Dream Girl escrita por Magnefly


Capítulo 12
Friends


Notas iniciais do capítulo

Advinha quem voltou? EU!
Sempre começando as notas de uma maneira bem animada e clichê, mas tudo bem. Sei que me amam mesmo assim.

Queria agradecer a todas as princesas que comentaram o capítulo passado:
♥ Misteriosa
♥ sunshine
♥ divademi22
♥ Jujardim2015
♥ Ally Rocket
♥ Juliana Lorena
♥ Bluebell
♥ Bayhiden
♥ Paper Girl
♥ Youngblood

Seus comentários me deixaram muito feliz! Obrigada por todo o carinho e apoio, minhas princesas ♥

Agora sobre o capítulo (eu poderia falar sobre o fim de A&A, mas não quero chorar de novo)...
Ficou enorme! E cheio de Auslly, a pedido de algumas - a maioria - leitoras.
Espero que gostem *-*
Boa leitura *-*
ENJOY!



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Pov Alexa

Nosso primeiro dia em Nova York havia consumido toda a minha energia, o que me causou um sono profundo de pelo menos quatorze horas. Quando acordei, Amber ainda dormia, mas Ally não estava no quarto.

Estranhei na mesma hora. Ally, assim como eu, adora dormir até tarde num domingo, e ela já havia acordado cedo ontem por causa do voo.

Iria agarrar meu ursinho e voltar a dormir, mas percebi que Amber estava acordando. Suspirando, ela abriu os olhos devagar e levou uma das mãos até sua cabeça, no lugar onde havia batido.

– Está doendo. – reclamou. – Mas valeu a pena.

– Concordo. – comentei, a encarando, que sorriu fracamente. – E, quando voltarmos pra Miami, o caminho está livre pra você com o Austin, já que Taylor saiu da jogada.

– Eu não acho que vá acontecer alguma coisa entre eu e o seu irmão. – Amber se sentou em sua cama com dificuldade e encarou suas mãos, com um sorriso triste.

– Por que?

– Ontem, quando eu acordei, ele estava aqui. Nós conversamos, e eu disse que o amava. – arregalei os olhos, surpresa com a atitude da ruiva, que disse querer esperar mais tempo para falar com Austin sobre seus sentimentos. – Austin não entendeu, é claro, mas ele disse que também me amava. E que eu era como uma irmã pra ele.

Fiquei um tempo sem dizer nada.

Deus, como meu irmão é lerdo!

– Amber, se Austin se apaixonou pela Taylor, que é uma vadia, ele pode se apaixonar por você também. – Amber sorriu fracamente. – E eu vou te ajudar.

– Sério?

– Sim. – sorri para ela. – Eu conheço o Austin como ninguém, vou te ajudar a conquistar ele, eu juro.

– Você é a melhor, Lexi. – me levantei de minha cama e a abracei de lado.

– Eu sei.

(...)

Como acordamos tarde e já tínhamos acabado com o enorme saco de salgadinhos que trouxe, eu e Amber tivemos que esperar até a hora do almoço para comermos alguma coisa.

Ally ainda não tinha voltado, e quando chegamos ao restaurante no hotel, percebemos que Austin também não se encontrava. Estranhei novamente.

Meu irmão não ousaria sair pela cidade sem mim, ousaria?

– Mãe, você viu o Austin, ou a Ally hoje? – perguntei a mulher, enquanto ela se sentava na cadeira ao meu lado.

– Seu irmão levou Ally para dar um tour pela cidade, já que ela nunca esteve aqui. – respondeu, colocando uma quantidade generosa de comida em seu prato. – Eles saíram bem cedo. Pensei que Ally tinha te contado.

Olhei para Amber. Ela parecia ter se incomodado com o que ouviu, pois tentava inutilmente esmagar seu garfo.

Por mais que quisesse rir de sua ação, eu a entendia. Não sei o que faria se me dissessem que Ben está saindo com outra garota nesse exato momento em Miami. Mas, eu sei que ele nunca faria isso... pelo menos, eu espero.

– O que acham de fazermos o mesmo? – meu pai sugeriu. – Podemos fazer um piquenique no Central Park, ou visitar a Estátua da Liberdade. O que acham?

– Eu topo. – disse, animada. – Não me lembro de nada nessa cidade. Faz tanto tempo desde a última vez que estive aqui.

– Se não se importarem, eu gostaria de ficar no hotel. – Amber falou. – Minha cabeça ainda dói, e não tem nada na cidade que eu não conheça.

– É claro que não nos importamos, querida, sabemos que precisa descansar. – minha mãe disse a ruiva, docemente. – Então, depois do almoço, trocamos de roupa e saímos.

Nosso almoço se resumiu em meu pai contando piadas sem graça e minha mãe dando risada apenas para não magoa-lo, minha mãe me perguntando o que estava acontecendo com Amber, e eu ignorando todos, dando atenção apenas para minha comida.

Eu estava com fome!

Depois da sobremesa, continuamos conversando, e eu estava ficando cada vez mais preocupada com a demora de Ally e meu irmão. Não porque pudesse acontecer algo com eles, mas sim por Amber. Se eles demorarem mais um minuto, não duvido que ela comece a chorar ali mesmo.

É muito amor – não correspondido – envolvido. E o fato de Amber estar no meio de uma TPM não ajuda muito.

Pov Ally

Eu havia acordado às sete e meia, sem despertador, o que me fez levar minha mão esquerda rapidamente a testa, para verificar se não estava com febre. Mas logo me lembrei que teria que encontrar Austin no saguão às oito, e me levantei rapidamente.

Peguei uma roupa em minha mala, uma toalha e entrei no banheiro. Escovei meus dentes, me despi e entrei no box, ligando o chuveiro e deixando a água quente escorrer por cada parte do meu corpo.

Não demorei muito no banho, como sempre, e ao sair do box e me secar, passei um creme que encontrei no banheiro. Sabia que era de Alexa, e ela nunca se importou que eu usasse.

Eu tinha me esquecido de todos os meus produtos de higiene, até mesmo minha escova de dente. A minha sorte for conseguir uma no hotel, juntamente com creme dental.

Vesti uma blusa preta quente, uma calça jeans justa e coloquei um gorro cinza. Iria pegar meus tão amados all stars, mas resolvi usar uma bota com salto, já que me cansei de ter que olhar para cima quando converso com Austin.

Ele é muito alto.

Passei uma maquiagem simples, apenas para me livrar um pouco de minha brancura. Peguei minha bolsa, que não continha nada mais de meu celular, minha carteira e minha câmera.

Sai do quarto, tomando cuidado para que o barulho dos saltos não acordasse Alexa ou Amber, que dormiam como pedras. Fechei a porta devagar e caminhei pelo corredor até chegar ao elevador, que me levou diretamente ao saguão, onde Austin já me esperava.

O loiro sorriu ao me ver, e olhou para o relógio em seu pulso esquerdo, enquanto eu caminhava em sua direção.

– Um minuto adiantada, Ally Dawson. – disse ele, me encarando. – Podemos ir?

– Quanto mais cedo irmos, mais cedo temos para andar pela cidade.

– Não esquenta, Dawson, temos muito tempo. – Austin brincou com meu sobrenome, saindo andando logo em seguida.

Deixei que Austin fosse na frente, afinal não queria me perder e ele era meu guia turístico. O loiro pegou seu celular, e me mostrou uma lista que havia criado com o que faríamos.

♥Visitar a Estátua da Liberdade

♥Tirar fotos da Estátua da Liberdade

♥Tirar uma selfie com a Estátua da Liberdade atrás, fazendo caretas

♥Ir a Times Square

♥Correr pela Times Square como um retardados enquanto o outro tira foto.

♥Comprar um cachorro quente na Times Square

♥Tirar uma selfie com o cachorro quente e postar no Instagram

Acabei rindo com sua lista, e Austin pareceu não entender.

Tirar uma selfie com um cachorro quente? – questionei, em meio a gargalhadas.

– Se você vir a Nova York e não comer um cachorro quente, perdeu toda a viagem. E que melhor jeito de guardar bons momentos do que fotos? – Austin sorriu, pegando seu celular de minha mão e tirou uma foto de seus próprios pés. – Trouxe sua câmera?

– Claro. – respondi, abrindo minha bolsa e pegando o objeto um tanto pesado. A liguei e rapidamente tirei uma foto do loiro, me vingando por ontem no Central Park.

– Ei! – Austin me repreendeu, pegando a câmera de minhas mãos e olhando a foto que havia tirado. – Ficou engraçada.

– Concordo.

Austin virou uma esquina, enquanto eu me perguntava onde ele estaria me levando. Sabia que nossa primeira parada seria a Estátua da Liberdade, mas, com meu pouco conhecimento pelo monumento, sabia que era do outro lado da cidade.

– Austin, não vamos pegar um taxi? – o loiro se virou pra mim e riu. – O que foi? Ao menos que você me carregue, eu não vou a Estátua da Liberdade andando. Tem um ponto de taxi na rua que passamos.

– Primeiro, não vou te obrigar a andar. – ele disse. – Segundo, não vamos de taxi.

– Então, como... ?

– Assim como o cachorro quente, tem coisas que você precisa fazer para a viagem valer a pena. – Austin explicou. – Aposto que nunca andou de metrô.

(...)

– Nossa... – foi a única coisa que saiu de minha boca quando meus olhos encontraram o enorme monumento.

Infelizmente, não podíamos ver a Estátua da Liberdade de perto, já é cercada inteiramente por água e não tínhamos tempo para alugar um barco. Mas, mesmo assim, a vista era incrivelmente linda.

Austin, que estava com minha câmera em mãos, tirou uma foto de meu rosto e me mostrou. Minha boca estava aberta em um perfeito “O”, o que fez o loiro começar a rir. Não me importei, afinal a câmera era minha, e eu apagaria a foto assim que voltássemos ao hotel.

Parando de rir, Austin assumiu uma posição séria, arrumou sua postura e disse:

– Você sabia que a Estátua da Liberdade situa-se na entrada do porto de Nova Iorque, na pequena Ilha da Liberdade, possui 46,5 metros de altura, pesando aproximadamente 160 toneladas? – sorri para o garoto, que tentava desempenhar seu papel como meu guia turístico. – Foi um presente dos Franceses aos Estados Unidos, após os norte-americanos terem vencido a Inglaterra numa batalha.

– Esqueceu de mencionar que foi inaugurada no dia 28 de outubro de 1886, e que em 2007, foi considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo. – o encarei. – Austin, eu também tenho aula de História, esqueceu? Aprendi isso com onze anos.

– Eu sei. – ri da expressão do loiro. – Mas, eu sou o seu guia turístico, então, por favor, fique quieta enquanto eu falo sobre o monumento.

Assenti, ainda rindo de sua indignação, levantando as mãos em sinal de rendição.

– Tudo bem, senhor Guia Turístico. – Austin revirou os olhos, mas logo começou a rir.

– Agora, faça uma pose engraçada, vou tirar uma foto sua.

Austin se afastou com minha câmera, enquanto eu o obedecia e fazia uma pose engraçada, apontando para a Estátua. Sempre gostei fotografar, mas nunca de ser fotografada. Na minha opnião, não sou fotogênica, mas eu me diverti fazendo poses e feições engraçadas enquanto Austin dava cliques.

– Austin, já chega. – gritei para o loiro, que pareceu não ligar e continuou a me fotografar enquanto eu me aproximava dele. – Sua vez.

Peguei a câmera e o empurrei para ficar onde eu me encontrava segundos atrás. Austin levantou se apoiou em um poste e colocou as mãos nos bolsos da calça. No momento em que tirei a foto, Austin espirrou.

Comecei a rir como uma retardada, enquanto encarava minha câmera.

– Isso não é justo! – ele gritou, apontando pra mim. – Tem muita poeira por aqui.

Continuei rindo enquanto tirava fotos de Austin, que tinha se recuperado e fazia caras e bocas. Era hilário.

Várias pessoas passavam por nós e nos encaravam como se pensassem “Gente maluca”, mas não liguei. Eu estava me divertindo, isso era o que importava.

Queria tirar uma foto com ele, mas não iria conseguir uma foto boa com meu celular sem cortar a Estátua da Liberdade. Olhei para os lados, tentando encontrar algum nova-iorquino que parecesse gentil, o que foi difícil.

Uma garota, que parecia também ser uma turista, caminhava em minha direção, e ela parecia ser pelo menos um pouco educada.

Esperei que ela estivesse bem próxima e perguntei.

– Com licença, poderia tirar uma foto nossa? – apontei para Austin, que me encarava com confusão, já que não conseguia ouvir nossa conversa.

– Claro. – ela respondeu, sorrindo gentilmente para mim.

Gostei dela.

Entreguei minha câmera a desconhecida - que poderia muito bem ser uma maníaca que sequestra criancinhas – e caminhei até Austin, parando ao seu lado. Coloquei as mãos no ombro do loiro, fiz biquinho e levantei os pés, tentando inutilmente ficar um pouco menos baixa – mesmo com os saltos.

Me assustei quando o loiro me pegou no colo, com uma facilidade incrível. O encarei, confusa, enquanto ouvia o barulho do clique. Austin riu, enquanto me colocava de volta no chão e pegava a câmera das mãos da garota, que nos encarava também rindo.

– Vocês formam um casal adorável. – ela disse.

– Na verdade, nós não... – Austin me cortou.

– Obrigado. – ele disse, passando o braço por meus ombros. – Estamos muito felizes, não é, Alls?

– É... – concordei, ainda confusa pela atitude do loiro. A morena sorriu mais uma vez e saiu de nossa vista, caminhando pelas ruas frias de Nova York. – O que foi isso?

– O que? Preferia ter que explicar a ela que não somos um casal e que somos só amigos? Levaria mais tempo.

(...)

Estávamos novamente em um metrô, com direção a Times Square. Como da última vez, conseguimos nos sentar por pura sorte, já que o metrô se encontrava extremamente lotado. Mas, diferente de quando estávamos indo em direção a Estátua da Liberdade, Austin estava calado, com um olhar distante.

Imaginei que ele estivesse pensando em Taylor, e acompanhei seu olhar. Austin encarava sem piscar uma gestante, que acariciava sua barriga com um sorriso em seu rosto.

– Eu não cheguei a te perguntar... – Austin me encarou, parecendo “acordar”. – Como você está? Quer dizer, até ontem de manhã, você pensava que iria ser pai, e agora...

– Sinceramente, me sinto aliviado. – ele respondeu. – Não que eu estivesse odiando a ideia, pelo contrário. Mas eu não acho que estou preparado para ser pai, não agora. Eu quero ter filhos, como a maioria dos homens, mas no futuro.

– E a Taylor? Está aliviada também? – não me contive em perguntar.

– Eu não sei. – Austin voltou a encarar a mulher. – Ela chorou bastante, mas, acho que ela sabe que seria uma péssima mãe. Taylor iria entregar o bebê para a adoção. Acha mesmo que ela está se sentindo mal?

– Austin, não fale isso. – o repreendi. – Mesmo que ela fosse entregar o seu filho pra adoção, não significa que não se importasse com o bebê. Quer dizer, ela poderia ter feito o aborto por decisão própria, mas Alexa me contou que sua quase sogra a forçou a isso.

Austin sorriu levemente para mim, parecendo concordar com o que eu disse.

– Se eu te contar uma coisa, promete não contar a ninguém? Principalmente minha irmã. – assenti, interessada. – Ontem, quando eu encontrei a Taylor, eu a levei pro hotel e nós fomos para o meu quarto para conversar. E eu acabei quase transando com ela. – arregalei os olhos, o que fez Austin rir. – Mas, eu parei antes que algo acontecesse.

– Por que?

– Se eu continuasse, seria como se nós tivéssemos nos acertado, e Taylor queria que recomeçássemos, longe daqui. – explicou. – Mas eu pensei nesses últimos dias em Miami. Tem sido incrível estar com a minha irmã e meus pais de novo, e tem a Amber... você.

– Eu? – questionei, surpresa.

– Sim. Você. – Austin confirmou, voltando a sorrir para mim. – Nós conhecemos há três dias, mas você se tornou especial pra mim, Senhorita Dawson.

– Você também é especial pra mim, Senhor Moon. – rimos. – Então, somos amigos?

Amigos.


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Notas finais do capítulo

Estátua da Liberdade: http://pre02.deviantart.net/e644/th/pre/i/2012/097/4/6/photo__statue_of_liberty_by_mariesen-d4va6ve.jpg
Ally: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=187612794

Prometi Auslly, não prometi? Então, aí está! Na minha opnião, tem bastante desse casal maravilho.

E então? Gostaram desse capítulo enorme, minhas princesas (e príncipes)?
Comentem o que acharam do capítulo e no final de A&A.
Favoritem para me deixarem extremamente feliz.
Recomendem para me fazer agir como uma retardada.

Até o próximo capítulo, amores da minha vida!
UM MILHÃO DE BEIJOS *-*

OBS: Me mandem sugestões para o ship Alexa e Ben, ok? Ainda não decidi como vai o nome de casal deles kkk