Tunnel Of Love escrita por vegadelira


Capítulo 4
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Notas iniciais do capítulo

Bom dia, leitores!

Eu sei que demorei, muito mesmo, para postar este capítulo. As minhas férias passaram muito rápido, e só de setembro para cá que eu venho entrando com mais frequência no Social Spirit/Nyah e postando mais histórias. Agradeço aos que me cobraram para atualizar a fic dias atrás. Entretanto, vou destacar a @LixWolf, usuária do SS que me fez terminar o 4° capítulo hoje. Obrigada, moça, de coração. Sem mais delongas, espero que gostem do meu trabalho. O início procura mostrar um pouco os poderes aguçados de Marshall, mas de uma maneira mais... Poética (nossa cara que bosta). Resumindo, o início está horrível, mas garanto que depois do XXX (Quebra-tempo. Não é hentai, blz?) irá melhorar. Como sempre - como todo clichê -, cortei na melhor parte.

Então vão ler, nas notas finais a gente se encontra (8'



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Terça-feira, 14/04/2015, 14h39min. – Londres, Sudeste da Inglaterra

As portas do carro de Alfred permaneciam abertas, sendo possível que qualquer um que passasse pela rua do bairro, composto por pessoas de má fé, pudesse roubar o veículo. O jovem observava os bombeiros apagando as chamas tranquilamente com a mangueira. A estrutura do prédio enegrecia, ameaçando despencar, o som das sirenes das ambulâncias ecoava entre os espaços das residências, e os pneus das mesmas derrapavam no asfalto, deixando as marcas do percurso que faziam e causando aflição nos moradores da região, que já estavam perplexos com a situação.

— Marshall, lamento pelo o que aconteceu com seu apartamento. Tomarei as providências para pegar os delinquentes. Não tenho dúvidas de que eles também são responsáveis pela morte do Lump.

O delegado James aproximou-se do rapaz esfregando as mãos. Se ele não tivesse um senso de interpretação tão aguçado, daria de ombros para o gesto que o homem negro fizera. Entretanto, concluiu a ação como sarcástica. O fogo cessara e, então, o delegado clamava por mais calor, pois sabia o quanto Marshall sofrera durante o incêndio. James trajava uma camisa cinza e o dia estava quente, o que não condizia com a atitude tomada. Isso levara o jovem a ter argumentos necessários a fim de provar sua concepção. Em consequência, percebeu que o homem se reconciliara da boca para fora. Ele jamais teve a oportunidade de conhecer alguém no qual mantém a estabilidade após uma repreensão e, com sua jornada de novas experiências, tinha noção de que não encontraria esse alguém tão cedo.

— Mr. James, eu discordo. Você está criando histórias, e não hipóteses. Pense mais e seja especulativo. Os suspeitos de ambos os crimes não estão interligados. É impossível que uma única pessoa consiga destruir esse prédio. Caso se lembrar da cena na RR Street, saberá que não houve um grupo para assassinar meu amigo. – disse enrugando a face e olhando para o delegado.

— Faz sentido. — suspirou — Nesta semana, descobrimos e prendemos alguns traficantes daqui. Não me leve a mal, mas a morte do seu amigo causou um efeito dominó favorável à justiça.

— Como você tem a coragem de dizer algo assim? A meu ver, parece que Lump, embora fosse o chefão, com um único lance, fez mais do que uma partida da sua equipe incompetente. Enfim, não quero iniciar outra discussão inútil. Desconfio que o restante dos traficantes seja um número bem significativo e revidará suas jogadas.

— Você não tem problemas em se expressar, garoto.

Um breve silêncio predominou entre os dois, permitindo o desenvolvimento do raciocínio de Marshall. Minutos depois, Alfred chegou ao local com duas garrafas de água, cumprimentando os conhecidos.

— Alfred?! O que está fazendo aqui? — o jovem indagou atônito.

— Pensou que eu o deixaria? Fui até o mercado a pé e trouxe uma bebida para você.

O rapaz virou-se para a rua e avistou o carro do velho.

— Você deixou o carro aberto! Não sabe que neste bairro sempre estamos sob olhares crimi...?

Marshall não completou sua frase, todavia clareara seus pensamentos e sorriu incrédulo.

— O que houve? — o homem negro questionou.

— James, os traficantes incendiaram o prédio. A explicação é bem simples.

— Em primeiro lugar, não é correto ter confiança numa suposição aleatória e, em segundo, do que você está falando?

O moreno respirou fundo, tentando manter o controle, que acabou escapando de si. Ele estava cansado das várias faces que o delegado apresentava para um indivíduo. Além disso, não aguentou as contradições desse que desqualificavam a sua capacidade, apenas para alimentar o próprio orgulho.

— Pare de pensar nas vezes em que o repreendi. Eu vejo a raiva florescendo na sua pele a partir do seu sangue. Você não pediu perdão a mim, e, sim, disfarçou o seu falso arrependimento. Entenda que o único palhaço deste circo é você, e eu sou a plateia na qual ri das babaquices.

O delegado ergueu as sobrancelhas e abriu levemente a boca, espantado com as palavras do garoto. Pensou na possibilidade de que sua mente fora invadida. Em meio ao que estava escutando, tomou a decisão mais sábia de sua repugnante vida: calou-se. Alfred entendia nada, e ficou embasbacado com a posição de Marshall em relação a uma dúvida de James.

Um policial abeirou-se do trio, pôs a mão no ombro do homem e murmurou informações de suma importância, na qual os outros dois não puderam ouvir. As feições do delegado eram de decepção. Encarou o jovem comprimindo os lábios e, em seguida, gesticulou para o indivíduo ao seu lado se retirar.

— Foram confirmadas cinco mortes até agora. Além disso, os moradores do prédio que estão aptos para um diálogo e os vizinhos que desejam testemunhar deverão se dirigir à delegacia ainda hoje, pois quero finalizar isso o mais rápido que puder. Davidson avisou que um quarteto assaltou uma joalheria perto do Hyde Park. Então, parece que o trabalho da minha equipe acabou aqui.

— E quanto aos sobreviventes do incêndio? Não irão prestar depoimento? — o rapaz vociferou.

— Marshall, tente manter a calma. Os que foram encaminhados ao hospital, quando receberem alta, também ajudarão a esclarecer o fato, não importando o dia. Agora, se não for um incômodo, você poderia me acompanhar?

— Eu direi o que você quer saber, mas somente perante meu advogado.

James deu meia-volta e estalou a língua no céu da boca, indo vitoriosamente em direção ao seu automóvel, mas logo se virou para o moreno, indignado.

— Examinei sua ficha. Você não tem advogado e não conseguirá arrumar um até o prazo no qual estabeleci.

— Exatamente. — complementou sorrindo.

O jovem não queria depender do sistema imundo que assumira a obrigação de capturar o mal. Antes havia se disposto a colaborar nessa missão. No entanto, tornou-se perceptível a irrelevante diferença que faria. Agora, entrava noutro dilema. Desde quando chegara à sua residência, pensava em Fionna. Ele não sabia como proceder, pois se fosse atrás dela, poderia pôr em risco a vida de ambos. A cada dia que corria, o brilho de sua alma esmaecia, propiciando uma aproximação das trevas. Na loira fora depositada a confiança, embora não soubesse seu sobrenome e número para contato. Não existia uma razão na qual explicasse convincentemente o que a mente utópica pretendia. Algo naquele olhar azul celeste acolhedor despertou o interesse de Marshall, que não só enxergava bem a negritude, como também as janelas da alma. Ele precisava vê-la, todavia estava resistindo, escapando dessa trajetória, tanto é que o estômago ficava tênue só de planejar essa alternativa.

— Cresça. Você será útil, entenda isso de uma vez por todas. — Alfred sibilou.

— Eu acho que preciso ir atrás de outrem.

Marshall despediu-se do pequeno aglomerado e seguiu caminho. A franja negra balanceava sobre o olho direito, tornando turva a visão deste. Praguejou baixinho ao constatar novamente a moto destruída, em meio aos escombros, e, demais, ter de calcorrear até a papelaria mais próxima ou, pelo menos, a que soubesse o endereço certeiramente. Decidira o destino que tomaria.

xxx

A atendente, atrás do balcão hialino, mantinha os fios castanhos claros bem presos num coque, o que desconfortava o jovem, pois dava a impressão de que o couro cabeludo estava se desunindo do crânio. Os cotovelos da moça apoiavam-se no vidro, propínquos ao papel no qual Marshall esboçava uma figura, não disfarçando o encanto daquela pela leveza dos movimentos que o rapaz fazia. Com uma voz doce, inquiriu:

— Quer uma borracha e apontador?

Ele anuiu com a cabeça, sem perder a concentração.

O desenho ganhou forma em questão de segundos, e a atendente abismou-se ao reconhecê-lo. O rosto era familiar. Marshall ciciou após terminar sua obra e disse à moça:

— Conhece-a?

— Sim. Ela costuma comprar várias canetas toda semana, como toda estudante.

A esperança preencheu o jovem.

— Onde ela estuda?

A atendente mordeu o lábio inferior e olhou de soslaio, mas logo retorquiu:

— Não sei. As roupas dos colégios são quase idênticas. Afinal, o que quer com essa garota?

Marshall arqueou a sobrancelha, segurando-se para não retrucar sem modos.

— Qual é o valor final?

— Hm... Doze libras. — puxou um pouco a blusa com as mãos, mostrando o decote – Mas, se me desenhar, fica por minha conta.

Ele ficou adjunto dela, sorrindo de lado, até que puxou uma nota de vinte libras, enrolou-a, colocou-a entre os seios da moça e sussurrou em seu ouvido:

— Pode ficar com o troco.

Saiu do estabelecimento com o papel e caminhou uma mísera distância ao Hyde Park, porque, se Fionna ia com frequência naquela redondeza, mais pessoas deviam saber sobre ela. Desconfiava de que morava próxima a ali.

As flores perfumadas e coloridas enfeitavam o ambiente e, surpreendentemente, atraíam pássaros de espécies diversificadas por causa do néctar e suas idiossincrasias. Despeito de que fosse primavera, perfeita época à polinização, era excêntrica a aparição de muitas aves, em razão do respectivo espaço, que mais granjeava insetos. Ainda assim, Marshall considerava isso como um sinal de sorte. Gostava de pássaros, com destaque para os esverdeados. Suava e sentia-se fastidioso: banhara-se por volta das oito da manhã. Sentado num banco, esperava alguém se aproximar para abordá-lo com a obra ao se erguer rapidamente. O trabalho estava ficando tedioso, uma vez que quase todos alegavam conhecer a garota, contudo não se inteiravam da mesma. Se tivesse um celular, tudo seria mais fácil, apesar de que buscar uma Fionna era semelhante à busca de uma agulha no palheiro.

— Merda.

Ele falou alto demais, e dois velhinhos que alimentavam os pombos o observaram com desdém. Porém, ele nem ligava para isso. Sua missão entrou em vigor assim que perdera o celular, pois o mestre não faria mais contato. Talvez fosse um sinal, o que tornaria os traficantes inocentes e James, certo. O leque de possibilidades abria-se conforme pensava um pouco mais, confundindo o jovem.

Eram cinco horas da tarde e as aves haviam migrado simultaneamente.

“Muito cedo para isso”, disse para si.

Olhou para o céu e o vento forte içou as nuvens cinzentas, amontoando-as na atmosfera. Marshall fitou seus sapatos e, agora, só queria arrumar um abrigo para descansar, esquecer o angustiante e decepcionante dia. Um casal de adolescentes uniformizados passava pelo parque. O garoto era ruivo, e o moreno podia jurar por sua miserável existência que seu cabelo era de cor magenta. As bochechas eram rosadas, e a pele era branquíssima. Ele, usando uma calça e suéter pretos, estava acompanhado de uma garota bronzeada – que mais moldurava o sorvete de casquinha com a língua que o consumia – de juba marrom contida num rabo mal feito. Ela trajava a camisa branca do colégio, saia acima dos joelhos e meias três quartos pretas. Marshall não se contentou em segui-los e foi notado pela moça.

— Ei, o que pensa que ‘tá fazendo? — virou-se para o perseguidor, que tomou a frente.

— Vocês já viram essa menina? — levantou o papel.

Ela assentiu, enquanto o rapaz ao lado conversava no celular. Ambos pararam.

— Gummie, suas bochechas devem ser tão rosadas por causa da radioatividade dessa coisa. Você não desgruda disso!

Marshall limpou a garganta.

— Então...

— É a Fionna. Ela vive dando em cima dele. — gracejou para o ruivo, deixando o moreno sem jeito — Não é, Gummie?

— Ela estuda com a gente. — ele vaiou a acompanhante, em seguida.

— Qual o nome do seu colégio?

— Kingsbury High School. Fica um pouco longe daqui, meu bem. Amanhã não terá aula, e o expediente já ‘tá encerrado.

— Ah, sim. Muito obrigado. Você chegou a encontrar a Fionna hoje?

— Ahn... Eu a vi há uns minutos aqui no parque. Se der sorte, quem sabe não irá se esbarrar com ela?

Após terminar o pronunciamento, Marshall acelerou o passo e começou a olhar atentamente para os cantos nos quais cruzava. As batidas do coração se alternavam, mas estava longe de morrer, porque, antes, precisava chocar-se com a loira. O tal ruivo denominado com um apelido carinhoso, Gummie, finalizou a chamada e repreendeu a moça:

— Você é retardada? Não se dá informações para estranhos. Viu como aquele cara é suspeito? Ele pode estuprar aquela “Zé Ninguém” ou fazer algo pior. — ela franziu o cenho — Não me olha assim não! Você sabe que sempre ‘tô certo.

“Fionna tirou seu cordão. Com um simples deslize, efetuado pelos graciosos dedos, removeu o pingente de prata. ‘Lembre-se de mim por isso’. Ela colocou-o no bolso do garoto e distanciou-se, cerrando os cílios. ‘Você é o estranho perfeito. Vamos deixar como está’.”

O rapaz lembrou-se de que ela não tinha a menor intenção em revê-lo. Entretanto, ele tinha. Inesperadamente, reencontrou-a atravessando a rua. A loira, com o mesmo uniforme de Gummie, foi até o ponto de ônibus com dificuldade. Quiçá fosse em virtude do peso da mochila.

Fionna subiu no veículo e abancou-se. Marshall veio logo em seguida. Ele a observava de forma discreta, tendo o conhecimento de que não poderia chamá-la ou cumprimentá-la, visto que o evitaria. Portanto, pegá-la-ia de surpresa em um local mais reservado, como sua própria casa. Sim, invadiria o domicílio da pobre garota. Os fios dourados estavam bagunçados, e suas maçãs, obviamente, avermelhadas. Ela fitava, cansada, o mundo que existia fora da janela. Nele, o tempo era mais veloz: os materiais distorciam-se, as pessoas ficavam para trás. O ônibus era uma máquina do tempo na qual Fionna refletia suas ações. Ela inspirava até estufar o tórax, impelia todo o seu fôlego no vidro, embaçando-o, e sorria como quem não tivesse preocupações na vida. Marshall ficou boquiaberto com seu jeito puro e doce. A garota parecia uma heroína devido à inocência. Todavia, esse perfil que o rapaz a atribuiu não era completo, pois ela tinha seus medos, e ele compreendia que seriam superados, já que a moça era mais dominada pelo ceticismo do que intimidada por monstros interiores.

A garota desceu uns quarenta minutos depois de embarcar e foi à padaria. Seu stalker a vigiava da calçada. Aquele deduziu estar num bairro nobre. Afinal, um colégio nomeado Kingsbury não era para qualquer pessoa. Marshall sentiu uma gota d’água cair em seu fino nariz quando Fionna tomou o destino para sua casa.

Uma árvore alta, a única da vizinhança, estava no jardim em frente à moradia da loira. O portão era embutido em grades com uma das dimensões semelhante a uma muralha – altura –, e os caules das plantas as recobriam e enfeitavam com flores vermelhas. Os longos riscos translúcidos caíam da imensidão cinzenta e se oprimiam com o impacto que faziam na superfície, tendo ainda a chance de se espalharem em porções menores ao redor da poça que formavam. A adolescente, completamente molhada, pisou no chão de madeira de alto valor comercial e percebera que estava sob o olhar de alguém. Marshall a avistava adentrando na quase-mansão. Após analisar o local, notou que era fácil pular as grades e trepar na árvore. Em instantes, os fez. Deparou-se com o aposento de Fionna. Havia uma cama no canto fronteiriço a si, uma mesa de estudos e um teclado respectivamente ao lado direito e duas estantes de livros e discos ao fundo. O quarto era minúsculo em relação à residência, deixando Marshall estarrecido, mas este não hesitou em adentrar naquele que se encontrava de “janelas abertas”.

O banheiro devia ser perto dali, pois o jovem ouvia respingos de chuveiro. Logo a loira apareceria no cômodo de toalha ou, até mesmo, nua. Ele concluiu que era uma péssima ideia permanecer nesse lugar. No entanto, era tarde demais quando resolveu sair: um ruído expandiu-se pelos ares. Marshall espiou, pela fechadura, um semblante de roupão azul.

Fionna desceu a escada e ligou a televisão, na qual o volume estava no máximo. O programa era um dos últimos episódios da série que ela gostava. Já o assistira, e era o seu favorito por conta da trilha sonora. A protagonista planejava assassinar o marido assim que este voltasse de viagem. Enquanto isso, a loira preparava seu cereal, derramando o leite na tigela, em sincronia com a música. Na melhor parte do episódio, ela não resistiu: correu, e quase caiu, até o banco do piano que se posicionava entre a cozinha e a sala de estar. Ensaiara muitas vezes, e fracassara em todas, encarando as cenas e acompanhando a orquestra oculta. As notas do violino oriundo da TV começaram a fluir, e a garota aqueceu as mãos. Agora, o som tornava o clima macabro e pesado. Fionna pressionava as teclas agudas rapidamente até as graves, e, no final, deu um golpe perfeito na escala inicial com a mão direita. De repente, a protagonista ergueu a faca ao marido, que também ameaçou puxar o gatilho da arma. A harmonia, a melodia e o ritmo cessaram, com exceção do violoncelo. A loira ergueu as sobrancelhas, aguardando o desfecho.

— Não tenha pena, Chloe! Mate-o! — disse séria.

Um breve clarão ocupou a casa e, sem demora, o sinal caiu no mesmo instante em que um raio atingiu o centro de energia adjacente e um trovão estrondoso penetrou no tímpano da moça.

A vizinhança estava sem luz e Fionna se viu solitária na escuridão. Seus pais estavam trabalhando e voltariam no dia seguinte. Para piorar, depreendeu, a partir de livros colidindo no andar superior, que seu quarto fora invadido. Engoliu seco, e condicionou sua bravura. Apavorada, vacilou na madeira, a fazendo ranger.

Marshall colocou os livros de forma desorganizada na estante, ainda emitindo barulho. Depois, recordou de como enfrentaria a loira. Então, sentou na cadeira giratória da mesa de estudos, a frente da porta branca. A maçaneta girava e voltava ao lugar, ou seja, a garota “pressupôs que um invasor estava em sua residência”, pensou o rapaz.

— Abre logo. — cochichou.

Como o previsto, ela adentrou no aposento, e retornou ao corredor, batendo o recurso de entrada bruscamente. A tempestade carpia seu pranto. Pestanejou estupefata. Havia um estranho, molhado, no seu lugar de descanso e não conseguia vê-lo com nitidez. Assim, foi ao armário de seu pai e tomou a espada que esse usara numa confraternização de uma sociedade discreta, na qual nunca soube o nome, e a lanterna para casos de emergência.

Chutou a porta e abalou-se com quem estava ali.

Olhasse para Marshall Lee e olhasse para Fionna Mertens. Sem dúvidas, ele era cruel, um rapaz mau. Aconchegado na cadeira com as pernas um pouco afastadas, suas roupas apenas escondiam o lobo que existia dentro de si, mas seu jeito de agir o entregava. Seus olhos não eram o oceano, mas eram tão profundos, sombrios e cheios de mistérios quanto.


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Notas finais do capítulo

Bem 'reflitão' este capítulo. Ele é mais para mostrar como Marshall é poderoso (noss até eu subo na árvore melhor que ele) e a Fionna é uma mocinha.

No próximo (umas 1500/2000 palavras), o Marshall vai desabafar umas paradas com ela, e no outro, eu só vou dar spoiler quando postar o próximo auheuah

Então, né, valeu pelos favoritos e comentários. Comenta aí se vocês gostaram, por favor, porque é super importante para mim. Não tenho prazo para postar o próximo capítulo, pois também estou me dedicando a outra fanfic e, mais para frente, pretendo escrever uma história original. Um amigo meu apoiou bastante a minha ideia, portanto irei compartilhar com vocês um dia desses (provavelmente quando eu postar o 5° cap.)

BEZZOS



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