Memory of the Future - Parte 2 escrita por chrissie lowe


Capítulo 8
The Forbidden City


Notas iniciais do capítulo

Oie! Como vão vcs? Sejam bem vindos a mais um capítulo de Memory of the Future 2 uhuuu! Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/646137/chapter/8

— O que faremos quando chegarmos lá? – Perguntou Clara assim que entrou no dormitório.

— Bom, primeiro chegaremos até lá. – Respondeu o Doutor.

— Sério mesmo? O plano vai ser esse? – Perguntou Clara com uma expressão ranzinza no rosto.

— Depois resolvemos o que faremos. – Disse ele. – Talvez encontremos esse homem misterioso que Claire mencionou, ou não. Tudo ao seu tempo. 

— Inacreditável! – Resmungou a moça sentando-se na cama. – Tá, mas como sairemos daqui sem que Claire ou outra pessoa nos veja? Deve ter umas cem crianças vivendo aqui.

— Agora estamos na parte que realmente interessa! – Disse o Doutor levantando-se abruptamente. – Está com o mapa que Claire lhe deu?

— Ah sim, está aqui. – Respondeu Clara tirando o papel de dentro da bolsa. 

— Bom, vejamos o que temos aqui. – Disse o Doutor desenrolando o mapa e abrindo-o bem na sua frente. – Todos devem estar jantando aqui agora e deve ter gente na cozinha também. – Disse ele apontando para o salão indicado bem no centro do mapa e depois para a cozinha, próxima ao canto direito do mapa. – Esses cilindros desenhados devem ser os elevadores, então… Então poderíamos pegar este elevador aqui. – Concluiu ele apontando para um cilindro no lado oposto do salão.

— Mas não sabemos para onde esses elevadores nos levarão. 

— Então teremos que descobrir, não é?

Clara apenas olhou para o Doutor, revirando os olhos. 

Decididos a pegar o elevador mais distante do salão, o Doutor e Clara deixaram o dormitório e seguiram pelos túneis indicados no mapa. Eles tiveram que tomar cuidado para não se perderem, pois vários dos túneis eram semelhantes entre si, portanto, fácil de serem confundidos.

— Claire disse que foi o irmão que construiu esse lugar. – Comentou Clara. – Conhece ele?

— Tenho algumas lembranças dele. – Respondeu o Doutor sem tirar os olhos do mapa. – Era um bom irmão, sempre preocupado com ela, mesmo tendo as suas próprias obrigações. Só espero não revê-lo justamente agora.

— Ah sim. – Respondeu ela.

Depois de caminhar por entre os túneis, os dois finalmente encontraram o elevador indicado no mapa. Para a sorte deles, não havia ninguém o guardando, então eles rapidamente entraram e para uma maior sorte ainda, havia somente um único botão.

— Bom, vamos lá! – Disse o Doutor empolgado.

Então ele apertou o botão e os dois sentiram o solavanco súbito do elevador que agora seguia para a superfície. Quanto mais o elevador se aproximava do seu destino, mais era possível ver a luz do sol e isso incomodava os olhos do Doutor e de Clara.

— Nossa, nem ficamos tanto tempo aqui embaixo. – Comentou Clara protegendo a vista com as mãos.

Os dois chegaram à superfície poucos segundos depois e, depois de conferir se havia alguém por perto, abriram a porta de vidro e saíram.

— Está vendo algo familiar? – Perguntou Clara.

O Doutor olhou ao redor, mas não parecia ser o mesmo lugar no qual estavam antes de serem capturados por Rhonda e os outros jovens.

— Não devemos estar muito longe. Tente encontrar a TARDIS. – Pediu ele.

Nisso, os dois foram caminhando sem rumo em busca do lugar de onde haviam aparecido antes. Felizmente, não levou muito tempo até que avistassem a caixa de madeira azul a alguns metros de distância.

— Olha, Doutor! A TARDIS! 

O Doutor sorriu ao ver o pequeno ponto azul e estava prestes a acelerar o passo, mas repentinamente parou.

— Tem alguém vigiando a TARDIS. – Sussurrou ele apontando para um vulto acinzentado ao lado do ponto azul.

Clara cerrou os olhos tentando enxergar melhor e viu que se tratava do mesmo rapaz de cabelos castanhos espetados que os encontrara antes.

— Como o tiraremos dali?

O Doutor começou a pensar em alguma forma de despistar o garoto. Ele olhou em volta, mas tudo o que tinha disponível era algumas pedras. 

Ele arqueou uma das sobrancelhas com um sorriso de satisfação no canto da boca e, então, pegou uma das maiores pedras que encontrou.

— O que está fazendo? Queremos despistá-lo e não apedrejá-lo! – Exclamou Clara sem entender a real intenção do Senhor do Tempo.

Sem responder a moça, o Doutor tomou impulso e jogou a pedra o mais longe que pode na direção oposta da TARDIS. A pedra atingiu a lataria de um carro, fazendo um som alto e que acabou por atrair a atenção do garoto.

— O que estava dizendo? – Perguntou o Doutor em tom de deboche.

— Nada. – Resmungou ela. 

Os dois correram para dentro da TARDIS antes que o garoto voltasse. Clara estava feliz em ver aquele ambiente familiar novamente, pois parecia que haviam saído de lá há dias.

— Espero que não tenham feito nada com você. – Disse o Doutor passando a mão pelo console frio. – Bom, a Cidade Proibida fica no centro de Londres, certo? Vamos ver o que nos espera.

Então, o Doutor digitou as coordenadas para a TARDIS e puxou a alavanca, fazendo o grande tubo no centro do console subir e descer, enquanto o motor da nave emitia seu ruído característico.

A nave se silenciou poucos segundos depois. O Doutor observou o lado de fora da TARDIS pela tela no console para garantir que não haviam estacionado em algum lugar perigoso e, em seguida, abriu a porta e saiu, seguido por Clara.

O que viram logo a sua frente era inacreditável.

Os dois se encontravam bem na entrada da Cidade Proibida. Um grande portal arqueado feito de metal demarcava o início do que seria a civilização perfeita. 

— Como entraremos? 

— Com isso. – Respondeu o Doutor tirando a chave de fenda sônica do bolso.

Ele, então, apontou a chave para a grade, cuja fechadura se abriu quase que instantaneamente.

— Pronta? 

— Com certeza. 

Os dois adentraram a Cidade de mãos dadas e não puderam evitar em abrir a boca e arregalar os olhos diante do que viam.

O lugar era amplo. O céu era incrivelmente azul e tão limpo e brilhante que parecia ser possível ver as estrelas, apesar de ainda ser dia, muito diferente do céu cinzento e morto que haviam visto há poucas horas do lado de fora da Cidade. O sol iluminava a cidade e seus raios refletiam sobre os arranha-céus espelhados. Uma brisa fresca corria, fazendo a camisa de cetim verde de Clara esvoaçar. O chão onde pisavam parecia ser feito de porcelana. Passarelas protegidas por vidros esverdeados cruzavam os céus, indo de uma construção para outra e acompanhavam os trilhos de trem compostos apenas por o que parecia ser dois fios muito finos e que apareciam somente quando o trem passava por cima deles. Um rio, provavelmente o Tâmisa, percorria dentre as ruas com suas águas cristalinas. Globos acrílicos, provavelmente utilizado como meio de travessia entre uma ponta do rio e outra, percorriam as águas lentamente. A vegetação era verde e fresca e contrastavam-se com a modernidade e beleza dos edifícios e meios de transporte que corriam de um lado para outro. 

— Isso… Isso é incrível. – Sussurrou Clara boquiaberta.

— Mas como isso é possível? Tudo não passava de ruínas a apenas alguns metros atrás! – Exclamou o Doutor.

Eles continuaram caminhando e se impressionavam ainda mais a cada passo que davam. Entretanto, algo chamava a atenção do Doutor.

— Claire disse que somente os atualizados podem viver aqui. – Lembrou ele. – Mas onde será que eles estão?

— Bom, independente de onde estejam, é melhor andarmos com mais cuidado. Não sabemos o que poderemos encontrar. – Advertiu Clara.

— Está bem, está bem. – Respondeu o Doutor.

Os dois viajantes seguiram caminhando a passos lentos pelas ruas da Cidade, que parecia se glorificar mais a cada passada que davam, até que o Doutor obteve a resposta de sua pergunta anterior.

Pareciam estar no centro da Cidade. Várias pessoas andavam de um lado para outro. A maioria se concentrava ao redor de um enorme e imponente edifício branco mais a frente, porém, havia algo em comum entre todas elas.

— São todos ciborgues. – Sussurrou Clara.

Partes artificias misturavam-se às orgânicas. Alguns tinham menos partes mecânicas do que outras, mas alguns outros pareciam não possuir parte orgânica alguma, sendo compostos apenas por um corpo metálico e um rosto que outrora pertencera a um corpo orgânico. Seus olhares eram sérios, frios e sem vida, os rostos não transmitiam emoção nenhuma e eles pareciam excessivamente focados no que estavam fazendo. 

Clara se sentiu incomodada ao ver a artificialidade de todas aquelas pessoas.

— Isso é tão estranho. Nem parece que estão vivas. – Disse ela.

— Talvez eles tenham alterado a parte emocional. Tenho medo de até onde isso pode chegar. – Disse o Doutor receoso.

Os dois se viram parados no meio de todos aqueles ciborgues. Não havia nenhuma placa indicando onde estavam. Talvez os ciborgues já tinham os locais salvos em suas memórias e não precisassem de placas.

— O que faremos agora? – Perguntou Clara.

— Por que não entramos nesse prédio tão majestoso? – Sugeriu o Doutor apontando para o edifício a sua frente.

— Não sei se é uma boa andarmos tão tranquilamente por aqui. Não demorarão muito para perceberem que não somos como eles.

— Ciborgues geralmente são lentos para perceberem coisas que vão além de sua programação. Os Cybermen que o diga. – Respondeu ele acelerando o passo.

O Doutor e Clara seguiram até o edifício central. Clara ainda sentia receio em andar no meio de tantos ciborgues. Não podia prever o que eles eram capazes de fazer.

No entanto, antes que pudessem se aproximar da porta de vidro do edifício, cinco ciborgues saíram rapidamente de dentro dele emitindo um sinal de alerta e avançaram no Doutor e em Clara . Os dois pularam para trás de susto.

— Orgânicos são proibidos de adentrarem os portões da Cidade. – Alertou um dos ciborgues com uma voz robótica e monótona. – Os invasores devem ser levados para interrogatório.

— Parece que não são tão lentos assim. – Ironizou Clara. – O que faremos?

— O que eu faço de melhor, interrogar. – Respondeu o Doutor. – Vamos! Vamos ao interrogatório! – Ordenou ele aos ciborgues e levantando os braços em sinal de rendição.

Dois dos ciborgues se entreolharam, sem mudar suas expressões vazias, e depois, cercaram os dois intrusos para levá-los para dentro do edifício.

— Mal posso esperar para ver o que nos aguarda. – Comentou o Doutor com um sorriso de satisfação e curiosidade no rosto.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ih, e agora? O que acontecerá com o Doutor e Clara? Não deixe de acompanhar os próximos capítulos para descobrir a resposta hehehe. Bom, é isso por hoje, espero que tenham gostado. Obrigada a todos que vem curtido e comentado a fic! Até a próxima!