Dream Girl escrita por Magnefly


Capítulo 11
You're like a sister to me


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI!
Gostaria de agradecer a todas as princesas que comentaram o capítulo passado:
*-* Jujardim2015
*-* Roxy Rocket
*-* Juliana Lorena
*-* Paper Girl
*-* sunshine
*-* divademi22
*-* Laura Marrie Marano Lynch

E também gostaria de agradecer mais ainda a MairimG que simplesmente RECOMENDEU A FANFIC! Muito obrigada, linda! Amei tudo que escreveu, e você deixou o meu dia bem mais feliz! Amo você! Capítulo dedicado especialmente a você!

Esse capítulo é o meu favorito na fanfic até agora. Demorei um pouco mais do que o normal para escreve-lo, pois não estou acostumada a escrever sobre cenas de briga (SPOILER ALERT), mas eu consegui. E amei o resultado!
Espero que gostem tanto quanto eu, pois eu escrevi com muito carinho!
Boa leitura!
ENJOY *-*



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Pov Ally

Alexa, eu e Amber andávamos pelas ruas de Nova York, tentando sem sucesso encontrar Austin, ou Taylor. Amber estava nos guiando até o ponto de taxi onde achava que Austin havia ido.

Era outono, então as ruas da cidade já estavam começando a esfriar, fazendo os nova-iorquinos – a maioria rabugentos – começarem a sair de casa com seus casacos e cachecóis.

– Eu juro que assim que eu colocar os olhos naquela vadia, eu pulo pra cima dela, e não há ninguém que me segure! – Alexa esbravejou, olhando especificamente para mim.

Ela sabia que se tentasse machucar Taylor ou qualquer um – com exceção de Kira -, eu interveria, tentando a manter calma. Pra mim, violência é sempre a última opção.

Apenas revirei os olhos e continuei andando, olhando para todos os lados, procurando por Austin.

Me sentia até mal por não estar tão preocupada com Taylor.

Amber, que estava andando a nossa frente, parou.

– Esse é único ponto de taxi que eu conheço por aqui. – disse a ruiva. – Era para eles...

Ela parou de falar, encarando algo no chão. Era uma corrente. Conclui pelo olhar de Taylor, que se abaixou e pegou o objeto brilhante, que não era uma simples corrente.

– Amber, o que é isso? – Alexa perguntou, tirando a ruiva do transe.

– Essa corrente é do Austin. Ele usava todos os dias, não tirava nem para tomar banho. – Amber respondeu, com um olhar melancólico. – Quando nós brigamos por causa da Taylor, eu percebi que ele não estava usando e perguntei o motivo. Austin me disse que tinha perdido. – ela parou. – Ele mentiu pra mim.

– Ele pode ter achado e deixado cair quando veio pra cá hoje... – Lexi tentou anima-la, o que pareceu não funcionar.

– Austin deu isso pra Taylor – Amber, após sua conclusão, suspirou e guardou a corrente no bolso de sua calça. – Os dois estiveram aqui.

– Amber, você procura por eles pelo bairro, em lanchonetes, lojas, na clínica onde ela estava... todo lugar. – Alexa pediu. – Eu e Ally vamos voltar pro hotel e ver se eles estão lá.

Amber assentiu, voltando a andar, com rapidez.

Alexa e eu voltamos ao hotel, checando todas as lojas e estabelecimentos possíveis. O saguão, que estava cheio quando chegamos hoje pela manhã, não estava movimentado. As únicas pessoas presentes eram o porteiro, um homem idoso – que lia um jornal sentado em uma das poltronas -, um casal de gêmeos brincando e...

Taylor.

Ela era alta, quase do tamanho do loiro, e era mesmo muito bonita. Os cabelos longos e castanhos pareciam ter sido lavados há pouco tempo, pois estavam úmidos. Seus olhos, também castanhos, estavam vermelhos e inchados.

Ela havia chorado.

Olhei de relance para Alexa, que parecia tentar controlar sua raiva.

Taylor, assim que nos viu, parou. Ela não me conhecia, eu tinha certeza. Mas Austin, no tempo que namoraram, deve ter mostrado a ela uma foto de sua irmã.

Estava tão distraída cobiçando a beleza da morena, que nem ao menos percebi quando Alexa saiu do meu lado e caminhou até ela, com um sorriso falso em seu rosto. Corri até minha amiga e fiquei atrás dela, já pedindo ajuda a Deus para segurar a loira.

– Você deve ser Taylor. – Alexa se pronunciou, quebrando um silencio desconfortável que já durava alguns segundos. – Eu sou Alexa, irmã do Austin. – ela completou. Percebi que o punho da loira havia se fechado, e ela estava prestes a cometer uma loucura. – Sua vadia...!

Segurei os braços de Alexa, com toda a força que possuía. Ela tentou se soltar, enquanto inúmeros palavrões e xingamentos saiam de sua boca, fazendo Taylor dar largos passos para trás.

– Alexa, se acalma, amiga. – pedi, já no meu limite. Alexa, por frequentar a academia duas vezes por semana, é bem mais forte que eu. – Pense comigo, se você bater nela, o que vai adiantar? Nada.

– Mas a sensação de ver um olho roxo na cara dela seria tão boa...

Encarei Taylor, que estava quase colidindo com a parede, e uma raiva enorme tomou conta de mim. Ela havia magoado Austin – uma pessoa que eu comecei a me importar, e muito -, e, por mais que eu não queira admitir, a sensação de ver seu rosto perfeito machucado seria realmente muito boa.

Em meio aos meus pensamentos, Alexa conseguiu soltar seus braços e saiu correndo em direção a morena. Mas, antes que pudesse chegar até Taylor, foi parada por Austin, que apareceu de repente.

Ele, sendo bem mais forte que eu e Alexa juntas, conseguiu parar sua irmã. Fiquei parada, sem saber o que fazer. Eu poderia ir até Taylor e fazer o que Alexa quer tanto fazer: bater nela e lhe dar um olho roxo de presente. Mas, ao mesmo tempo quero a ajudar a fugir antes que minha amiga consiga escapar dos braços fortes de Austin.

– Alexa, fica calma, eu já falei com ela. – Austin disse. – Eu sei que quer bater nela, mas não precisa.

– Fala sério, Austin! Parece que esqueceu tudo o que ela te fez... – Alexa gritou, indignada. – Mesmo a pessoa mais sem coração do mundo não escrevia uma carta daquelas!

– Austin vai explicar tudo pra você, Alexa. – Taylor finalmente se pronunciou. – Mas saiba que eu me arrependo do que eu fiz. De verdade.

E sem dizer mais nada, a morena saiu, andando a passos largos e rápidos.

Alexa pareceu ter ficado ainda mais irritada, e dessa vez conseguiu se livrar de Austin, que parecia estático, olhando para a saída do hotel.

Ele ainda gosta dela, constatei.

No mesmo momento em que empurrei Alexa ao chão, a fazendo cair, gritos femininos soaram em nossos ouvidos. Não parecia estar vindo de muito longe, o que não demorou a fazer sentido.

Austin e eu nos olhamos, parecendo pensar na mesma coisa, e saímos correndo, deixando Alexa ali mesmo, no chão do saguão. Ao passarmos pela porta giratória do hotel, nos deparamos com uma cena que tentamos evitar.

Uma briga.

Taylor se encontrava no chão, recebendo vários tapas de Amber, que parecia incrivelmente brava. Nunca havia a visto assim. Ela costuma ser tão calma.

Várias pessoas assistiam a briga, alguns até gravavam o momento, que chegaria a ser engraçado se uma das envolvidas não tivesse acabado de fazer um aborto.

Em um momento rápido, Taylor trocou as posições, ficando em cima de Amber, fazendo a ruiva bater a cabeça violentamente no chão. A morena, parecendo tomada pela raiva agora, puxou os cabelos de Amber com uma das mãos, e bateu inúmeras vezes no rosto da ruiva com a outra.

Austin, que até então estava ao meu lado, tão surpreso quanto eu, empurrou algumas pessoas e tirou com facilidade a ex-namorada de cima da melhor amiga. Amber permaneceu no chão, levando a mão esquerda a sua cabeça, no lugar onde havia batido.

– Sério? – Austin questionou, aumentando seu tom de voz, encarando as duas.

– Foi ela quem me atacou. – Taylor gritou, respirando com dificuldade, toda descabelada.

– E não me arrependo. – Amber declarou, tentando se levantar.

Vendo sua dificuldade, a ajudei a ficar em pé, e segurei levemente seus braços, para que ela não voltar a cair, já que parecia muito fraca, e sua cabeça parecia estar sangrando.

– Taylor, acho melhor você ir embora. – Austin falou, olhando com preocupação para a ruiva ao meu lado.

Taylor abriu a boca para falar alguma coisa, mas pareceu desistir. Ela se virou e voltou a andar, dessa vez com mais rapidez.

– Amber, você está bem? – perguntei a garota.

– Não. – respondeu. – Me sinto tonta.

Ao ouvir suas palavras, Austin correu até nós e encarou Amber, preocupado.

– Vem, vamos entrar. – disse o loiro, passando o braço pela cintura de Amber, começando a andar.

Antes de os seguir, percebi algo brilhando no chão. A corrente de Austin, que provavelmente caiu do bolso de Amber durante a briga. Me abaixei e a peguei.

O pingente, em formato de apito, apresentava uma letra “A” na lateral. E a corrente em si era grande, ficaria pelo menos na altura do começo do abdômen de Austin.

Guardei no bolso da jaqueta que estava usando e voltei ao hotel, não demorando a encontrar Austin e Amber. Olhando os dois de trás, parecem até um casal. Um casal muito bonito, por sinal.

Fiquei os encarando encostada na parede do saguão do hotel, com uma sensação estranha em meu peito. Não sabia explicar exatamente o que era, pois nunca tinha me sentido assim, mas sabia que não era nada bom.

Austin e Amber estavam quase chegando ao elevador quando, de repente, a ruiva desmaiou.

Pov Austin

Já se passava das sete da noite quando Amber finalmente acordou, parecendo bem melhor. Ainda debaixo de vários cobertores quentes, ela abriu os olhos com calma, sorrindo minimamente ao me ver.

Eu não havia ficado ali durante todo o tempo que ela dormiu – que foram horas. Fiquei muito tempo andando pelas ruas frias de Nova York, tentando entender o que realmente estava se passando na minha cabeça.

– O que aconteceu? – Amber perguntou.

– Você bater a cabeça bem feio durante a briga com a Taylor, e o fato de você não ter comido nada desde ontem à noite fizeram você desmaiar. – expliquei, com um pouco de repreensão. – Você me deixou preocupado.

– Você também. – falou. – Você saiu correndo daquele jeito... podia ter nos esperado. Eu, Ally, sua irmã e os seus pais ficamos muito preocupados com você... principalmente eu.

– Eu sei, e sinto muito. – sai da cama de Alexa e me sentei na de Amber, ficando de frente para ela. – Mas, eu tinha que resolver isso sozinho. Eu tinha que conversar com a Taylor sozinho.

Amber sorriu novamente e me abraçou. Passei meu braços por sua cintura, enquanto a ruiva descansava sua cabeça em meu ombro.

– Eu posso não me lembrar de muita coisa antes de ter desmaiado, mas eu sei que não estava com essa roupa. – Amber comentou, nos separando.

– A sua roupa estava toda suja, por causa da briga, e a sua cabeça estava sangrando. Por isso, eu ajudei Alexa a te dar um banho e colocar uma roupa limpa em você. – percebi que o rosto de Amber ficou extremamente vermelho. – Relaxa, eu não te vi sem roupa. Você estava com uma toalha quando eu te levei pro banheiro e te trouxe de volta pro quarto, já que a minha irmã não ia te aguentar.

– Ah... obrigada, Austin.

– Estou aqui sempre que precisar. – sorri pra ela, que voltou a se deitar. – Mas, agora, pode me explicar o motivo de ter atacado a Taylor daquele jeito?

Amber abaixou a cabeça, parecendo se lembrar do que aconteceu horas atrás.

– Austin, você a amava, e ela te machucou muito. Eu sei disso mais do que ninguém, porque presenciei tudo. – disse ela. – E eu estava com tanta raiva dela que perdi a cabeça... só me lembro de dar um tapa na cara dela e depois as coisas foram acontecendo.

– Por mais que eu seja uma pessoa boa... ela mereceu. – rimos.

– Eu juro que se ela estivesse aqui agora, na minha frente, eu acabava com aquele rostinho.

– Nossa! Não sabia que sua raiva era tão grande assim... – comentei, ainda rindo.

– Claro! Qualquer pessoa que te magoe merece minha raiva. – disse ela, suspirando. – Eu te amo, Austin!

– Eu também te amo, Amber. – falei. – Somos amigos há tanto tempo. Você é como uma irmã pra mim.

(...)

Fiquei mais alguns minutos conversando com Amber, até ela dizer que precisava descansar, pois sua cabeça ainda doía. Ela ficou estranha de repente, só respondia minhas perguntas com “sim” ou “não”.

Não queria voltar ao meu quarto até a hora de dormir - para não ter que me lembrar que quase cometi minha segunda loucura essa tarde -, então resolvi sair novamente.

O Central Park não era muito longe do hotel onde estávamos hospedados, então não demorei muito a chegar no local, pouco movimentado nessa época do ano. No outono, os nova-iorquinos geralmente preferem ir ao shopping ou ficar em casa.

Olhei para as poucas pessoas que se encontravam no local. A maioria eram casais, que se sentavam nos inúmeros bancos, abraçados e trocando carícias. Sorri. Ao contrário de muito solteiros, ver casais felizes não me deixa pra baixo ou com inveja, me deixa feliz.

Caminhei até o lago, onde eu costumava me sentar e escrever em meus cadernos. Alguns gansos estavam lá, nadando calmamente na água extremamente suja do lago, e os animais não pareciam se importar em estarem sendo fotografados.

Ally estava lá, sentada no banco onde eu costumo me sentar toda vez que venho aqui, fotografando tudo a sua volta. Ainda sem notar minha presença, ela deixou a câmera em seu colo e passou a encarar o lago, com um olhar distante.

Me sentei ao seu lado e peguei sua câmera, a assustando e tirando uma foto de seu rosto. Ficou no mínimo engraçada.

– Austin! – me repreendeu, rindo. – O que faz aqui?

– O que você faz aqui? – perguntei.

– Não tinha nada pra fazer no hotel, então... resolvi vir ao Central Park, já que eu nunca estive em Nova York. – respondeu, agora olhando para mim.

– Você nunca esteve em Nova York? – Ally concordou com a cabeça. – Que tipo de americana é você?

Ally riu com meu comentário, revirando os olhos.

– Eu nasci em Los Angeles. E, até os meus treze anos, as únicas viagens que eu fazia com minha família eram de L.A. a Londres, onde meus avós moram, e de Londres para L.A. – explicou. – Mas, desde que nos mudamos pra Miami, meus pais não moram exatamente com a gente.

– Como assim?

– Eles estão sempre viajando. Só vem pra Miami no Natal. – completou, encarando o lago. – Por isso eu e os meus irmãos não viajamos muito.

– Deve ser uma droga. – comentei.

– No começo era... mas eu conheci sua irmã, e ficamos amigas. Agora eu não me importo tanto assim.

Enquanto passava meus olhos novamente por todo o parque, uma ideia me veio a cabeça.

– Temos mais dois dias em Nova York, já que minha mãe ligou pro diretor do Marino e disse que nós iremos faltar na segunda. – falei. – Nesses dois dias, eu vou ser o seu guia. Vou te levar a cada ponto turístico dessa cidade.

– Sério? – Ally sorriu, parecendo gostar da ideia. – Só nós dois?

– Sim. – respondi. – Alexa provavelmente vai dormir pelo resto da viagem, meus pais provavelmente se concentrarão no trabalho e em me dar um novo irmão, e a Amber... ela conhece essa cidade melhor do que eu. – a olhei, estendendo minha mão. – O que me diz?

– Desde que você seja um bom guia e não faça eu me perder... eu aceito. – Ally apertou minha mão, ainda sorrindo.

– Então, me encontre no saguão amanhã às oito. Sem atraso.


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Notas finais do capítulo

Ally: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=186931628

Hum... eu fui a única que notei um climinha Auslly no ar? kk
E Amber? Coitada, gente, ela se declarou, mas o Austin... OH CRIATURA TONTA!
E a briga? A única parte do capítulo que eu não gostei muito... acho que precisava de mais detalhes, mas como eu não sei escrever esse tipo de coisa... ficou assim mesmo, mas espero ter agradado vocês.

Vocês gostaram do capítulo?
Comentem, para eu saber o que estão achando da fanfic. Prometo que responderei, como sempre faço, mesmo que com atraso.
Favoritem, para me fazerem dar um grito e assustar minha família.
E recomendem, se quiserem ver essa autora iniciante mais feliz do que nunca e parecendo uma retardada - uma retardada que ama vocês.

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UM MILHÃO DE BEIJOS!
Até o próximo!