Perfeitos Opostos escrita por Laura Coelho
Notas iniciais do capítulo
Desculpem, capítulo atrasou porque eu estava na casa dos meus tios. Espero que gostem do capítulo e boa leitura! :3 ♥
– O jantar está ótimo, mãe. – Elogiou Alexander.
– Obrigada. – Agradeceu Simone sorrindo. – E você Lohana, está gostando?
– Ah, concordo com Alex. Ótimo!
Simone sorriu novamente e seguiram com o jantar. Os quatro conversaram sobre várias coisas, e Lohana revirou os olhos quando James começou a falar na carreira de médico para Alexander.
Depois do jantar, Lohana se ofereceu para ajudar com a louça, mas Simone sugeriu que James a ajudasse, ele pareceu não gostar muito, mas ajudou.
– Alex, podemos subir para o seu quarto? – Sussurrou Lohana enquanto se dirigiam para a sala.
– Por que? – Perguntou Alexander surpreso.
– Preciso falar com você.
Alexander assentiu e os dois seguiram até o quarto em silêncio. Quando Lohana entrou, Alexander fechou a porta.
– Sabe se seu pai já traiu sua mãe? – Lohana perguntou logo de cara enquanto sentava na cama.
Alexander se surpreendeu com a pergunta e depois deu de ombros.
– Não sei... Notou algo? – Alexander sentou-se na cama também.
– O jeito que ele trata sua mãe, o modo como olhou meu decote...
Alexander ficou pálido.
– Ele fez isso?
– Sim, e pelo que notei, não foi uma olhada de reprovação.
– Eu sinto muito por isso, vou entender se você não quiser mais vir... – Alexander estava desesperado.
– Alex... – Lohana interrompeu. – Conheço vários do tipo do seu pai, meu irmão é assim! Então não se preocupe, só tenho pena da sua mãe.
– Eu também. – Alexander murmurou.
Eles ficaram em silêncio por um tempo. Lohana observava o quarto perfeitamente arrumado e bem decorado, mas quando olhou para Alexander, ele a encarava.
– Algum problema? – Ela perguntou, tirando-o de seu transe.
– N-Não, é só que... – Ele se interrompeu.
– Fala! – Lohana exigiu.
– É... Você já beijou muitos caras?
– Por que a pergunta? – Ela riu.
– Algum deles era esquisito como eu?
– Ah Alex... – Ela riu novamente. – Você não é esquisito. E nenhum dos caras que fiquei, tinha sequer metade da sua inteligência. – Ele sorriu tímido. – Mas o que você quis dizer com esquisito?
– Fora meus gostos, minha não vida social e etc... Olha, como vamos continuar isso se nem sequer sei como beijar uma garota decentemente?
Lohana sorriu.
– Você quer me beijar?
E então, Alexander corou como nunca.
– Calma Alex, estou tirando onda com a sua cara. Mas você tem razão, precisa aprender. – Lohana se aproximou dele. – Vamos lá, me beije.
– L-Lohana, não sei como começar isso...
– Vai me dizer que nunca beijou uma garota?!
– Não! Já beijei...
– Então me beija logo, caramba! – Lohana estava levemente irritada.
Lohana esperou Alexander se aproximar, e ele tremia. Timidamente ele encostou seus lábios aos dela, e três segundos depois se afastou.
– Alexander! Isso não é um beijo, é um... selinho! – Ela não sabia se ria, ou se irritava.
– Então me mostra o que é um beijo de verdade! – Falou quase gritando, o que surpreendeu Lohana.
– Mesmo? – Lohana o encarou e ele fez que sim com a cabeça.
Lohana agarrou a gola da camisa dele e o puxou com força. Seus lábios se chocaram e um beijo ardente começou. Alexander não sabia o que fazer, mas não queria parar, então se aproximou mais e segurou a cintura de Lohana. Ela aprofundou mais o beijo e o corpo de Alexander esquentou. Ele não conhecia aquela sensação, mas quando se afastou para recuar, percebeu que queria sentir mais daquilo. Então jogou seu corpo em cima de Lohana e em um segundo os dois estavam deitados trocando amassos. E então, em um momento de lucidez, se olharam nos olhos e notaram o que estava acontecendo. O silêncio era constrangedor, assim como o batom borrado de Lohana.
– Desculpe... – Alexander sussurrou e os dois sentaram novamente.
– Acho melhor eu ir. – Lohana sorriu de canto. – Vou retocar o batom.
Lohana estava envergonhada, mas não sabia o porquê.
Alguns minutos depois Lohana volta para o quarto e Alexander terminava de retirar o batom vermelho do rosto em frente a um espelho.
– Vou levar você. – Ele disse quando a viu.
– Tudo bem.
Depois de Lohana se despedir dos pais de Alexander, o seguiu até a entrada onde estava o carro. Todo o caminho foi em silêncio. Alexander não sabia o que dizer, e Lohana não queria forçar nada. Quando chegaram na fachada do apartamento, Lohana deu um sorriso e desceu do carro.
– Lohana! – Chamou Alexander indo atrás dela.
– Sim?
– Me desculpe pelo que aconteceu no quarto, eu não quero que ache que estou lhe usando ou algo do tipo.
– Alex... – Lohana sorriu. – Fique calmo, foi só um beijo. Foi divertido e eu não acho que pense isso, afinal foi eu quem propus. – Lohana apertou uma bochecha de Alexander. – Acho que você deveria ir. Boa noite.
Antes que Lohana chegasse na entrada do prédio, Alexander segura seu braço delicadamente.
– Obrigada. – Ele sussurra e se aproxima.
Devagar ele chegava mais perto, como se pedisse permissão para o que estava prestes a fazer. Lohana não o impediu. Seus lábios se tocaram com delicadeza por apenas alguns segundos, e depois os afastou lentamente. Alexander tinha seu rosto corado, e Lohana um sorriso discreto.
– Boa noite. – Ele disse por fim e entrou no carro feito furacão.
Lohana ficou observando o carro se afastar, e quando o perdeu de vista começou a subir as escadas. Dentro do apartamento, Max dava os últimos retoques no seu cabelo.
– Vi você pela janela. – Disse descontraído.
– E?
– Está saindo com o nerd?
– Estou o ajudando. – Lohana se jogou no sofá.
– Enfim, estou indo numa festa, quer ir?
– Acho que não, papai vem nos ver amanhã. Acho melhor você não chegar muito tarde, e nem trazer nenhuma garota aqui.
– Tudo bem, nos vemos depois. – Ele deu um beijo no topo da cabeça da irmã. – Tchau.
– Tchau.
E então Max saiu com sua jaqueta preta de couro na mão. Max não era do tipo querido com a sociedade, mas sua irmã era tudo para ele. Eles podiam brigar toda hora, mas se Lohana precisasse dele, ele estaria ali.
***
Ainda sonolenta, Lohana atende a uma chamada de Juliet. Já era a quinta vez que ela ligava.
– Juli, são nove da manhã! Me deixem em paz!
– Nem pensar, você precisa me contar tudo.
– Você não vai desistir, não é?
– Não...
– Ok, venha aqui e eu conto. Rápido!
– Tá bom, já estou chegando! Estressadinha...
Ainda irritada, Lohana saiu da cama jogando o travesseiro para o outro lado e chutando o cobertor. Vestiu um short jeans preto, uma camiseta do AC/DC, lápis de olho e rímel. Quando foi para a sala viu Max jogado no sofá dormindo. Agora ele estava vestindo a jaqueta e seu cabelo estava bagunçado.
– Hey, acorda! – Lohana disse dando um soquinho no braço de Max.
Max acorda em um susto e olha ao redor.
– Papai chegou? – Pergunta ele abrindo espaço para Lohana sentar ao seu lado.
– Ainda não, só Juli que está vindo.
– Menos mal, vou tomar banho e comer algo.
– Ok.
Max levanta e some em seu quarto, enquanto Lohana esperava Juliet chegar. Não muito tempo depois ela batia à porta do apartamento.
– Oi. – Disse ela quando Lohana abriu.
– Oi.
Juliet logo entrou e se aconchegou no sofá.
– Então, como foi?
– Juli, não foi nada de mais. – Lohana sentou-se. – A mãe dele é ótima, já o pai um babaca. A comida estava boa, damos uns amassos no quarto, ele se desculpou e eu vim para casa.
– Que tipo de pessoa se desculpa por dar uns amassos?
– Alguém que mal sabia beijar.
– Ele te agarrou?!
– Não! Eu agarrei ele... – Lohana riu de canto.
– Lohana! Você gosta dele?
– Não seja louca, Juliet. Ele é um coitado, tenho pena.
– Isso é tudo caridade, afinal?
– Na verdade, não... Eu agito um pouco a vida dele, antes dele ir para uma faculdade chata, e em troca acabo o ano com uma média alta.
– Mas ele é... estranho.
– Na verdade ele é bem legal, e se você o visse todo arrumadinho ontem, nem diria que é o mesmo Alexander.
– Uau. Enfim, onde está seu irmão cafajeste?
– No banho... O que rolou depois que eu sai da festa na sexta?
– Bom, seu boy perseguidor também foi embora, e eu dei uns amassos no banco de trás do carro do Fred.
– Acha que ele tem futuro?
– Ele tem 25 anos, trabalha e faz faculdade de História. Tem papo e pegada, então digamos que pode rolar algo sim. Ele não é um babaca feito...
– O Max... – Lohana completou.
– Bom, se vamos comparar... Max tem 20 anos e não conseguiu se formar ainda, trabalha em um bar, e quando não está lá, está em alguma festa bebendo ou transando.
– Falando no diabo, lá vem ele.
– E o seu celular está tocando. – Juliet jogou o objeto que estava próximo dela para Lohana.
Ela o pegou no ar e saiu em direção ao seu quarto.
– Oi Juliet. – Agora Max tinha um pacote de bolachas na mão.
– Bom dia, Max. Como estava a gandaia?
– Ah, você sabe... Bebida, mulheres e uma vida vazia. – Ele sorriu.
– Por que você não dá um tempo nisso e se dedica a escola?
Max escorou-se em uma parede.
– Juli, algumas pessoas nasceram para serem médicos, outros advogados e etc, e tem os caras como eu que não servem para nada.
– Eu não acho... por exemplo, acho você um ótimo músico. Lohana é ótima também e esse é o sonho dela, se vocês se juntassem... pelo menos você deveria pensar no assunto.
– Prometo pensar, mas agora vou tirar um cochilo antes que meu pai chegue. Até depois.
– Ok, até.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Qualquer erro, sorry!