A OFERENDA - Season 2 escrita por Lervitrín8


Capítulo 8
Capítulo 07.


Notas iniciais do capítulo

Oi oi amiguinhos. Olha quem voltou *-*
Bom, para deixar vocês cientes, MEU ARTIGO ACABOU! õ/ Está tudo certo na paz de Deus, ainda bem =D Acho que agora vai dar de estar mais presente aqui (:
Aproveitem o capítulo, foi feito de coração!

Ah, leiam as notas finais, é importante. Kiss.



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Desde o instante em que nos juntamos com Olívia, senti Lex se afastar sem conseguir fazer nada. Quando acordei, no primeiro dia, Lex estava com olhar curioso e focado, aguardando meu despertar. De imediato senti meu corpo tremer, para mim, era óbvio que ele acabaria comigo em questão de segundos, porém, para minha surpresa, ele me prometeu proteção. Nossa convivência em dupla durou até metade do segundo dia, quando escutamos passos de um dos becos próximos ao local onde estávamos: Olívia. Na mesma noite já senti que ele estava estranho, obviamente, destinando suas atenções à minha colega de Experimento, que preciso admitir, é linda. “É nesse momento que serei deixada de lado”, comentei, enquanto Olívia procurava por algo em uma das latas de lixo. “Eu te prometi proteção, Jess. Eu não esqueço promessas”, ele respondeu ao me encarar seriamente. “Não foi isso que falei, mas, quer saber Lex? Deixa para lá”. Talvez eu esteja um pouco enciumada, afinal, eu e Lex tínhamos uma relação bastante divertida, encontrei alguém com astral elevado como o meu.

― E o que são essas áreas brancas? – Olívia questiona ao desviarmos com cuidado de uma delas.

― Eu e Jess acordamos dento de uma dessas áreas e ficamos ruins enquanto permanecemos nela – ele explica. – Tínhamos ânsia, enjoo, dores... Só parou quando saímos da área branca.

― A área que causa esses sintomas? – ela volta a questionar.

― Acreditamos que sim, Ol – afirmo. – Porém, ainda não sabemos o real motivo, então só evitamos.

― Também acho que seja melhor – ela assente com a cabeça e esboça um breve sorriso.

A luz era pouca, afinal, a noite já estava chegando. Na realidade nunca tivemos muita luz, os dias costumam ser cinzentos e sem a presença do sol, mas, ainda assim, nos permite enxergar bem. Com a proximidade da noite nosso principal objetivo é encontrar um ligar seguro para repousarmos.

― Vejam aquilo – Lex aponta para um objeto grande à nossa esquerda: um prédio bastante velho e desgastado, porém, muito maior do que a maioria dos outros de Maltrak.

― Como não avistamos isso antes? – questiono incrédula. – Digo, é praticamente impossível não ter visto algo tão grande à luz do dia.

― Talvez ele só apareça no crepúsculo? – Ol sugere ao dar de ombros.

― Não duvido – respondo ainda observando a estrutura. Não está tão distante de nós, tampouco perto. Obviamente outras pessoas podem ter encontrado o edifício antes e se encaminhar para lá pode ser morte garantida.

― O que vocês acham? – o garoto faz o questionamento, ele sabe o que estamos pensando.

― E se tiver alguém? – sinto-me nervosa pela primeira vez, desde que chegamos à cidade.

― Não acho que tenha – ele comenta pensativo.

― É grande demais para não ser notado – retruco.

― Mas não havíamos percebido até agora – ele indaga decisivo.

― Eu gostaria de conferir o que existe lá – ela começa a caminhar em direção ao prédio, como se a ida ao local não dependesse de nossa aprovação. Bem, não depende, mas creio que fiar em grupo é importante nessa situação. Olho para Lex, que devolve em um sorriso e, em seguida, dá de ombros e começa a seguir Olívia.

Durante o trajeto permanecemos calados, o escuro da noite toma conta do ambiente e, como a visão se torna menos efetiva, sinto prontamente minha audição, olfato e tato mais aguçados. Olívia se mantém à frente todo o tempo, com Lex logo atrás. Vez ou outra ele olha para mim, como para checar se eu ainda estava ali: certamente ele não se importaria se olhasse para trás e não me visse ali, não nas atuais circunstancias.

Assim que nos aproximamos do prédio, me flagro observando o local em busca de pessoas, tentando escutar algum barulho suspeito ou até mesmo um cheiro diferente. Não reconheço nada fora do comum. Vejo Olivia surgindo da lateral direita do prédio – nem havia percebido que ela tinha se retirado por alguns instantes – enquanto sorri.

― Encontrei uma passagem para dentro do lugar – ela anuncia totalmente feliz pela descoberta.

― Não é uma porta? – resmungo.

― Está mais para um buraco – ela responde parecendo um pouco confusa.

― É seguro, será? – demonstro um pouco de receio e recebo o olhar de Lex rapidamente, me encorajando. – Deixa pra lá, acho que não temos alternativa – dou de ombros.

Seguimos Ol até a abertura e nos deparamos com um local onde o cheiro de mofo predomina, sinto vontade de espirrar e termino por trancá-los, para que não exista barulho.

― Olha que eu nem tenho rinite – brinco ao perceber que eles me encaram mais uma vez, devido a outro espirro trancado.

Não conseguimos enxergar praticamente nada, uma vez que as luzes não estão funcionando, pelo menos não no interruptor que testei. As condições do prédio são piores quando vista de perto. Bem piores, por sinal. Lex encontra uma escada de madeira que leva ao andar superior, ele afirma que a melhor ideia é subir o mais alto possível e tentar ver alguma saída, como faz sentido, concordamos.

O prédio range a cada passo que damos e eu não me sinto nem um pouco segura de subir cada vez mais. “Quanto maior a queda, maior o tombo”. A frase martela em minha cabeça o tempo inteiro. Estou com um sentimento ruim quanto ao prédio, claro, besteira... Ver os outros dois subindo com empolgação me incentiva e, por isso, continuo seguindo-os. Quando chegamos ao quarto andar há uma grade de ferro trancando o acesso à escada, impossibilitando-nos de subir mais uma vez. Respiro aliviada, contida, mas aliviada.

― O que faremos agora? – questiono, tentando não demonstrar que estou animada por não subir mais.

― Acho que podemos passar a noite aqui – Olívia sugere. – Vamos olhar este andar, quem sabe encontramos algo confortável para dormir.

― Procurem por iluminação também – lembra Lex. – Será útil.

O prédio balança levemente ao ranger. Olho assustada para os demais, que certamente não notam minha expressão de pavor, devido à escuridão.

― Acho que devemos descer – menciono.

― A estrutura é antiga – Lex diz. – Isso é normal, não vai ca...

O prédio volta a balançar, porém, dessa vez o movimento é mais intenso e não parece ter fim. Ele se inclina para a direita e, posteriormente, volta ao normal. Os andares acima não suportam a inclinação e o prédio racha ao meio, literalmente, sendo o andar que estamos o último a ficar fixo na estrutura. Pedaços do teto despencam sobre nossas cabeças e imediatamente me jogo no chão, cobrindo a cabeça com meus braços.

― Protejam suas cabeças! – digo alto, tentando sobressair o barulho do desmoronamento parcial.

Um pedaço de tijolo, creio, acerta minhas costas, gerando uma dor aguda assim que entra em contato com meu corpo. Logo sinto amenizar e acredito que não terei graves problemas. Assim que o barulho cessa, olho para cima e vejo o céu, onde antes havia concreto. A poeira que levanta com a queda ainda está presente, se dissipando aos poucos.

― As duas estão bem? – Lex questiona ao levantar-se. Ele se aproximar de Olívia primeiro para ajudá-la a se erguer. Quando ele vem em minha direção, levanto rapidamente sozinha, indicando que não preciso do seu auxílio. Ele logo percebe e pausa sua caminhada.

― Acho que a busca agora se concentrará no terceiro andar – Não espero a resposta de nenhum dos dois. Volto à escada, porém, passo direto do terceiro andar e me dirijo ao segundo. Entro na primeira sala que vejo e fecho a porta rapidamente, evitando que um dos dois saiba onde estou.

― Parada aí! – ouço uma voz atrás de mim, sinto meu corpo estremecer instantaneamente. Hesito um pouco, mas viro lentamente com o intuito de reconhecer o dono da voz e, para minha surpresa, estou em desvantagem: vejo dois corpos.

― Eu não tenho a intenção de machuc...

Acordo amarrada em uma cadeira. Meus braços estão atrás das minhas costas, presos por uma corda. Minha boca está envolva em um pano sujo e com gosto ruim. Minhas pernas também estão presas e, para finalizar, há uma corda extensa que prende meu corpo inteiro à cadeira. Ainda está escuro, ou seja, não apaguei por muito tempo. Mais do que nunca me arrependo de escolher a sala com porta, caso Olívia e Lex me procurem e a porta esteja trancada, provavelmente pensarão que esta emperrada e a deixarão para trás. Não consegui identificar quem eram as duas pessoas, mas sei que fui atingida pelo rapaz, enquanto a garota permaneceu imóvel. Será que pareço ameaçadora? Eu estava até aliviada em encontrar outros experimentos aqui e não ter que depender somente dos outros dois; mas como dizem: “crie gado, não crie expectativas”. Me dei mal!

Os dois não estão no local quando acordo e me sinto aflita e angustiada por estar presa, imóvel e sufocada. Se um dos dois aparecerem, tentarei fazer um acordo: prometo silêncio se me tirarem o pano da boca. Certamente é a pior das amarrações.

Ouço a fechadura da porta se mexer e, logo em seguida, investidas contra a porta. Lex e Ol! Rapidamente os dois chegam à sala e se colocam a postos, caso meus colegas consigam entrar. Tento emitir o som mais alto possível, todavia, não chega a ser audível para quem está a metros de distância, separado por concreto. Logo os dois desistem da porta e é possível escutar passos se distanciando. Droga!

Ambos voltam para onde estavam e me deixam sozinha, outra vez. De repente, a garota aparece com algo na mão e me faz cheirar algo em um pedaço de pano. Tudo escurece.

A claridade indica que o dia já nasceu e que, pela primeira vez, vou conseguir ver o rosto dos meus sequestradores, por assim dizer. É irônico pensar que estou sendo sequestrada dentro de um sequestro maior, digo, Ambrol provavelmente nos tirou de algum lugar sem que permitíssemos, sendo o experimento um sequestro amplo e eu, um sequestro mais focado. Acho graça mentalmente.

Quando os dois resolver aparecer, imediatamente me lembro do garoto: o oriental do E21. Já a menina, provavelmente é do mesmo Experimento, mas não me recordo dela, a única coisa que sei é que não foi a garota que lutou comigo. Os dois me encaram por alguns segundos e voltam a sair. Após alguns minutos apenas ela retorna, coloca um banco exatamente à minha frente e se senta. Ela parece um pouco tímida, constrangida por estar fazendo aquilo.

― Primeiro quero te pedir perdão pelo o que ocorreu ontem – ela começa, com a voz baixa. – Você nos assustou ao entrar aqui. Vacilamos ao esquecer a porta aberta e não queríamos correr riscos.

“Nós não vamos fazer mal algum a você, até porque, não temos esse objetivo para com nenhum dos outros experimentos, exceto se formos atacados antes. Eu vou tirar isso da sua boca, mas peço que você não grite. De todo modo, ninguém vai te escutar, seus amigos deixaram o prédio hoje cedo.”

Ela se aproxima do meu rosto e eu inclino a cabeça para frente, com o intuito de facilitar que ela desamarre. Sinto um alívio imediato em não sentir mais o gosto ruim do pano em minha boca; esboço até um sorriso tímido que ela prontamente devolve.

― Obrigada – resmungo. – Por que ele não está aqui?

― Ricky ainda está bastante irritado pelo descuido – ela informa. – Ele fica imaginando se tivesse sido alguém perigoso ou se não estivéssemos na sala no momento em que você entrou... Enfim, são dezenas de suposições que estão atormentando-o.

― Vocês estão aqui há quanto tempo? – questiono.

― Acho que avistamos esse prédio no primeiro dia. Corremos de um lado para o outro durante o dia e, antes do anoitecer, voltamos pra cá. Ficamos surpresos pela queda do prédio ontem, mas acreditamos que não ocorrerá novamente.

― Me parece seguro agora – arrisco dizer.

― A mim também – ela sorri, criando um sentimento de afeição por ela. “Parece que o jogo virou, não é mesmo?”.

― Vamos te soltar, caso queira ir atrás do seu amigo – Ricky surge na sala e menciona com voz firme, sem vacilar.

― Mas eu não quero perambular sozinha por essa cidade – praticamente imploro para permanecer sequestrada. – Não acho que vou durar muito se não tiver auxílio.

― Seus amigos saíram há pouco tempo – ele enfatiza. – Provavelmente você irá encontrá-los em breve.

― Você não quer me manter aqui por medo? – pergunto com um pouco de malícia. – Tem receio que Lex volte para me procurar? – Lex me contou que lutou contra Ricky enquanto ainda estávamos sob o teto de Ambrol. No combate, Ricky praticamente deixou a sala rastejando, enquanto Lex saiu ileso.

― Nossos planos não envolvem tê-la por perto – ele corta o assunto sem transparecer nenhum tipo de emoção. Ele se aproxima de mim e começa a retirar as cordas, uma por uma. A garota ajuda sem dizer uma palavra. A única corda que eles deixam é a que prende meus braços.

Ricky me põe de pé e segura meu pescoço com firmeza, me puxando para próximo da porta. A garota abre a porta com agilidade e ele me empurra para o lado de fora, segundos depois, a porta está trancada novamente. Com algum esforço – e um pouco de sofrimento – consigo me desfazer dos laços que envolvem minhas mãos. Não vejo alternativa a não ser procurar pelas pessoas que até antes de ser sequestrada eu queria distância.

Desço as escadas rapidamente e abandono o prédio parcialmente demolido. Olho para cima e vejo Ricky e a garota me observando. Ele aponta para o lado esquerdo, presumo que seja o lado em que meus amigos foram. Ou não. Opto por confiar no meu sequestrador e disparo na direção indicada, desviando dos pedaços de concreto, oro para encontrar Olívia e Lex antes de ser raptada – estou sendo otimista – novamente.


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Notas finais do capítulo

Então, curtiram?
Tenho um papo sério para falar com vocês: Como todos sabem, as mortes são baseadas pelos comentários, todavia, vocês estão complicando a minha vida, já que ninguém está deixando a desejar nesse aspecto. Então, sendo esta uma fic interativa, decidi ouvir a voz do povo – que é a voz de Deus. Lançarei uma enquete no final de cada capítulo, questionando quem vocês acreditam que deve ser a próxima pessoa a morrer. O critério de decisão SEMPRE dará prioridade aos comentários, porém, caso ninguém deixe de comentar, me basearei no resultado da enquete. A enquete ficará aberta durante três dias, a partir do momento da postagem do capítulo. Então, façam panelinhas para salvar seus preferidos *o* HAHAHAHAHA.
A enquete sempre estará disponível no site da fanfic, para quem não lembra, aqui está: http://nyahfic.wix.com/aoferenda
Se alguém ainda quiser entrar no grupo do Whats, só mandar uma MP, tá?
Comentem o capítulo com suas sugestões, críticas e elogios! Isso me deixa hiper feliz! Beiiiijosss.