( Thomas On )

É claro que eu queria, eu queria muito beijar Lize novamente. Mas e a coragem? Onde eu encontro?

São tantos os motivos que fariam disso uma péssima ideia... Para começar, sou alguns anos mais velho que ela. Para ser mais exato, sou cinco anos mais velho que ela. E sem falar que a sua mãe surtaria só em pensar que um cara mais velho está beijando a sua filha. E sem duvida alguma, ela mandaria-me embora. E como é emprego da minha mãe... Quem ficaria sem emprego seria ela e não eu, então... Eu ferraria com tudo!

Ah, mas aquela cena de ontem a noite não sai da minha cabeça. Aqueles olhinhos cor de avelã brilhando. Suas bochechas levemente coradas. Aquelas mãos delicadas e macias que encaixaram-se perfeiftamente na minha. Aquela sensação... Ela parecia tão inocente. Meu deus! naquele momento eu pensei em ceder tudo e beija-la com tanta força, mas eu pensei duas vezes e sai. Lize mexeu comigo naquela noite, disso eu tenho certeza. Que garota!

Hoje pela amanhã Lize me parecia bastante desconfiada sobre o que aconteceu na noite da festa. Eu acho que ela já sabe do nosso beijo. O que mais me surpreendeu hoje ao chegar na escola que chamaram-me para trabalhar temporariamenete, foi entrar numa sala de aula e olhar para a primeira pessoa que me chamou atenção. Bom ela era Lize. Sua reação em me ver foi... Hum... Já esperada, digamos assim. Ela me olhou, congelou por alguns segundos, desviou o olhar e abaixou um pouco a cabeça. Como disse, já era de se esperar. E eu apenas soltem um riso pequeno.

Então eu iria ser o mais novo professor dela... Isso será uma comédia e tanto para mim. Tenho quase certeza que ela vai me evitar mais do que já evitava. Ela é uma garota complicada demais, acho que nem ela mesma sabe, ao certo o porque de me ignonar. Vai entender...

Ao perceber que os meus pensamentos ainda estavam na Lize, deixo um sorriso bobo se formar nos meus lábios. De fato, acho que poderia pensar nela o dia todo...

Lanço meus olhar para ela sentada nas arquibancadas conversando com uma garota. Ela percebe e me olha séria. Eu começo a rir. E ela não entende, me ignora e continua conversando. Além de ser bonita, é interessante. Um mistério em forma de garota. Conseguiu roubar meus pensamentos e o meu sorriso. Me pergunto "O que ela está fazendo comigo?". Ela me faz lembra da Maggie. E muito.

Lanço mais uma vez o olhar para Lize nas arquibancadas, mas eu não a encontro no mesmo lugar. "Onde está ela?" penso e percorro o meu olhar pelo o ginasio, e a encontro cercada por outras garotas. Fico observando e vejo que Zoey estava no meio delas. Lize juntamente amiga , vejo que as duas tentam sair da roda, mas as que cercavam não deixavam. Devolviam com impurroes, e uma discurssão entre elas começa. Quando eu percebi que estava ficando feio, um impulso percorreu pela a minha espinha e eu me dirigi até elas.

– Posso saber o que está acontecendo aqui? - pergunto fazendo assim os olhares serem lançados para mim.

– Não está acontecendo nada. - falou uma delas com um tom de voz um tanto alterado.

– Thomas... - escuto um sussuro vir de zoey. Ela parecia surpressa.

– Essas malucas nos cercaram! São doidas, começaram a dizer varias coisas para a Lize.

Olho para Lize que desvia o olhar enchendo-se de lagrimas.

– Nos chamou do quê? - falou a outra. - você só está acobertando ela, porque não foi o seu namorado que ela tentou roubar!

– Não estou tentando roubar ninguém! - Lize com os punhos cerrados manifestou-se.

– Não minta, é está pegando mal, sabe? - falou friamente.

– Garota, quer parar de falar com ela assim? - falo tentando controlar o meu tom de voz.

Lize acaba empurrando a mesma garota com força e sai correndo do ginásio.

– Aquela garota...

– Aquela garota... O quê? Quero ver todas na secretaria! - falo firme.

– Não é justo!

– Não é justo? Garota ao menos você sabe o que é justo?... Olha bem, e me responde. - falo, e a vejo ficar em silencio e desviar o olhar para Zoey. Olho para Zoey e ela faz o mesmo, desvia o olhar e continua quieta. - foi o que eu pensei.

Saio do ginásio atrás dela. Peço para que um dos monitores da escola fique olhando a turma para mim em quanto eu procurava perdidamente por Lize. Então passando por umas das salas do segundo andar, eu a encontro nos braços dele. Vendo os dois juntos e ela com o rosto no seu peito, faz um incomodo invadir o meu corpo e mente. Finjo uma tosse, fazendo os dois se desgrudarem e lançar os olhares para mim.

– O que você está fazendo aqui? - falou Lize.

Cheguei mais perto dos dois.

– Lize, você vai ter que vir comigo. - falo, e vejo ela dar um passo para trás e fazer que não com a cabeça. - Lize?

– Não quero ir. - falou ela.

– Lize, mas...

– Ela não quer ir. - falou o carinha ruivo. Só o encarei e depois voltei a minha atenção a ela.

– Certo. Entendi. Vai deixar que os outros, sem razão alguma, comecem a pisar em você por coisas que uma patricinha anda inventando? ... Lize pensei que você fosse mais durona, mas eu acho que e só uma mascara. - falo encarando-a.

– Quer parar de falar como alguém que se importasse?... Isso já está me iritando. - ela estava prestes a passar por mim, quando eu peguei o seu braço.

– Sabe o que está me irritando? É você agindo com uma criança. Está sendo infantil na frente do seu namoradinho. - falo baixo perto do seu ouvido e a solto.

– Droga, se está me achando tão criança porque me beijou! - disse ela alto, e quando percebeu ficou sem saber para onde olhar ou se esconder. Seu rosto ficou vermelho, e as pressas ela saiu da sala.

Olho para o ruivo, que me devolve o olhar sério.

– Perdeu alguma coisa? - perguntou ele e saiu caminhando.

Esse garoto me irrita! Não sei o que Lize viu nesse ruivo de farmácia!

Logo depois caminhando pelo corredor da escola, observo não muito longe de mim um garoto carregando uma pilhas de livros. Ele encontrava-se de fones nos ouvido. Quando passei por perto dele, olhei o seu rosto.

Ele...

Paro. Viro. Observo. Penso. Observo. Penso mais uma vez, mas nenhuma lembrança me vem a cabeça, e aquele sensação de ter já visto aquela pessoa em algum lugar fica rodando a minha cabeça.

Ele não me é estranho.