Should I Tell? escrita por Hp


Capítulo 2
II- E se houvesse um incêndio?


Notas iniciais do capítulo

Se alguém ler...
Me fale se tiver erros, criticas ou elogios?
Espero que goste.



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Capítulo II

E se houvesse um incêndio?

E se houvesse um incêndio?

Eu pegaria aquilo que me importa

ou correria sem olhar para trás?

Pov Alehara Grace

Depois que o sinal tocou, guardei minhas coisas como se tivesse que fugir de um incêndio e tentar pegar tudo que me era de valor, mas se realmente houvesse um incêndio é provável que eu deixaria tudo para trás mesmo, foda-se bens materiais, minha vida é mais importante. Pera, por que estou pensando nisso?

Enquanto eu fazia minhas suposições de um incêndio inexistente, esperava Annie que, sem querer ofender, é muito lerda para guardar o material. Será que não se importa com o pouco tempo precioso que temos para não ver a cara entediada dos professores?

Por que minhas perguntas não têm respostas?

Bem, assim que ela terminou nos dirigimos para fora da sala. Eu iria mostrar escola para ela, começando, é claro, pelo refeitório, a parte mais legal de toda a escola! Sem brincadeira.

Enquanto caminhávamos eu falava que sala era qual, mesmo que não precisasse, já que tinha as tais plaquinhas vermelhas um pouco chamativas em cima da porta, mas não me importo, eu é que não fico olhando para elas mesmo, sabia tudo de todos os lugares da escola como se fossem a palma da minha mão.

Bom, mostrei a metade da escola para ela, o intervalo não é lá essas coisas quando a questão é tempo. Falei para Annie que a nossa próxima aula era de português, e que a professora é muito chata comigo, parece que aquela cabra velha faz de proposito ter sempre um trabalhinho em dupla e me olha com sarcasmo. Annie não ficou nada surpresa com a minha outra mini história e soltou um comentário tanto cômico, mas não deixava de ser meio que verdadeiro “Parece que ninguém gosta de você”

Suspirei e cheguei no meu objetivo e pedi para fazer dupla com ela, que aceitou de bom grado e sorrindo. Annie parece ser aquele tipo de pessoa meiga e amável, que fofa, mas certamente dever ter algum lado obscuro, ou eu sou paranoica de mais.

Guiei Annie até a sala de português e entramos, sentamos uma do lado da outra e a professora Nancy logo começou a dar sua aula chata e entediante. Como tradição de sua existência proferiu as palavras que a maioria da sala sabia que ia falar “Hoje teremos trabalho em dupla”. Grande bosta.

Olhei cumplice para Annie que me encarou também e depois voltamos a prestar atenção no que a velha dizia. Não entendo porque ela implica tanto comigo.

Ela passou a atividade que era fácil de mais para o meu gosto e Annie também pareceu não ter nenhuma dificuldade em fazer a parte dela, já que dividimos tudo meio a meio. Não querendo me gabar, mas sou uma das que tira uma nota boa em português e nem estudo para isso, claro né falamos português... Vida ótima a minha!

Nos duas fomos as primeiras a acabar e a professora deixou a gente conversar, só que baixo para não atrapalhar os outros alunos. Passamos o resto da aula conversando sobre assuntos aleatórios e percebi que seria bem legal virar amiga dela, tínhamos coisas em comum e gostei muito da companhia dela. Cara ela desenha fodasticamente bem, eu também desenho, mas não chega nem perto da arte que ela faz e isso certamente me deixou muito feliz por conhecer uma pessoa com tanto talento.

Me lembrei da conversa que tive com meu tio, Edgar, uns minutos antes de sair da sala dele e encarar Annie Baker, a garota de olhos azuis bem vivos e cheios de segredos, cabelos castanhos escuros, branca como se não saísse de casa para pegar sol e uma expressão neutra no rosto.

As palavras dele foram simples, mas me dizia que tinha mais coisa nessa história.

Espero que se de bem com a Annie, Alehara.”

Annie estreitou os olhos para mim e perguntou no que eu estava pensando, falei que era no que alguém tinha me dito e nos desenhos que ela tinha feito e me mostrado— mostrado nada, furtei o caderno dela mesmo — ela sorriu e me falou que a próxima aula que tínhamos agora era educação física enquanto olhava um papel.

Não desgosto de educação física, mas isso não quer dizer que eu goste de educação física. Que filosofia complicada é a vida.

Fomos para sala, a professora de EDF fez a chamada e alguns alunos foram trocar de roupa no banheiro, pois eles eram do tipo que não gostava de ir com a roupa especifica de EDF para escola e sim coloca-las na escola, nada contra, acho até uma maravilha eles tirarem esse tempo da aula em vez de ficarmos minutos a mais no sol escaldante de onze horas e, novidade, eu estava dentro desse grupo de trocadores de roupa.

Fui no banheiro e troquei minha calça jeans por uma leggie, odeio essas calças, porra...

Suspirei e sai do cubículo em que estava. Fui até a pia e joguei água no rosto. Encarei minha cara no espelho, surgiram umas sardas novas nas minhas bochechas, acho que deveria começar a passar protetor antes de ir para edf. Que ótima combinação, sardas e uma cor de cabelo chamativa.

Suspirei e sai do banheiro.

Já fui direto para quadra sabia como a professora era, querendo ou não os poucos minutos sem sol na cara era só para quem fosse trocar de roupa, mas por que eu voltei nesse assunto, Deus?

Chegando lá, avistei Annie sentada na arquibancada sozinha com fones de ouvido, alguns meninos já estavam jogando futebol na quadra e eu pude ouvir uma conversa de Daniel com o amiguinho dele, Eric, bem escondidos no gramado treinando com uma bola extra. Oh, e não era uma conversa qualquer, não.

— Mano. Aposto sete pratas que você não acerta a bola na novata. — Eric falou desafiadoramente.

— Sete pratas que eu acerto. — Daniel se pronunciou determinado.

Mas que brincadeira idiota! E se ela se machucasse? Parece que esses retardados não estão nem aí. Ia gritar para avisar Annie, mas a bola já estava indo em sua direção.


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Notas finais do capítulo

Enfim...



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