Moments escrita por Marih Yoshida


Capítulo 21
XXI


Notas iniciais do capítulo

Hey amores!
Eu sei, demorei dois meses para aparecer, me desculpem!
Não vou criar uma lista de motivos para eu ter desaparecido, porque são os mesmos de sempre.
Meus agradecimentos à Aurora das loucuras, à Queen E e à Aluada pelos comentários, eu amo vocês!
Espero que gostem do capítulo!



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Estavam no avião há cerca de duas horas. Não se falaram muito desde que saíram da casa do di Ângelo, um pouco por causa da situação, um pouco por causa do beijo. A verdade é que a cabeça de Connor rodava com tudo o que tinha acontecido, e ainda mais por não ter dormido, e ele suspeitava que Bianca estivesse num estado parecido.

Queria aproveitar as horas de voo para descansar, mas não conseguia. Estava preocupado com Brianna, pensava no beijo e seu corpo inteiro parecia cansado demais para dormir. Olhou para o lado, para Bianca. Ela dormia tranquilamente, encostada na poltrona. Delicadamente, ele puxou a cabeça dela até seu ombro, ajeitando-a melhor.

Esperava, em algum momento, falar sobre o beijo com Bianca. Talvez ele não tivesse significado nada para ela, mas a verdade era que Connor estava se apaixonando pouco a pouco por aquela mulher, e se sentia perdido.

Depois de algum tempo, acabou adormecendo com sua cabeça apoiada na de Bianca, sentindo o cheio cítrico de seu shampoo e pedindo a quem quer que estivesse cuidando dele para que algum dia ele pudesse chama-la de sua.

~^~

Nico sempre levava sua irmã para todos os lugares que ia, primeiro porque sabia que ela era tímida demais para fazer amigos sozinha, e segundo porque ele realmente gostava de tê-la por perto.

Por essa razão, ambos os gêmeos praticamente moravam na casa dos Grace. Sempre que ia visitar a amiga/namorada – o que ele preferia, visto a bagunça de sentimentos que sua casa era – sua irmã era praticamente obrigada a ir junto.

A principio, Bianca ficava com a mãe de Thalia, que a adorava e tratava como filha. É claro que Bianca já conhecia Jason, ele era um dos melhores amigos de seu irmão, mas não se achava com intimidade o suficiente para ir incomodá-lo enquanto jogava seu vídeo game no quarto. Isso mudou em um dia que Bianca estava sentada sozinha no sofá da sala, vendo o que passava na televisão como uma criança obediente. Jason chegara em casa depois do basquete que jogava quase toda quarta feira, e estava eufórico porque ganhara.

Depois daquele dia, quando Jason se sentou do lado dela e começou a falar sobre o quão emocionante fora a partida, ele nunca mais a deixou sozinha. Tanto na escola, quando em sua casa, ele sempre arrumava um jeito de começar a falar com ela. E Bianca adorava não ter mais que ficar sozinha.

Não foi nada grandioso como começou; estavam no quarto de Jason, ela aconchegada entre as pernas dele, os dois jogando um jogo antigo que Bianca adorava, e ela tinha ganhado a partida. Entre o sorriso orgulhoso que ela dera e a dancinha, Jason a beijou.

Se perguntassem ao loiro o que ele mais gostava nela, ele poderia fazer uma lista gigantesca. Amava como ela era pequena e cabia direitinho em seu abraço, amava o quanto ela era tímida e como ficava vermelha quando ele a elogiava em público, amava como ela podia ouvi-lo falando por horas sobre basquete.

E não era diferente para Bianca: ela amava muita coisa no loiro também. Em como os dois conseguiam se entender sem palavras, amava como ele a abraçava quando dormiam juntos, como ele a abraçava delicadamente, como ele ficava quando colocava os óculos para leitura.

Eram um casal totalmente diferente do casal que seus irmãos formavam. Thalia e Nico eram exagerados, seu relacionamento era ao extremo;  ora gritavam a quem quisesse ouvir que se amavam, ora gritavam que se odiavam;  Bianca e Jason eram calmos. Gostavam das coisas pequenas, como passar a tarde inteira apenas abraçados vendo algum filme.

E tão suave e calmo como começou e durou, o relacionamento entre os dois acabou. Sem brigas, sem choro ou desespero, foi uma coisa conversada. E a amizade entre eles era tão bonita quanto o romance que um dia fora. Quando Bianca e Nico foram embora, ela lhe mandou uma pequena mensagem, dizendo que estava tudo bem.

~^~

O avião pousou quando o céu já estava escuro. Connor acordou a mulher ao seu lado e se divertiu com a carinha de sono que ela estava no caminho até o carro. Quem cuidava do aeroporto era Hermes, que tinha um sorriso triste no rosto.

Não demoraram a chegar ao hospital em que Brianna estava. Seus nomes já estavam na recepção e puderam passar para a sala de espera sem problemas. Todos olharam preocupados para Connor, que tinha um olhar desesperado nos olhos.

— Cadê ela? – Perguntou. – Cadê a minha Brianna?

Travis se levantou, andando até o irmão.

— A Bri está descansando. – Sua voz era calma, como se falasse com uma fera. E Connor soube, antes mesmo de o irmão o olhar nos olhos, que havia alguma coisa. – Ele está bem, mas... Miranda não resistiu. Brianna está órfã.

Connor passou seu olhar para May, que chorava abraçada ao filho. Andou até ela, porque parecia a única coisa que poderia fazer ali, e se agachou, colocando a mão em seu ombro.

— Sinto muito, May. – Disse, com o máximo de sinceridade que poderia. – Eu não posso nem imaginar como é perder um irmão.

— Obrigada Connor! – Ela sorriu fraco para ele, se aninhando ainda mais no filho. – Você e Trav, vocês não são meus filhos mas eu sinto como se fossem. Vocês são especiais para mim!

Connor a abraçou. Realmente imaginava a sensação de perder um de seus irmãos, e sentia que se acontecesse ele nunca poderia ser feliz de novo, Travis e Luke eram tudo para ele. Se afastou da mulher, indo conversar com Travis.

— Brianna já sabe?  - Perguntou.

— Não, nós queríamos que você contasse. – O mais velho respondeu. – De todos aqui, você é o que ela mais confia.

— Certo. – Balançou a cabeça. – E... o que vai acontecer com ela? Quero dizer... Sem mãe, sem pai... Ela vai para onde?

— Aparentemente, a guarda dela vai para May. – Travis tinha um olhar sério. – Mas... a May não tem uma boa condição para cuidar de uma garota como a Bri... E, ela está devastada. Eu não sei se é o melhor para as duas.

Connor concordou. Travis lhe disse para ir ver a garota, conversar com ela e explicar o que estava acontecendo.  E, suspirando fundo, ele se virou, olhando de relance para Bianca, que falava ao telefone, provavelmente com os pais.

~^~

— Seria uma pena se não víssemos ele! – Percy falava com Thalia, sobre a volta de Jason, quando ouviu o piano tocando na sala ao lado. Andou até lá, ainda com o telefone na orelha, mas sem prestar atenção ao que a mulher falava. Nico começava a tocar uma música. – Lia, ouve isso! – cortou a mulher, colocando o telefone no viva voz e aproximando da sala, sem que Nico percebesse.

Thalia parou de falar assim que ouviu a voz de Nico. O som não era muito bom, por ser do celular, mas ainda sim era algo gostoso de ouvir. Ela conhecia a música, Impossible Year. Em pouco tempo, já tinha se esquecido do que falava com Percy, e apenas prestava atenção à música, cantarolando junto.

Não tinha percebido do quanto sentia falta da voz de Nico.

Quando a música acabou, Percy voltou a falar, mas ela já não conseguia voltar a prestar atenção na conversa. Se despediu, desligando o aparelho e deitando-se na cama. Estava no apartamento que dividia com Annabeth, sozinha, pois a amiga estava trabalhando e seu irmão na casa de sua mãe.

Fechou os olhos, deixando a sensação de nostalgia ficar em si. Naquele momento, só naquele momento, se deixou confessar que ainda estava apaixonada por Nico, que queria, mais do que tudo, voltar para os braços dele.


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Notas finais do capítulo

E então?
Eu espero que tenham gostado!
Vou tentar aparecer com mais frequência, certo?
Por favor, comentem o que acharam, isso motiva o autor!
~Byezinhoney :3



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