Somnia et Circe escrita por Mare Noleto


Capítulo 2
02. Give me a break


Notas iniciais do capítulo

Como esse capítulo já estava pronto resolvi soltar logo ( o mesmo acontece com o próximo capítulo, porém mais para frente os capítulos vão demorar cerca de uma semana para sair pq sou meio lerda para escrever kjghfgjk)
Espero que gostem ♥



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Chegamos na escola em sincronia com o sinal que alerta sobre o fim da primeira aula. Desço logo que Matt estaciona o carro, ignorando sua tentativa de conversa. Sigo a passos largos e rápidos na direção da escola — evitando seu olhar — mas assim que alcanço a maçaneta de um dos portões sou puxada para trás, com firmeza. Mãos grandes e gentis me seguram pelo braço. Me forçam a encara-lo.

— Por que está fugindo de mim? — Seu olhar está confuso, talvez um pouco magoado.

Não sinto remorso. Não me permito sentir. Ele abriu mão de mim e ainda sim se sente no direito de me beijar e dizer coisas como eu te amo.

Ele quer me enlouquecer.

— Preciso de um tempo — Meus olhos seguem até suas mãos, que ainda me prendem ao seu lado. Evito encara-lo novamente. — Por favor, eu preciso desse tempo. — Não consigo evitar que a voz embargue, mas tento disfarçar com uma tosse, mesmo que tenha soado mais como um gato, um gato sendo estrangulado para ser mais exata.

Por três intermináveis minutos recebo somente seu silêncio como resposta. Então ele assente e me solta.

Não penso duas vezes antes de entrar na escola. Há um turbilhão de pensamentos e sentimentos rondando minha mente, me sinto sem chão. Odeio esse sentimento. É muito parecido com o que senti quando perdi minha mãe, e aparentemente, sei lidar com ele agora tanto quanto sabia antes.

Sigo na direção do banheiro feminino. Não olho para as pessoas que me cercam, caminho com o olhar baixo, me esforçando para parecer invisível. Mas eu as sinto ao meu redor. Elas aumentam gradualmente, o que faz sentido já que a batida do sinal se refere a troca de aulas.

Trombo com alguém, e o impacto nos leva ao chão. – céus, não consigo nem passar despercebida numa droga de escola cheia de alunos.

Me vejo em meio a uma quantidade razoável de livros — que definitivamente não são meus, eu odeio carregar uma montanha de livros pela escola e é justamente por isso que passo no armário a cada troca de aula — Levanto o olhar para observar em quem trombei e percebo se tratar de uma garota, com longos cabelos castanhos e ondulados que lhe emolduram o rosto. Não nego que seja bonita, mas não a reconheço. Seu olhar transmite uma mistura caótica de coragem e insegurança – uma combinação bastante incomum – mas são gentis, e me controlo para não descontar na pobre garota toda a minha frustração com Matt, não com ela e murmuro um pedido de desculpas. Ajudo a mesma a recolher os livros, intrigada por não reconhecer seu rosto ou mesmo de já tê-la visto pela escola antes.

Os alunos que passam por nós nos dão pouca atenção, apenas alguns olhares divertidos de uns e outros calouros, mas a maioria não parece se importar muito com a pequena confusão causada pela minha falta de atenção.

— Aluna nova? — Questiono, entregando seus livros

— Muito na cara? — Me oferece um sorriso brincalhão, provavelmente tentando aliviar a situação, não que realmente seja necessário, é uma situação bem cômica na verdade — e se alguém deveria estar fazendo isso era eu mesma, que causei toda a confusão, então me sinto culpada pelo receio que vejo em seus olhos. Ela é bem transparente.

— Não exatamente, só não me lembro de já ter te visto por aqui antes. Não é uma escola muito grande — Rio um pouco, e vejo seus ombros relaxarem - É quase impossível não ter ao menos trombado com qualquer um deles quando se estuda aqui há muito tempo — Aponto nossa situação com um sorriso amigável, o que arranca uma risada baixa dela.

— É, acho que sim — A garota ri, olhando para as pessoas ao nosso redor. Sigo seu olhar e vagueio distraidamente pelo corredor. Os corredores começam a ficar vazios novamente e mais do que rápido passam a ser só alguns poucos solitários espalhados por ali. Fora um ou dois grupinhos de alunos em algum canto.

Então me vejo encarando olhos azuis quando menos espero, inconfundíveis olhos azuis. Matt. Me perco em seu olhar por alguns segundos, e quando volto a mim percebo que ele avançou alguns passos pelo corredor — se aproximando rapidamente de mim — o olhar indeciso, mas o detenho com o olhar.

E rapidamente me volta tudo a mente. Nossa conversa. Nosso beijo.

Meu coração dispara, a respiração descompassa e tão rápida quanto veio, a distração proporcionada pelo trombo vai embora, e a angústia volta a me apertar o peito. — Desvio o olhar — E volto minha atenção para a garota, que agora estende sua mão para mim. Seu olhar dizendo que espera por uma resposta — por que me disse algo, tenho certeza — mas não faço a menor ideia do que seja.

—Allison Argent — Repete, ainda com a mão estendida.

Olho fixamente para ela, sem entender do que fala — demoro para me dar conta de que está se apresentando — então estendo a mão de volta. O pensamento ainda longe.

— Desirée Stilinski — Olho de escanteio para Matt, mas não há mais ninguém lá. Contra minha vontade, algo como decepção toma conta de mim. Aparentemente também sou fácil de ser lida, uma vez que Allison logo percebe.

— Você está bem? — Sua voz soa preocupada e me sinto grata por se importar com alguém a quem conheceu há poucos minutos.

—Sim, eu só — Olho em volta em busca de alguma desculpa. Não quero falar sobre Matt, ainda mais com uma garota que conheci agora. Não quero falar, na verdade. Quero ficar sozinha, só por um tempo. — Tenho que ir — Sorrio num pedido de desculpas — A gente se esbarra por aí — Brinco, enquanto me afasto. Sem lhe dar muita oportunidade de falar algo.

Entro e fecho com força a porta do banheiro. Me apoio nela, a respiração pesada. Constato com alívio que o banheiro está vazio. Corro o olhar pelas paredes do cômodo, todas muito monótonas. Paro frente ao espelho e encaro meu reflexo, que me encara de volta. Meus olhos estão vermelhos e o vermelho nas bochechas também se sobressai. Mechas de cabelo caem sobre o meu rosto e toda a composição me dá um ar de fragilidade.

Quero desesperadamente me recompor, levantar a cabeça e sair dali como se nada daquilo me afetasse. Não quero que olhem para mim e vejam alguém que pudesse quebrar a qualquer instante. Não quero que ele olhe para mim e veja o quanto estou arrasada. Mas é como me sinto, como se pudesse quebrar a qualquer movimento brusco.

Deixo que as lágrimas escorram livremente pelo meu rosto enquanto torço para que ninguém entre no banheiro, ao menos pelos próximos minutos. Prometo a mim mesma que só estou deixando que a dor transborde naquele momento. Depois, farei o possível para seguir em frente.

Eu o amo — e sei que ele me ama também, como ele mesmo disse — mas as vezes é necessário crescer e tomar atitudes maduras, fazer a coisa certa. Não é sobre me separar fisicamente dele. Quer dizer, não é  sobre me separar dele. É sobre deixar que ele siga em frente. Sobre me permitir seguir em frente.

Ele e a mãe são mais como dois estranhos — que por acaso vivem na mesma casa — não é uma relação saudável. Perdi a conta de quantas vezes a indiferença dela fez com que Matt, principalmente quando criança, chorasse em meu colo. Ou no colo da minha mãe.

Ele não pode me escolher, porque isso implica viver ao lado dela todo dia, e eu o sentiria morrer a cada dia, sem poder fazer nada, por que é isso que ela faz, ela é tóxica. Ele não pode me escolher, porque ele não pode abandona-lo, não quando o pai sempre esteve lá por ele quando precisou.

Eu realmente o entendo, e eu seria um monstro se fizesse outra coisa que não fosse o apoiar. Porque sei que seguiria meu pai até o fim do mundo se fosse preciso, ou mesmo minha mãe, se eu pudesse. Mas saber disso não faz com que a dor seja menor.

Eu estou fazendo o que é certo.

Limpo as lágrimas com as costas da mão — a que não está machucada — e respiro fundo algumas vezes. Repito o processo até me sentir totalmente no controle. Alcanço a maquiagem dentro do bolso lateral e disfarço a vermelhidão que cobre meu rosto. Em questão de minutos não há vestígios de que estive chorando, como se nada tivesse acontecido.

Toca o sinal da segunda troca de aula.

Estendo a mão para abrir a porta, mas sou surpreendida quando a porta se abre antes. Dou um passo para trás para evitar esbarrar na garota de cabelos ruivos. Lydia. Avanço para cumprimenta-la com um abraço, do qual ela logo se afasta, reclamando algo sobre amassar seus cabelos. Acabo rindo pela situação e me sinto grata por isso.

—Estava te procurando desde a primeira aula. Chegou agora? — Questiona. Seus olhos me analisam, semicerrados em desconfiança. Por curtos segundos. Depois foca sua atenção em retocar a maquiagem.

—Algo do tipo — Respondo vagamente.

Busco algum assunto que tire o meu atraso da pauta, mas Lydia não parece se importar muito. Respiro aliviada.

Lydia mantém-se em silêncio por alguns instantes, interessada em sua imagem refletida no espelho. Então vira-se para mim com tons diferentes de batons em mãos. ­Dois de seus preferidos ­—  um batom puxado para o tom de rosa malva, e o outro para um rosa queimado. ­— Levanta ambos na altura dos olhos e arqueia uma das sobrancelhas ­­— em uma pergunta silenciosa.

Aponto para o tom mais claro, o rosa queimado, enquanto apoio as costas na parede.

— Batom borrado tão cedo Lydia, encontrou alguém pelo caminho? — Provoco, satisfeita em vê-la corar ­­— mesmo que por poucos segundos­. É raro pega-la desprevenida.

— Na verdade, sim — Me encara, entrando na brincadeira

— Deixa eu adivinhar... Começa com “J” — Gesticulo dramaticamente — E termina com “ackson”. — Rimos, enquanto ela simula uma falsa cara de surpresa, como se dissesse “Como descobriu?”

Admiro Lydia, por mais que se faça de a garota sem coração, eu a conheço desde quando era muito pequena. Vi essa garota passar por um simulador de inferno, com um sorriso no rosto. Ela é poucos centímetros mais baixa que eu, mas não acho que vê problemas nisso. Sua autoestima é tão maior que ela, que caberia dentro de um gigante, sem brincadeira. Nunca vi essa garota abaixar a cabeça diante de nada. Porém, não acho que ela conheça algo como limite, por exemplo ­­—  fato que já me meteu em muitas encrencas, afinal — por mais que eu tentasse explicar — ser apenas cúmplice nunca fez com que o castigo fosse menor.

Mas ela é uma boa pessoa.

Saímos pela porta e caminhamos juntas pelo corredor — bastante movimentado naquele momento — e deixo que a mente vague distraidamente, — não conseguindo evitar procura-lo por entre a multidão — enquanto Lydia fala entusiasmadamente algo sobre Jackson —  seu namorado —  e o quanto ele é bom no que faz. Mantenho minha mente por fora da conversa, pegando ocasionalmente algumas palavras chaves, e assentindo positivamente quando seu olhar recai sobre mim.

Então Jackson simplesmente surge em nossa frente — admito que talvez eu não estivesse prestando atenção — e rouba um beijo da namorada. Sessão amasso em plena manhã é desgastante. Contenho uma careta e me solto de Lydia.

Jackson me cumprimenta, quando se separa de Lydia — lhe dou um sorriso como resposta — e me separo de ambos, com a desculpa que tenho que ir para minha sala, prometendo encontrá-los depois da aula no campo de lacrosse. O que não é mentira.

Hesito alguns segundos frente a carteira que normalmente sento, e decido sentar-me ao fundo da sala. Ganho olhares — que variam de confusão à estranhamento — dos alunos que estão por ali, não que sejam muitos, mas sei que os burburinhos estarão rolando solto por toda a escola até o fim do dia. Se eu tiver sorte, até o fim da semana. Que ótimo. Reviro os olhos e os ignoro da melhor maneira que posso.

Fico tensa quando Matt entra na sala. É uma confusão de sentimentos. Dor e raiva lutam dentro de mim, mas há felicidade também. Vê-lo sempre me fez sentir feliz — e amada — e a pior parte, é que irei perder isso.

Estou uma bagunça.

Passo o resto da aula, e todas as outras que a seguem, distraída. O evitando sempre que possível. Sei que estou sendo infantil e imatura, mas é só por hoje. Talvez quando eu estiver em casa possa manda-lo alguma mensagem dizendo algo como “Hey, desculpa por hoje, eu precisava de um tempo”. Ou talvez não.

Com o fim das aulas sigo direto para o campo de lacrosse. Não é difícil encontrar Lydia, até porque não há muitas pessoas por ali, já que a grande maioria é composta pelos próprios jogadores. Conforme me aproximo, noto com certa surpresa que Allison está ao seu lado.

Lydia se misturando com novatos, isso é novidade.

Cumprimento ambas com um rápido abraço e sento entre elas. Lydia me lança um olhar estranho, que suponho ser pela familiaridade com que tratei Allison. Tenho a confirmação logo em seguida.

—Já se conhecem? — Questiona

—Nos esbarramos no corredor — Conto, trocando um sorriso cúmplice com a novata.

Lydia abre a boca, como se fosse falar algo, mas desiste quando Allison aponta na direção de um dos jogadores.

— Quem é aquele? — Sigo seu olhar e vejo Scott McCall — melhor amigo de Stiles — parado em frente ao gol. E olhando em nossa direção. Aceno com a cabeça e recebo seu sorriso como resposta.

— Ele? — Lydia o analisa por alguns segundos — Não estou certa de quem seja — Balanço a cabeça. Ela não presta.

— Scott McCall — Respondo — Porque? — Sorrio em sua direção, ela retribui, mas logo desvia o olhar envergonhada.

Allison gostou dele.

— Ele está na minha turma de inglês — Allison olha novamente em direção ao gol — Só isso — Acrescenta

Voltamos a atenção para o jogo quando o treinador apita. Não é bem um jogo, é mais como um aquecimento. Estão todos em uma fileira, que tem como objetivo tentar marcar um gol. Em Scott. Não faço a mínima ideia do porque ele está ali, nunca foi um bom jogador — apesar do esforço — assim como meu irmão, mas não me parece promissor.

Stiles deveria estar por ali também. O procuro rapidamente — apenas com os olhos — e o encontro sentado num banco pouco longe de mim. Parece tenso. Provavelmente por Scott, já que os dois são muito ligados — o que já me causou muito ciúmes quando mais nova — e é claro que ele está torcendo para que dê certo para o amigo.

Olho para o campo a tempo de ver Scott levando uma bolada na cara. Certo, talvez não fosse exatamente uma bolada, nem na cara. Era uma bola bem pequena na verdade, mas por experiência própria sabia que não era leve. E acertou apenas o capacete — a armação que protege o rosto, em específico — mas o impacto o levou ao chão.

Prendo o riso, com uma espécie de careta no rosto — tanto pelo esforço para prender o riso, quanto por Scott — e vejo que Allison faz o mesmo. Mas a grande maioria não vê problema em rir descaradamente. Piadinhas percorrem todo o campo, e me sinto mal por Scott.

Surpreendentemente, depois da bolada, Scott volta com tudo. Nunca vi aquele garoto jogar tão bem. E olha, eu já o vi jogar muitas vezes — não que ele tenha jogado bem em qualquer uma delas — o que por si só já era um grande avanço.

Um a um, cada jogador se preparava — tencionava as pernas, quase como um semi agachamento — e lançava a bola na direção de Scott. Por cima, por baixo, lateral, tudo. E incrivelmente Scott pegou todas elas.

— Parece que ele é realmente bom — Allison comenta, um sorriso mal disfarçado no rosto. Concordo veemente, a boca ainda aberta em surpresa. Lydia também está admirada, parece estar vendo Scott pela primeira vez. A grande maioria também.

— Eu não sei desde quando. Mas uau, Scott está arrasando — Balanço a cabeça em negativa, não acreditando no que estou vendo, mas com um sorriso animado no rosto. Lydia concorda.

Então é a vez de Jackson. Não sei qual o problema dele com Scott, mas definitivamente ele está fumegando de raiva. Mesmo de longe vejo a agressividade em seus olhos, em sua postura.

Ele lança a bola com tanta força que me surpreendo que seu braço não tenha saído voando junto. Prendo a respiração — assim como todos que estão assistindo — e espero.

Para minha surpresa, Scott pega a bola com tanta facilidade quanto as outras, e ele mesmo parece surpreso com isso. Afinal, Jackson é o melhor jogador que temos na equipe de Lacrosse. Imediatamente todos vibram. Gritos, assobios e incentivos soam por todos os lados.

Levanto e grito em comemoração, fico surpresa quando Lydia faz o mesmo — Jackson, o cara que aparentemente odeia Scott, é o seu namorado — mas ela não parece se importar.

Ao que parece, Jackson era o último a jogar, e após o momento de comemoração o local rapidamente se esvaziou. Despeço-me das meninas e me aproximo de Stiles. O abraço por trás — um gesto muito comum entre nós — e fico na ponta dos pés para conseguir alcançar seu ouvido.

—Desde quando Scott joga bem? — Questiono, acompanhando com o olhar Scott se aproximar

—Eu não sei, mas isso foi irado — Responde, um sorriso de ponta a ponta no rosto. Concordo.

— Hey — Scott me cumprimenta quando nos alcança. Um sorriso bobo surge em seu rosto. Sigo seu olhar e rio baixo quando encontro Allison acenando. Não dou mais que uma semana para termos um novo casal na escola.

— Hey — Cumprimento de volta — Carona para casa? — Questiono, levantando as chaves do Jeep — que tirei de um dos bolsos de Stiles, quando o abracei — e Stiles me olha perplexo. Scott ri, negando com a cabeça.

—Você está de castigo maninho, o carro é meu — Sentencio divertida. Pisco para ele que balança a cabeça enquanto ri, levantando as mãos como se dissesse “Eu me rendo”.

—Você vem Stiles? — Aceno com a cabeça na direção do Jeep.

Stiles para por um momento, indeciso. Encontra o olhar de Scott e volta-se para mim novamente.

—Te encontro em casa — Me abraça de lado, se despedindo. Olho em seus olhos, e o que encontro neles faz com que revire os olhos. Ele vai aprontar alguma.

—Não conte comigo para te acobertar com papai — Me viro para Scott, os olhos semicerrados — O mesmo para você Scott.

Os dois riem, prometendo que não irão fazer nada que os meta em encrenca. Sigo para o Jeep. Mas paro assim que percebo quem está ao lado dele. Matt. Encontro seus olhos e antes que eu possa pensar em algo. Qualquer coisa. Ele se afasta na direção de seu carro, me deixando com apenas um aceno.

Ele estava garantindo que eu estava bem. A certeza brota em meu peito e me aquece por dentro. Precisamos conversar, mas ele entende que agora não é a hora certa.

Entro no carro e cerca de quinze minutos depois estou em casa.


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Notas finais do capítulo

comentem por favor, não sabe o quanto incentiva ♥
PS: qualquer erro me avisem, como o outro não foi revisado



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