Scorpius & Rose (vol. 2) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 2
Capitulo 1 - Ninguém menos que Ronald Weasley


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas! Tudo bem com você?! Espero que sim, porque eu tô de boa ^-^ Mas pessoas, estou sentindo falta de comentários :/ Onde está todo mundo, afinal?

Enfim, deixando o drama de lado, trago mais um capítulo pra vocês e desde já tranquilizo que essa história não pretende sair do seu foco, que é o nosso Scorose.

Beijos e boa leitura?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/639899/chapter/2

Scorpius & Rose (vol. 2)

Capitulo I - Ninguém menos que Ronald Weasley

As janelas longas estavam cobertas por uma cortina grossa e pesada, impedindo que o forte sol da matina adentrasse no ambiente. Mesmo que o breu predominasse, ainda havia uma agradável iluminação adornando o sono de quem estava sobre a cama perdido por entre os cobertores. Aliás, de um certo ângulo, a cena deveria ser fotografada ou pintada. Uma mulher nua, com os cabelos ruivos, longos e vivos banhando suas costas exposta, dormia tranquilamente de bruços. O edredom branco cobria apenas da cintura para baixo e um de seus braços envolvia o travesseiro em que sua cabeça estava apoiada. Sua respiração regular era quase inaudível, seu rosto era sereno e quase sem falhas, se levarmos em conta de que sardas só deixam tudo mais delicado.

E tudo ficaria na mais perfeita paz, a menos que o despertador toque.

Rose bufou batendo a mão no aparelho e se sentando na cama em seguida, com o edredom preso debaixo dos braços, fez uma rápida varredura no ambiente ao seu redor para se situar. Espreguiçou-se e levantou-se, seguindo para o banheiro com o edredom ainda bem preso ao corpo. Deu graças a Merlin por ter conseguido tomar um banho antes de dormir, porque com toda certeza, aquela manhã estava ainda mais fria do que a noite anterior. Ainda com bocejos, ela fez sua higiene pessoal e seguiu para o guarda-roupa se perguntando como foi capaz de dormir nua com aquela temperatura. Vestiu-se com moletom e prendeu os cabelos volumosos num coque frouxo bem no alto da cabeça. Enfiou os pés num tênis e saiu pelo corredor, descendo as escadas e se guiou até a fonte do cheio de bacon que a surpreendeu no alto dos degraus.

– Bom dia, Rose! – Teddy, com seus cabelos azuis da cor do céu, a saudou por de trás da ilha da cozinha, com uma mão ele manuseava uma espátula e com a outra ele balançava a frigideira com as suculentas fatias de bacon. – Caiu da cama, garota? São apenas cinco da manhã. E de um sábado.

– Estou certa que poderia culpar seu bacon – a ruiva riu sentando-se num banco alto ligado a ilha –. Minha barriga roncou tão alto que me acordou.

– Vou aceitar seu elogio, mesmo sabendo que você tem um despertador. Vou até dividir meu bacon com você e adicionar ovos.

– Hmmm... Parece delicioso. Vic já acordou?

– Ela teve plantão no hospital esta noite, não dormiu em casa. Mas deve estar chegando por volta da sete.

– James? Nick?

– Saíram ontem à noite, não os vi chegar.

– E Al?

– Esse desde que chegou ontem a tarde sabe-se lá da onde não saiu do quarto.

– Você sempre muito bem informado – disse Rose por fim pulando do banco com uma torrada na mão. – Vou acordá-lo e chamá-lo pro café, já estamos bem atrasados. Aliás, que ir correr com a gente?

– O que? Eu? – Teddy apontou a espátula para o próprio peito. – Já me basta o que vou enfrentar hoje o dia inteiro, ainda vou ter que correr? Não obrigada.

Rose parou na porta da cozinha, então se virou curiosa para o primo.

– O que tem hoje? – perguntou.

– Visita a Azkaban. – Respondeu Teddy com uma careta.

Rose tentou um sorriso e desejou um boa sorte a ele antes de descer para o porão, o melhor lugar da casa.

O quarto de Albus era muito interessante, cheio de artigos bruxos das Geminialidades Weasley predominando quase tudo, um vídeo game de última geração trouxa ao lado de uma tela plana gigantesca, uma estante de livros, filmes e games, assim como miniaturas de carros, motos e bonecos correspondentes a séries e jogos. Não se pode esquecer os pôsteres de bandas trouxas bem colocado em uma parede e um baixo ao lado de um amplificador apoiados num canto. O cômodo expirava Albus Potter com suas botas espalhadas pelo chão e uma vassoura pendurada no teto, descrevia sua personalidade e Rose adorava aquele lugar por isso, porque ela amava o melhor amigo e amava estar em sua companhia, quem melhor pra jogar vídeo game com ela quando o dia fosse tedioso? Ninguém! Nem mesmo Scorpius.

Rose só não conseguia entender como alguém conseguia dormir naquele freezer sem um aquecedor, bom, Al conseguia, e fazia isso como uma rocha.

A primeira coisa que fez ao chegar no último degrau foi palpar a parede em busca de um interruptor. A única entrada de luz natural era através de uma janelinha estreita que dava rente ao gramado do quintal, mas que era coberta por um pôster do Star Wars, ou seja, luz nenhuma. Assim que a lâmpada acendeu, Rose viu Albus se mexer e gemer se escondendo ainda mais por entre os cobertores.

– Severus?! – Rose chamou, ainda do fim da escada.

– Hm? – Ele gemeu em resposta.

– Precisa se levantar, tá na hora de correr.

– Não. – Ele resmungou se se mexer.

– Vamos, logo!

– Vá embora, Rose! – Al voltou a resmungar.

– Teddy está fritando bacon e ovos pro café da manhã. Caso você não suba rápido, Scorpius chegara e eu o deixarei comer sua parte toda.

– Você é um monstro, Weasley... – Al grunhiu levantando a cabeça e piscando freneticamente para se acostumar com a claridade.

– Eu faço o que eu posso. – Rose sorriu em resposta.

– Se manda. Eu já tô subindo, só preciso vestir uma roupa.

Rose voltou para o primeiro piso, seu estomago roncando quando o cheiro da mistura de ovos com bacon acariciaram suas narinas. Ao chegar na cozinha, Teddy já aproveitava do seu café da manhã num dos bancos da ilha, Rose se serviu do conteúdo da frigideira, torradas e café ao leite e começou a saborear com paciência.

– Uma coruja acabou de deixar isso aqui para Rose Weasley e Albus Potter – disse Teddy deslizando dois envelopes para o lado de Rose sobre o balcão.

– Ah Merlin! São as cartas do Quartel General! – ela exclamou largando o garfo para estudar o envelope, seus dedos meio trêmulos passeava pelo papel áspero com um enorme selo do Ministério da Magia.

– Não vai abrir?!

– Não! Quer dizer... Sim! Mas não agora. – A ruiva estava tão nervosa que não conseguia raciocinar direito. – Bem, Scorpius, Severus e eu concordamos que íamos abrir todo juntos pra dar sorte.

– Isso parece...

– Gay? – Al completou a frase de Teddy entrando na cozinha enquanto coçava os olhos. Vestia calças térmicas, tênis e casaco com capuz de moletom com o letreio dos Pegas. Abriu um armário e pegou uma caneca, dando início a preparação de um básico chocolate quente.

– Não era bem essa palavra que eu tinha em mente.

Rose ia dizer algo, mas nunca teria a oportunidade porque a campainha tocou e sabendo quem era, ela voou até a porta.

Scorpius não estava preparado para o abraço que ganhou, nem mesmo havia visto o rosto de Rose quando a porta se abriu, o tempo que teve foi de piscar e então um borrão vermelho pulou em cima dele. O loiro perdeu o ar quando os dois tombaram na trilha úmida que dava acesso a entrada da casa, suas costas foram em contato direto com o concreto, dali ele já não respirava, e o corpo de Rose sobre o seu não estava ajudando.

– Oh! Merda! – Rose pulou de pé e tentou ajudar Scorpius a se levantar. – Droga! Eu sinto muito, sinto muito!

– Não foi um dos melhores bom dia que eu já recebi de você. – Ele tossiu enquanto tentava se pôr de pé. – Mas também não é o pior. Você abraça forte ein?

– Oh! Eu sinto muito, estou tão empolgada que estou fora de mim.

– Vocês receberam as cartas também?

– Sim, como você sabe?

– Recebi a minha saindo de casa. O que foi horrível porque quando se sai pra correr você não pensa muito em levar dinheiro, a maldita coruja quase arranca um pedaço da minha mão. – Scorpius resmungou enquanto batia a roupa amarrotada.

– Sinto muito – Rose voltou a dizer – Agora vamos, Al já está acordado. Vamos abrir logo esses envelopes e acabar com essa aflição.

Ela se virou para entrar e o chamou com um gesto usando a mão direita pra que a acompanhasse e ele o faria, se não tivesse que senti-la melhor primeiro. Em um ato ele puxou a mesma mão direita dela em sua direção, o que a fez rodopiar e bater de frente pro seu tronco, dessa vez Scorpius estava preparado para recebe-la.

– Aonde pensa que vai? – Sussurrou ele quando Rose ergueu a cabeça para encara-lo confusa. Alguns de seus cabelos ruivos estavam espalhados pelo seu rosto por causa do movimento repentino. Scorpius suspirou, como poderia não amá-la? – Não acha que pode me deixar sem um beijo de bom dia, acha?

– Isso é uma ameaça? – Ela ergueu a sobrancelha, desafiadora. Testou se desvencilhar dele, mas estava bem presa em seus braços, a respiração quente dele roçava em seus lábios.

– Permito que você pense o que quiser – Scorpius disse baixinho, encarando os lábios carnudos de Rose com muita atenção.

– Pois eu acho que é uma ameaça...

Ele não se demorou muito mais, a voz rouca de Rose foi o bastante para selarem os lábios. Era incrível que depois de tempos, o relacionamento deles permanecesse com a mesma essência e verdade como se fosse nos primeiros dias. Depois de um pouco mais de dois anos juntos, a química não diminuíra uma solução, a paixão não esfriara um único grua, pelo contrário, só crescia a cada dia. Era incrível como ainda tinham a felicidade de descobrir uma intensidade e gosto diferente a cada beijo, como se tivessem acabado de trocarem a caricia mais incrível de todas.

Aquele não poderia ser diferente, é claro. Rose tinhas os dedos entrelaçados fortemente nos cabelos de Scorpius, enquanto as mãos dele prendiam a cintura dela mais junto a si. O beijo era quente, profundo, com um ar de saudade, um delicioso melodrama e de um eterno amor que ainda mantinha a pureza mais profunda de tal sentimento e ainda sim era tão simples quanto os próprios comprimento de bom dia entre duas pessoas apaixonadas – exceto, é claro, pelo leve e delicioso gosto de bacon.

E teriam continuado ali até o folego acabar, mas a impaciência de Albus Potter foi mais rápida.

– SE FOREM PRESOS ATENTANDO O PUDOR, SAIBAM QUE POR MIM VOCÊS APODRECEM NA CADEIA. ENTREM LOGO E ARRUMEM UM QUARTO! – Ele gritou de dentro da casa.

– Merlin! – Scorpius bufou se separando relutante da namorada.

– Dê um desconto a ele – disse ela ao entrarem em casa e ela fechar a porta. – Não está sendo fácil o fato de Lara ainda estar em Hogwarts.

Segundos depois, estavam os três se encarando na cozinha, cada um com o seu envelope na mão. Teddy terminava seu café da manhã ainda na ilha observando a tensão entre os três com um expressão divertida, lembrando da sua própria experiência em receber a resposta do Quartel de Aurores.

–Ah, que se dane! – Albus foi o primeiro a rasgar o papel de embalo e os outros o copiaram.

Não demorou muito para ficarem atentos ao que dizia a mensagem.

– ... O Quartel General de Aurores do Ministério da magia fica feliz em recebe-lo como nosso aprendiz... – Rose foi lendo. – Oh! Eu passei! Graças a Merlin!

– Caralho, fui aceito! – Scorpius, que até então não sabia que tinha prendido a respiração, soltou uma generosa quantidade de ar com o alívio que lhe invadiu.

– Parece que eu também estou dentro! – Anunciou Al desfazendo a cara de sono e dando o primeiro sorriso do dia.

Rose passou pelo primo e lhe deu um grande abraço, depois correu para o namorado e o beijou com tamanha felicidade. Scorpius a abraçou e girou com ela na cozinha, igualmente feliz.

Teddy terminou sua última garfada e baixou a cabeça, rindo pelo nariz.

– Que foi? – Albus o encarou.

– O que? – Teddy fingiu surpresa. – Eu? Nada.

– Fala logo! – Scorpius pediu, ainda abraçado a Rose.

– Alguém poderia ler apenas o setor que vocês tem que se apresentar e quando, por favor?

Rose virou-se pra Albus, que ainda mantinha sua carta na mão. O moreno então leu em voz alta:

– “Por favor, comparecer as 8h00min da manhã de segunda-feira ao segundo nível do Ministério da Magia, sessão do Quartel General de Aurores, setor 42-A.”

Al iria continuar com mais algumas previas, mas Teddy abriu uma gargalhada enquanto se levantava e seguia até o lava louça, os cabelos mudando do azul céu para um verde bem vivo. Rose franziu as sobrancelhas o encarando com curiosidade e confusão, assim como os demais.

– Eu não deveria fazer isso... – Teddy foi dizendo enquanto tentava parar de rir. – A surpresa com certeza é bem melhor, mas não... Não, é claro, no caso de vocês.

– O que você quer dizer? – Rose quis saber.

– Bom, o setor de treinamento 42-A é dirigido por ninguém menos que Ronald Weasley. Boa sorte, crianças, vocês vão precisar. – Dizendo isso, Teddy sumiu da cozinha em dois tempos sabe-se lá como.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agora as brincadeiras vão ser com o titio Ron :3 O que acharam pessoas? Posso garantir que isso será fonte de muita emoção, diversão e sei lá mais o que!

kkkkk Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Scorpius & Rose (vol. 2)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.