Moments escrita por Marih Yoshida


Capítulo 20
XX


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores!
Sinto muito pela demora! Muita coisa aconteceu nos últimos meses, além da desanimação por termos só dois comentários no último capítulo. De qualquer forma, muito obrigada à Ally e Aluada pelos comentários ♥
Espero que gostem desse capítulo!



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Nico soltou a fumaça pela boca num suspiro. Ele parara de fumar há muito tempo, mas às vezes colocar um cigarro aceso na boca era relaxante.

Já fazia quase duas horas desde que Megan fora dormir, e ele ainda estava no mesmo lugar. Não Ia conseguir dormir se tentasse, então continuava ali. Era seu lugar preferido da casa, de qualquer forma.

Pensava sobre esses dois mundos colidindo. Mesmo que, dos que estavam ali, apenas Percy realmente fazia parte de seu passado, ainda era muito estranho pensar em sua vida em Nova Iorque e sua vida na Inglaterra juntas.

Ele percebeu, quase como um estalo, que não queria voltar para o passado. Era verdade que sentia falta dele, mas não queria que as coisas voltassem a ser como eram antes. Porque elas nunca voltariam, porque ele não era mais a mesma pessoa e estava feliz com isso. E porque mesmo que todos estivessem juntos de novo, como se tivessem parado de onde foram interrompidos, ainda sim, nunca seria a mesma coisa.

Pensou sobre Thalia. Ele não estava apaixonado por ela, nem ao menos a conhecia mais. E ela tinha toda razão do mundo para dizer que o beijo só fora uma recaída, mas nunca poderia dizer que não significara nada. Naquela casa, o lugar que se viram pela última vez, era mais do que natural que as lembranças se sobrepusessem ao novo eu deles, porque haviam tantos assuntos inacabados, tanta tristeza e tanta alegria entre eles, era impossível que os momentos que passaram juntos fossem ignorados.

Mas aquele eles que estava na casa não existia mais. O “nós” entre os dois também não existia mais. Não adiantava forçar isso contra. Se alguma coisa tivesse que acontecer entre eles, isso teria que ser entre os atuais Nico e Thalia, e não por causa das boas lembranças. E, se tivesse que acontecer, se em algum lugar estivesse escrito nas estrelas, então só o tempo ia mostrar isso.

Sorriu, olhando para o sol que nascia.

Nico pensava sobre o passado sim. Mas, pela primeira vez em muito tempo, ele pensava com um carinho e uma alegria que quase não cabiam em seu peito. E uma saudade gostosa, que fazia seus olhos brilharem.

Nico pensava sobre o presente também. Porque ele queria que esse presente fosse, algum dia, o passado que ele pensava e sentia um calor bom no peito, como um abraço da sua irmã ao chegar em casa. E ele tinha certeza que seria, porque pensar nas pessoas que estavam com ele, pensar naquela peça de teatro e em todos os seus alunos que o amavam, pensar em si mesmo, tudo isso o provocava um sorriso gigante em seu rosto.

Apagou o cigarro no cinzeiro e fechou os olhos, sentindo o vento lhe tocar o rosto delicadamente, sentindo a luz do sol cada vez mais clara e o calor cada vez um pouco mais forte. Sentindo que estava tão leve que poderia flutuar.

~^~

Connor riu quando Bianca bateu em seu ombro de leve. Quando voltaram da peça, no dia anterior, se sentaram de baixo daquela árvore e conversaram até se darem conta de que o sol estava nascendo.

Agora o homem aproveitava a iluminação do começo do dia para tirar fotos dela, que sempre se sentia envergonhada quando percebia o flash da câmera em seu rosto.

Com Bianca usando a coroa de flores improvisada que ele fizera, era como ter uma deusa deitada em seu colo. Seu rosto, sua voz, seu cheiro, sua risada, era incrível como cada parte de Bianca o encantava.

Ela olhou para seu rosto e abriu um sorriso grande, pegando a máquina fotográfica da mão dele e apontando para seu rosto, tirando uma foto antes que ele pudesse reagir.

— Você fica tão bonito quando ri que eu não resisti! – Ela riu, e logo Connor ria junto, aceitando o calor que crescia em seu peito por causa do elogio. Se inclinou para frente, porque parecia que a grama ficara mais verde com a risada dela, e porque, Deus, como ele queria beijá-la!

Não quebrou contato visual enquanto se aproximava de seu rosto. A respiração de Bianca ficou mais lenta e ela fechou os olhos, e Connor parou por um segundo, para que pudesse tirar uma foto em sua cabeça daquele momento, então seus lábios se encontraram.

Connor nunca tinha sentido as famosas borboletas no estômago antes, ou visto fogos de artifício, ou qualquer uma daquelas coisas. Mas com Bianca ele se sentia um adolescente bobo dando seu primeiro beijo. Ela segurava seu pescoço, o puxando para baixo. Ele usou um dos braços para se apoiar no chão e com a outra mão acariciava sua bochecha.

Foram interrompidos pelo toque do celular do homem. Ele queria apenas ignorar e continuar o beijo, mas ela se afastou dele com um sorriso. Pegou o celular, atendendo sem ver quem era, porque anda estava muito hipnotizado com o rosto da mulher à sua frente.

— Connor? – Um soluço de Brianna o tirou do transe. – E-Eu ‘tô com medo!

— O que aconteceu? – Se sentou direito. Bianca se sentou também, percebendo sua expressão preocupada.

— E- Eu não sei! – Ela chorava e suas palavras se embolavam. – Eu ‘tava no carro com a mamãe e tudo começou a girar! A mamãe tá sangrando, e ela não me responde!

— Eu... Eu vou passar o telefone para a Bianca e vou tentar falar com um dos meus irmãos, está bem? – Falou com o máximo de calma que tinha naquela situação, enquanto rapidamente passava o celular para a mulher e pegava o que ela lhe estendia, com um sorriso de agradecimento.

Discou rapidamente o número de Travis, sabia que ele ainda estaria acordado, trabalhando. Sua mão tremia enquanto ouvia o tu do celular. Quando seu irmão atendeu, nem deu tempo para que ele perguntasse quem era. Falava tão rápido com o irmão, que, no fim, estava ofegante.

— Certo, eu vou pedir pro papai cuidar do trabalho e dar um jeito de você voltar ainda hoje. – Travis respondeu e o outro pôde ouvi-lo digitando algo no computador. – Vou falar com um amigo da polícia para descobrir onde foi o acidente e enviar uma ambulância o mais rápido possível.

— Obrigado, Trav. – Connor suspirou. – Quando vai falar com Luke?

— Assim que ele me atender. – Travis parecia irritado. O mais novo podia imagina-lo com um telefone de cada lado do ouvido, mexendo no computador da empresa, provavelmente xingando Luke. - Faça suas malas o mais rápido possível, você sai no voo das seis e meia. Diga seu nome para os segurança, eles vão te deixar passar direto.

E desligou antes que o irmão pudesse falar qualquer coisa. Connor olhou as horas, tinha uma hora para estar no aeroporto, e não sabia como iria fazer isso.

— A avise que Travis está a caminho. – Se levantou depressa, sendo seguido pela mulher que falava calmamente ao telefone. – Tem alguma maneira de eu estar no aeroporto antes das seis e meia?

Bianca desligou o celular, já que os bombeiros chegaram aonde Brianna estava, e pegou seu próprio celular na mão de Connor.

— Só se a motorista for a Phoebe. – Respondeu. – Arrume uma mochila só, o Nico pode levar o resto para você quando ele voltar. Eu estou indo com você.

— Não precisa Bia! – Tentou protestar, mas ela já estava falando ao telefone de novo e se dirigindo ao quarto que dormia. Connor foi para o quarto que estava dividindo com Percy e Megan e, o mais silenciosamente possível, pegou algumas roupas de sua mala e colocou na pequena mochila que tinha levado.

Quando saiu, Bianca já estava na sala. Ela não usava a coroa de flores mais e seu cabelo estava preso, além de ela ter pegado uma jaqueta e estar com uma bagagem de mão. Nico estava lá também, o ofereceu uma xícara de café.

— Phoebe deve chegar aqui a qualquer minuto. – A mulher avisou, colocando sua xícara na mesa de centro. – Não se preocupe, nós vamos chegar a tempo!

— Se vocês não morrerem no caminho. – Nico murmurou, recebendo um olhar irritado da irmã. – Certo, assim que todos acordarem eu explico o que está acontecendo. Mas não vai ser tão fácil para nós mudar a data da passagem, então talvez só voltemos depois de amanhã.

— Está tudo bem. – Connor sorriu. – Obrigada por tudo.

Nico e Bianca sorriram, e Connor achou engraçado o quanto eram parecidos quando estavam lado a lado. Apesar de sua pequena garotinha ter sofrido um acidente, ele se sentia bem em estar sendo tão bem tratado pelos irmãos di Ângelo.


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Notas finais do capítulo

E então?
Eu sei que não tenho sido uma escritora muito presente ultimamente, mas isso não diminui o meu amor por vocês, ou pela escrita. E mesmo que eu abra o word muito menos do que antes, eu ainda me pego escrevendo trechinhos de coisas aqui e ali de vez em quando.
Eu queria pedir para que não desistam de mim. Para que, se estiverem tristes ou insatisfeitos, me avisem. Porque eu não posso mudar se não souber o que mudar. E porque, quanto mais silencio fizerem, mais eu vou sentir que não sou o suficiente, e isso vai fazer com que eu pare de escrever aos poucos.
Era isso. Por favor, comentem! Eu estou tentando, e tenho a Tia Ally Valdez como prova, ser uma autora regular. Eu juro. Então, por favor, tentem comentar, nem que seja uma coisinha pequena.
Vou tentar postar mais um capítulo ainda esse mês, certo?
Byezinhoney~



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