A Bijuu esquecida escrita por Nanahoshi


Capítulo 13
Capítulo 12 - O começo


Notas iniciais do capítulo

PESSOAAAAL DESCULPA DESCULPA DESCULPA!
Eu tive um bloqueio criativo terrível. Além disso, eu comecei a trabalhar então estou tendo menos tempo do que antes.
Como estão passando meus queridos leitores!
Nesse capítulo de hoje teremos um momento fofinho de Sasusaku!!!
Eu queria dedicar esse capítulo à uma leitora minha que andou sumida por problemas de saúde. Espero que você melhore linda! Por favor, se cuide! Nada de negligenciar conselho dos médicos u.u
Sim é pra você mesmo diva! A leitora Zoro!
Beijos mil!
Bem, sem mais delongas... O CAPÍTULO!!!



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Goro se aproximou cautelosamente do acampamento. Vasculhou novamente a área. Apenas o foco de chakra de Kaomi pulsava num raio de um quilômetro.

Respirou fundo antes de se aproximar. Não podia perder a calma. Levou a mão à sua bolsa de ferramentas e tirou de lá um pequeno pergaminho verde. Saltou por entre as árvores e correu rapidamente na direção da barraca.

O vulto adiante da lona branca se movimentou, preparando um ataque, mas em instantes, Goro já a alcançara e ela simultaneamente baixava o braço com as kunais explosivas.

Estavam lado a lado.

—Como você me encontrou aqui, Goro?

Ele soltou uma risadinha.

—Essa pergunta é retórica, certo?

A Uzumaki revirou os olhos. Virou-se para o recém-chegado e cuspiu:

—O que você está fazendo aqui? Eu estou no meio de uma missão, seu imbecil!

Goro abaixou os olhos e seus ombros tremeram tensos. Kaomi percebeu o retesamento de seus músculos e se afastou um passo. Quando falou, sua voz estava completamente diferente de quando debochara de sua pergunta inicial:

—Isto aqui. – a voz era fria e cheia de raiva. Ele ergueu o pergaminho que trazia na mão e deixou que a ponta do papel escorregasse. Kaomi viu o kanji de “pergaminho”. Mal tivera tempo de processar o que acontecia, uma nuvem de fumaça explodiu do símbolo e a Uzumaki sentiu algo sendo empurrado com força contra sua barriga. Ela foi arremessada há alguns metros com um peso sobre o abdome e bateu contra uma árvore próxima. No instante em que se recuperou do atordoamento do choque, Kaomi baixou os olhos para seu colo.

Um enorme pergaminho negro com desenhos de presas brancas jazia sobre suas pernas.

—Mas o quê...

—Não! Sou eu que pergunto! – Goro se aproximou furioso da mulher e apontou acusadoramente para o rolo de tecido preto. – Foi obra sua não foi? SUA!

Kaomi piscou, perdida.

—...?

Goro tremia. Abaixou o rosto novamente e pareceu respirar fundo para recuperar a calma.

—Na viagem para Konoha, tivemos um encontro. – ele estreitou os olhos para a Uzumaki. – E não muito agradável.

Kaomi se levantou sem se intimidar com o ninja e bateu nas roupas para tirar a terra. Segurava o pergaminho como uma criança agarra um bicho de pelúcia.

—Não me diga que... – ela fitava o objeto. – Lupa?

Goro não respondeu.

Então, Uzumaki Kaomi explodiu em gargalhadas.

O outro fitou-a horrorizado enquanto ela se dobrava para frente de tanto rir.

—Do que você está rindo? – chiou ameaçadoramente.

Ela não pareceu escutar.

—Do que você está rindo? – repetiu ele com mais raiva ainda.

Kaomi ainda gargalhava, lágrimas lhe saltavam dos olhos.

Um instante. Foi o suficiente para que Goro a agarrasse pela gola da blusa, a erguesse do chão e seu riso fosse interrompido. O pergaminho caiu com um baque surdo no chão de pedregulho.

—Vai continuar rindo!?

Ela o fitou, e pela primeira vez desde que Goro a encontrara, sentiu raiva.

—Está me desafiando?

O outro não respondeu. Continuou sustentando seu olhar com um ódio enlouquecido que fazia suas íris oscilarem entre as pálpebras.

Novamente, foi necessário apenas um instante. Numa mudança de inspiração para expiração, Goro sentiu um chute forte lhe acertar a boca do estômago e seu corpo foi lançado violentamente para trás. Quando piscou, a Uzumaki estava de pé diante dele empunhando um enorme sabre prateado cuja ponta quase lhe roçava a garganta.

Vai mesmo me desafiar, Uzumaki Goro!?

O jovem Uzumaki se encolheu. Virou o rosto e olhou desolado para aas pedras do chão. Um momento de silêncio fez-se na floresta. Apenas se ouvia o cricrilar dos grilos escondidos sob as folhagens.

—Pff-

Kaomi tornou a rir, porém mais baixo que antes. Goro a olhou com uma mistura de derrota e irritação.

—Esses moleques de hoje. – zombou a kunoichi. – Oh geraçãozinha arrogante!

Ela recolheu o sabre. Tinha um sorriso enorme do rosto. Virou-se. O pergaminho ainda estava caído no chão. Caminhou até ele, pegou-o e segurou-o contra o peito.

—Era Lupa quem estava com o pergaminho? – perguntou a Uzumaki.

—Sim. – respondeu Goro.

Ela se virou novamente para o shinobi. Ria baixinho.

—Não acredito nisso... Então... – ela ergueu o rosto. Sua mão esquerda instintivamente se levantou e pousou sobre o ombro do mesmo lado, exatamente sobre a dobra do pescoço.

Goro analisou a cena. Olhou diretamente para os dedos de Kaomi. Ele sabia que ali, sob eles, havia uma cicatriz.

—Sim. – ele tornou a confirmar.

Kaomi estremeceu em êxtase.

—Então ela foi escolhida... – a voz da Uzumaki estava carregada de um orgulho imensurável.

Goro se enraiveceu.

—Não diga isso com tanto orgulho! – ele berrou. – Você sabe o que isso significa, não sabe?

O sorriso no rosto da mulher ruiva desapareceu. Encarou o Uzumaki.

—Sim, eu sei.

E se a Kailina morrer!?

A kunoichi baixou os olhos. Ficou em silêncio.

Goro sentiu um desespero tomando conta de seu peito. Num impulso, colocou-se de pé e avançou novamente contra Kaomi. Agarro-lhe novamente a blusa e puxou-a para mais perto de si.

E se ela morrer, Kaomi?

Ela manteve os olhos vazios por alguns segundos. Depois, encarou o shinobi e segurou uma das mãos com as quais lhe agarrava a blusa.

—Você não aprende mesmo, né?

Ele sustentou seu olhar.

—E quem te deu essa intimidade toda para me chamar assim? – ela apertou a mão que segurava e forçou o jovem a soltá-la. Uma risadinha brotou-lhe nos lábios. – Você se afeiçoou mesmo à ela... né, Goro?

O Uzumaki se encolheu, o desespero lhe contorcendo o rosto.

—A Kailina... Ela é...

Uma imagem lhe preencheu a mente. Suas duas irmãs.

Kaomi pousou uma mão sobre a cabeça de Goro.

—Eu sei.

Lágrimas brotavam de seus olhos cinzentos. A franja ruiva estava pregada em sua testa, o que enfatizava sua expressão de cansaço.

—Eu não posso... Perder mais ninguém...

Ele finalmente soltou a outra mão que agarrava a blusa de Kaomi. Seus braços caíram debilmente ao lado do corpo.

—Goro. – a kunoichi segurou o ombro do jovem. – A Kailina não vai morrer.

—Como você sabe?

Ela estreitou os olhos.

—Porque eu, como mestra dela, sei da força que aquela menina tem. Você também deveria saber.

O shinobi franziu o rosto em agonia.

—Mas-

O olhar de Kaomi o calou. Os dois se encararam.

—Qual foi a primeira coisa que você ensinou para a Kailina depois que começou a treiná-la? – perguntou a Uzumaki.

Goro permaneceu em silêncio por uns instantes. Depois, se endireitou e pigarreou.

—Que o aluno deve confiar em seu mestre.

A mulher ruiva lançou um olhar significativo na direção do shinobi.

—Nós, os Uzumaki, temos que confiar um nos outros. Somos poucos, estamos sendo constantemente caçados. Se não fizermos isso, estaremos completamente condenados.

Kaomi deu um passo para perto de Goro e pousou a mão novamente em seu ombro.

—Goro, eu tenho certeza que Kailina aprendeu muito bem o que você ensinou... Mas e você? Aprendeu mesmo o que você ensinou a ela?

Ele apertou os lábios. Respirou fundo e expirou ruidosamente.

—Sim... Kaomi-sensei.

Ela sorriu. Deu a volta pelo jovem e começou a andar para a floresta.

—Bom, Goro... Como sua mestra, tenho mais uma coisa pra te ensinar.

Ela parou e olhou sobre o ombro para seu aluno. Ele esperou.

—Assim como o aluno deve confiar em seu mestre... O mestre também deve confiar em seu aluno.

O shinobi suprimiu uma exclamação. Kaomi se virou.

—Assim como eu confiei em você... Confie na Kailina.

***

Toc.Toc.Toc.

—Entre.

—Queria falar comigo, Hokage-sama?

Iruka adentrou o escritório do Hokage um tanto receoso. O velho pitava seu cachimbo e contemplava a Vila através da janela. Lentamente, o Sandaime virou sua cadeira e encarou o jounin.

—Sim, Iruka.

O professor da Academia Ninja percebeu que havia várias fichas sobre a mesa do Kage, e estavam organizadas em grupos de três.

—Eu preciso falar com você sobre os seus futuros alunos da Academia.

—Hai.

O Terceiro baixou os olhos para as fichas.

—Aqui estão as fichas de todos os alunos. Os times que serão formados depois da graduação já foram planejados. – ele arrastou um grupo de fichas para o ninja. Iruka as pegou e analisou-as.

—Ino-Shika-Chou?

—Sim. A aliança entre esses três clãs é muito antiga, e em gerações específicas é formado o trio Ino-Shika-Chou. Esses três são os herdeiros dessa formação.

Iruka não comentou, mas do que já conhecia sobre aqueles três, não daria muita coisa pelas três crianças. Shikamaru era um garoto que sempre andava com cara de tédio pela Vila e parecia ser extremamente preguiçoso. O gordinho estava sempre carregando um saco de comidas. Não sabia muita coisa sobre a garota, mas parecia ter um gênio forte.

Passou para o próximo grupo de fichas. Havia combinações interessantes, especialmente pensadas pela divisão de inteligência de Konoha. Tudo era levado em conta. Clãs, descendentes, tipo sanguíneo, personalidade, históricos familiares...

—E esse time?

Ele indicou um grupo um tanto incomum.

—Um time que esperamos se especializar em rastreamento. A garota Hyuuga, um garoto pertence ao clã Inuzuka e o outro ao Aburame.

—Interessante...

—Iruka, você terá que ter uma atenção especial para essa turma. Temos alunos que poderão se tornar grandes ninjas. Agora...

Ele puxou um conjunto de fichas. Diferente dos outros, ele possuía quatro fichas.

—Esse ano, número de alunos foi irregular. Teremos uma garota sobrando. Ela chegou recentemente em Konoha... vindo da Vila dos remanescentes do clã Uzumaki.

—O quê?

O Sandaime estendeu uma ficha.

—Jyuu no Kailina - Iruka leu.

—Esse time é bastante peculiar. – ele separou as outras três fichas na mesa. Iruka analisou-as.

—Porque vai encaixá-la nesse time?

O Sandaime ergueu um dedo.

—Existem vários motivos que vou esclarecer para você. Mas o principal...

Ele apontou para a ficha da lateral direita.

—O que isso significa, Hokage-sama?

O Terceiro assumiu uma expressão sombria.

—Significa muitas coisas. A primeira é que teremos um time excepcional. E irregular, com cinco integrantes.

Por algum motivo, Iruka estremeceu.

—Inicialmente irei falar com você sobre Jyuu no Kailina... Não... Uzumaki Kailina.

***

—Seis meses depois-

Kailina parou sob a sombra de uma árvore. O balanço preso em um de seus galhos oscilava com o vento. Naruto parou ao seu lado. Os dois encararam a fachada da Academia Ninja de Konoha em silêncio.

—Bom... Vamos né? – disse por fim a garota.

O menino loiro se encolheu. Kailina fitou Naruto, preocupada, com uma ponta de carinho no olhar.

Naquela Vila, duas luzes haviam surgido para que a garota não se sentisse sozinha. A primeira delas fora Hinata. A dócil integrante do clã Hyuga se tornara sua melhor amiga depois de vencer a timidez. Encontravam-se quase todos os dias que Hinata conseguia permissão para sair de casa, e passavam horas brincando. Kailina já conhecera a irmã dela, Hanabi, que de vez em quando vinha se juntar às brincadeiras.

A outra era Naruto. Desde o começo, Kailina sentia que deveria se aproximar do garoto. Primeiramente havia o fato de ele ser um Uzumaki. Intrigava-lhe que um menino loiro, que sequer viera de sua Vila ou aparecera lá, carregasse o mesmo sobrenome que ela. Além disso, aqueles olhos azuis sempre lhe inspiravam uma nostalgia. Sempre ela sentia que deveria se lembrar de algo quando olhava para eles... Mas nunca conseguia.

Naruto era bastante difícil de lidar. Seu humor oscilava. Estava constantemente berrando e fugindo de moradores da Vila. Kailina conseguira conquistar sua amizade ao salvá-lo de perseguições, mas ainda assim, ela sabia que ele não confiava totalmente nela. Mas isso não impedia que, todas as noites, Naruto fosse comer em seu quarto enquanto conversavam sobre seu futuro como ninjas.

—Eu vou superar... todos os Hokages!! - era o que ele repetia todas as noites. Kailina sempre achava graça. Porém, no fundo, ela sabia que aquela determinação poderia, com certeza, levá-lo a realizar seu sonho.

Por outro lado, a garota escolheu esconder suas habilidades de Naruto, já que o Hokage pedira o máximo de sigilo sobre sua verdadeira identidade. Se os folhas iriam descobrir sobre seus talentos, que fosse o mais tarde possível.

Naruto se mexeu desconfortável ao lado da amiga, arrancado-a de seus devaneios.

—Vai amarelar no seu primeiro dia na Academia? – debochou Kailina.

O Uzumaki corou.

—C-cala a boca! Eu... Eu já disse que serei o maior Hokage de todos os tempos!!

A menina riu.

—Então vamos lá, senhor Hokage do futuro!

Naruto pareceu extremamente ofendido com o deboche e saiu marchando desengonçadamente para a entrada da Academia. Kailina o seguiu abafando risinhos. Ao se aproximar novamente do garoto, uma pontada de dor acertou-lhe o estômago.

A asia. De novo.

Era sempre assim. Quando Naruto estava por perto e de mal humor, seu estômago borbulhava em aviso.

O que diabos a sua barriga queria dizer?

Foi aí que o garoto loiro parou de caminhar exatamente em frente à porta. Seu rosto estava erguido. Kailina se adiantou e parou ao seu lado.

—O que foi?

Ele apertou os lábios e permaneceu em silêncio. A garota seguiu seu olhar.

A inscrição.

O letreiro circular com o kanji “shinobi” refletia-se nos olhos azuis do garoto.

Shinobi...?

Suspirou.

Estava oficialmente iniciando a sua vida com uma shinobi da Aldeia da Folha. Defenderia e lutaria numa Vila que lhe trazia uma sensação nostálgica não muito boa...

Mesmo tendo mudado para lá, onde ninguém a conhecia, a sensação de estar apagada no espaço permanecia. Esbarravam com ela na rua como se ela fosse invisível. Ninguém nunca se lembrava de tê-la visto em lugar algum. Poucos lembravam seu nome.

Até quando as pessoas se esqueceriam dela?

Até quando ela seria uma garota fantasma que parece nem ocupar espaço?

—Kailina, iksô!

A voz de Naruto arrancou-lhe dos pensamentos. Ela ergueu o rosto e fitou o amigo.

—I-iksê!

—O que foi? Agora é você amarelando? HAHAHAHA! – debochou o menino.

Ela correu para alcançá-lo. Cruzaram a porta juntos.

Subitamente, vários rostos preencheram sua mente. Alguns deles ela havia gravado ali na Vila.

Pessoas que lembravam seu nome. Notavam sua presença.

Instintivamente levou a mão ao peito.

Então, pela primeira vez na vida, sentiu que algo estava mudando...

***

Ele estava no pátio berrando com alguns meninos. Eles pareciam entediados.

Hinata se mexeu, esticando o pescoçinho para ver melhor o garoto loiro. Estava tão concentrada em sua tarefa que mal percebeu que alguém se aproximava.

—Hinata, o que tá fazendo aí?

A pequenina tomou um susto, encolhendo-se no chão sobre os joelhinhos dobrados.

Kailina inclinou a cabeça.

—Tá fazendo alguma coisa de errado?

Hinata balançou a cabeça.

—E-eu... – ela começou gaguejando.

Mas a Uzumaki já se adiantara para onde a Hyuga estivera e espiou. De onde elas estavam, podiam perfeitamente acompanhar os movimentos de Uzumaki Naruto.

—Estava espiando o Naruto?

O rosto da menina ficou instantaneamente vermelho.

—H-Hinata? Você está bem? – a amiga parecia preocupada. – Está com febre? – pousou a mão em sua testa e sentiu o calor vindo de seu rosto.

A outra negava com a cabeça.

Neste momento, uma gritaria começou no pátio. Um grupo barulhento de garotas formou um arco em volta de alguma coisa.

—O que é isso? – Kailina espiou novamente. Como não conseguiu ver absolutamente nada, virou-se para Hinata.

—Eu vou ali ver o que é...

A Hyuga ainda estava encolhida sobre os joelhos, a vermelhidão do rosto sumia. gradualmente.

—U-uhum. – ela assentiu.

—Eu já volto.

E com isso, a Uzumaki se aproximou do grupo. Parou alguns passos atrás da massa de garotinhas histéricas. Esticando-se na ponta dos pés, a menina tentou ver entre as cabeças que se agitavam

No centro da bagunça, de pé e com uma expressão de tédio misturado a irritação, Uchiha Sasuke tentava se desvencilhar de suas fãs.

Não acredito, pensou a menina. Tudo isso por causa dele.

Ela bufou e deu meia volta. Porém, ao dar o primeiro passo, percebeu um vulto menor se mexendo atrás das garotas. Parou e observou. Uma menina de cabelos rosados tentava abrir caminho entre as meninas. Entretanto, elas a empurravam de volta para fora do grupo. Tentara tantas vezes que a fita vermelha que amarrava seu cabelo jazia no chão, pisoteada.

Sakura.

Kailina se aproximou.

—Você quer ver o Sasuke?

A garota, que estava sentada no chão tentando recuperar a fita para arrumar o cabelo, encarou-a. Depois, corou.

—E-eu...

—Não precisa responder. Vem aqui. – a garota estendeu a mão.

Hesitante, Sakura estendeu a mãozinha e segurou a da outra. Kailina a colocou de pé.

—Vem aqui. – elas se posicionaram atrás da parte mais delgada do arco. – Sobe nos meus ombros.

Sakura arregalou os olhos.

—M-mas você agüenta?

—Aguento sim! – a Uzumaki sorriu. – Eu sou bem forte!

A menina hesitou por alguns instantes ainda, mas aceitou a oferta. Kailina se abaixou e Sakura sentou sobre seus ombros. Ergueu-a e firmou suas pernas.

—Dá pra ver?

—Aham! – exclamou Sakura com os olhos brilhantes.

Não sabia explicar. Sakura lhe inspirava um sentimento de ternura, como se seus olhos verdes lhe implorassem para que cuidassem dela. Sim, sentia-se na obrigação de ajudar e proteger Sakura.

E ela se sentia bem por isso.

***

Sakura se agitava feliz sobre os ombros de Kailina. Aquela garota estranha que conhecera num dia de neve já lhe ajudara algumas vezes, mas sempre em momentos marcantes. Era como se ela aparecesse na hora certa, no lugar certo.

Seus olhos verde água baixaram na direção do centro do arco. Uchiha Sasuke tentava se desvencilhar do grupo de meninas. Ao perceber que havia uma menina um tanto anormalmente alta, o garoto fixou seus olhos na menina de cabelos róseos.

Olhos verdes e olhos negros se cruzaram.

Sakura corou e se desequilibrou dos ombros de Kailina. Sasuke piscou atônito.

E alguns segundos depois, duas garotas estavam estateladas no chão.

Kailina fitou o céu meio perdida, mas logo caiu na risada.

Sakura também olhava o céu azul. Seus olhos pareciam vazios.

Tudo diante dela era azul e branco. Mas o que lhe preenchia a mente eram...

Olhos negros.

Muito negros.


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal?
O que acharam do capítulo??
Eu queria pedir uma ajuda enorme para os meus queridos leitores. Queria que vocês comentassem o que vocês gostariam de ter visto no anime/mangá de Naruto que não aconteceu na história original. (estou precisando de idéias UAHSUHAHSH) Pode ser qualquer coisa, desde lutas a cenas de romance (em qualquer uma das idades).
Críticas e sugestões (teorias também UAHSHAUHSHA) são seeempre bem-vindas!
Beijos e até o próximo capítulo!



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