toda a equipe, afinal, agora Lobo tinha alguém para fazê-lo brincar e gastar energia.

O rapaz dirigiu-se para o primeiro andar, rumando para o mais novo lugar da montanha. O Forte Mágico localizado ao lado da Ala Hospitalar era apenas uma sala vazia até as duas loucas por Mágica decidirem por tudo ligado a magia lá dentro. Havia dias que as duas trabalhavam nisso e pelo visto o trabalho finalmente havia chegado ao fim.

Ao entrar no recinto, a primeira coisa que o rapaz notou foi a presença de um tablado circular de pelo menos três metros de diâmetro no chão. Havia três estantes de mogno ao canto direito cada uma com uma placa escrita respectivamente: Feitiços, Grimórios e Hieróglifos. Poltronas completavam aquela parte do recinto. Ao lado esquerdo um extenso armário sem portas estavam expostos, as prateleiras estavam preenchidas com frascos de diferentes tamanhos e potes de vidro alguns com frutos, plantas, flores e coisas que certamente não eram da Terra. Mas o que mais chamava atenção era a presença de um caldeirão.

— Alguém aqui é bruxa e eu não estou sabendo? - Zombou Wally.

— Fadas também cozinham poções, Wally. Principalmente para fins medicinais de efeito imediato.

— Vocês não fazem nada com ossos e galinhas não né? - Rebateu o velocista.

— Plantas, apenas. — Corrigiu Bloom.

— Aquilo é um tablado de Ônix? — Indagou Jaime.

—  Sim. A pedra Ônix consegue concentrar e armazenar magia branca. E ela também purifica.

— E onde conseguiram uma pedra de ônix desse tamanho? Sei que não é uma pedra tão rara, mas ainda assim... — Objetou Barbara.

— Ficaria surpresa com que uma fada da Natureza consegue fazer. — Comentou Bloom.

— Então é isso gente. Nós duas podemos usufruir muito desse local, principalmente para meditação.

— Essa montanha está cada vez mais valiosa. — Afirmou Dick olhando para Bloom com um sorriso no rosto, observando a ruiva mudar sua expressão facial de feliz para uma tentativa falha de esconder sua preocupação.

—  Ainda bem que os caras maus sabem que nós sabemos que eles têm conhecimento da existência e localização da caverna. Ninguém é maluco de invadir. — Relembrou Conner.

— Ai, já que estamos todos aqui. Por que não tomamos café da manhã juntos? — Sugeriu M'gann. — Não preparei nada, mas arrumamos rapidinho.

—  Eu ajudo. — Disse Conner.

— Tô dentro. — Afirmou Jaime.

— Vamos logo então, antes que a boa vontade dos meninos passe. — Articulou Zatanna, seguindo o fluxo de corpos até a cozinha.

— É, faz tempo que não fazemos uma refeição todo mundo junto. — Disse Ártemis partindo junto com os outros.

— Dick! — Chamou Bloom baixo o suficiente para o rapaz ouvir.

— Algum problema? — Indagou ele ao parar e retornar.

—  Eu só queria saber se vai precisar de mim? Eu preciso ir à Magix.

— Acho que não. Te chamo se precisarmos. —  Disse ele dando de ombros. —  Você vai agora?

— Eu... Han..

— Come alguma coisa com a gente, e depois você vai. — Sugeriu Dick.

— Ah, eu não sei. Eu sinto como se tivesse algo errado, não sei.

— Deve ser coisa da sua cabeça. — Proferiu Dick. — Vamos. Você ouviu a Ártemis, faz tempo que não fazemos uma refeição com todo mundo.

— Ok, ok. Só um copo de leite e depois eu vou pra Magix.

— Isso!

Dimensão Magix, 9:00

Como de costume o céu estava límpido, o sol brilhava intensamente e as aves sobrevoavam a floresta de Selva Fosca.

E então, um vórtice de energia surgiu no céu dando origem a um dos feiticeiros mais temidos da Terra. Wotan estava de cara amarrada enquanto observavam todo o local.

— Essa é a tão falada Magix? Muito parecida com a Terra.

— Não julgue um livro pela capa. Este lugar tem mais a oferecer do que imagina. — Disse Darcy.

— Podemos começar logo com isso?

— Claro. Sigam-me, Fonte Rubra fica para este lado. —  Disse Icy.

— Fonte Rubra? — Indagou Wotan.

— Uma escola de combate e tecnologia. É lá que vamos conseguir alguns brinquedinhos para a Liga da Injustiça.

Não demorou muito para que eles chegassem a Fonte Rubra. O grande satélite pairando sobre um precipício era o lar dos mais jovens guerreiros da dimensão Magix, liderados pelo mais forte e corajoso combatente Codatorta e pelo mago mais habilidoso do último século Saladin eles não eram dotados de nenhuma habilidade mágica propriamente dita, mas dominavam as artes marciais mais primitivas assim como o uso de qualquer arma, sendo as espadas as mais usadas por eles, mestres em espionagem e preparados para as mais diversas situações, os estudantes de Fonte Rubra não eram chamados de Especialistas à toa.

— Darcy, por onde? — Indagou Stormy.

—  Pela arena. — Disse Darcy apontando pra cima.

Os três voaram até o topo do satélite e destruíram a cobertura da Arena de Treinamento e Combate disparando os alarmes do recinto. Felix seguiu Darcy e Stormy pelos corredores da escola observando a presença de alguns alunos. Os Especialistas menos experientes correram enquanto os veteranos já empunhavam suas espadas e armas para impedir o avanço dos invasores.

Escuridão Óptica —  Adjurou Darcy deixando-os cegos e abatendo-os logo em seguida. — Vamos, a sala de armas não fica longe e não quero ter o desprazer de enfrentar o velho Saladin.

Eles seguiram voando pelos corredores descendo alguns andares até passarem por um elevador de carga de onde saíram um grupo de Especialistas armados com armas de fogo que logo abriram fogo.

— Codatorta, Tyler tinha razão, duas das Trix e outro feiticeiro não identificado. — Informou Timmy pelo comunicador. — 23º andar ao sul.

Wotan levantou uma barreira de proteção impedindo que fosse atingidos pelos tiros de plasma das armas, Darcy rapidamente fez um sinal para Stormy que tomou a forma de um potente tornado desestabilizando alguns dos Especialistas.

— Reforços! Reforços! — Urrou Timmy ao comunicador enquanto o atirava inúmeras vezes em locais diferentes da barreira encontrando um ponto fraco e mantendo o número de tiros.

Wotan em um movimento rápido das mãos fez com que a barreira avançasse na direção de Timmy, atingindo-o e o jogando para trás com a força do impacto.

As portas dos elevadores se fecharam o que chamou a atenção de Wotan.

— Stormy, destrua o circuito dos elevadores. — Ordenou o feiticeiro.

A bruxa assentiu e alvejou os controles das portas com raios que sobrecarregaram todo o circuito dos elevadores.

— O hangar não fica longe daqui... Se eu não me engano é pra cá. —  Comentou Stormy indicando um corredor em espiral.

— Como vocês não sabem onde fica? — Vociferou Wotan.

— Não costumamos invadir esse lugar. Nosso negócio é magia e não tecnologia. — Objetou Darcy.

— Vamos logo então.

Eles seguiram pelo corredor em espiral encontrando Riven e Spencer no caminho, Darcy atirou um filete de magia abrindo a passagem pelos Especialistas que se jogaram no chão para se esquivarem. Riven empunhou sua espada e bumerangue enquanto Spencer ativava seu bastão energizado, deram meia-volta e correram pelo corredor atrás dos invasores que haviam alcançado o local de seu objetivo.

Wotan, Darcy e Stormy analisavam cada uma das armas ali expostas procurando a que teria o maior poder explosivo. Riven rapidamente lançou seu bumerangue atingindo a cabeça de Darcy fazendo a bruxa cair no chão. Os outros Especialistas  puseram-se ao lado de Riven.

— Invadiu o lugar errado, bruxinha.

— Amor, ainda chateado com tudo que aconteceu entre nós? — Sibilou Darcy afagando a cabeça e levantando-se.

—  Nunca aconteceu nada. —  Rebateu Riven.

— Você! —  Exclamou Saladin.

A linha de formação dos Especialistas se dividiu ao meio abrindo passagem para seu Diretor que apontava o cajado para Wotan.

 — O feiticeiro que destruiu o Museu de Magix semanas atrás. - Afirmou Saladin.

— Você deve ser Saladin, não nos conhecemos, mas ouvi falar de você. —  Murmurou Wotan. — Wotan, membro da Ordem do Caos.

— Pouco me importa quem é você. - Redarguiu Saladin. - Acabem com eles e deixem esse aspirante à feiticeiro comigo.

— Senhor, as Winx estão a caminho. — Informou Brandon.

—  Droga. - Resmungou Darcy. — Vamos acabar logo com isso antes que as fadinhas cheguem.

Saladin ergueu seu cajado e apontou a base para Wotan, um filete de energia se formou e prendeu-se ao corpo de Wotan, o diretor girou seu cajado, puxando o feiticeiro jogando-o por cima de sua cabeça para o lado de fora da sala caminhando para fora dali também.

— Velho idiota! — Insultou Wotan levantando-se e arremessando esferas contra Saladin.

O mago protegeu-se girando seu cajado continuamente que dissipou as esferas assim que elas o tocaram. Wotan insistiu nas esferas e mais uma vez foi bloqueado pelo mago.

—  É o melhor que pode fazer? — Desafiou Saladin.

Draco Exportalus — Conjurou Wotan.

Das paredes de concreto da escola surgiram duas gárgulas com asas enormes e garras que voaram na direção de Saladin. Ele desviou do primeiro ataque aéreo e atingiu a primeira gárgula com uma rajada de energia de seu cajado, destruindo-a. Os destroços voaram para todos os lados e a poeira levantou. O mago mantinha os olhos atentos em Wotan e na outra gárgula que pairava sob sua cabeça, ela mergulhou tentando arranhar Saladin mas falhou, fez o retorno e dessa vez tentou abocanhar sua cabeça, Saladin pousou o topo do cajado em sua boca e a bola de cristal se iluminou e assim destruiu a segunda gárgula. Ele elevou sua mão e o cajado para o alto, levitando cada destroço das gárgulas e então arremessou-os contra Wotan que se envolveu em uma redoma de magia que transformava cada bloco de concreto em pó.

Enquanto isso, dentro da sala de armas os Especialistas travavam uma batalha ardua contra Darcy e Stormy. O teto elevado apenas dificultava a ação deles pois as bruxam mantinham-se no ar levando certa vantagem.

— Hélio, traz elas para o chão. —  Ordenou Sky.

O rapaz de cabelos longos e azulados apontou suas mãos para os pés das bruxas e ativou as cordas de sua luva. As cordas se propagam com êxito na direção delas e se prendeu em seus tornozelos. Hélio, sem hesitar, puxou bruscamente as cordas trazendo-as para o chão.

Stormy lançou seus raios na direção de Sky que logo ativou seu escudo, Brandon aproveitou a brecha de Stormy para aplicar-lhe um golpe de taewkhondo, chutando seu dorso. Darcy usufruiu de sua habilidade de mudar a densidade de seu corpo, tornando-se intangível e se livrando das cordas de Hélio, com um estalar de dedos a bruxa criou a ilusão de várias cópias de si, confundindo os Especialistas.

Riven guardou sua espada e puxou mais um bumerangue de sua roupa e lançou. Os dois artefatos se propagavam pela sala na mesma trajetória que as ilusões de Darcy traçavam. As cópias falsas sumiam na medida que os bumerangues as atingiam. A verdadeira Darcy ainda intangível mergulhou no chão, inundando a sala com uma sombra preta que tomava cada canto até toda a luz do recinto ser tomada pela escuridão, ao cancelar seu feitiço alguns Brandon e Riven estavam presos em mãos com garras que os esmagavam. Hélio e Sky se entreolharam e assentiram um para o outro, Hélio juntou as mãos e Sky correu em sua direção apoiando seu pé na mão do amigo e sendo impulsionado para cima, o loiro deu um mortal e grudou nas costas de Darcy que não conseguiu manter-se no ar com o peso do corpo do Especialista, caindo no chão novamente.

— Sky! — Exclamou Timmy e assim que Sky soltou Darcy, ele a alvejou com dois tiros de sua arma de plasma.

—  Isso! — Comemoraram os Especialistas.

De repente tudo esfriou e a neve começou a cair, Icy surgiu no meio da sala com um gorila de pêlos brancos que vestia um coldre vermelho com duas pistolas automáticas, Ultra Humanóide sacou uma das armas e atirou sete vezes contra os Especialistas que desviaram com dificuldade. Stormy levantou-se e caminhou para perto da irmã mais velha.

— Por que demorou tanto?

—  Eu estou aqui, não é? —  Resmungou Icy. — Humanóide, anda logo. A gente segura eles.

—  Essa eu quero ver. —  Disse Musa em sua forma Believix.

 O gorila ficou estático ao ver Musa, em toda sua existência não tinha visto nada igual a garota.

— Anda logo! —  Gritou Icy.

— Não grite comigo, bruxa. — Repreendeu ele.

Ultra Humanóide analisou as tecnologias expostas, pegou dois dispositivos médios que pareciam completar um ao outro, e depois um grande.

Icy pisou no chão com firmeza e uma crosta de gelo começou a se dissipar pelo chão, o deixando escorregadio. Enquanto os Especialistas lutavam para se manter em pé, Musa estalava os dedos, pronta para usar sua magia.

—  Prismas de gelo — Conjurou Icy. — Stormy, abra um portal para a Terra.

A magia glacial de Icy fez com que centenas de prismas pontiagudos de gelo se formassem ao seu redor e se propagassem na direção de Musa.

—  Ondas Sonoras — Adjurou a fada da música.

Imediatamente as ondas de som explodiram cada um dos prismas de gelo reduzindo-os a flocos de neve. Stormy rapidamente abriu um portal para que Ultra Humanoides escapasse com as tecnologias roubadas.

—  Não! — Exclamou Sky.

Ele puxou sua espada e partiu para cima de Icy tentando golpeá-la, mas falhou. Sky deferiu socos na direção da bruxa e a atingiu com um soco de direita. Foi então que do chão surgiu uma sombra que se transformava na silhueta de Darcy. Assim que ela atingiu sua forma física o rapaz paralisou. A esclera dos olhos de Darcy obteve um tom arroxeado, as mãos da bruxa foram até as têmporas de Sky e após murmurar um “obedeça-me” o rapaz deu meia volta e partiu para cima dos amigos.

Hipnotizado pela bruxa, Sky não tinha escolha a não ser atacar seus amigos, embora sua mente sã tentasse controlar seu corpo, o mesmo não respondia a nenhum comando dado por seu próprio cérebro. Por ser o Especialista mais experiente, Sky derrubou seus oponentes com louvor enquanto as três bruxas enfrentavam Musa.

A fada da Música era um adversária a altura das Trix, assim como todas as Winx. Apesar da desvantagem numérica, o upgrade dado pela mais nova transformação Believix era o suficiente para mantê-las ocupadas. Utilizando seus poderes, Musa conjurou  caixas de som com volume em potência máxima ao redor das bruxas, desconcentrando-as. Rapidamente Darcy ordenou que Sky derrubasse a fada e assim ele o fez. O rapaz caminhou até Timmy desacordado ao chão, pegou sua arma de plasma, mirou no meio das costas de Musa, exatamente no local onde suas asas se originavam e atirou.  Ao ser atingida pelo tiro a fada soltou um grito estridente de dor e caiu ao chão gemendo e com o corpo trêmulo.

— Já conseguimos o que queríamos. —  Articulou Icy. — Vamos dar o fora daqui.

— Icy, acho que o Príncipe Sky é um belo brinquedinho. — Comentou Darcy.

— Ele pode ser muito útil, leve-o. — Ordenou Icy.

Darcy assentiu e então estalou os dedos, imediatamente Sky rumou em sua direção, parando em frente as bruxas e se ajoelhando em sinal de lealdade.

— Isso vai ser muito interessante. — Admitiu Stormy olhando para o rapaz e depois pulando até Musa que estremecia ao chão. — Adeus, Musa!

Icy olhou para Musa em agonia com um sorriso no canto dos lábios, sua satisfação estava estampada em sua face. O universo conspirava contra qualquer bruxa comum que danificassem as asas de uma fada, e as três aprenderam isso da pior forma desde que destruíram as asas de Galatea, princesa do planeta Melody, de qualquer maneira, a bruxa do coração de gelo sabia que uma Winx a menos não faria a menor falta, pelo menos não para ela. Icy conjurou uma caixa de gelo com paredes grossas ao redor de Musa e só então partiu dali com suas irmãs e Sky.

Do lado de fora da sala de armas Saladin ainda enfrentava Wotan com a ajuda de Tecna. A fada da tecnologia se desesperou ao ouvir o grito de agonia de Musa, tentou sair do combate e ir para a Sala de Armas, mas Wotan levantou uma parede de concreto que impedia sua passagem. Saladin estava exausto.

O mago olhou para a fada que estava há poucos metros de distância e estendeu seu cajado para ela, pedindo com o olhar para que ela também o segurasse, ela o fez. Unindo seus poderes com uma convergência mágica, Saladin ergueu seu cajado pela última vez e invocou um raio de energia que se alastrava por toda a extensão do artefato, sua potência era admirável e incontestável,  então Saladin o lançou. Wotan ergueu uma barreira e a manteve assim como o raio que também se mantinha constante graças a união dos poderes entre a fada e o mago, a força do raio era extrema o suficiente para fazer que rachaduras surgissem na barreira de Wotan. Icy apareceu atrás de Wotan, repousou as mãos nos ombros do feiticeiro e então partiu juntamente dele dali.

Assim que a barreira se desfez o raio ainda se manteve segundos o suficiente para atravessar duas paredes de concreto. Os destroços voaram por toda parte, levantando uma nuvem de poeira.

—  Maldição. —  Resmungou Saladin caindo no chão.

Tecna voou até a Saladin e o amparou, acelerou o ritmo das batidas de suas asas e planou juntamente do mago até que outros alunos apareceram e levaram Saladin dali. Tecna correu até a sala de armas onde encontrou todos os Especialistas no chão desmaiados e a uma enorme prisão de gelo.

Explosão de Dados — Adjurou Tecna.

A magia fluiu de suas mãos em um poderoso feixe de luz esverdeada que ao entrar em choque com a parede de gelo a explodiu, causando um estrondo que despertou os Especialistas. Musa estava caída no chão deitada de lado, suas asas não possuíam mais o mesmo brilho e nem mesmo mantinham-se erguidas. As lágrimas escorriam pelo seu rosto desesperado. A dor era semelhante a inúmeras facadas em suas costas.

— Musa... — Sibilou Tecna.

Riven correu até Musa e afagou seus cabelos, ele puxou o corpo da namorada, inclinando o dorso para cima de suas pernas  enquanto analisava suas o núcleo de suas asas.

— Tecna... Você pode? — Indagou Riven com um olhar esperançoso.

— Onde está o Sky? — Comentou Brandon.

— Sky... E-ele atirou. — Gaguejou Musa.

— O que? Como assim, Musa? — Rebateu Riven.

— Ele atirou em mim... — Disse Musa com a voz falha.

— Ele foi hipnotizado. — Concluiu Brandon. — O levaram.

— Esqueçam ele, temos que ajudar a Musa. — Exasperou Riven levantando-as nos braços.

— Você e Tecna ajudam ela, os outros ficarão aqui. — Disse Codatorta entrando no local. — Vão logo, levem-na até Faragonda.

Tecna repousou suas mãos nos ombros de Riven e Musa e então partiu dali.

— Que Merlim os ajude. — Sibilou Codatorta.

 

WASHINGTON D.C –  12:00

 

O sol brilhava com toda sua grandeza espalhando sua luz por todo lado, as pessoas andavam nas ruas com a pressa de sempre, elas tinham preocupações específicas, alguns o trabalho, outros a escola, em certos casos até mesmo os dois. Elas não se preocupavam com uma coisa. A segurança. Poucos locais possuíam a sorte de ter seus próprios seguranças, nesse caso, seguranças com superpoderes. Cada uma daquelas pessoas sabia que lá no alto, alguém zelava por suas vidas.

Uma van preta passou pelas ruas de Washington, o motorista dirigiu até a quinta avenida, A van ultrapassou um cruzamento e logo em seguida todos os faróis se fecharam, o veículo foi estacionado ali mesmo. A porta lateral da van foi aberta para que dois homens descarregassem a carga. Eles levaram a caixa de madeira até o meio da rua e retiraram sua tampa, fazendo com que as laterais caíssem ao chão revelando um objeto. De pelo menos meio metro de altura, inteiramente de chumbo, o artefato continha arestas que juntas formavam um diamante ao contrário onde a ponta apontava para o céu. As pessoas observavam o objeto de maneira curiosa, algumas se perguntavam o que seria aquilo enquanto outras apenas o ignoravam. O artefato de repente ativou uma contagem regressiva de um minuto, de sua base saíram ganchos que se fincaram no asfalto.

— Corram! — Gritou um homem ruivo de terno e gravata ao notar a contagem regressiva no visor do dispositivo.

Ao invés de explodir no final da contagem regressiva, uma pequena esfera dourada surgiu na ponta do diamante enquanto dois anéis de chumbo giravam em torno da esfera, mais arestas surgiram da base formando uma proteção em torno da esfera e dos anéis. Os anéis começaram a girar velozmente em torno da esfera que se tornava cada vez mais vívida. De repente, a esfera energizada implodiu e explodiu.

As pessoas corriam a toda velocidade tentando se afastar o máximo possível da zona de explosão, mas poucos conseguiam. A poeira levantou juntamente da fumaça e só quando se dissiparam o tamanho do estrago pode ser visto. Dez quarteirões haviam sido completamente dizimados, não havia restado nada, nem carcaças de edifícios e muito menos sobreviventes, pelo menos não os que foram pegos pega ignição explosiva que aparentemente os queimaram até não sobrar mais nada.

Superman e Flash foram os primeiros a chegar ao local, seus olhos não eram capazes de acreditar no que viam. Não restava mais nada, onde antes era cidade agora era apenas uma enorme cratera de terra vermelha.

— Devíamos ter chegado mais rápido. — Lamentou Flash.

— Sim, devíamos. — Concordou Superman.

— Eu vou correr, não é possível que não tenha sobrado nada, nenhuma bomba é capaz de fazer isso.

Superman assentiu e logo Flash correu na direção da cratera. O velocista correu a toda velocidade e assim que avançou o perímetro da pite teve seu corpo arremessado para trás. Alguma coisa impediu sua passagem, alguma coisa muito dura.

— Cara, que brincadeira é essa? — Indagou Flash ao ser amparado por Superman.

— É uma barreira — Disse Superman.

Superman deferiu socos na barreira numa tentativa falha de desestabiliza-la, mas o único resultado foi uma corrente elétrica de altíssima voltagem se dissipando por todo seu corpo. De repente, uma serpente com mais de doze metros de altura surgiu pelo mesmo local onde Superman tinha socado anteriormente. Suas escamas eram brancas azuladas, seus olhar era frio como o gelo, a cobra branca abriu a boca e no fundo de sua garganta formou-se uma esfera de energia azul que se propagou na direção de Flash e Superman, graças a agilidade de ambos os heróis, eles conseguiram escapar com êxito. Superman abriu voo na direção da cabeça da cobra e distribuiu socos por sua cabeça enquanto Flash desviava das rajadas de energia que a serpente atirava pela boca. 

— Chamem o controle de animais selvagem, por favor! — Exclamou Flash em um tom bem humorado.

A serpente não esboçava nenhum sinal de dor com os ataques de Superman, muito pelo contrário, era o homem de aço quem estava sendo ferido.

— Minhas mãos, elas estão sangrando. — Articulou Superman totalmente surpreso. — Isso é impossível.

Mais quatro cobras iguais a primeira surgiriam do portal rastejando na direção do velocista que brincava de ziguezague para não ser atingido por nenhum tiro. Destino surgiu de um portal interdimensional juntamente de toda a Liga que apesar de assustada, mantinha-se firme.

— Isolem a área, as forças armadas não podem entrar em contato com essa barreira. — Disse Destino.

— Que barreira? — Indagou Gavião Negro.

Senhor Destino voou pelos ares até uma altura considerável e usou sua magia para tornar visível uma barreira que envolvia todo o local como uma cúpula.

— O que diabos é isso? — Questionou Flash.

— Perguntou pra pessoa errada, ligeirinho. — Respondeu Arqueiro Verde.

— Seja o que for não deve ser invencível. Ataquem. — Ordenou Mulher-Maravilha.

A amazona puxou sua espada correndo na direção da cobra maior, a mesma que Superman combatia e então enfincou a espada em seu corpo rasgando parte da pele. Ao remover a espada ela percebeu que não havia sangue, na pele da enorme serpente, uma crosta de gelo se formou e em questão de segundos ela tinha se regenerado por completo.

Separados em grupos de três, a liga tentava a todo custo abater as cobras, mas nada parecia funcionar, exceto pelos gritos sônicos de Canário Negro que as atordoavam.

— É magia! — Exclamou Superman. — É a única explicação pra meus ferimentos.

Ele mostrou suas mãos arranhadas para Batman que olhou para o Senhor Destino. Ao mesmo tempo, serpentes brancas menores surgiram, elas eram ainda mais rápidas que as maiores e seus tiros de energia eram mais calculados e para o azar da Liga, Canário Negro foi abatida. Ao ser atingida pelo raio, o corpo de Canário foi preso dentro de um iceberg que sumiu logo em seguida. 

 

Monte da Justiça, 5 de Abril – 13:33

 

O alarme soava alto, todas as luzes da montanha piscavam em alternações de amarelo. Haviam muitos sinais codificados pelos computadores da caverna, cada sineta indicava um considerável problema diferente, entretanto, o alarme que agora ecoava por toda caverna nunca havia soado nenhuma vez.

A equipe estava toda reunida no hangar devidamente uniformizados, com exceção de Bloom e Zatanna. Minutos antes de toda confusão começar, Bloom fora chamada urgentemente para Magix e resolveu levar Zatanna junto. ­

Todos encaravam a enorme tela holográfica de mais de setenta polegadas que estava ligada ao jornal local que noticiava a devastação da capital dos Estados Unidos e a cúpula turmalina de onde todas as serpentes saiam. O que mais chamava a atenção dos heróis era o fato de poucos membros da Liga estarem presentes no local.

­

— Asa Noturna, o que exatamente esse som significa? ­— Indagou Besouro Azul.

O rapaz manteve-se calado enquanto todos olhavam para sua face visivelmente preocupada, nessa altura do campeonato todos sabiam que a situação não era nada boa, principalmente Miss Marte que sabia exatamente o que se tratava.

A janela holográfica surgiu no meio do hangar, desativando o noticiário. Um holograma do Batman se formou e então disse:

— Se essa gravação for acionada, saibam que a Liga da Justiça foi comprometida ou dizimada, em outras palavras não há maneira de salvarmos a população e nem sequer a nós mesmos. Vocês foram treinados para lidarem com as mais diversas situações seja em nossa presença ou ausência. Essa batalha agora é de vocês.

O silêncio foi tão imediato quanto o burburinho que veio logo em seguida, apesar dos veteranos estarem calmos a histeria dos novatos era um pouco incomodo. Nenhum deles conseguia acreditar que a Liga havia sido vencida tão facilmente.

− Então isso significa que... – Objetou Moça-Maravilha.

− Vamos lutar. É claro. – Afirmou Superboy.

− Para os tubos zetas. – Ordenou Asa Noturna. — A partir de agora somos a Liga da Justiça...


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Notas finais do capítulo

Por favor, me digam o que acharam. Sério.

Eu não vou abandonar a fic, prometo, mas o processo criativo está cada vez mais difícil e a única coisa que Child e eu (Larinna) queremos é o apoio de vocês.