Alien Panic escrita por Metal_Will


Capítulo 128
Crise 128 - Quente ao Extremo




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Conseguimos o primeiro fragmento do último cristal Eternium. Segundo as pesquisas de Estrela, haviam quatro fragmentos espalhados pelo universo e tínhamos as localizações, mas certamente não será fácil pegar todos eles. O segundo local mais próximo apontado pelo radar de Estrela nos levou a um local bastante parecido com a Terra. As condições pareciam bem semelhantes ao meu planeta natal, só que, ao mesmo tempo, era justamente no tipo de localização que eu não era muito bem adaptado: uma selva ou floresta.

—Onde estamos agora? - perguntei.

—Parece uma zona não habitada – disse Estrela, observando o local – Mas pelo menos tem condições bem semelhantes à Terra. Não vamos precisar nos preocupar com sobrevivência.

—Acha mesmo? - falei, limpando o suor do meu rosto – Que calor é esse? Esse lugar está super quente!

—Bom, não é muito diferente de uma zona de mata tropical da Terra – explicou Estrela – Mas, por via das dúvidas...

Ela abriu um portal e voltou poucos segundos depois trazendo um tipo de spray. Também havia trocado de roupa, mudando do estilo simples de antes para uma camiseta regata branca e botas de exploração bem grossas.

—Use isso – disse ela, ao me passar o spray.

—O que é isso? - perguntei.

—Um repelente. Mas é um repelente que funciona não apenas para insetos, mas para outros animais também – disse Estrela – O cheiro dele é entendido como uma ameaça para praticamente qualquer predador. É essencial no kit de viagem de campo de qualquer ecologista intergaláctico.

—Puxa, legal – falei, passando o spray – Detesto insetos. Eles são pequenos, mas muito irritantes.

—Pequenos? Aquilo ali? - perguntou Estrela, apontando para um mosquito voando próximo de nós. O mosquito era maior que um pássaro.

—Q-Que bicho é esse? - gaguejei, quase caindo para trás. Coragem não era bem meu forte, caso não tenham percebido.

—Não dá para esperar os mesmos organismos da Terra, Vitor – explicou Estrela – Mas com esse repelente, não temos com o que nos preocupar. Pelo menos estaremos livres dos animais ferozes e insetos perigosos. Agora, precisamos detectar a localização do fragmento.

Estrela começou a mexer em seu Portal Gun, enquanto eu olhava para tudo bem admirado. Eram plantas e árvores estranhas para todos os lados. Para quem gosta de natureza devia ser um lugar interessante, mas eu queria era pegar o fragmento e cair logo fora dali. Finalmente, ela detectou alguma coisa.

—Ah, achei – disse ela – Está...lá.

Estrela apontou para uma grande montanha alguns quilômetros à frente. Mas não era uma montanha qualquer. Olhando para o topo dela era possível ver uma fumaça escura saindo. Era um vulcão ou algo do tipo.

—Mas aquilo é um...

—Um vulcão – disse Estrela, interrompendo minha fala – Vamos chegar mais perto.

Ela abriu um portal e, em poucos segundos, estávamos no pé da montanha.

—E então? - perguntei.

—Parece que está mais acima – disse Estrela – Talvez...esteja dentro do vulcão.

—Dentro do vulcão? - repeti – E como vamos pegá-lo?

—Uma coisa de cada vez, Vitor – disse Estrela – Vamos colher mais dados.

Ela continuou mexendo em seu Portal Gun até descobrir alguma coisa nova. Mas as notícias não eram muito animadoras.

—É – disse ela – Está mesmo dentro do vulcão.

—Então...é impossível pegá-lo? - perguntei.

Estrela ativou um outro aplicativo no Portal Gun e apontou para o vulcão. Estávamos na base dele e não havia nada além de uma grande montanha à nossa frente, mas a tecnologia w-ana conseguia tirar informações disso.

—Ah, entendi – disse ela.

—O que você fez? - indaguei. Era difícil entender muita coisa que Estrela fazia, ainda mais quando ela fazia sem falar o que estava fazendo.

—Simples. Usei um aplicativo capaz de mapear uma área fechada como a região interna do vulcão usando raios de alta frequência capazes de atravessar até rochas espessas como essa. Dentro do vulcão há várias plataformas e o cristal está justamente em cima de uma delas.

—Então...conseguimos pegá-lo? - perguntei – O cristal está mesmo acessível.

—Sim – confirmou Estrela – Vamos conseguir pegá-lo. Dessa vez até que foi fácil.

É verdade. Se não precisamos tirar de outra pessoa e apenas pegá-lo, então não havia mesmo grandes dificuldades. Estrela imediatamente abriu um portal e nos levou próximos do topo do vulcão.

—Caraca, está quente demais – falei – E essa fumaça? Não é tóxica, não?

—Não se preocupe. O repelente também evita que compostos tóxicos entrem no seu corpo – disse Estrela – Mas, olha, já dá para ver o cristal.

—Dá?

Estrela respondeu minha pergunta confirmando com a cabeça e apontando para dentro do vulcão. Com dificuldade, em meio a tanta fumaça, podia ver algo brilhando. Era pequeno, mas era perceptível um fragmento brilhante em cima de uma rocha no meio daquela lava borbulhante.

—E como vamos pegá-lo? - perguntei.

—Não é muito difícil – disse Estrela – Tenho um outro aplicativo capaz de criar um tipo de garra eletromagnética capaz de capturar o fragmento facilmente.

—Essa tecnologia é mesmo incrível – falei.

—Achei que já tinha se acostumado – disse Estrela, ativando o tal aplicativo.

—É meio difícil de se acostumar – expliquei. Não demorou muito para Estrela começar a puxar o fragmento, como se ele fosse atraído por magia. De acordo com a explicação de Estrela, o programa controlava o campo eletromagnético próximo possibilitando mover coisas à distância. Realmente muito útil. Em poucos instantes, o cristal estava em nossa mão.

—Conseguimos – disse Estrela.

—Conseguimos! Realmente, foi bem fácil dessa vez – comentei. Estrela me entregou o fragmento para vê-lo, mas, na hora em que isso aconteceu, o vulcão começou a se tornar mais turbulento. O pequeno tremor acabou me fazendo derrubar o cristal montanha abaixo.

—Ah, não. Caiu – falei.

—Tudo bem, temos o radar. Pegá-lo de volta será fácil – falou ela – Agora o mais importante é sair daqui.

—O que está acontecendo? - perguntei. Os tremores continuavam.

—Esse vulcão...está prestes a entrar em erupção – falou Estrela.

—O que disse? Erupção? Justo agora? - perguntei.

—Acho que usar a garra eletromagnética afetou o vulcão de alguma maneira. Vamos sair daqui – disse ela, abrindo um portal e nos levando imediatamente para longe do vulcão. De fato, assim que chegamos ao chão, vimos o vulcão entrar em erupção na mesma hora. Ele não expeliu muita lava, mas se estivéssemos perto por mais alguns segundos, teríamos derretido na hora.

—I-isso foi perigoso. Mas também foi incrível. É a primeira vez que vejo um vulcão entrando em erupção tão de perto – comentei.

—Bom para você – disse Estrela, voltando a mexer em seu Portal Gun – Agora vamos buscar o fragmento que você derrubou.

—Ah, é. Desculpe – falei – O tremor que veio de repente me fez derrubar. Essas coisas acontecem.

—Bom, vejamos...deve estar próximo ao pé do vulcão – falou Estrela – Mesmo que a lava o tenha atingido, é Eternium, não vai ser destruído tão facilmente.

—Que bom. Ainda vamos conseguir pegá-lo facilmente, né? - comentei.

Era o que parecia, mas, assim que pronunciei essas palavras, começamos a ouvir um barulho alto. Olhando para o céu, vimos uma grande nave se aproximando. Era enorme e não condizia muito bem com o ambiente selvagem daquele local.

—O que é isso? - estranhei.

—Parece...que não estamos sozinhos nesse planeta – disse Estrela.

O que seria aquilo?


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Notas finais do capítulo

Desculpe o capítulo chato (com tecnologia w-ana tudo fica bem fácil, né?), mas foi apenas uma introdução. As coisas ficarão mais interessantes no próximo capítulo.

Até lá! :)



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