Dentro do Espelho escrita por Iuajen


Capítulo 7
Escolhas erradas.


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez, iremos nos aprofundar um pouco mais na história de Umbra. Além de conhecer uma outra personagem.



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Assim que passaram pela porta de madeira, Irene olhava curiosa para Umbra.

– Como vamos ir para essa cidade?

" Tem um hotel que liga o reino até a cidade, mas antes de ir, eu queria dar um oi a uma outra velha amiga minha."

– E quem é? Quem é? Ele é legal?

"Bem, ela é uma bruxa, ela mora aqui perto, o Rei Branco a deixou ficar por aqui. Ela gosta de viver nas nuvens, por isso veio para cá."

– Uma Bruxa? Mas bruxas são malvadas, elas fazem magias, e transformam a gente em sapo e cozinham crianças pra comer.

"No seu mundo bruxas fazem isso?"

– Sim, a televisão passa, elas são feias, narigudas, tem cara de jaca e... e... cozinham a gente.

"Essa não é desse jeito, ela passa quase que o dia inteiro dormindo em polvos de pelúcia."

– Polvos? É aquele bixo com oito coisinhas que ficam balançando?

"Isso mesmo."

– Fazem pelúcia desses bixos? Eles são nojentos. Mas ué, você disse antes que não sabe o que é leão e cobra, mas aqui tem polvo?

"É assim que ela chama, "polvos de pelúcia", aquilo é um animal do seu mundo?"

– É! É, a professora disse pra gente que eles soltam uma fumacinha, e que... como chama... gernapucos? hmmm... tem aquelas coisinhas que balançam e grudam, e... e... eles ficam no mar, debaixo da água.

Até que para uma garota de cinco anos, Irene tinha uma boa memória e era bem madura para a idade dela, Umbra ficou pensando se todas as garotas humanas eram assim, as sombras pequenas viviam fazendo arte, pintando o chão de vermelho e jogando água oxigenada nas roupas dos outros...

" Tentáculos. Sim, eles fazem isso, mas os animais do seu mundo possuem nomes estranhos, cobra, leão, polvo..."

– É... não sei...

Com Umbra guiando enquanto conversavam, chegaram a um portão grande que daria acesso a um caminho branco enorme e lá na frente algo que parecia um iglu, porém, haviam três torres brancas na frente. Quando Umbra se aproximou das torres, e mostrou um papel pedindo para se afastarem, eles nem se dignaram a olhar, mas quando Irene apareceu de trás dele, eles olharam para coroa e parecerem se espantar.

– R-r-rainha branca? O-o-o que faz aqui?

Umbra olhou da torre central que falava para Irene e depois novamente para a torre, Irene que não entendeu apenas ficou olhando para a torre.

– Ei, será que a gente podia passar? Meu amigo e eu queremos ir ver a amiga dele.

–C-c-com to-d-d-d-a cer-certe-te-z-z-za m-m-ma-ma-jestade.

A torre que gaguejava, primeiro pulou uma casa a frente e depois uma casa ao lado, dando espaço suficiente para um passar de cada vez. E assim ambos passaram pelo portão. Andaram até o iglu que de perto, se via tijolos laranja claro, e uma porta aberta. Ao adentrarem o lugar, muitos polvos de pelúcia de várias cores se amontoavam pelo chão, pelas paredes e até o teto tinha alguns pendurados, o piso era completamente laranja, já as paredes todas iluminadas pareciam amarelas, no meio daquilo tudo, com a cabeça em um polvo vermelho, as pernas entrelaçadas em um azul e abraçando um verde, havia algo muito estranho.

– É ela?

"Sim. Ela está dormindo, que pena. Gostaria de conversar um pouco com ela sobre seus pais também."

Irene foi até um dos polvos de pelúcia e pegou com as duas mãos e apertou.

– Eles são tão fofinhos!

– Não toque ~Fyaah

Uma voz feminina ressoou pelo lugar. Vinha da direção da coisa estranha entrelaçada com os polvos. Irene se assustou e soltou o bixo de pelúcia que caiu no chão.

– E se você o matar? ~Fyaah Tome cuidado! ~Fyaah

Após cada frase um barulho de fino e agudo. Não chegava a doer os ouvidos, mas com certeza não era agradável de se ficar ouvindo. A "coisa" no meio dos polvos estava falando. Já Umbra começou a fazer uns grunhidos, parecia que estava tentando falar.

– Oi! Eu sou Irene. Você é a Bruxa?

– Quantas vezes eu tenho que te falar? ~Fyaah! Não dá! ~Fyaah!

– Não dá o que?

Completamente ignorada, Irene começou a puxar Umbra que olhava para a "coisa" e grunhia, enquanto aquilo simplesmente fazia os barulinhos "~Fyaah" em resposta.

"Está é Irene. Uma garota humana."

– Outra? ~Fyaah Essa parece mais nova que a anterior. ~Fyaah Provavelmente você não sabe explicar o que tá vendo. ~Fyaah Vou mudar para uma forma legal. ~Fyaah

Aquilo, começou a criar pernas e braços do nada, em um momento o ar, em outro, cinco dedos. O corpo, a cabeça e os cabelos, e um vestidinho branco de bolinhas verdes, os cabelos pretos e longos com seis tranças e uma touca com mais duas trancinhas que ficavam balançando no ar.

– Melhor? ~Fyaah

Irene que acabara de ver uma garotinha bem parecida com ela se formar a sua frente se lembrou.

– Foi você! Foi você que eu vi no espelho!

– Espelho? ~Fyaah Que Espelho? ~Fyaah

– Na minha casa, uma garota bem parecida comigo, no espelho, ela me chamou, ai, ai o espelho quebrou, fez barulhos estranhos, "*crash*" ai, ai minha mão começou a sair coisa vermelha...

Era a primeira vez que Umbra escutava aquilo também, mas ele se virou para a Bruxa. Que via Irene tentando explicar o que aconteceu com ela.

– "Crash"? ~Fyaah Huuuummmm... ~Fyaah Não, não era eu no seu espelho. ~Fyaah E eu também não tenho ideia de quem pode ter sido. ~Fyaah

Umbra pegou algo do bolso dele, algo parecido com um pequeno polvo azul, era do tamanho de uma unha de Irene.

– VOCÊ TROUXE! ~FYAAH

A garota/bruxa pulou nas mãos de Umbra, pegou o polvinho e comeu. Os olhos da garota brilhavam, as bochechas ficaram rosadas e as pálpebras caíram um pouco e a boca ficou aberta, dando a ela uma expressão de imenso relaxamento.

Outros grunhidos de Umbra.

– Obrigada. ~Fyaah Hey! ~Fyaah Isso me lembra que eu tinha algo pra te perguntar. ~Fyaah O que aconteceu com a outra...

– Quem? Urotsuki? A outra garotinha que veio pra cá? Umbra disse que ela estava só perambulando.

– Ahhh, isso eu também já sabia. ~Fyaah Estou perguntando a ele, o que aconteceu depois que ela veio para o Reino Branco. ~Fyaah

Umbra fez alguns outros grunhidos, estes demoraram bastante para acabar. Irene simplesmente ficou ali ouvindo os grunhidos sem entender nada. A bruxa olhou para ela quando Umbra acabou de grunhir, colocou uma das mãos na testa e apertou entre as sobrancelhas.

– Então você não sabe também. ~Fyaah Com relação aos seus pais ~Fyaah o rei realmente tava certo ~Fyaah a cidade das sombras é realmente o lugar mais provável. ~Fyaah

– Obrigada.

A bruxa deu uma olhada na coroa que Irene estava usando e sorriu fazendo o barulinho usual. Ela tirou a touca que estava usando e entregou para Umbra.

– ~Fyaah ... ~Fyaah ... ~Fy... ~Fya... ~Fyfy ... ~Fya ... ~ahf ...

Vários sons foram ouvidos, juntamente com os grunhidos de Umbra, pareciam estar competindo quem fazia o som mais estranho.

– Abu! Bubbubu! Babababa! Lululi! Opahhh!

Irene começou a fazer sons estranhos também. Não se contentando, ela movimentava os braços e as pernas. Depois de algum tempo, tanto a bruxa, quanto Umbra pararam os barulhos.

– Ganhei! Vocês pararam primeiro! Ganhei!

Irene comemorava sua grande vitória. Já Umbra e a Bruxa pareciam bem sérios.

– Irene. ~ Fyaah Cuide bem de Umbra ~Fyaah Ok? ~Fyaah?

– Ei, porque você faz esse barulinho depois que fala? Ele é chato.

A garota das tranças sorriu olhando para Umbra que estava cabisbaixo. E depois virou-se novamente para Irene.

– É ~Fyaah Mas eu não posso fazer nada ~Fyaah Eu nasci assim ~Fyaah Mas como pode ver ~Fyaah Eu posso mudar ~Fyaah

Dessa vez, somente os cabelos mudaram de cor, se tornando vermelhos.

– Para alguns é mais difícil que para outros ~Fyaah principalmente para aqueles que não se perdoam por fazer a escolha errada ~Fyaah

Sem entender o significado daquelas palavras, tinha outra coisa que estava fazendo a cachola da pequena coçar.

– Por que você gosta tanto de polvos?

– Polvos são amor! ~Fyaah Polvos são vida! ~Fyaah Como não gostar desses tentaculuzinhos?! ~Fyaah E desses olhinhos pretos ~Fyaah e dessa boquinha nesse formato! ~Fyaah

Os polvos tinha dois olhinhos pretos, e uma boca em formato de "3". Era realmente fofinhos de apertarem por serem de pelúcia. Mas a explicação dela não fazia sentido.

– Ei Umbra, a sua amiga é estranha. Não parece ser malvada, mas ela é lelé.

Umbra que apenas observava a situação ainda cabisbaixo, olhou para Irene e escreveu uma mensagem.

" :) "

Tá certo que não era uma mensagem, daquelas escritas e tudo mais, mas o rostinho feliz parecia para Irene que ele concordava com ela.

Umbra escreveu uma mensagem, amassou e entregou para bruxa, depois pegou as mãos de Irene, apontou para a saída e acenou.

– Tchau dona Bruxa! Você é esquisita, mas é legal.

– Tchau! ~Fyaah E Tome cuidado com suas escolhas ~Fyaah

– Pode deixar!

Irene acenava, enquanto andava para a saída, sentiu sua mão sendo apertada um pouco mais forte por um instante, mas logo ele afrouxou.

– Que foi Umbra?

"Nada"

A resposta dele foi bem curta, Irene queria conversar, mas ela sentia que Umbra estava do mesmo jeito que seu pai ficava quando ela fazia algo errado e não queria conversa.

– Eu fiz algo de errado? Me desculpa.

"Não. Não fez nada de errado."

Outra resposta bem curta e direta. Irene sabia que quando ela tentava conversar com o papai, ele normalmente acabava ficando nervoso e aumentava o castigo dela.

Silenciosamente eles andaram a o caminho de volta para o reino. Irene com a coroa sobre a cabeça e Umbra com uma touca. Após mais alguns gaguejos das torres, eles foram em direção ao sul, passando novamente pelos mal olhares dos bispos das casas brancas, dessa vez porém, não eram somente os bispos que comentavam, os cavalos, torres e peões pareciam murmurar bastante entre si, encarando Irene e Umbra.

Após andarem um pouco, a pequena garota bocejava. E parecia bem cansada. Umbra que se manteve escrever nada durante o caminho, mas percebeu o corpo mole da garota pelo fraco aperto que ela estava retribuindo. Umbra balançou a garota para mante-la acordada.

" Estamos chegando em um hotel. Se quiser dormir, eu alugo um quarto."

– Ah... *Uaaaaaaaaahhhhaaaam* Obrigada. E me desculpa. Por favor, me desculpa.

Umbra ficou em silêncio, Irene não tinha motivos para pedir desculpas, e mesmo assim ela estava pedindo. Umbra não pode responder porque essas palavras ecoavam na cabeça dele. Apertou involuntariamente a mão da garota novamente, mas dessa vez Irene parece ter pegado a reação como um " Cala a boca" e não o perguntou após Umbra afrouxar quase que instantaneamente o aperto.

Um pouco depois, eles chegaram em uma grande construção. A porta era de vidro e dava para ver o tapete verde com alguns desenhos amarelos, a parede bege e uma sombra atrás do balcão. Quando entraram, Irene parecia estar se esforçando bastante para se manter acordada, porque quando seu corpo caia, ela era puxada novamente pelo braço por Umbra e por ela mesma, seus olhos ficavam entre fechados e semi-fechados.

" Um quarto com duas camas por favor."

– São cem peças a diária.

A sombra, que estava de porteiro, nem pareceu ligar para a garota, só disse o preço, esperou Umbra tirar do bolso, dez notas vermelhas, e as guardou no caixa. Depois entregou uma chave que se lia: "201"

– Seguindo o corredor a esquerda. Desça 3 andares de escada ou pegue o elevador. Depois siga a direita, é o último quarto.

Umbra pegou a chave, e Irene parecia estar decidia a se manter acordada pelo menos até chegar no quarto, porque estava começando a se beliscar e dar uns tapinhas no rosto com a mão livre. Seguiram a instrução do porteiro e pegaram o elevador, depois seguiram a direita e abriram o quarto, que não havia nada além de duas camas separadas e um banheiro.

" Antes de você dormir, tome um banho, você tá toda suja do meu sangue. Eu irei lavar a sua roupa na pia, e quando você acordar, ela já vai estar seca."

Irene olhou para Umbra de cara fechada.

– Não quero tomar banho. Quero dormir.

"Não, você tem que tomar um banho antes, vamos... Eu vou te dar banho de novo."

Umbra a levou para o banheiro, tirou as roupas dela e encheu a pia de água. Ligou o chuveiro e começou a dar banho na garota. Apesar de ser bem mais madura que as sombras da idade dela, as sombras já sabiam tomar banho sozinhas. Mas assim que Umbra terminou de dar banho nela, sem as luvas, ele carregou a garota que havia desistido de combater o sono até uma das camas, e depois foi tomar um banho, já fazia quase um dia que não tomava e havia uma bolotinha amarela se formando nele.

Assim que deixou Irene na cama, Umbra olhou para a própria mão, ele percebeu que Irene só havia soltado sua mão, quando foi abraçar o Rei e receber a coroa. E que desde que haviam fugido de Vincent, fora o encontro com o rei ela não havia sequer uma vez soltado a mão ele, nem quando pegou o polvo no chão. Umbra também sentiu o que seria as costas doer, de tanto ter ficado inclinado para que ela não precisasse ficar nas pontas dos pés.

Perdido nos próprios pensamentos, Umbra foi tomar banho. Pensando no passado e como isso se refletia no presente, ele não sabia mais o que fazer, pensou no trabalho que tinha que fazer no computador. Pensou e pensou, e pensou mais ainda, mas mesmo assim não parece ter feito nenhum progresso, por outro lado ali estava Irene, deitada, dormindo, como se ela confiasse cem por cento nele, e ele sabia que ela confiava.

* Crash *

*Crash*

*Crash*

*Crash*

*Crash*

*Crash*

*Crash

*Crash*

*Crash*

*Crash*

*Crash*

– Por falar em escolhas erradas ~Fyaah.

Era com um tom de desaprovação que a bruxa balançava a cabeça, vendo a cena patética.

_________________________________

Me desculpe Irene. Eu deixei a comida pronta para você, sua roupa está estendida no box do banheiro. Eu sinto muito, muito mesmo, mas eu não posso continuar te ajudando, eu não sou seu papai, eu não posso te proteger, eu não sei decifrar muitos dos sentimentos, mas eu sei que eu não sou corajoso para enfrentar o medo. Por favor, me perdoe por ter te deixado.
Obrigado por confiar em mim, mas eu não mereço, nunca mereci.

Umbra

As lágrimas caíam no papel, a solidão batia, e o medo voltava. O rosto de Vincent, Bennet a perseguindo, a falta de mamãe e papai.

– Umbra?

Mas não havia resposta, naquele quarto de duas camas, apenas uma tinha sido usada. O chão não tinha pegadas vermelhas, e era só madeira. As paredes tão bege quanto o teto, e a luminária dava o ambiente uma melancolia, talvez porque a única presença no quarto era de uma garota com não mais que cinco anos, agarrada no travesseiro chorando.

– Cadê você? Umbra? ...

...

*Craaaaaaaack* *Craaaaaaack**Craaa???!@486123456&¨%$#()#&@*

Barulhos...

Vermelho....

Mais vermelho...

Espelho...

Garota...

Sombras...

Vincent...

Umbra...

Irene...

Era uma voz... chamando o nome da garota. Era a própria voz ecoando pelo quarto. Sussurrando palavras, ela então viu um espelho com a garota dentro dele.

Algumas letras começaram a aparecer no espelho, enquanto a garota sorria, seus olhos tampados pela franja, e ela encostando no espelho pelo outro lado, Irene que não conseguia fechar os olhos e era obrigada a vero que estava acontecendo, também não conseguia gritar.

"S" "E" "D" "I" "V" "E" "R" "T" "I" "N" "D" "O" "?"

Assim que o ponto de interrogação apareceu.

*CRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAACK*

O som do vidro estraçalhando, bem como os cacos voando em todas as direções, parece ter feito Irene escorregar da cama e correr para a porta enquanto gritava. Mas antes de chegar a abrir-la, a porta foi aberta, e quem a olhava de cima, com um olho branco e uma pupila circuponto vermelha, era Vincent que ainda sorria.

– Kikikikukuku. Heeeeeh... E não é que nos encontramos de novo? Kikikufufufu.

As risadas dele fizeram Irene dar um passo para trás, ao mesmo tempo que Vincent dava um passo para frente. Ela olhava para ele com puro desespero, e dessa vez ela nem conseguia gritar, parecia que a voz lhe faltava.

– Kikikikikufu. HAHAHAHAHAHAHAHA! Majestade...
Após uma grande gargalhada, ele parece ter reparado na coroa, falou com um tom arrastado e fez uma reverencia.

– Não precisa temer... Kikukikiki.
Dessa vez os olhos circuponto vermelho do garoto encararam os olhos de Irene que havia caído e agora se arrastava pelo quarto.

Ele pegou um caco de vidro no chão e caminhou lentamente em direção a garota que havia corrido e se trancado no banheiro.

– U-umbra... Umbra... Umbra...

Irene murmurava o nome da Sombra. Ainda esperando que ele viesse para protege-la. Ela sabia que ele viria. Ele viria. Certeza.

– Ele não vai vir. ~Fyaah

A touca em cima da pia, falava no tom da bruxa que havia conhecido a pouco tempo atrás.

– Ele desistiu. ~Fyaah Depois do que aconteceu com Urotsuki ~Fyaah Acho que ele não conseguiu acreditar que com você seria diferente. ~Fyaah

Vincent chegou a porta do banheiro e começou a risca-la com vidro. Depois uma batida muito forte na porta do banheiro fez o cômodo inteiro tremer.

– Princesinha Mal-criada. Kikikikufufufu HAHAHAHAHAHA, dizem que sangue real é azul. Kikufufufufuhahahahahaha vamos ver se é verdade.

– Coloque a touca ~Fyaah.

Irene colocou a touca na cabeça e se sentiu sugada por ela, a sensação era que ela tinha sido puxada para todos os lados, apertada, esticada, empurrada, puxada.

Quando abriu os olhos, ela viu aquele quarto de novo. Como se nada tivesse acontecido, e... e... Umbra!

– UMBRA!

Irene correu até a Sombra que estava sentado, escrevendo algo na mesa e o abraçou, chorando, e gritando o nome dele. Umbra amaçou rapidamente o papel que estava escrevendo e olhou para a garota.

" Teve um pesadelo?"

A garota balançou a cabeça afirmando.

– A gente tem que sair daqui... Rápido! Vincent tá vindo, ele... ele...

"Calma. Foi só um pesadelo, não tem como ele saber onde a gente está..."

– Vamos! Ele vai matar a gente, vamos! Temos que sair daqui.

"Você não pode sair daqui desse jeito."

– Por que não?

" Porque você está pelada. Suas roupas estão no banheiro, não sei se secaram."

Irene correu até o banheiro e se vestiu, depois pegou na mão de Umbra e o puxou para fora do quarto.

Umbra que não entendeu a situação, e não pôde colocar seu plano em prática, pegou a touca e a coroa que estava em cima da cama dele e foi junto de Irene, sem entender o motivo daquele desespero. Saíram do quarto, e ela correu trazendo a Sombra junto com ela, pegaram o elevador, foram até o primeiro andar e saíram do hotel.


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Notas finais do capítulo

Pois é. O que Umbra esconde?
O que aconteceu no passado?
Espero que tenham gostado do capítulo. Abraços.