A Proposta escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 13
Revelações... Ou não.


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de agradecer a todos que comentaram no capítulo anterior, e é o capítulo mais comentado em todas as minhas fics, e eu to tipo... MUITO FELIZ.
Me perdoem. Reconheço que não respondi nenhum comentário, mas vou responder na primeira oportunidade, ok? Eu estava resolvendo algumas coisas, e a situação na família... Complicado... :/ mas eu vou responder todos eles, porque amo cada um, e não podia estar mais empolgada com o rumo ❤️❤️❤️❤️ Vocês são MUITO incríveis, e espero não decepcionar vocês... Boa leitura, gente!
Ah... E FELIZ DIA DO ESCRITOOOOR! Uhuuul! Parabéns a todos qhe comentam, porque ao escrever uma crítica, seja positiva ou negativa, são escritores. Eu amo vocês. Beijoooos!
Obs.: obrigada pela sugestão da música, Jujubaaaaaa!



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Kiss me hard before you go
Summertime sadness
I just wanted you to know
That, baby, youre the best

Eu cantarolava animadamente, deslizando pelo apartamento, ao lado do Peeta, enquanto comíamos Cheetos e Finnick pegava Johanna na cozinha, com Charlotte no quarto dormindo. - Se você me deixar cair, vou dá na tua cara! - ele disse com a boca cheia de biscoito, pelo chão ser de madeira, e eu ter acabado de passar óleo certo para deixá-lo brilhante e bonito. - Não, Katniss, para de se segurar em mim!

– Eu quero escorregar!

– Eu vou te empurrar! - o olhei desafiadoramente

– Então empurra! - ele semicerrou os olhos em desafio, e eu cruzei os braços, fazendo o mesmo com meus olhos

– Vai te empurrar pro quarto, porque Gale e Annie estão subindo. - Johanna disse e Finnick assentiu

– Hã? - eu e Peeta dissemos juntos, com nossos suéteres ridículos, com henas voadoras e papai noel, a apenas uma semana do natal

– Eles estão no prédio, e querem falar com você. - apontou para mim - Todos aqui sabemos a sacanagem que eles fizeram, devolvam! Olha só, - Finnick disse sorrindo bem infantil - Eu sempre quis fazer isso, mas não vou poder, pois tenho a Jo. - ela corou - Mas vocês podem e devem. Vão pro quarto, ai, fiquem pulando na cama e gemendo. Cara, eles vão ficar muito bolados. - Peeta riu - O que acha, Katniss?

– DEMAIS! UHUUUL! GALE E ANNIE TROUXAAAAS! - corri para meu quarto, mas voltei - Ai, gente, eles sabem que estão aqui? - negaram - Deixem a porta aberta.

– Isso o que faremos, ou acha que nós dois somos idiotas? - Johanna disse bufando - Vamos ficar no quarto com a Charlotte, está bem? Deixem tudo com a gente, apenas façam barulho.

– Katniss, eu faço o que quiser, apenas espero que não se sinta atraída por mim... - Peeta disse tirando o suéter quando entramos no meu quarto, e eu o acompanhei, por aqui não estar ligado o ar condicionado, apenas na sala

– Eu digo isso para... - tirei uma calcinha e uma saia da gaveta, jogando pela sala, junto com seu suéter para Johanna - Você. - ele riu

– Não espere nada... Eu já sou atraído por você. - disse maliciosamente e eu devolvi

– Eu sei que sou sexy e atraente. - falei dando de ombros

– E é mesmo, não nego. - levantou os braços em rendição, e eu me joguei ao seu lado

– O que a gente faz agora? Minha cama não é encostada na parede e eu não sei como gemer falsamente.

Ficamos em silêncio, então ele se levantou e ligou o ar condicionado do quarto, que inicialmente fez um barulho, olhou pela fresta da porta. - Geme. - exigiu em um sussurro

– Hã? Não sei... - e no segundo seguinte ele me puxava para cima da cama

– Eles estão ali, fica pulando na cama. - corei imediatamente - Ou eu vou sair dali e dizer os seus segredos! - ameaçou

– Não vai contar o lance do Pocoyo, vai?

– Eu vou falar que você assiste desenho de bebê se não começar a pular nessa cama! - estávamos sussurrando, o que fazia a seriedade ser quebrada, ai ele desceu da cama e derrubou algumas coisas da minha mesinha, fazendo um barulho - Pula, garota! - e eu comecei a pular levemente, e a cama rangeu. - Mais rápido. Diga mais rápido e faça mais rápido. E com força. - assenti

– AHHHH, AHHHH, ISSO! AHHHH, MA-MA-MA-MAIS RÁPIDO, PEETA! - eu disse pulando na cama e ele segurou a risada, e realmente dava a impressão de que estávamos de saliência - AAAAAAHHHHH! MAIS FORTE! ISSO! AAAAAAH...! - ele pulou na cama, para eu descansar um pouco

– Bate na parede. - pediu mexendo o lábios e eu assenti - OOOH, KATNISS! VOCÊ É TÃO PERFEITA! AAAAAHHH! - nós dois dávamos risadas, mas mudas - AAAAAH, ISSO! ISSO! AHHHHHH!

– PEETA! AAAAHHHHHH! AHHHHHHHH! - eu disse batendo na parede - ISSO! MAIS FORTE! AHHHHHHHHHHHHHHH DROGA! AHHHHHHH! - ele pulava na cama com força, e cobria a boca com as mãos

– AAAHHHH, CARAMBA, VOCÊ É TÃO INCRÍVEL! OOOOHHH, AAAAHHHHH! - estávamos ofegantes, o que para eles com certeza era verdade. Joguei um copo de vidro no chão, já estava todo ruim, arranhado, então apenas ajudou a gente.

– MAIS FORTE, PEETA! ISSO! AAAAAHHHHH! - e subi na cama, ajudando-o - AAAAHHHHH, ISSOOOOO! - e depois de uns dois minutos, já estávamos totalmente ofegantes, com nossos rostos vermelhos e e suados, mas ainda pulávamos, e quase cai. A cama quebrou, e ele cobriu a boca para não gargalhar muito alto - Acha que está na hora de irmos ora lá? - assentiu, mordendo o lábio para não rir, mas antes soltou o meu cabelo - Que foi? - perguntei

– Você tem que parecer que fez sexo selvagem agora, em poucos minutos. Precisa estar com o cabelos bagunçado. - assenti, então bagunçou o dele, mas dei uma ajuda, colocando para cima e ele riu baixinho. Descemos da cama, que estava fazendo sons horríveis, e não é para menos... Acabamos de quebrá-la com essa pulação toda - Troca de roupa, põe essa. - mexeu na minha gaveta e me lançou uma camisola fina de seda na cor preta, que não permitiam que eu use sutiã

– Não! Peeta!

– Está de noite! São 18:40! Vai! Eu vou ficar só de calça de moletom. - assenti, e fui para um lado do quarto, onde ele não podia me ver trocar de roupa, e nem eu vê-lo.

Me senti bem confortável com aquela roupa, por mais que fosse curta, admito. É muito boa pra ficar em casa - ficou perfeito em você. - ele disse sorrindo, na minha frente, enquanto eu ajustava a alça e corei - Fica mais bonita suada, sabia?

– Hm... Obrigada. - eu disse colocando uma mecha atrás da orelha - Você está demais nessa calça de moletom, e o casaco com essa regata melhorou tudo. - ele sorriu

– Obrigada. Está preparada para ver a cara deles? - assenti, confiante. Levamos uns 20 minutos aqui, só gemendo, é claro que vão estar com cara de tacho - Vou na frente, ai você aparece, ok? - ri, assentindo. Mas antes dele sair, me puxou e deu um beijo rápido nos lábios, fazendo meu coração acelerar - Só de boa sorte. - sorri, e ele saiu.

Três minutos depois, resolvi que estava na hora de ir. Olhei-me no espelho, passei um batom vermelho só para mostrar que eu queria mais, levantei os meus seios, e arrumei a coluna. Vamos pra guerra.

Cantarolando alguma música do Ed Sheeran, eu logo vi Peeta, e ele estava conversando com Gale e Annie, e tinha um rubor nas bochechas, que quando me viu, ficou ainda mais, porém desviou o olhar, como se não tivesse visto nada - Peeta? Tem alguém ai? - perguntei com a minha voz mais sexy possível, ficando no batente, de modo que só dava para ver meu amigo, e eu estava com o bumbum mais inclinado, apenas para provocar, com uma mão na cintura, marcando meu quadril largo.

– Katniss?! - Annie perguntou sem acreditar quando dei mais alguns passos e lá estava ela, com sua barriga saliente e realmente de causar inveja, de tão bonita que ela estava. As bochechas mais rosadas, e o quadril ganhou mais espaço, assim como seus seios mais fartos - Nossa... Você está...

– Linda. - Peeta disse sorrindo para mim - Então, o que vieram fazer aqui? - perguntou e eu caminhei para a cozinha, tendo a certeza de que estava rebolando, mas faço isso sem querer. Apenas queria saber se Gale via que ele foi um idiota, apenas isso, pois o único cara que eu quero mesmo é o Peeta, e a vida inteira.

– O convite... - Gale disse entorpecido, acompanhado da Annie, que conversava com Peeta sobre o bebê animadamente - O velho mandou entregar pra vocês, e do Finnick e Johanna. O jantar de família. - assenti, pegando os envelopes cuidadosamente feitos - Dia 24.

– Obrigada por terem vi me entregar os convites. - eu disse sorrindo de lado. Annie e Peeta ficaram pela sala.

Me virei, pegando uma colher em cima da bancada, quando senti duas mãos ao redor da minha cintura - Você está muito bonita nessa roupa. - alguns meses atrás, eu gostaria dessa provocação, hoje eu sinto nojo.

– Sai, Gale. Agora! - eu me virei, e ele me segurou

– Qual é, Katniss... Eu posso te fazer gemer bem mais que ele... - beijou meu pescoço, e eu fiquei nervosa. Se eu gritar, tenho medo que ele me machuque, pois suas mãos estão apertando a minha cintura - É só você me largar que fica dando pra qualquer um? Você é uma cachorra mesmo... - disse risonho e eu senti muita vontade de acertar a cara dele. E dei. Um estalado, me afastando. Aquilo foi demais, mas ele apenas riu, tocando o lado atingido - Vagabundas não gostam de ouvir a verdade, gostam? Annie gosta...

– Não te interessa, desde o momento em que foi pra cama com a minha irmã. Gale, se você não me largar... - eu disse com a respiração acelerada, quando ele me pressionou mais contra a bancada e senti um volume entre suas pernas - Sai, Gale! - eu disse mais alto, ele estava realmente me machucando, mas riu - EU JÁ MANDEI VOCÊ! SA! IR! - eu disse tentando empurrá-lo, mas meu corpo é muito menor ao lado do dele

– Larga a minha namorada agora ou eu chamo a polícia. - Peeta disse sério, muito sério - Gale, sai daqui, e leva a sua esposa junto. - o moreno bufou, me largando - Ótimo, agora sai. - o celular estava na mão de Peeta

– Gale? Katniss? - Annie disse suavemente, mas ela é um lobo vestido de ovelha - Oh... - sorriu - Vamos? Obrigada por nos receber. Espero que continuem o que estavam fazendo. - eu corei, e Peeta teria feito o mesmo, se não estivesse muito ocupado acusando Gale com os olhos.

– Sim, vamos. - o moreno disse saindo de perto de mim, e indo para o lado da "esposa" e eu os acompanhei até a porta, e Peeta só de longe, o que eu fui extremamente grata - Até, Katniss. - não respondi e fechei a porta. Fechei meus olhos, suspirando profundamente

– Ele não te beijou, beijou? - neguei e abracei Peeta

– Obrigada, Peeta. Realmente não sei o que faria se não houvesse aparecido... - riu

– Sou tecnicamente seu namorado... A cara deles estava do tipo... Oh my chocolatinho. Não acredito nisso! - sorri - Era pra eu ter tirado foto, de boa... E quando viram o shorts foi demais... Johanna não presta. Colocou perto do sofá, a calcinha na mesa perto da porta, e o suéter no chão. Cara, eu me joguei no chão de rir por dentro. Fingi que me assustei quando os vi, e os dois pareceram desconfortáveis, principalmente a Annie. Nossa, ela é muito falsa... Todo mundo diz isso, mas eu vi nos olhos dela o desconforto. Ela sente inveja de você.

– Sente naaada! - eu disse - Cadê o Finn e as "mulheres de sua vida"? - indiquei com aspas, e no instante seguinte o casal do momento apareceu rindo

– XEEEEENTEEEEY! - Finnick gargalhou, se jogou no sofá ainda rindo - Eu não acreditei que aquilo foi de mentira, ainda mais com a Katniss nessa roupa ai, a bochecha toda rosada

– Ai, Charlotte tem um sono MUITO pesado, mas acordou, ai eu tive que nina-lá e colocar uma música da Demi Lovato, para não traumatizar a menina... - rimos da Johanna, que ressaltou o muito - Eu e Finnick vamos embora, temos que resolver o presente de natal de vocês, mas vamos levar a Lotte. - sua filha dormia em seu colo serenamente, mesmo com as risadas - Ai, eu tive que tampar a boca dessa criatura - apontou para o Finnick, que secava as lágrimas - Senão ele ia colocar tudo por água abaixo...

– Obrigada, gente. - eu disse rindo, descendo a camisola sexy

– Katniss teve que cobrir a boca com a mão pra não cair de tanto rir, tudo porque a cama quebrou quando ela subiu na cama pra me ajudar, só que ficou mais realista, pois parecia que abafava gemidos. - Peeta contou se sentando no sofá - A cara deles foi impagável... Annie mó falsa, ai...

– Sempre foi. - Finn disse se metendo na conversa - Ela é uma boa atriz. - suspirou pesadamente - Mas eu agradeço a ela por isso, pois senão... - olhou para Johanna, que conversava com sua filha sonolenta na cozinha - Nunca teria conhecido elas. - eu e Peeta fizemos um "Aaannnnwww" bem gay e ele bufou - Vão se ferrar. - e saiu com Joh e Lotte.

– Não vai querer saber do fato de eles serem marido e mulher?

– Não me interessa mais... Você sabia? - perguntei indo para a cozinha beber água

– Que estava grávida sim, que tinha casado semana passada não. Não fui convidado, e nenhum dos dois usa aliança... Sabia que quando ela não está perto ele troca olhares com as enfermeiras, e quando ele não está perto, ela fica de mão boba com os estagiários?

– Isso não me surpreende. - suspirei profundamente - Não mesmo. Eu não me importo mais, apenas quero que o meu sobrinho nasça com saúde. - ele sorriu e se jogou no sofá.

Me virei e fiz algo para comer, já que Finnick e Johanna só vem pra cá para mudar o cenário de suas saliências bem altas.

...

Olhei para Peeta, que estava de bruços no sofá, mexendo no celular. - O que você está veeeeenduuuu? - perguntei colocando uma perna de cada lado da sua cintura, com meu rosto em seu pescoço e ele se enrijeceu

– Katniss, por favor, pega leve... A promessa. - virou-se para mim, e quando fez isso, nossas intimidades se tocaram, e eu mordi o lábio inferior para não gemer. Não o respondi, apenas me inclinei mais, beijando-o com paixão.

Nossas línguas lutavam, mas não se importavam com vencedor. Seus beijos desceram para o meu pescoço, e queria mais, então puxou a minha camisola para cima, tendo acesso aos meus seios já me denunciando, que eu queria mais.

Ele admirou meu corpo nu da cintura para cima - O que foi? Não gos... - e no segundo seguinte, ele beijava a minha barriga e levava as mãos para meus seios, e eu comecei a gemer. - Peeta... Ah... - acariciava meus seios, como eu nem sei comparar. Por impulso, mexi o quadril, sem querer, e dessa vez ele quem gemeu, e alto. Eu podia sentir o volume debaixo de suas calças.

Isso é constrangedor, mas... Peeta é muito "maior" que Gale... E isso é ainda mais prazeroso. - Katniss, ah... - ele disse embaixo de mim, com uma mão na minha cintura, e outra massageando meu seio esquerdo - Você é tão gostosa. - disse tirando a mão do meu peito e me puxou pelo pescoço, beijando-me na boca mais uma vez, e inverteu nossas posições, comigo por baixo.

Ergueu uma das minhas pernas, apertando minha coxa desnuda, ainda me beijando, e o ar já estava se tornando escasso, mas ele ligo foi para o meu pescoço, deixar marcas que apenas uma boa camada de maquiagem poderá cobrir. Apressadamente, tirei seu casaco, podendo ver melhor o seu corpo definido, e olhei em seus olhos, que estavam tão escuros quanto a noite sem estrelas, e com certeza o meu está da mesma maneira. Eu quero ele. E eu quero agora.

Minhas mãos pareceram tomar vergonha, e foram para o cós de sua calça, descendo com pressa e ele riu, me ajudando a fazer isso, sem quaisquer problemas, e eu o vi apenas de cueca. Essa é a melhor visão da minha vida inteira.

Sem que eu pudesse ter um orgasmo só de ver ele com uma Calvin Klein branca, ele me beijou mais uma vez, chocando nossos quadris, e só tínhamos nossas roupas íntimas. Seu corpo subiu e desceu sobre o meu e eu gemi alto, assim como ele, que fez de novo, e de novo.

Sua boca não estava mais sobre a minha e sim em meus ombros, descendo para os meus seios, e o que eu conseguia fazer apenas era arranhar suas costas e puxar os seus fios loiros. - Peeta... Peeta... Ahhhh... - eu disse arqueando meu corpo no sofá

– Eu quero te levar para o quarto. - disse no meu ouvido, fazendo meu corpo todo se arrepiar por seu hálito de menta e quente - E fazer amor com você até nenhum de nós dois conseguir andar. - eu puxei ar com força, e ele sorriu - Mas não é a hora ainda...

– O que?! - eu perguntei abrindo os olhos, e ele estava sobre mim, com as mãos ao lado do meu corpo, e ofegante, assim como eu - Por que você sempre para esses momentos? Qual o seu problema?!

– É a sua primeira vez, Katniss! - disse bufando - Não é para ser no sofá!

– É aonde eu quiser! - ele preocupado com o meu conforto é ainda mais sedutor - Peeta... - ele fechou os olhos, suspiro profundamente

– Katniss, espera, ok? Por favor, espera. - disse beijando meus lábios, apenas um encostar demorado, mas não deixou de ser significativo, ele segurou meu rosto com delicadeza, como se eu fosse de porcelana, e eu fechei meus olhos, tombando a cabeça na direção de sua mão, querendo mais desse toque, e pude senti-lo sorrir torto - Você é linda. - abri meus olhos, em busca de alguma brincadeira, mas seus olhos azuis me passam uma verdade tão plena, que só encontro nos olhos castanhos escuros de Charlotte e Johanna, e dos olhos verdes de Finnick. - Você é muito linda.

– Eu sei. - respondi séria, por ele ter interrompido tudo, mas o mesmo não levou a sério e riu, saindo de cima de mim, ainda rindo. Acabei rindo, porque a risada do idiota é linda. Babaca. - Amanhã vou ver a Glimmer, quer ir comigo? - perguntei colocando minha camisola e ele amarrando o cadarço da calça de moletom

– Vai ser aonde?

– Em um bistrô aqui perto mesmo. Tem karaokê. Depois do seu turno da manhã, o que acha? - ele sorriu

– Uma ótima ideia. - sorri de volta. A nossa amizade, nada pode estragar.

...

Do you hear me, I'm talking to you

Across the water across the deep blue ocean
Under the open sky oh, my, baby, I'm trying

Peeta cantou, sorrindo para mim, e eu sorri de volta

Boy I hear you in my dreams
I feel you whisper across the sea
I keep you with me in my heart
You make it easier when life gets hard

As pessoas olhavam para nós, mas nós não olhávamos para elas. Estávamos focados nas letras na televisão, por mais que essa música seja uma das nossas favoritas.

Lucky I'm in love with my best friend

Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again

Olhei de soslaio para ele, e o mesmo sorriu torto, aquele sorriso que faz tudo ao nosso redor parar, ficar embasado, e apenas ele e seu sorriso existe.

They don't know how long it takes
Waiting for a love like this
Every time we say goodbye
I wish we had one more kiss
I wait for you I promise you, I will

Essa música diz exatamente o que sentimos, eu acho... Bem... Eu amo o Peeta, e não sei se com ele por mim é amor, mas eu sei que ele gosta de mim. Sorri e cantamos juntos.

Lucky I'm in love with my best friend

Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again

"Sortuda, porque estou apaixonada por meu melhor amigo" sim, eu sou muito sortuda. E azarada ao mesmo tempo.

And so I'm sailing through the sea
To an island where we'll meet
You'll hear the music, feel the air
I put a flower in your hair

Eu ri na última estrofe, porque ele todo delicado colocou uma flor que o garçon lhe entregou em meu cabelo, e ele riu de volta.

And though the breeze is through trees
Move so pretty you're all I see

As the world keep spinning round
You hold me right here right now

"Apesar da brisa das árvores
Se moverem tão graciosamente Você é tudo que vejo
Enquanto o mundo continua girando
Você me abraça forte aqui, nesse instante"

Eu quis chorar, por essas músicas dizerem tão bem meus sentimentos quando minhas palavras não são suficientes.

Terminamos de cantar e nos aplaudiram, por mais que não estivéssemos cantando para ninguém, apenas para esperar a Glimmer chegar. Então ela chegou, e Peeta disse que precisaria sair, apenas para nos deixar a sós, e admirei sua atitude.

...

– Sério, nem sei o que te dizer! - falei para Glimmer, que acabou de contar detalhadamente que o fato das empresas serem uma só, é completamente minha.

– Você achou o que faz a gente sentir vivo. - disse tomando seu chá de camomila - O amor. - corei - Quer saber como descobri isso, sweatheart?

– Ah, mas você nem estava por perto, entende? Como? - perguntei curiosa, e ela sorriu. Seu sorriso é incrivelmente lindo, e pode conquistar o mundo com ele.

– Além desses seus olhos cinzas estarem com um brilho a mais... - tomou um pouco do chá e depositou a xícara no pires correto - Eu tenho você no Facebook, e as suas fotos sempre tem um certo loiro de olhos azuis envolvido, e um de olhos verdes... - Peeta e Finnick, óbvio - Você não sabe, mas... Pessoas muito próximas a você são muito próximas a mim. - ela olhou em meus olhos, e eu me arrepiei

– Peeta não é o seu filho... Ou o Finnick, é? - ela riu alto, cobrindo a boca com as mãos - Hã?

– Claro que não! Não!

– Mas eu sou. - Johanna disse se sentando ao meu lado - Glimmer é a minha mãe. - meu queixo caiu, tipo... Literalmente

– Hm... Hm... Peraí. Isso ficou muito estranho, eu to meio confusa... Você. - apontei para Glimmer - É a mãe da Johanna? - ela assentiu - De sangue? - assentiu novamente - Mas você... Você... Você... - eu parecia um disco arranhado. Tudo muito de repente.

– Meu pai, George, era moreno dos olhos castanhos escuros. - Johanna disse pegando meu croissant de queijo - E eu o puxei, mas meus cabelos lisos são dessa Socialite ai. - com a boca cheia, indicou a mãe a minha frente, que bufou, revirando os olhos

– Eu te dei educação! Coma direito! - Glimmer deu um tapa forte no ombro da Johanna, que ignorou - Ainda bem que Charlotte fica comigo quando não está na creche, porque se ficasse sempre com você, aprenderia esses seus modos terríveis.

– Ela tem 46 anos. - Johanna disse limpando a boca com a mão, e pegando meu suco, tomando apenas um gole

– JOHANNA MASON! - Glimmer disse ficando vermelha, e eu só observava o circo pegar fogo "Johannaaaaaa!" Minhas amiga debochou baixinho e eu sorri.

– Para, a senhora é muuuito chata. - falou pegando seu celular

– Mas se você é filha dela, isso significa que foi tudo armação para saber o status da empresa? - Johanna negou

– Noop! Glimmer, me demitiu, porque eu era descompromissada, e só porque era filha da dona, chegava tarde e blá-blá-blá. - contou olhando para seu celular - Ai ela disse que vocês precisavam de uma secretária, você, na verdade, e queria saber se o que sentia pelo Gale era verdadeiro. Eu só precisava de um emprego, porque mesmo sendo minha mãe, não me dava dinheiro. - Glimmer corou - Eu aceitei... não era para saber do fundo monetário de vocês. - olhou-me com a mesma sinceridade dos olhos do Peeta - Eu precisava de um emprego, e ela se tudo era real ou armação. Me desculpa por ter escondido isso a tanto tempo... - suspirou profundamente, olhando para a mãe, que parecia sua irmã mais velha - Queríamos contar, na verdade, eu queria, mas visava a mesclagem das duas empresas. - ouvi tudo com muita atenção, antes de tomar uma atitude.

– Na verdade, tudo o que sei sobre a finança da empresa, descobri com essa mesclagem. Eu já lhe disse, é a filha que não tive. - Foi inevitável não rir da Johanna, que lhe mostrou o dedo do meio, e ela devolveu - Eu não sei aonde errei! Não sei! - disse suspirando profundamente - Apenas queria saber se estava bem e se não faria a maior besteira da sua vida. Se quiser sair pela porta, e nunca mais olhar para nós duas, faça isso, mas saiba que dissemos é a pira verdade. - meus olhos se encheram d'água

– Vocês fizeram isso porque queriam saber se eu seria feliz ou não? - as duas assentiram, e pareciam ter medo da minha reação. Eu já fui traída, me esconderam muitas coisas, mas sabe quando você sente que é verdade? Então, é exatamente que estou me sentindo. Eu sei que é verdade. Acredito em cada palavra que sai da boca delas. - Ai meu Deus! - e comecei a chorar, cobrindo o rosto com as mãos

– O que foi? - Johanna perguntou receosa. Contei para ela o Gale e Annie fizeram, e pelo olhar da Glimmer, era parece não saber disso.

– Vocês são... São... Verdadeiras amigas. - eu disse e elas duas sorriram, me abraçando.

– Eu gostaria de ficar mais nessa conversa, com minhas duas "filhas", no entanto, hoje é sexta-feira, e a minha netinha vai comigo para comprar os presentes para o loiro bronzeado e para a mamãe mal educada dela, assim como para o loirinho e você. - Glimmer beijou minha cabeça e eu sorri. Ela acabou, no final, se tornando a mãe que eu não tive. - Tchau, queridas. - eu e Johanna nos despedimos dela, e ela mais uma vez pediu desculpas, saindo pela porta da frente do estabelecimento.

Johanna me olhou apreensiva - Eu quero te contar uma coisa. - ela disse nervosamente, mexendo as mãos, e se abanando toda, por estar suando

– O que foi?

– Eu acho que estou grávida, Katniss. - olhei para ela, procurando algum indício de sacanagem, mas não vi isso - Não é brincadeira. Eu acho que estou grávida.

– O Finn vai dar cambalhotas se escutar isso. - a voz rouca de Peeta fez nós duas gritarmos de susto, com um alto "AAAAAAAAAH!" E ele gargalhou - Calma, gente, sou só eu. O amigo gostoso de vocês.

– Vai tomar no seu... - olhei para ela - Desculpa, Katniss... Sem palavrões. - ergueu as mãos em rendição - Não é para contar para o Finnick, está me ouvindo? - ele assentiu, pegando meu copo

– Eca! Nojenta! - disse contorcendo a cara de nojo - Isso é suco de maracujá! Com açúcar!

– É o meu suco favorito, e você! - puxei o copo da mão dele - Furtou o meu copo! Por que todo mundo pega as minhas coisas? Que saco! - bufei, tomando tudo de uma vez também e eles riram - Que foi?

– Ta com bigodinho aqui, ó! - Johanna indicou e eu na mesma hora passei a mão. Tarde demais.

– Tirei a foto. - Peeta disse rindo - Vou revelar assim que chegar em... - parou para pensar, e não continuou a frase - Gente, vamos sair por ai? Finn disse que encontra com a gente daqui a 15 minutos no shopping. - assentimos, paguei a conta, depois que Johanna ameaçou Peeta, que, se ele pagasse, ela o deixaria como A Peeta. Ele não falou nada em momento algum até Finnick chegar, meia hora depois, na praça de alimentação do shopping.

...

– Johanna, sai logo daí! - eu disse socando a porta do banheiro do meu apartamento.

Ela apareceu com os olhos cheios d'água, e me mostrou os três palitinhos - Negativo. Todos eles.

– Queria que desse positivo? - ela mordeu o lábio inferior e negou

– Não agora, sabe? - assenti - Daqui a alguns meses, não sei... Mas agora acho que começamos a nos conhecer, a namorar, fazem dois meses.

– Claro... Mas sabe que se desse positivo Finnick ia ficar muito feliz, não sabe? - ela riu, assentindo

– Sei, e é por isso que eu quero mais um, sério mesmo, mas não agora. - sentou-se ao meu lado - Obrigada por ficar aqui comigo. - dei de ombros, bufando

– Está tudo bem, garota. Argh, to sem nada pra fazer mesmo... E já mandei consertarem a cama, podemos ficar pulandoooo! - eu disse dando alguns pulinhos ainda sentada e ela revirou os olhos

– Vou falar com o Finn, para deixar você é Peeta a sós, para quebrar essa cama de novo. - na mesma hora meu sorriso morreu, e eu gelei, fazendo-a rir - Para com isso, cara. Eu hein... To indo. Beijos, e boa tarde. - beijou minha bochecha e saiu.

Fiquei olhando para a janela do meu quarto, que dava de frente para uma pracinha muito usada por crianças e idosos. Olhei para minha imagem no espelho, depois de me levantar, e o espelho fica ao lado da janela.

Um dia, a idade vai chegar para mim, eu não terei a mesma disposição que tenho hoje, meus sorrisos não alcançarão canto a canto do meu rosto, minha pele vai enrugar, e... Do que vai adiantar ter todos esses títulos, de vice-presidente de uma multinacional, filha de consideração de uma empresária muito bem-sucedida, se eu não tiver alguém para me abraçar apertado, beijar a minha testa e dizer que me ama?

Eu já fui criança, mas não soube ser uma. Sempre quis ficar em casa, estudando, para ver se dessa forma, meus pais me davam atenção, me dessem um abraço, mas isso nunca aconteceu. Eu via Annie correr por aí, Madge andar de bicicleta pelo condomínio, meus pais caminharem de mãos dadas quando saíam... Sem notar, eu comecei a chorar silenciosamente, intercalando minha imagem atual, uma jovem adulta, aos recentes 25 anos, completados no mês passado, com os olhos cinzas brilhantes e a pele parda. Olhei para uma menina de cabelos castanhos, como os meus, gargalhando, correndo atrás de uma menina ruiva, e eu chorei ainda mais, por saber que nunca vivi aquilo, por ser uma garota perfeita para ninguém, porque o meu mundo era de papel, com as coisas escritas de caneta. Caíram algumas gotas, e tudo manchou, ficou subentendido.

Olhei para uma senhora, com os fios brancos, uma criança no colo, e um rapaz moreno ao seu lado. Os três riam muito, e pareciam extremamente felizes. Com certeza são mãe, filho e neto. - Por que está chorando? - perguntou Peeta, em um tom baixinho, e eu me virei para ele, que estava com meio corpo dentro do quarto

– Nada. - passei a mão nos olhos, na intenção de secar as lágrimas - Só quero ficar sozinha, está bem?

– Finnick e Johanna foram embora, e eu sei que está pensando no passado. - entrou no quarto, balançando a cabeça em negativa - Me poupe, Katniss... Eu te conheço muito bem. É o seguinte: vamos sair.

– Mas voltamos da rua a duas horas!

–E daí? Tem um lugar aqui perto que dá para patinar no gelo. - falou em um tom mais alto, dentro do meu closet - Anda, vamos logo. Eu odeio ver você mal, e é a minha "namorada" - indicou com os dedos e eu ri - Viu, anda, vamos logo. - jogou sem cerimônia para mim um cachecol, colocando o seu próprio e estendeu a mão para mim - Vamos?

– Vamos. - e segurei sua mão.


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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O qhe acharam? O próximo PRO ME TE. Só isso. Beijos. Amo mais que a pipoca que estou comendo com diamante negro! Obrigada pelo suporte, galera :)