A OFERENDA - Season 2 escrita por Lervitrín8


Capítulo 2
Capítulo 01.


Notas iniciais do capítulo

Não tenho como expressar como estou feliz com o retorno que recebi devido à Segunda Temporada de A Oferenda. Vocês são as pessoas mais lindas do mundo. Digamos que eu recebi três vezes mais inscrições do que o número de vagas, mas, como quem já me acompanha sabe, aqui é igual a coração de mais, sempre cabe mais um. Bolei um jeitinho de legal de aproveitar todos os personagens e acreditem, vai ficar super interessante. Recebi fichas maravilhosas que me inspiraram demais! Eu disse, DEMAIS! Vocês são lindos, quero apertar todos. Como de costume, um POV por capítulo. Em negrito, o nome da pessoa com o POV. Eu espero muito que vocês curtam o capítulo, mesmo; introdutório, então, sem muita ação, mas é necessário. Chega de enrolação, vamos lá!



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Continuamos caminhando à procura da saída da caverna, como estamos fazendo nos últimos dias. Como de praxe, sempre que avistamos alguma luz vinda de cima, tentamos escalar para ver se existe saída. O rodízio indica que é a vez de Nico escalar; ela é uma das garotas mais bonitas por aqui, e ainda por cima, é muito gente boa. Ofereço para ir no seu lugar, mas ela, assim como eu, é muito independente e gosta de fazer as coisas por si só. As escaladas nunca são fáceis, afinal, nós não temos nenhum tipo de equipamento, porém, por enquanto, ninguém vê outro modo de sair daqui.

Sei que Nico já está bastante alto, pois, a dificuldade em enxergá-la aumenta a cada segundo. De repente, escutamos um sutil barulho, como de um escorregão. Nico grita e seu corpo despenca, fazendo-a cair de costas ao chão. Corro em sua direção e logo percebo que ela está desacordada. Não faço ideia de quanto tempo levou para Nico acordar, mas, assim que o faz, ela começa a gritar desesperadamente. Estou ao seu lado. Pego sua mão e me viro para ficar cara a cara com ela. “Lex, eu não consigo sentir minhas pernas.” Ao escutar aquelas palavras, meu coração acelera e surge a grande dúvida de como posso ajudá-la. “Deve ser por causa da queda, Nico. Logo volta ao normal.” De fato, não faço ideia do que estou falando. As outras pessoas se aproximam e palpitam algumas coisas. Mel Joy pede para que alguns dos rapazes tentem subir também, mas Nico informa que chegou alto o suficiente para saber que a luz é apenas mais uma armadilha, uma projeção, como tantas outras.

O tempo passa e Nico continua naquela mesma posição. “Vocês sabem como é perigoso ficar parada no mesmo local por muito tempo.” Mel Joy comenta e ninguém retruca. “Eu não vou senti-las novamente.” Nico sussurra enquanto lágrimas se acumulam em seus olhos, escorrendo pouco a pouco. “Vocês precisam ir e eu serei um estorvo. Não quero continuar sem ter como caminhar sobre meus próprios pés. Por favor, me matem.” O pedido me desnorteia, é como se uma corrente elétrica percorresse constantemente o meu corpo. “Você precisa aguentar firme, Nico.” Serena se abaixa e enxuga as lágrimas de seu rosto. “Convença-os, Serena. Por favor. Vocês precisam continuar sem mim.” Serena balança a cabeça negativamente, mas não pronuncia palavra alguma. Todos nós sabemos que Nico tem razão, mas é difícil perder mais alguém, ainda mais quando tantos já se foram. Serena se afasta e eu fico a sós com Nico. “Faça o que eu estou lhe pedindo, eu imploro. Não quero continuar assim.” Ela estende seus braços e segura meu pescoço, puxando-me para perto de si. Seus lábios tocam os meus em um movimento leve e calmo.

“Vocês podem ir, vou ficar aqui com ela.” Digo, após ela me dar um último selinho. Mel Joy não questiona, reúne os demais e assim seguem em frente. “Boa sorte.” Harrison, o último da fila, diz um pouco antes de desaparecer na escuridão. Nico pede para que eu pouse sua cabeça em meu colo e prontamente atendo seu pedido. Em alguns minutos ela adormece, outra vez. Minhas mãos tocam levemente sua cabeça e com um movimento ágil e forte, torço seu pescoço.

Acordo assustado e ofegante. Já perdi a conta de quantos dias estamos nessa sala acinzentada, com a roupa na mesma tonalidade e dentro dessas redomas minúsculas que eu mal caibo. Bufo quando me dou conta que estamos na mesma situação e sem perspectivas de futuro. Na Caverna ainda conseguíamos trabalhar mente e corpo, aqui, trabalhamos a bunda, sentados eternamente nesse chão duro.

― A gente precisa arranjar um jeito de sair daqui logo, cara – Só percebo que Carter está acordado quando fala comigo. Todos os demais aparentemente estão dormindo. Carter foi o garoto que mais me identifiquei aqui. Mais mulherengo que eu, só ele.

― O pior é que não faço ideia – afirmo, tentando encontrar alguma brecha na redoma.

― Provavelmente é mais fácil sair da Caverna do que sair daqui – ele brinca e eu assinto com a cabeça. – Aquele cara falou que voltaria e até hoje nada.

A primeira lembrança que tenho após sair da Caverna é acordar nessa bagaça com um cara nos encarando. Ele nos parabenizou por termos concluído a missão com êxito e que, em alguns dias, ele traria novidades. Que porr* de missão é essa? Na real, até o momento estamos aguardando ele voltar. Vez ou outra um tipo de alimento surge dento da redoma. É um tipo de pasta, o gosto não é muito bom, mas para quem ficou um longo tempo sem alimento, não tenho do que reclamar. A pasta deve ter muitos nutrientes, porque eu fico super ativo após comer.

Mel Joy acorda irritada e começa a berrar, alto o suficiente para acordar aos demais, assustados, na maioria.

― Tá ficando louca? – brinco.

― Não aguento mais ficar aqui, Lex – ela admite. Com o tempo aprendi a lidar com Mel Joy e hoje, ela é uma das pessoas que mais confio e sinto que a recíproca é verdadeira – Precisamos fazer qualquer coisa para que alguém venha nos ver.

― Esqueceram de nós, fica tranquila – Antony menciona com a mesma calmaria de sempre; nitidamente está brincando.

― Não quebrei um braço, perdi parte da audição e ganhei uma enorme cicatriz nas costas para morrer esquecida em uma sala cinza – Mel Joy argumenta e controlo para não rir, mas não tenho sucesso. – O que é tão engraçado, Lex?

― Você é a sobrevivente mais f*dida entre todos – falo em meio às gargalhadas.

― Isso demonstra o quanto me dediquei – ela responde levemente irritada.

― Igual ao dia em que você subiu naquela árvore para ver tinha frutos, acabou caindo e quebrando o braço? – implico mais uma vez.

― Pelo menos ficamos sabendo que não havia nada lá – ela ri também.

― Se soubesses que as frutas apareceriam em buracos, poderíamos ter evitado essa lesão – Kate se junta ao assunto. – Se bem que curou em alguns dias, né?!

A porta do local se abre repentinamente, para o espanto de todos nós.

― Pelo visto vocês estão se divertindo por aqui – Ambrol comenta ao entrar no local.

― Estaria melhor se não estivéssemos presos – Kate responde rapidamente.

― Pois trago boas notícias – ele se posiciona no centro da sala, já que nós seis formamos um grande círculo. Enquanto fala, ele se certifica de olhar para cada um de nós, trocando o foco vez ou outra – Vocês serão liberados hoje.

― E para onde iremos? – Antony questiona, sem acreditar naquela afirmação.

― Digamos que vocês não são os únicos – ele explica. – Em duas outras salas temos representantes de outros Experimentos. Como eu havia mencionado, vocês são os sobreviventes no Experimento 14. Temos quatro sobreviventes do Experimento 18 e oito do Experimento 21.

― Por que esses saltos numerais na nomenclatura dos Experimentos? – sussurra Serena, com medo da resposta.

― Significa que entre o Experimento 14 e 18 não houve ninguém inteligente o suficiente para sair com vida – Serena expressa pavor; tenho certeza que se arrependeu de questionar. – Acredito que não preciso informar que vocês estão em um local de segurança máxima e alta tecnologia. Não tentem bancar os espertinhos ou se arrependerão. Nos próximos minutos as redomas desaparecerão e a porta se abrirá. No fim do corredor existe a sala de preparação, local onde estaremos aguardando vocês. Relembro, não façam nada para se arrependerem nos segundos seguintes.

Ambrol sai da sala e nos deixa a sós, sem chances para questionar ou argumentar. Loucura. Assim que a porta se fecha, as redomas desaparecem e estamos livres. A reação do pessoal foi tão espontânea que eu até me surpreendi. Todos foram em direção ao centro e rolou um abraço coletivo. Acredito que entre nós seis não existem nenhum tipo de intriga, por enquanto. Reconhecemos o quanto foi difícil passarmos por tudo isso e resolvemos ficar de bem com todos.

― Vamos parar com o agarramento, vamos? – Carter diz alto, fazendo todos cair na gargalhada.

― Boa hora para um grupal – comento entre gargalhadas.

― Menos Lex! – Serena diz incisiva, porém, me dá uma piscadela rápida.

― Sala de preparação? – Mel Joy questiona. – Eu escutei direito?

― Sim senhorita – Antony responde.

― Será que teremos que lutar contra os sobreviventes dos outros experimentos? – ela pergunta, um pouco incrédula.

― Ninguém precisa fazer isso – falo em disparada. – Não somos obrigados a fazer o que eles querem.

― Não somos até o momento em que eles arranjarem um jeito de nós ameaçarmos – Kate argumenta um pouco cabisbaixa. Entendo o que ela sente, afinal, poucas são as garotas de dezesseis anos que aguentariam firme o que ela passou. Kate é a mais nova do grupo, quer dizer, Carter também tem 16 anos, mas acreditamos que ela seja alguns meses mais nova. Em seguida temos a Mel Joy com 17. Quanto a mim, Antony e Serena temos 19 anos. Nenhum de nós conseguiu lembrar a data de nascimento e por isso acreditamos que, talvez, seja normal.

― Por que ele não fala logo o que querem? – Serena demonstra irritação.

A porta principal é aberta e nos dirigimos para o corredor, deixando Serena sem resposta. Mel Joy assume a liderança, seguida por Serena. Sou o último da fila, reflexo dos nossos momentos na Caverna, no qual eu ficava por último com o intuito de proteger o grupo caso algo viesse pelas nossas costas.

Ao entrarmos na única sala com a porta aberta, identificamos um grupo de quatro pessoas, provavelmente os sobreviventes do Experimento 18, que param para nos observar assim que entramos. Para minha sorte, três garotas, uma mais gata que a outra. Carter investe uma leve cotovelada em minha barriga, em seguida, indica com a cabeça as garotas no outro canto da sala. Uma delas, a loira, está conversando com o garoto, que por sinal tem os olhos puxados. As outras duas estão afastadas, cada uma em seu canto. Talvez esse grupo não seja tão ligado quanto o nosso. A morena me encara por alguns segundos, sustento meu olhar tempo o suficiente, até que ela desvia e se aproxima da dupla, sussurrando alguma coisa.

― A morena é minha – cochicho para Carter.

― Então eu fico com as outras duas – ele fala baixo, enquanto ri.

― A Kate não vai gostar disso – retruco, ainda sussurrando.

― Do que? – ele questiona no mesmo tom.

― Pensei que vocês estivessem de rolo – comento.

― Tirou isso da onde, cara? – a expressão dele é a mais incrível possível. Um misto de curiosidade com incredulidade.

A porta se abre mais uma vez e por ela passa uma única pessoa. Uma garota ruiva, também bonita. Estou achando que eles selecionam o pessoal por beleza, porque não é possível! Diferente dos outros, ela parece um pouco perdida, abatida talvez. Ela se posiciona no outro canto da sala, encarando a todos com ar de estranheza.

― Não entendo – Kate se aproxima de nós dois e comenta, impedindo que continuássemos a falar sobre ela. – Ambrol não havia comentado sobre uma garota sozinha.

― Não espere nada disso aqui, Kate – afirmo. – Não se surpreenderá tanto.

O último grupo entra pela porta e novamente acredito que o nosso é o mais unido. É nítida a existência de desavenças, consigo ver no olhar de cada um deles. No grupo de sete pessoas encontram-se apenas dois garotos, sendo que um deles está de mãos dadas com uma das meninas, ou seja, uma a menos para os encantos do Lex aqui. A última a entrar na sala, uma lourinha, fica desacreditada quando vê a garota que entrara anteriormente sozinha. Imediatamente uma lágrima percorre seu rosto e ela dispara ao encontro da menina.

Alynn! – ela chama aos gritos enquanto corre em sua direção de braços abertos. Quando está perto o suficiente, a ruiva investe um empurrão nos ombros da loura que vai prontamente ao chão.

― Acho bom você ficar longe – Alynn menciona, rangendo os dentes. A loura ainda no chão, rasteja para trás, nitidamente assustada com o que acabara de acontecer.


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Notas finais do capítulo

E então? O que vocês acharam? Contem-me tudo e não escondam nada! Juro para vocês que teremos muita ação e suspense no decorrer da história, mas, é supre preciso fazer uma introdução para apresentar os personagens, né?
Como prova do meu amor, resolvi criar um site para A Oferenda. Mais para demonstração dos personagens, para vocês abrirem enquanto leem e visualizem a pessoinha! Ta aí o link: http://nyahfic.wix.com/aoferenda Eu super aceito sugestões, críticas e elogios. Mesmo! Qualquer coisa! HAUHA.
Lembrem-se: O comentário é importante para seu personagem seguir vivo na fic. Okay? Okay!
Acho que por hoje é isso, um beijo no coração de todos. Me amem. Tchau.