Em família escrita por Hikari Mondo


Capítulo 14
Ino-Shika-Chou


Notas iniciais do capítulo

Fim de ano deu uma vontade desesperada de escrever uma fic em comemoração.
Eu sei que a idéia é meia bizarra, e sinceramente fiz num pouco de pressa pra postar ainda antes de dormir, mas me digam o que acham...

Em algum momento entre Gaiden e antes de se tornarem Genin...



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“Eu não sei porque temos que treinar isso! Eu não quero mais ficar treinando!” Chouchou reclamou, não pela primeira vez.

Inojin suspirou. “Você nunca quer! Você só quer comer, por isso você é g-“

“Inojin, essa palavra não...” Intrometeu-se Shikadai, falando arrastada mas firmemente, sem deixar espaço para discussões. Inojin apenas baixou a cabeça em constrangimento, ele conhecia sua colega e não gostava de perder o controle sobre sua frustração.

“DO QUE você ia me chamar?” Chouchou, no entanto, não era tão calma de se lidar, e estava pronta para comprar uma briga com quem quer que ousasse tentar ofendê-la.

“De gulosa, Chouchou. Ele ia te chamar de gulosa, porque você come bastante.” Shikadai ofereceu, dispensando o assunto.

Chouchou parou um tanto confusa. Ela recentemente começara a querer perder um pouco de suas calorias, mas sem muito sucesso. Ver seu pai bem mais esguio do que costumava vê-lo a fez querer aprender seu segredo, mas ficou desapontada quando seu pai insistia que ela conseguiria apenas se treinasse o jutsu da família. Ao não ter grandes sucessos, Chouchou estava completamente desanimada, e disposta a desistir de tudo.

Ela só suspirou, deixando de lado a óbvia tentativa de Inojin de chamá-la de gorda. Ela não era tão insegura quanto seu pai fora, mas a irritava o quão insensível Inojin poderia ser. “Eu não sou meu pai. Eu não consigo fazer as coisas como ele faz. Nós nunca vamos ser um Ino-Shika-Chou como eles...” Chouchou solta num misto de decepção e revolta.

Inojin arregala seus olhos com a declaração de sua companheira, logo depois olhando para baixo culpado e envergonhado. Shikadai, no entanto, manteve sua expressão dura como pedra, adornada com um olhar aborrecido, enquanto encarava Chouchou. E então suspirou pesadamente, como se fosse um grande esforço o que estava prestes a fazer.

“E eu não sou o meu. E nem Inojin o dele. Ou a mãe, nesse caso. Nossos clãs possuem essa cooperação a gerações porque nossas técnicas secretas são complementares. Mas nossos pais não nasceram como um time Ino-Shika-Chou. E nem nós. Eles trabalharam para chegar a esse ponto. Não existem atalhos para isso. E como descedentes deles, nós herdamos os jutsus de nossos clãs. Mas isso não faz de nós nossos pais.” Shikadai deu outro suspiro profundo, mas desta vez não tão pesaroso.

“Olha, eu sei que é frustrante as vezes ser comparado o tempo inteiro com seu pai. Acredite, a maior parte das pessoas me conhece apenas como ‘o filho do Shikamaru-san’. Mas eu sei que se eu quiser ser conhecido como Shikadai, eu precisarei criar um nome para mim, mostrar quem eu sou. Afinal de contas, eu sou só eu. Eu não sou meu pai e não sou minha mãe, embora eu tenha herdado muita coisa de cada um deles. Inojin não é Ino-obasan e nem Sai-ojisan. E você não é Karui-obasan e nem Chouji-ojisan. Você é Chouchou. Só Chouchou, única como só você. E da mesma forma, NÓS não somos nossos pais, nós seremos um Ino-Shika-Chou único, como Inojin, Shikadai e Chouchou. Então, aprenda as técnicas de seu clã, mas não tente ser um fantasma do seu pai. Execute elas como você mesma, apenas você.”

Seria um eufemismo dizer que Chouchou estava surpresa. Ela sabia que Shikadai possuia um senso de moral muito forte, cortesia de ambos seus pais, mas jamais imaginaria um discurso tão maduro do –quase – desmotivado Shikadai, especialmente a tão tenra idade.

Inojin também sorria entre encabulado e confiante, e adicionou: “É isso mesmo, Chouchou. Eu também uso alguns dos jutsus do meu pai, que não são normalmente parte do Ino-Shika-Chou, e não sou tão bom com os jutsus da minha mãe. Mas ainda somos um trio. E nós vamos fazer isso juntos, como uma equipe deve ser!” Ele sorriu de um jeito tímido e caloroso, suas feições delicadas resplandecendo em bondade, que até fizeram Chouchou esquecer de sua irritação.

“Tá, tá, eu vou pensar no caso de vocês.” Mesmo assim, ela não daria o braço a torcer tão facilmente. Ela também era destemida como sua mãe. Sua mãe... “A real é que ninguém me compara com a minha mãe...” Soltou em um sussuro.

“E nem me comparam com a minha... Acho que é porque elas não são daqui de Konoha, não sei.. Mesmo assim, eu tenho mais da minha mãe do que muitas pessoas podem imaginar. Talvez, se você tem tanta dificuldade com as técnicas do Clã Akimichi, você deveria tentar aprender um pouco com a sua mãe.”

“Com a minha mãe?” Confusa, ela retrucou. “Mas minha mãe não faz parte do Ino-Shika-Chou. Como vou aprender isso com ela?”

Um novo suspiro surgiu por parte de Shikadai. “Nós fazemos nosso próprio Ino-Shika-Chou. Vamos aprender a ser um time com todos os jutsus que soubermos.”

–-------

Ouvindo uma conversa da qual ele não deveria ter conhecimento, Shikamaru só podia pensar em uma coisa.

Precisamos fazer algo sobre isso.


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Notas finais do capítulo

Eu sinceramente não gostaria de escrever sobre a nova geração antes de ter mais materiais sobre eles, mas tentei pegar as informações que eu tinha e utilizá-las de como eu imagino as coisas. Me perdoem se estiver muito OOC ou erros de escrita, mas por favor me contem sobre eles.



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