Verdades e Mistérios escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 7
Péssima ideia...


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora, de novo. A mesma razão: bloqueio para a fic de Kung Fu Panda (engraçado! Para Valente e Os Vingadores eu tô bem fértil!). Estou começando a radicalizar um pouco para ver se isso me empolga e, provavelmente, vou transformar essa fic em uma shotfic. E principalmente pelo fato de que eu tenho muitas outras para postar e uma possível continuação dessa.



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Enquanto muitos, quase todos, dormiam, um barulho estranho acordou Garça e Macaco. Os mesmos caminharam lentamente pelos corredores até encontrarem Po, que também caminhava, mas em direção à saída. Ele era louco ou o que? O vilarejo era perigoso a noite. Queria ser alvo do arqueiro?

— Hey! - chamou Macaco, tentando não chamar a atenção - Onde vai a essa hora?

— Ah, nada! Erh... eu ia só beber água! - tentou disfarçar.

— Você mente tão bem quanto a Tigresa sabe ser delicada. - falou Garça.

É... o panda não tinha muita fuga.

— Pensem comigo: se o arqueiro só aparece à noite, então deveríamos pega-lo a noite! Certo?

— Ficou maluco?! - questionou Macaco.

— Você viraria alvo fácil! - afirmou Garça - E além disso, por que não nos chamou?!

— Por isso! - Po aponta para eles em resposta – Que chance eu tinha de convencê-los?! Deveríamos sair a noite!

— Você tem algum problema?! - reclamou a ave indignada – Sozinho, suas chances de morrer aumentam absurdamente!

— Então eu vou com você. - afirmou Macaco.

— O que?! - os outros dois perguntaram em uníssono.

— O Po tem toda a razão. - afirmou Macaco - Não faz o menor sentido procurar alguém de dia sendo que ele só aparece a noite!

— Não! Não vou compactuar com isso. - disse Garça se retirando – Espero que estejam vivos amanhã.

Com a saída de ambos, Po começa a repensar seu plano. Será que estava certo? Provavelmente estaria caminhando mais para sua morte do que para a resposta de suas questões. A questão é que Po nunca foi do tipo que pesava muito e agora, estava fazendo algo extremamente arriscado. Não era um mano a mano. Era contra um atirador que lutavam. E aquela noite fria não era o suficiente para o acalmar. Ao mesmo tempo que estava empolgado, começou a temer.

O lugar estava tão silencioso que mal podiam ouvir grilos. Apenas o vento e seus próprios passos. Talvez nem seus passos, pois faziam o máximo de silêncio que podiam. Andavam escondidos, só não sabiam exatamente de que. Poucos minutos do lado de fora, o panda desastrado tropeçou e caiu de cara no chão.

— Quieto! Quer que nos achem?! - reclamou Macaco em sussurro.

— Eu não escolho tropeçar, sabia?!

— Podia pelo menos ser mais cuidadoso?!

Po não conseguiu responder. Uma flecha acertou a parede entre eles. Os dois encaram o telhado da casa a frente, onde viram pela primeira vez seu inimigo frente a frente. Em carne e osso. Os dois correm em direções opostas, mas ambos na intenção de subir no telhado e dar um fim nos assassinatos. O arqueiro atira contra Macaco, mas o mesmo desvia e consegue subir e ficar frente a frente.

Pronto para continuar a luta, Po apoia uma de suas mãos no ombro do arqueiro e o mesmo se vira para ele. Como descrito, o panda misterioso trajava-se de uma roupa preta que o cobria por completo e uma mascara, que deixava seus olhos verdes acinzentados de fora.

— Olá, posso ajudar? - zombou o Dragão Guerreiro.

Inusitadamente, o arqueiro guarda o arco e a flecha que estava pronta para atirar. Os dois pandas iniciam uma luta arriscada e imprevisível, onde o arqueiro efetuava golpes que Po e Macaco nunca haviam visto. Macaco entra na luta, para ajudar seu amigo. O confronto não pode ter um final bom, definitivamente não. Os golpes do arqueiro eram completamente desconhecidos pelos mestres. Tanto que, quando menos percebeu, Po tomou um soco e caiu do telhado.

— POOOO!!!! - gritou Macaco, que foi levado pelo arqueiro.

Ainda sonso, o panda desmaia. Como pôde deixar isso acontecer?! Era o seu melhor amigo! E por sua culpa, havia sedo levado por um arqueiro assassino misterioso. Po não conseguia acreditar que era tudo culpa dele e de sua ideia mirabolante de cassar o mascarado a noite. Acordou ainda a noite, mas na mira do olhar preocupado e aliviado de...

— Tigresa?

— O que você tem na cabeça?! - perguntou furiosa – Ainda bem que Garça nos alertou!

Ao se levantar, encarou os outros do grupo, que estavam aliviados, mas ainda chateados pelo ocorrido.

— Onde está o Macaco? - perguntou Víbora esperançosa.

— Foi levado pelo arqueiro. - afirmou o panda arrependido.

— Você o encarou e saiu vivo?! - questionou Louva-Deus surpreso.

— Vamos logo. - falou Po se levantando – Temos que achar o Macaco.

— Agora não. - falou Tigresa rígida - Vamos esperar amanhecer.

Como ordenado pela felina, todos voltaram, mas ainda preocupados com o paradeiro de Macaco. Explicar tudo naquela manhã para o mestre Shifu seria difícil. Po seria punido severamente se os outros não houvessem assumido a culpa juntamente. Mas Shifu estava preocupado demais com Macaco para culpar qualquer um por isso.

Por ficar boa parte da noite acordado e por ter lutado e ainda por cima perdido, Po dormiu até tarde. Acordou na hora do almoço e, mesmo quando seu pai tentou conforta-lo e dizer que ele não tinha culpa, o guerreiro ainda sim preferia o ignorar. Foi quando Sari decidiu interver. No meio da tarde, enquanto ele procurava na cozinha algo para comer, ela simplesmente diz:

— Você está péssimo e precisa desabafar.

— É. Tem razão. - falou de boca cheia. Engoliu os bolinhos e respondeu – Mas não com você.

Sari ofendeu-se com a resposta.

— Estou aqui para seu sua amiga. - ela afirmou – Precisa confiar em mim.

Po olhou uma última vez aqueles olhos verdes acinzentados, antes que ela se virasse e seguisse.


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Notas finais do capítulo

E aí?! Espero que comentem! Teorias, opiniões, ideias para continuar... aceito de tudo!



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