A Seleção - Interativa escrita por Lia Clemente, Jade


Capítulo 4
A bondade de Nathan.


Notas iniciais do capítulo

VOLTAMOS UUULL Demorou um pouco a ser postado foi mal, recado nas notas finais
Boa leitura ^^ :3

Capitulo betado por: Sweet Girl



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"É PRECISO USAR DE BONDADE, COM PESSOAS QUE DESTROEM A SI MESMAS COM SEUS PRÓPRIOS ARGUMENTOS.A TUDO CABE UM POUCO DE NOBREZA ...

 

Ausgusto Branco.

 

                            

Nathan estava decidido, ele pediria um prazo ao seu pai hoje mesmo. Depois do café o garoto seguiu até o escritório do pai e deu dois toques antes de ter a permissão para entrar.

— Pai, podemos conversar? — perguntou receoso.

— Claro Nath, o que quer? — disse, se desconcentrando dos papéis que analisava.

— Quero conversar sobre a Seleção... — o rei o interrompeu.

— Nem me venha com “não quero a Seleção e”...

— Pai, me deixe falar. Não é nada disso. — se sentou a frente do pai.

— Então quer a Seleção? — o rei estava confuso.

— Não, também não é assim, eu quero fazer um acordo.

— Que tipo de acordo, Nathan?

— Eu quero um prazo. Um prazo de três meses, se eu não me apaixonar dentro desse prazo, a Seleção termina. — Nathan explicou, na esperança de seu pai aceitar.

— Eu sei o que você está tentando fazer Nathan, você acha que vai me enrolar? Eu li o diário da minha avó Eadlyn. — o rei disse, fazendo a esperança de Nathan sumir. — Não entendo o porquê dessa dificuldade de aceitar a Seleção.

— Pai, eu só estou pedindo um prazo, por favor. Isso não é pedir muito, não vou tentar nenhuma gracinha, só não quero me casar sem amor.

— Não estou convencido de que isso é uma boa ideia.

— Pai, eu prometo me esforçar... — disse de dedos cruzado. — E tentar achar alguém quase tão digna quando a mamãe.

— Nath...

— Vamos lá pai, três meses é tudo que te peço. — o rei sabia que Nathan era complicado, e que talvez estivesse tramando algo, mas resolveu dar esse voto de confiança ao garoto.

— Tudo bem, mas tem que se esforçar de verdade, vai tentar com vontade.

— Eu prometo! — exclamou da boca para fora. — Obrigado pai, o senhor é um máximo. — o garoto beijou a mão do pai, saiu apressado e distraído, e acabou por trombar em Ella.

— Au! — a princesa reclamou. — Aonde vai com tanta pressa?

— Vou encontrar Thomas.

— Eu sei o que vai fazer, vai se juntar a Thomas para sair do castelo.

— Não viaja Ella, é claro que não vou fazer isso.

— Ah, é?! Então eu posso mandar reforçar a guarda nos muros, fora deles e no jardim? — arqueou as sobrancelhas.

— Argh, pestinha! — bufou. — Olha, se você prometer segredo, eu lhe trago alguns lencinhos antibactericidas.

— Com aroma de eucalipto? — perguntou.

— Do que você quiser. — respondeu com um sorriso brincalhão nos lábios.

— Está bem, mas volte antes de escurecer.

— Isso eu já não posso prometer.

— Deve! Volte antes do jantar, ou papai endoida.

— Tá bom, Ella, fui! — Nathan beijou a testa da irmã que se encolheu toda.

— Nath! — ralhou. — Eu não gosto disso. — puxou a caixinha de lenços do bolso, tirou um e esfregou na testa.

— Ué, mas beijos não são mais higiênicos que apertos de mãos? — perguntou tirando sarro, enquanto andava de costas.

— Para mim é tudo nojento, só aceito beijos do papai e da mamãe. — Nathan deu de ombros e seguiu para o jardim, encontrando Thomas.

— E aí? Seu pai aceitou o prazo? — Thomas perguntou curioso.

— Aceitou, ele deu uma de durão no começo, mas acabou cedendo.

— Que ótimo, Nath. Não está curioso para conhecer as Selecionadas?

— Não, eu nem queria ter que passar por isso.

— Qual é, vai ser divertido. Imagine, 35 garotas no castelo? Aposto que serão lindas.

— Thomas, você sabe que não vai poder se envolver com elas, não sabe?

— Claro que sei, nem pensei nisto. — mentiu.

— Hum, vamos sair daqui. — Nathan disse e fez sinal para o amigo lhe seguir.

Há alguns anos, Nathan achou no baú do escritório de seu pai um mapa com passagens secretas que dão pra fora do castelo, é só usar uma chave codificada e boom! As portas se abrem.

Já livre dos muros do castelo, Nathan e Thomas aproveitaram o ar puro da cidade, de trajes simples, óculos escuros, bigode falso e boné, passavam despercebidos.

— Boa tarde, Marina. — Nathan cumprimentou.

— Boa tarde, meninos. — Marina respondeu.

— Boa tarde. Os brinquedos já estão empacotados? — Thomas perguntou.

— Mas é claro Richard, alguma vez atrasei com vocês? — indagou. Richard é o nome falso de Thomas, ele e Nathan não podem se dar ao luxo de serem pegos andando na cidade, então nunca tiraram o disfarce e nunca dizem seus nomes.

— Nunca. — Nathan sorriu.

— Já está tudo na van, prontos para irmos? — a mulher cheinha e morena, perguntou pegando a chave do automóvel.

Eles dirigiram uns vinte minutos até o orfanato de Angeles. Os meninos sempre traziam presentes para as crianças, eles gostavam de ver o sorriso no rosto delas. Nath, Thomas e Marina pegaram um saco de presentes cada um e entraram no orfanato.

— Olha o que eu trouxe! — Nath disse ao entrar na pequena sala onde as crianças estavam.

— Nath, Thom! – uma garotinha de fios ruivos disse e correu para abraçar os garotos.

— Quem são Nath e Thom? — Marina questionou.

— Eu não sei. — Nathan respondeu enquanto era esmagado pela pequena Paige.

— Eu e George... — Thomas frisou. — Trouxemos brinquedos para todos. — Paige levou as mãozinhas á boca, após lembrar do segredo dos garotos. As crianças do orfanato foram para cima dos meninos e Marina, tentando pegar seus presentes. — Acalmem-se, tem para todos. — garoto tentava manter a calma das crianças. — Seus nomes estão na etiqueta da caixa.

— Esse é seu Paige. — Nathan, vulgo George, disse entregando a caixa para a menininha.

— Obrigada. — a ruiva de oito anos disse, e rasgou o embrulho com cuidado. Ao abrir a caixa, se deparou com uma linda sapatilha de balé na cor azul caribenho, sua favorita. — Eu não acredito! — exclamou. — Ela é linda, obrigada, é o melhor presente que já recebi na vida! — com as sapatilhas na mão, a garotinha deu um abraço em Nath.

— Agora você pode ser bailarina, Paige.

— Obrigada.

— Que isso, agradeça ao Thomas também, ele fez parte disse. — sussurrou o nome de Thomas.

Depois da entrega dos presentes e de brincarem muito com os pequeninos, Marina foi pra sua loja e os meninos resolveram comer. Ainda disfarçados, Nathan e Thomas passaram por uma espécie de "mercado de frutas", o local estaria em ordem se não fosse uma moça desesperada correndo para fora do estabelecimento, com algumas maçãs em sua blusa que formavam uma "bolsa de canguru”, logo atrás dela, vinha o dono do estabelecimento, furioso.

— Peguem essa ladra! — gritou o homem furioso, chamando atenção de todos na rua, principalmente de Nathan e Thomas. O príncipe se virou e trombou na donzela que corria por perto, ela se desiquilibrou e caiu de costas no chão, batendo sua cabeça e derrubando as maçãs, antes que Nathan estendesse a mão para a garota se levantar, o homem roubado puxou bruscamente a garota pelo braço, ela estava machucada, sua cabeça e cotovelos sangravam, mas o homem parecia não ligar.

— Agora você vai se ver comigo, sua vagabunda!

—Hey, se acalme. — Nathan pediu.

— Não se intrometa onde não é da sua conta, ralé. — o homem cuspiu no chão e Nathan e Thomas se espantaram. – E você, sua ladrazinha de quinta, vai levar umas belas chicotadas nessas mãos, é pra aprender a não roubar.

— Me solta! — exclamou a moça irritada.

— O senhor não vai fazer nada com ela. — Nathan disse, impedindo o homem a dar qualquer passo.

— Ah, eu vou sim, e quero ver quem vai me impedir.

— Ah cara, seria melhor se o senhor tivesse ficado calado. — disse Thomas.

— Por quê? Você vai me impedir?

— Ele não, mas eu, Nathan Schreave, príncipe de Illéa, vou. — Nathan disse, retirando seu disfarce.

— Alteza. — o homem rude soltou a garota e se ajoelhou em reverência, e logo todos que estavam presentes fizeram o mesmo, até a moça que ainda estava um pouco tonta.

— Por favor, levante-se. — Nathan disse a bela ladra e a estendeu a mão. — Você está bem?

— Sim alteza, só um pouco tonta e ferida.

— E faminta, eu imagino. — comentou Thomas, tirando um sorriso involuntário de Nathan.

— Sim, me desculpe, alteza, eu só peço, por favor, que não me açoite e não me prenda, eu só estava tentando levar alguma comida pra minha família. — ela falava desesperada.

— Se acalme, por favor. — Nathan pediu e deixou seu olhar cair sob o homem que o desafiara segundos antes. — E o senhor? —Nathan se referiu ao homem ainda ajoelhado, ele pegou a mão do príncipe e antes de beija-la Natan a puxou.

— Alteza, me perdoe, eu não fazia ideia de que era o senhor.

— Então essa é sua desculpa? '“Eu não fazia ideia de que era o senhor”? Meu caro, isso não é jeito de tratar nem cachorro, seu comportamento só prova quão pobre de espirito você é. Ameaçar açoitar alguém que roubou o que pode ser a única refeição do dia é tão miserável. — o homem ouvia tudo de cabeça baixa, enquanto algumas pessoas já estavam com seus celulares gravando a cena. —Melhore senhor.

— Me perdoe Alteza.

— Se perdoe. — Nathan estendeu a mão pra que o homem pudesse se levantar

— Quanto custa às maçãs?

— Não precisa...

— Eu quero, quanto custa?

— Oito, senhor.

Nathan pagou o homem e ajudou Thomas e a bela ladra, a recolher as maçãs do chão.

— Obrigado alteza, eu pensei que me prenderia e me açoitaria.

— Esse era o meu tetravô, venha, só essas maçãs não matarão sua fome.
Nathan e Thomas levaram a garota até um restaurante, onde pegaram seu almoço, mesmo estando faminta ela não parecia uma ao comer.

— Gostaríamos muito de saber seu nome. — Thomas comentou, observando a garota comer.

— Dana, e se não me engano o seu é Thomas.

— Certo, e caso não saiba esse é Nathan, mas acho que já sabe. — riu debochado.

— Nem fazia ideia. — ela brincou.

Nathan e Thomas compraram comida suficiente para Dana e sua família de mais três pessoas. Ela ficou um pouco constrangida, mas não podia negar comida a Charlie, seu irmão mais novo e seus pais.

— Missão cumprida, agora acho que merecemos um pouquinho de diversão. —Nathan disse, seguindo até os fundos do restaurante. Os garotos vestiram seus disfarces que incluíam bigodes falsos e saíram escondidos pelos fundos rumo a balada que eles sempre frequentam.

(...)

— Majestade, aqui está o jornal, mas espere eu sair antes de checar a primeira pagina, por favor.

O rei semicerrou os olhos e assim que Margo já estava fora do escritório, ele olhou a primeira página do jornal e se enfureceu ao ler a manchete:
 "Mais uma noite de diversão ao príncipe de Illéa."

Natanael saiu em direção ao quarto de Nathan, sem nem antes ler o resto da matéria. Após usar a chave mestra do castelo, empurrou a porta do quarto de Nathan e jogou-lhe o jornal do rosto, como nas outras inúmeras vezes.

— Acorde, irresponsável! — esbravejou o rei.

— Já estou me acostumando com isso. — brincou o garoto, tirando o jornal do rosto.

— Você continua a sair do castelo escondido, você sabe como é perigoso, será que eu tenho que te lembrar o que aconteceu com o príncipe da Alemanha?

— Nem me lembre disso, eu fiquei horrorizado, e as meninas não saíram do meu pé por semanas, literalmente.

— Parece que não ficou horrorizado o bastante.

— Qual é pai...

— Nosso trato de três meses esta desfeito. — Natanael virou de costas e saiu em direção à porta.

— Mas pai... — Nathan tentou, mas seu pai não deu ouvido. — Nem vê o que eu faço de bom... — resmungou, encarando o jornal, e quando voltou seu olhar a porta, viu Ella de braços cruzados, olhos semicerrados, fazendo beicinho e chacoalhando a cabeça negativamente. — Droga os lenços! — exclamou, levando uma das mãos a testa.

 


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Notas finais do capítulo

Amores oque acharam? demorou mais do que o esperado, mas esta ai, um cap em 2016 hehe o proximo cap, vai focar na leitura dos nomes no jornal oficial e depois na historia das suas selecionadas heuheu.

Recado : Houve uma confusão nas provincias, depois mandarei um MP pras personagens de provincias repetidas ok? beijocas

Perguntinha : Oque acharam da Dana? heuheu.

Jhen xoxo