De Menina À Mulher - Interativa escrita por Happy


Capítulo 17
Capitulo 16 - O Acidente


Notas iniciais do capítulo

Gente, me desculpe? Acontece que eu ia escrever a história de outro jeito, mas acordei com animo de escrever assim de novo? Me desculpe. Devo ter deixado voces muito chateados, certo? Agora, desfrutem de um capitulo muito bad.
Ah, antes: FELIZ NATAAAAAL! FELIZ ANO NOVO! Gente, esse é o último capitulo do ano (provavelmente)... Foi muito bom conhecer vocês esse ano! Espero vocês ano que vem ♥ Kkkk
Antes de tudo: peço desculpas a criadora da Lilian...



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POV. Julieta

Acordo com raios solares batendo em meu rosto e lembro de que dormi no quarto da Alice. Levanto e sinto aquelas tonturas que praticamente todo mundo tem quando levanta rápido. Olho para o pequeno quartinho e sorrio. Deixo o quarto pra trás e entro na porta que é o meu. Jogo minha bolsa na cama e sigo para o banheiro.

Tiro minhas roupas e entro no chuveiro, deixando a água levar todas as tensões e problemas. Passo a mão pela minha barriga e fico acariciando até sentir um chute na minha mão. Parece que a minha menininha vai ser fã de banho...

Continuo no banho até o momento que meus dedos começam a enrugar, então saio.

Ainda me secando começo a pensar que hoje vai ser meu primeiro dia de trabalho na lanchonete. Tomara que conheça pessoas legais e não tenha aqueles caras machistas e nojentos.

Sigo para o quarto ainda pensando em tudo e começo a mexer no meu celular. Vejo que são 08: 25 e tenho que estar na lanchonete as 09:00. Coloco a música Eu me Lembro – Clarice Falcão. Sou uma apaixonada completa pelas músicas dela.

Visto uma calça jeans velha, uma camiseta branca e um moletom vermelho; tudo isso enquanto vou tentando dançar e vestir a roupa ao mesmo tempo. Pelo menos estou vestindo a roupa, não tirando, né... – imagino isso e começo a rir. Coloco meu tênis preto já desgastado e sigo pra cozinha.

Abro os armários pra ver se tem algo, mas encontro só alguns pacotes de macarrão, miojo e biscoito. Pego um biscoito qualquer, dou uma mordida e cuspo na pia. QUE COISA É ESSA?? – penso.

Desisto de tentar comer alguma coisa que tem aqui e volto ao quarto. Pego a bolsa, confiro se a carteira e o celular estão lá, e então sigo pra porta de entrada do apartamento.

Saio do apartamento, tranco a porta e dou um sorriso ao ver a porta onde Louis mora. Quando vou passar pela porta pra ir pro elevador, ouço barulho de coisas se quebrando e um grito nervoso.

Pode ser considerado que eu estava bisbilhotando, mas na verdade eu tava preocupada com o que podia estar acontecendo.

–- Louis...? – digo, batendo na porta. – Louis, ta tudo bem? – apoio a orelha na porta, mas está tudo em silencio. Do nada a porta se abre num solavanco e eu caio pra dentro. Por sorte, a pessoa que abriu a porta me segura e eu me levanto rapidamente, envergonhada. – Desculpe, é que eu fiquei preocupada... e,... – começo a ficar toda enrolada, mexendo as mãos.

–- Collins? O que faz aqui? – olho pra cima e me deparo com os olhos, antes cheios de vida, agora vermelhos, de Louis. – Po-pode ir, eu estou bem.

Olho pra ele meio ironicamente, pois está bem na cara que a última coisa que “ele está”, é estar bem.

–- Louis, eu posso conversar com você, vamos, fale! – digo, exasperada por ele estar com cara de quem está chorando há muito tempo.

–- Entra aí... – ele diz, um pouco rouco. Ele se senta no sofá, enquanto eu fecho a porta. Vou até ele e sento ao seu lado. – É que... é que... – ele tenta começar a falar, mas começa a chorar e falar coisas ininteligíveis. – Ontem, depois que meus irmãos foram embora, eu fiquei esperando a ligação deles. – ele diz, olhando por chão. – Eles sempre me ligam quando chegam em casa, sabe? Mas foi dando a noite e eu comecei a ficar preocupado. Foi quando eu liguei pro telefone da Lilian... – ele volta a chorar e eu ajudo ele a limpar as lágrimas. – E... e foi um enfermeiro de ambulância que atendeu. Ele disse que tinha acontecido um acidente e eu tinha que ir para o Hospital Home, para fazer a ficha de todos os meus irmãos. – ele voltou a chorar e quando vi eu também estava chorando.

Eu não sei por que, mas me deu um vazio no peito. Eu não conhecia aquelas pessoas, mas ontem eu vi que eram bem felizes e pareciam se divertir tanto. É quando acontece esse tipo de coisa que me lembro de aproveitar minha família. Acontecendo coisas ruins ou não, eu sei que os amo. Tenho que aproveitar, pois se um dia isso acontecer comigo, meu mundo vai desabar.

Olhando em volta, percebo que tem vários vidros quebrados e porta-retratos jogados no chão. Agora percebo que ele está com duas fotos na mão. Uma já está bem molhada de lágrimas e a outro está amassada na mão dele.

Com uma mão eu fico fazendo carinho no cabelo de Louis e com a outra puxo as fotos devagar, pra ele não amassá-las mais. Vejo que na primeira foto é o menino, Christopher, sobrinho dele. E na outra é uma criança de cabelos loiros... parece o Kaden quando pequeno.

–- O Chris é tão pequeno... E-ele bateu a cabeça no vidro do carro e vidros entraram na testa dele... – ele volta a chorar. – Ele é só uma criança! – ele grita. – Não devia acontecer isso! Ontem eu tirei essa foto dele... Fizemos bolo e ele adorou ficar lambendo essas... coisa que bater bolo!

–- Esse é o Kaden? – pergunto, calmamente, tendo passar um pouco de paz pra ele.

–- Sim. Agora ele já tem 13 anos, eu acho. – ele ri um pouco. – Mas nessa ele tinha 5 anos e é minha foto preferida dele.

–- O que aconteceu com ele? – pergunto, já esperando uma resposta não muito boa.

–- E-ele está em cirurgia agora. M-mas já sabemos de uma coisa. – ele para um minuto chorando. – Se ele sair bem da cirurgia, ele será paraplégico... – então ele começa a chorar muito e eu também. – E corre um grande risco de falecer. - Coloco a mão na boca tentando não fazer barulho, mas é impossível.

É neste momento que não me importo se estou com raiva da minha mãe, se não estou indo em casa ou qualquer coisa do tipo. Só sei que tenho que aproveitar mais eles e fazer meus irmãos aproveitarem a vida que eles tem.

O celular do Louis começa a tocar e ele corre pra atender. Enquanto ele fala no telefone, sua expressão vai ficando cada vez mais transtornada e triste. Ele desliga o telefone e jogo o celular do outro lado, batendo na parede e se quebrando todo. Louis anda de um lado pro outro, respirando rápido. Pega algumas coisas e joga tudo na parede. Me encolho no sofá, esperando o ataque de raiva passar.

Louis olha pra mim e então se toca que está destruindo tudo. Ele vem em minha direção e praticamente cai em cima de mim, me abraçando com muita força.

–- Ele morreu, Julieta.


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Notas finais do capítulo

Criadora da Lilian: me desculpe? Por favor! Não foi por mal, juro! Só estou num clima ruim e quando vi o gif do Logan junto com a Lily chorando tive uma ideia. Não era para o Kaden morrer, mas... Me desculpa, por favor?
Bom, gente, então vou continuar a escrever assim mesmo. Me desculpem?
Até os comentários!
OBS: Se ainda quiserem participar do grupo, me mandem o numero por MP?