A Seleção - Interativa escrita por Lia Clemente, Jade


Capítulo 2
A Princesa e o Guarda - Séllina


Notas iniciais do capítulo

MIL desculpas pela demora gente serio de verdadae,vams tentar atualizar com mais frequencia,aahh divulguem a fic pra termos mais fichas ok? beijocas Lindas

Betado por: Sweet Girl



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/635820/chapter/2

— Éllin? — Nathan nem esperou a aprovação da irmã e colocou a cabeça entre a porta após alguns leves toques.

— Por Deus, Nathan! Eu poderia estar me trocando. — exclamou.

— Por favor, Éllina! Já te vi nua tantas vezes quando éramos crianças.

— Ah, nossa, que cavalheiro! — revirou os olhos. — Não somos mais crianças.

— Isso não vem ao caso, preciso conversar. — sentou na cama junto à irmã, que pousara o livro que lia segundos antes no colo.

— O que houve? Por que não foi almoçar hoje? — perguntou

— Bom, não estava com cabeça para me juntar a vocês no almoço, aconteceu algo terrível. - Éllina se remexera na cama, estava preocupada com o que o irmão tinha a dizer.

—Ora, ande, fale Nath!

— Papai quer me obrigar a ter uma Seleção. — cruzou os braços.

— E onde isso é terrível? — Éllina perguntou animada.

— Na parte em que terei que me casar com uma dessas garotas, Éllin, eu nem sei se vou me sentir atraído por elas. — a irmã riu.

—Olha a mamãe e o papai, são tão feli... — Nath a interrompeu.

— Pare, não me venha com essa história, já disse a papai e direi pra você: A mamãe é diferente.

— Obvio que mamãe é diferente e única, mas estou tentando dizer que você terá chances de encontrar alguém.

— E esse alguém, por acaso, não reclamará quando eu sair pra me divertir? — perguntou irônico.

— Se você a levar, não. Primeiro que não podemos sair do castelo sem uma ocasião importante, principalmente no meio da noite. — Nathan bufou.

— Esse lance de realeza é uma droga, queria eu ter nascido em uma família normal.

— Por Deus, não diga isso nem de brincadeira. — exclamou a irmã chocada. — Seu ingrato, muito bem, renegue a família que tem. Se não está satisfeito com a vida nem com a família que tem, o azar é seu, nossa família é maravilhosa, temos problemas e restrições? Sim, mas somos uma família feliz. — bufou. — Devia pensar bem nas suas palavras antes de atira-las feito adagas.

—Por Deus Éllin, não disse por mal, só quis dizer que isso é tudo muito chato, tudo que faço é contas e organizar planilhas, imagine fazer isso a vida toda?

— Não é só isso, e se você não se orgulha do trabalho de papai, azar o seu! — pegou a almofada e tacou no irmão.

—Por que está tão brava? — jogou a almofada de volta.

— Por quê? Me diga você, se eu dissesse que gostaria de ter outra família, você ia gostar? Outros pais, outros irmãos...

— Ahh, já entendi. — sorriu e se aproximou mais da irmã, a abraçando. — Eu não trocaria vocês por ninguém no mundo.

— Não foi o que pareceu segundos antes. — disse carrancuda.

— Hey! — ele chacoalhou a irmã. — Eu amo você, ok? E não se esqueça que o que sinto por vocês é maior que o mundo.

— Eu sei. — riu pelo nariz.

— E então, o que eu faço? — se sentou de frente pra irmã.

— Oras, aceite a Seleção de boa, não pode ser tão ruim... — Nathan fez cara feia e se jogou na cama.

— Mas eu não quero a Seleção, já disse! Imagine outras 35 garotas no castelo, como vou passar por isso?

— Não acredito que vou dizer isso, mas... Converse com Eloise.

— Agora mesmo, aquela pestinha deve ter algo pra me ajudar. — disse apresado, beijou a testa da irmã e saiu correndo.

(...)

Mais tarde, já saindo do quarto, pro jantar Éllina passou as mãos sob a roupa, alisando para arruma-la. Nos jantares da família real ninguém se "montava" para comer, apenas vestiam o que os deixavam confortáveis, que era diferente dos jantares oficiais. Ela desceu graciosamente as escadas e encontrou todos a mesa a sua espera.

— Boa noite! — cumprimentou e se sentou ao lado de Nathan.

—Boa noite, gostei do rabo de cavalo. — elogiou Nathan.

— Obrigada, Holly que fez. — sorriu.

— Hum... Preciso lhe contar dos planos que eu e Eloise bolamos. — sorriu com cara de maléfico.

— Tenho dó dessas garotas. — Éllin comentou.

— Não fique, não vai ser nada muito grave.. E você não quer que eu case contra minha vontade, quer? Nem você fará isso. — cochichou.

— Verdade, mas Matthew é uma peste, aposto que as futuras selecionadas são amáveis.

— Que seja. — os irmãos deixaram as conversas de lado e voltaram suas atenções a seus pratos.

O jantar como sempre seguiu descontraído, todos conversavam animados, Éllina olhava disfarçadamente para um canto enquanto mexia insistentemente em seu colar em formato de lua, que continha um mini pingente de coração pendurado.

— O que tanto mexe nesse colar? Já esta me irritando! — comentou Eloise.

— Não me encha, Eloise, cuide de seu prato.

Eloise revirou os olhos e deu uma garfada na comida. Éllina disfarçou e voltou a olhar pra seu ponto fixo e sorriu apaixonadamente, o que chamou a atenção de seu irmão mais velho.

— Está disfarçando muito bem, eu diria que está sorrindo pro pedaço de carne que se encontra em seu prato. — sussurrou.

— Está tão na cara assim? — ela sussurrou de volta.

— Magina... — ela terminou o jantar, evitando olhar pra qualquer outro lugar que não fosse seu prato, provavelmente seu “recado” já estava dado.

Ao fim do jantar, Éllina voltou ao seu quarto e escovou os dentes, como sempre fazia após todas as refeições. A garota estava ansiosa e contava os minutos pra meia noite, o que demoraria muito pra chegar, então resolveu se distrair lendo um livro, o que foi totalmente inútil, já que ela não conseguiu voltar toda sua atenção ao livro, seu pensamento ia longe, para ser exata há dois anos, quando conheceu Sean Crawford.

Era uma tarde de inverno, as lareiras do castelo estavam quase todas acesas, Éllina andava descontraidamente e distraidamente entre os corredores do castelo, ela olhava pro seu próprio vestido, quando trombou em Sean, que levava seu uniforme em mãos, e quase foi ao chão, mas os braços ágeis do futuro guarda a amparou.

— Cuidado alteza, devia olhar por onde anda. — o moço era alto, tinha cabelos loiros e sorriso perfeito.

— Oras. — disse, se desfazendo dos braços do rapaz. — Você que devia olhar por onde anda.

— Eu estava Alteza, e com todo respeito, a senhorita me parecia bem distraída.

— Ah. — balbuciou. — E quem é você?

— Sou Sean Crawford, Alteza, a seu dispor. — ele fez uma reverência.

— E o que faz no castelo? — perguntou curiosa.

— Bom, eu entrei para a guarda do castelo Alteza, então suponho que vamos nos trombar muito.

— Espero que não. — arqueou a sobrancelha.

— Como quiser Alteza, vou prestar muita atenção por onde ando. — ele sorriu, a deixando encantada.

— Não vai pegar seu uniforme? — apontou pro uniforme do rapaz, que estava caído no chão.

— Ah, claro. — abaixou e o pegou. Quando se levantou ficou encarando a princesa Éllina, que se incomodou.

— O que foi? — perguntou firme, com um tom de vergonha quase imperceptível.

— Ah... Nada sinto muito.

— Se me der licença eu... Tenho coisas a fazer, hum... Devo lhe dar os parabéns?

— Parabéns pelo que, Alteza?

— Oras, por ter entrado para a guarda do castelo, não são muitos que conseguem.

— Ah sim, claro. E desculpe por ser tão desligado, me sinto sortudo por estar aqui, a visão é maravilhosa. — sorriu de canto.
Éllina estava a pensar que era ousadia demais da parte do garoto, estava quase para dar uma de durona, mas não sabia se "A visão é maravilhosa" era pra ela, então sorriu e disfarçou.

— Ah sim, nosso jardim é muito belo, não acha? — mordeu os lábios para não sorrir.

— Ah claro, os jardins são maravilhosos também. — sorriu, deixando a moça sem graça.

— Ah... É, eu vo-vou indo, foi quase um prazer te conhecer. — colocou as mãos atrás das costas.

— Quase um prazer? — questionou.

— Sim, se não tivesse quase me derrubado eu poderia dizer que foi um prazer.

— Bom Alteza, estou certo de que se eu não tivesse esbarrado na senhorita, não teríamos trocado duas palavras sequer.

— Talvez sim, talvez não, nunca se sabe.

— Certo. — sorriu e encarou o chão.

— Como se chama? — perguntou, encarando seus pés.

— Sean, Alteza. — sorriu.

— Sou Éllina, mas acho que já deve saber. — sorriu fraco.

— Sim, Alteza.

—Éllina, me chame de Éllina.

— Como quiser Al... — riu de si mesmo. — Éllina. — a garota riu.

— Ahn... Tenho que ir, foi um prazer te conhecer. — Éllina não parou de sorrir momento algum enquanto falava.

— Hum, então agora foi um prazer me conhecer? Devo ter feito algo certo então. —falou

— Talvez. — sorriu. — Até mais. — acenou e se virou, se retirando.

Sean ficou ali, encantado com a doçura e ao mesmo tempo rispidez da princesa, nem percebeu, mas estava sorrindo ao observa-la ir. Éllina virou para olhar Sean, na esperança dele estar a olhando e ao mesmo tempo esperava que ele já tivesse ido, mas se surpreendeu ao notar que o garoto a observava feito bobo e com um sorriso na cara. Ela virou rapidamente pra frente envergonhada e ele tentou disfarçar, mas não deu muito certo, se atrapalhou um pouquinho, Éllina andou o mais rápido possível até virar a "esquina”, e Sean seguiu seu caminho.

— Meia noite, finalmente! — Éllina comemorou e se preparou para sair do quarto, as luzes já estavam apagadas por causa do toque de recolher, meia noite era hora de todos estarem em seus quartos, mas Éllina não respeitava essa regra.

— Alteza. — cumprimentou o guarda Filipe, que costuma guardar o quarto de Éllina todas as noites.

— Filipe. — cumprimentou, com um sorrisinho de canto. Filipe é amigo de Sean, o que ajuda bastante na hora da princesa quebrar a regra para se encontrar com o garoto.

Éllina já sabia o trajeto a fazer, ela sempre ia aos corredores onde tinham menos guardas, ou nenhum. Andou algumas quadras distante de seu quarto, abriu algumas portas e se esgueirou por um canto meio secreto, o ponto de encontro de Séllina, nome dado por eles mesmos, a eles mesmos, é a combinação do nome dos dois. O lugar era um salão que era apenas usado pelo casal. O lugar era espaçoso, continha uma lareira, sofás confortáveis, uma televisão na parede, algumas estantes de livros e a sacada. O lugar era todo iluminado pela luz da lua, entre juras de amor, Sean deu a Éllin um colar de lua, e disse a ela que era só ela tocar no colar que eles se encontrariam a luz da lua.

— Sean? — chamou Éllina, assim que entrou no local.

— Buh! — Sean agarrou a moça por trás, que tomou um leve susto.

— Sean! — fingiu estar brava e franziu o cenho.

— Eu amo quando você faz cara de brava. – selou os lábios dos dois em um beijo calmo, enquanto segurava a cintura de Éllina, uma das mãos da garota segurava a nuca de Sean enquanto a outra passeava entre os cabelos dele.

Quando eles estão juntos, ela não é princesa e ele não é guarda, eles são apenas um casal apaixonado que faria tudo um pelo outro.

— Eu trouxe tudo o que você gosta. — Sean dizia enquanto puxava a namorada pela mão até a sacada. — Tem queijo, chocolate, morango e eu ousei e trouxe vinho.

— Vinho? — disse animada, já que não costuma ingerir bebida alcoólica com frequência e se sentou no pano trazido por Sean.

— Está servida? — Sean disse, a entregando uma taça com vinho até metade.

— Uhum. — pegou a taça com as duas mãos e levou a boca, dando um gole generoso da bebida.

— Gostou? — perguntou Sean, enquanto cortava um pedaço de queijo.

— Uhum, é maravilhoso! — sorriu graciosamente.— Hum, advinha a nova.

— O príncipe francês desistiu de toma-la em casamento? — disse, quase que com ironia, por que sabia que não era assim tão fácil, Éllina riu pelo nariz.

— Não, Nathan terá uma Seleção.

— Uma Seleção? E ele está animado? — colocou um pedaço de queijo na boca

— Nem um pouco, Nath não quer casar.

— Só quero ver quando 35 belas garotas estiverem disputando pela mão dele. — riu. — Talvez mude de ideia.

— Acho meio difícil, mas se ele se apaixonar quem sabe, e não sabemos se serão belas. — riu.

Depois de comer, eles foram se deitar no carpete no meio do salão, Éllina apoiou sua cabeça em um dos braços de Sean e pousou sua mão no peito do garoto, que a abraçava e fazia pequenos círculos com os dedos no braço nu dela.

— Senti falta de ficar assim com você, nossos encontros deviam ser mais do que um dia sim um dia não. — se lamentou Sean.

— Eu sei, eu queria poder ficar em seus braços pra sempre. — suspirou e levou sua mão até a nuca dele, fazendo círculos com os dedos também.

—Você acha que seu pai aprovaria nosso namoro? — Sean perguntou, mas já sabia a resposta.

— Acho muito difícil Sean, você sabe na mente dele... — foi interrompida.

— E um casamento? — disparou o garoto.

— Casamento? Nosso casamento?

— É... — se sentou e Éllin fez o mesmo. — Éllina, você quer me fazer o homem mais feliz de todo o universo e aceitar se casar comigo? — a garota sorriu toda boba. — Eu prometo que serei sempre seu, mesmo você não sendo minha, eu prometo cuidar de você até nossos últimos dias de vida e prometo te amar até a última badalada do meu coração.

— Ah Sean, eu aceito, claro que aceito e prometo te fazer o homem mais feliz do mundo e te amar mesmo depois da lua ir embora, sempre sua eu serei.

Os dois se beijaram mais apaixonadamente do que nunca, as batidas do coração deles estavam em sintonia, Sean deitou Éllin cuidadosamente no carpete sem desgrudar dos lábios dela e ficou sobre a garota. Éllina tirou a camisa de Sean e ele estava prestes a tirar a camisola dela.

— Acha que podemos esperar? — Éllina sussurrou.

— Se achas, posso respeitar. — sussurrou de volta e Éllina balançou a cabeça positivamente.

Então ficaram ali, abraçados no calor do momento, só de ter seus corpos juntos já era prazer suficiente. Naquela noite Éllina voltou ao quarto mais radiante do que nunca, ela sabia que seria capaz de enfrentar o próprio pai, aguentar açoites, só pra ter o amor de Sean.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

YAY É ISSO DIVULGUEM A FIC E LOGO LOGO VAMOS COMEÇAR AS APRESENTAÇOES DAS SELECIONADAS BEIJOS E DESCULPEM QUALQUER ERRO (DEPOIS ARRUMO Jheni)