Scorpius & Rose (vol. 2) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 3
Capitulo 2 - Caos no Ministério da Magia


Notas iniciais do capítulo

Já vou pedindo desculpas pela minha demora absurda. Mas estou passando por aquelas crises de criatividade que são meio chatas de ir embora. Meio que estou cobrando muito de mim nesse volume dois, visto que o um foi um sucesso para vocês leitores, temo fazer menos que o trabalho anterior.

Enfim! Estou eu aqui com um capitulo para me redimir e espero que gostem. E por favor! Não me castiguem com abstinência de comentários, preciso saber o que estão achando *-*



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Scorpius & Rose (vol. 2)

Capitulo II - Caos no Ministério da Magia

Segunda-feira era um dia muito movimentado no Ministério da Magia de Londres, em especial nos meses de abril, onde as campanhas para as eleições que decidiram o futuro ministro se encontrava em pleno vapor assim como também as avaliações finais de admissão de novo pessoal. Naquele ano havia uma novidade entre os candidatos à vaga de ministro da magia: um nascido trouxa do sexo feminino estava dentro da disputa pelo poder. Hermione Weasley, atual responsável pelo Departamento de Execução das Leis da Magia e ex-responsável pelo Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, era a mais polemica competidora, e embora as calunias e escândalos não viessem de modo algum da sua parte, era inevitável tal comportamento da oposição conservadora. Veja bem, mesmo depois da Segunda Guerra Bruxa ter colocado em sérios riscos o bem estar de, especialmente, mestiços, nascidos trouxas e trouxas, tornando-se assim depois de seu fim, um preconceito abominável e sujeito a pena severa pela justiça do Ministério, a aversão de famílias de sangue puro, antigas e influentes na sociedade bruxa ainda demora a cair. Líderes são tão mortais quanto seus súditos, mas suas ideias podem ser eternas até que o último ser consciente pare de respirar.

Hermione Jean Weasley é autora de muito avanço nessa luta contra o preconceito de raça existente entre os dotados de magia, além de proteger uma série de criaturas mágicas até então descriminadas e exploradas, mas ainda assim sua candidatura causou muito alvoroço no concelho e na população. Estava confiante quanto ao que podia fazer e com a sua vitória, era tão agraciada de apoio quanto de desaprovação, fazer a balança pender para o seu lado em definitivo era só questão de tempo.

Rose, Scorpius e Albus demoraram a chegar no Quartel General de Aurores pois a multidão de pessoas no saguão do Ministério estava bem mais elétrica e consideravelmente maior do que o normal. Estavam meia hora atrasados para a reunião no Setor 42-A e ainda que tivessem alcançado o hall do quartel, a fila de identificação e credenciamento de novos calouros ainda estava bastante grande. Eram os últimos a chegar.

– Meu pai não vai gostar nada disso – resmungou Rose cruzando os braços atrás dos rapazes.

– Ele não é seu pai aqui, tomatinho, lembre-se disso! – Al provocou virando-se e a encarando por cima do ombro de Scorpius.

– Mas ele ainda é Ronald Weasley e pelo que eu ainda sei: Ronald Weasley odeia atrasos – A ruiva frisou dando língua pro primo.

– Ele vai infernizar nossas vidas até o fim do treinamento – suspirou Scorpius, pensativo.

– Nada que você já não esteja acostumado, não é amigo?

– Bem pensado.

Rose Weasley iria interceder a favor do pai naquela conversa, mas de repente, o chão tremeu e um baque abafado tomou conta do hall. As conversar paralelas sessaram e o silêncio reinou, todos os jovens se olharam assustados e não demorou muito para os soldados que rondavam o local estarem com as mãos nas orelhas tentando ouvir alguma coisa através de algum tipo de comunicador.

Outro baque, o chão voltou a treme e o som do silêncio nunca ficou tão alto. Rose sentiu algo estranho e confuso se apoderando do seu corpo, era tão frio que ela achou que se tentasse se mover se partiria e tão assustador que seus olhos se arregalaram de horror e seu estomago se comprimiu.

– Rose? Rose? – Scorpius a chamou com as mãos urgentes em seu rosto, mas ela não se mexia embora seus olhos rodassem em todas as direções procurando algo. – Rose, você está bem? Está branca como vela... Rose?

Naquele instante Harry Potter surgiu de um dos corredores que conduziam para o interior do quartel seguido por uma dúzia de soldados armados a suas varinhas seguindo para fora do ressinto, Rose acompanhou sua expressão firme e urgentemente procurou resposta, conhecia tanto o padrinho que sabia que a cor da pele dele tinha ficado um tom mais clara por debaixo do uniforme negro e imponente de General.

Ela sentiu outro calafrio subir pela coluna.

Logo atrás surgiu Ronald, com o mesmo uniforme embora as patentes fossem diferentes, seguidos por mais uma dúzia de soldados vestidos de cinza claro. Desta vez o pelotão parou e Rose sentiu o chão se abrir abaixo de seus pés quando ouviu a quase imperceptível alteração na voz do pai ao falar para os presentes jovens assustados e confusos. Ela sabia o que ele estava fazendo e só por isso não se enganara pela perfeita expressão de dureza e profissionalismo do Sub-General Ronald Weasley. Embora ele estivesse em toda sua glória de controle, Ron jamais poderia esconder o sentimento de seus olhos a percepção de sua filha. Ela sabia de onde vinha o barulho e sabia o que significava, cresceram entre as paredes do Ministério. Os pontos se ligaram e ela soube porque Ronald Weasley estava tão desesperado naquele fundo do oceano azul mais límpido do mundo.

– Senhores, peço que se mantenham nesse ambiente até segunda ordem. Até que saibamos o que está acontecendo, ordeno que todos os despreparados continuem nesse hall. – Ordenou o ruivo rápido demais, como se não quisesse nem ao menos ter parado para assegurar a segurança dos calouros. – Se alguém me desobedecer, será detido e investigado por participação em grupo terrorista.

E saiu, mas antes dirigiu por acidente um olhar a filha e Rose confirmou suas suspeitas. Se Scorpius não tivesse tão próximo, ela teria caído no chão.

– Hey, ruiva? Você... Merlin, está gelada!

– Mãe... – Rose tentou dizer, de repente lhe faltou ar.

Droga! Não tinha tempo pra isso! Tinha que correr!

Sentiu sua varinha no bolso da calça e olhou em desespero para o primo e namorado. Se abrisse a boca sentia que estaria tudo perdido, ela precisava correr, precisava chegar e confirmar que estava errada, precisava estar errada.

Saiu em disparada na mesma direção do tio e do pai. Dois guarda tentaram impedi-la, mas ela deslizou entre as pernas de ambos e correu em disparada para os elevadores. Scorpius gritava atrás dela, mas não havia tempo para explicar e nem para esperar.

– Pra onde você está indo? Não ouviu as ordens? – Ouviu Severus berrar por cima do ombro.

– Tecnicamente ele disse para que os despreparados não saíssem e eu acho que não nos incluímos nessa – sugeriu Scorpius com a voz entrecortada pelo esforço.

O último grupo de soldados tinha pego o último elevador disponível. A opção era as escadas e ela não teve escolha se não pegá-las. Em algum momento agradeceria por correr todas as manhãs, pois caso contrário seus pulmões já tinha sucumbido a chamas. Ouviu ao longe, passos tão urgente como os seus a seguindo com veemência.

Faltava apena um lance de escadas, apenas um para a porta que permitia o acesso ao Departamento de Execução das Leis da Magia. Nem em todo o seu desespero e nem entre todas as imagens que já tinham passado pela cabeça de Rose naqueles segundos a respeito do que ela poderia encontrar passando aquela porta poderiam se comparar ao que de fato tinha lá. Foi como se seu peito tivesse se chocado contra uma parede transparente super resistente assim que cruzou o acesso, fazendo-a recuar com violência. O som lhe escapou, assim como todo o ar. Haviam pessoas correndo para todos os lados, em todos as direções e em todos os lugares em pânico. Civis, soldados e estranhos de capas pretas e rostos cobertos. O mármore do teto tinha cedido e o chão estava em completo descaso. O hall do departamento estava em caos total, pois enquanto pessoas tentavam resgatas as vítimas, soldados ainda batalhavam com os possíveis inimigos bem ali.

Rose acordou do transe quando sentiu duas mãos fortes a rodarem para trás até bater nas costas de alguém. O giro foi tão rápido que ela precisou de mais alguns segundos para se situar. Estava as costas de Scorpius enquanto ele defendia e revidava feitiço que vinham em sua direção. Al vinha pelas escadas logo atrás e não demorou nenhum segundo para ser notado e bombardeado de feitiços, embora nenhum deles passasse dos seus escudos.

Foco. Rose precisava de foco.

Ficou lado a lado dos rapazes e começou a lutar, aproveitando cada segundo que tinha para analisar toda a cena. No centro, o General Potter segurava uma jovem desacordada num braço e manuseava a varinha no outro acompanhado de mais dois soldados, eram três contra quatro daqueles caras de vestes esquisitas, mas logo caíram com dois movimentos simples de Harry. Enquanto derrubava dois, Rose virou-se atrás dos pais, sua preocupação desde o primeiro tremor. Uma fumaça negra se derramava para fora da sala principal, a sala que pertence a Hermione, e depois de garantir que Al e Scorpius estavam se saindo bem, Rose correu para o breu prendendo a respiração.

E mesmo com a luz fraca e a fumaça queimando seus olhos, Rose viu o que mais temia ser real e que fizeram seus joelhos se chocarem contra o mármore.

Ronald encontrava-se ajoelhado no chão, segurando junto ao peito o corpo imóvel de sua esposa.


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Notas finais do capítulo

E então? Assustador? Pena que não posso liberar spoiler por aqui do próximo cap, mas posso adiantar que promete fortes emoções!

Comentem! Adoro ouvir vocês!

P.S: Por favor, não procurem piolho em cobra. A situação politica citada neste capitulo não tem, absolutamente, nada a ver com a situação politica do nosso pais. Desde já deixo bem claro que não uso em minhas fanfics e nem o meu perfil como um meio de divulgar minha opinião política a respeito de qualquer assunto a respeito da briga partidária do nosso país.

Um beijo :*



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