Apenas mais Uma de Amor escrita por Thaís Romes


Capítulo 5
3x4


Notas iniciais do capítulo

Oi gentes!!!
Então, o que foi aquela foto de ontem???
Eu sei que já choveram ones a respeito, e vcs devem estar cansados de ler sobre o assunto... Bom, mas eu precisava fazer algo.
E a one de hoje é para a Catarina Cata, bom, espero que vc goste flor, espero que todos vcs curtam.
Musica: 3x4 - Engenheiros do Havaí
https://www.youtube.com/watch?v=UPF6cj7GSnI



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FELICITY

“Diga a verdade ao menos uma vez na vida, você se apaixonou pelos meus erros.”

3x4 - Engenheiros do Havaí.

Eu sentia meus pulmões arderem, meu coração bater acelerado e o ar me faltar. Mover minhas pernas já era um esforço a parte, estava com sede, cansada e com sono. Não era exatamente isso que tinha em mente quando me disse que iria me fazer ter uma experiência que nunca tive antes. Não era isso que pensei também quando ele disse que queria conhecer a pessoa que se tornou, por que daqui de onde estou, essa pessoa, nesse instante, está se parecendo muito com um Oliver sentindo falta de correr atrás de alguns bandidos.

E nem mesmo sem camisa ele está agora, enquanto sobe animado essa trilha íngreme em direção ao topo da montanha. Usando uma bermuda marrom e camisa de algodão cinza, com uma bengalinha de metal, sei lá que negocio é aquele, mas parecia estar o ajudando. A única coisa da qual não reclamo é a vista, não a da natureza, a vista que só andar atrás de Oliver Queen proporciona.

“Não fique pela metade, vá em frente, minha amiga. Destrua a razão desse beco sem saída.”

–Felicity! -chama, e nem mesmo ofegante ele está, absurdo. -Se continuar se arrastando, não chegaremos nunca!

–Pode me por nas costas e carregar até o topo se quiser, não vou me importar com isso. -respondo ofegante, e ele se vira em minha direção mordendo os lábios ao me encarar. -Pode ajudar a manter a forma. -tento mais uma vez com meu melhor ar de inocência.

–A um tempo atrás você ficava dizendo como a vida é preciosa, e me lembro bem de suas palavras. Reclamava que eu estava na “caverna”. -faz careta, ao usar o termo. -Esperando a morte chegar. Bom, não estou mais lá. -abre os braços andando de costas, para ficar de frente para mim. Deus como ele é lindo, e como quero arrancar esse sorriso prepotente dessa carinha perfeita. -Quer apostar corrida? -provoca.

–Não, obrigada! -respondo com sarcasmo e apoio meu peso com as mãos nos joelhos, tentando puxar o ar.

–Qual é, isso nem é assim tão difícil! -volta alguns passos para pegar minha mão e começa a me ajudar a subir.

–São esses sapatos. -olho para meus tênis. -Deveria saber que eram bonitos demais, para servir para caminhadas.

“Diga a verdade, ponha o dedo na ferida. Você se apaixonou pelos meus erros.”

Andamos por muito mais tempo, não sei se ele estava querendo me levar para o topo da montanha, ou revelar um caminho para a Terra Media. Mas a trilha passou a ser mais estreita, com algumas escaladas curtas entres as árvores. A esse ponto já havia criado um roteiro totalmente plagiado de Lost, para um livro no futuro.

–Desde que nós saímos da cidade, eu nunca te vi passar tanto tempo assim calada! -não esconde a surpresa em sua voz, não sou assim tão tagarela.

–Ou eu falo, ou ando. -sussurro.

–Mas é muito dramática! -debocha rindo descaradamente me fazendo encará-lo séria. -Conversamos sobre experimentar novas coisas.

–E... Eu fui iludida mais uma vez! -Oliver me encara divertido, e só então percebo ter falado em voz alta. -Eu disse? -confirma balançando a cabeça.

–Como conseguiu ir atrás de mim na ilha? -pergunta me oferecendo uma garrafa térmica com água que aceito como se fosse a tabua da salvação.

–Ah, não era uma subida, não tinha sido arrastada da cama as cinco depois de dormir as duas. -reclamo mais um pouco. -E tinha uma boa motivação. -pisco para ele lhe devolvendo a garrafa.

–Te dei uma motivação!

–Não Oliver, você disse. -limpo a garganta e ajeito minha postura, me preparando para o imitar. -Quando chegarmos ao topo, você vai ter a melhor vista de toda sua vida.

–Se me parecesse, o mínimo que fosse com o que acabou de fazer. -aponta em minha direção, balançando a cabeça em sinal negativo. -Não teria nem mesmo chegado ao bote, depois do Gambit afundar!

–Eu chegaria ao bote! -reclamo ofendida.

–Okay. -murmura sarcástico e volta a pegar minha mão.

–Acha que eu não conseguiria? -agora era questão de honra.

–Hum... -me olha estudando o que deveria falar para evitar uma briga. -Felicity, não é uma ofensa. -bufo e ele para de andar, e se vira me olhando nos olhos. -Você se parece com uma boneca, e é a pessoa mais doce, inteligente, e adorável que conheço. -percebe que não ajudou todos os adjetivos delicados que usou. -E por esse motivo, acredito que seria muito mais esperta, e descobriria que o iate fora adulterado, evitando todo o resto.

–Mentira. -fico na ponta dos pés para lhe dar um selinho. -Mas gostei do esforço. -volto a andar, decidida que é melhor terminar logo com a tortura, quando Oliver me puxa para trás e me beija de verdade, segurando meu rosto entre as mãos, a ponto de me deixar zonza quando me solta.

“E eu perdi as chaves, mas que cabeça a minha. Agora vai ter que ser para toda a vida.”

–Agora colocamos isso aqui. -tira a mochila que levava e passa com cuidado por meus braços, colocando em minhas costas, ajeita meu cabelo e me entrega a bengala. -E você vem aqui. -Oliver se vira de costas e pega minhas mãos, as colocando em seus ombros, e tomo impulso para subir em suas costas.

–Era só uma piada quando sugeri isso! -o sorriso largo em meu rosto contrariava completamente o que acabei de falar.

–Já estamos chegando, encare isso como seu incentivo.

–Eu. Te. Amo. -falei entre beijos que dava em seu pescoço, e alto de sua linda cabeleira loura, até meu humor está melhor agora. Uau, que lugar lindo! -Melhor namorado do mundo! -exclamo escutando a risada de Oliver.

Em cinco minutos chegamos, e Oliver estava certo, a vista era magnífica. As montanhas a essa distância, pareciam tocar o céu, com um misto de cores vivas que apenas a natureza pode fornecer, mas olho para Oliver, depois a vista e percebo que ele estava muito errado. Só que ele me agradou, então o agradaria, mantendo minha língua dentro da boca.

“Somos o que há de melhor, somos o que dá pra fazer. O que não dá pra evitar e não se pode escolher.”

–É perfeita. -sussurro admirada.

–É mesmo. -me viro em direção a sua voz, percebendo que ele me encarava.

–Você estava certo. -digo quando ele me puxa, para sentar a seu lado.

–E essa é a primeira vez. -sorri passando o braço por meus ombros.

–Não sobre a trilha, sobre o que disse mais cedo. -ele se vira para me olhar. -Eu não sobreviveria a um naufrágio, ao menos não antes de te conhecer.

–Eu sei que deveria me sentir lisonjeado... -faz careta olhando para o horizonte. -Mas não foi o que aconteceu.

–Não por que depois de te conhecer, esse tipo de loucura de certa forma se tornou uma possibilidade. -nós dois fazemos careta. -Por John ter me ensinado defesa pessoal, ou por ter meu herói particular. -beijo sua mão que estava segurando. -Mas por que eu ganhei um novo sentido, no dia que invadiu meu carro. Aprendi que devo lutar, e sobreviver. Se tivesse hoje dentro de um Iate e ele naufragasse, eu lutaria até o ultimo segundo que pudesse, por que não estou pronta para deixar de viver, não agora que tenho tudo o que sempre quis. -Oliver me beija com carinho, como se não tivesse palavras para me responder.

“Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho, eu gravaria no metal da minha pele o teu desenho.”

–Eu adorava esse lugar. -diz olhando em volta. -Vinha aqui com Tommy, e você é a única pessoa que me fez ter vontade de subir mais uma vez essa trilha.

–Se tivesse me falado isso lá em baixo, eu teria guardado as minhas reclamações só para mim. -ele esboça um sorriso.

–E perder a melhor parte? -suspiro, encantada demais com tudo. -Queria que ele te conhecesse, sabe, como minha namorada. -seus olhos perdem o foco por um momento. -E meus pais.

–Sua mãe sabia sobre mim. -falo por impulso, só me lembrando depois que o fim dessa história não era bom. -Eu era a secretária apaixonada pelo chefe, acho que por isso toda a falação na empresa. -tento consertar. -Eu era a única que não sabia no final.

–Qual a história? -se limita a dizer.

–Acabei de te contar, não estava me ouvindo?

–Acredita mesmo que não te conheço não é? -balança a cabeça com um sorriso sarcástico. -Deixa eu adivinhar então. -beija o alto da minha cabeça antes de voltar a falar. -Deve ter acontecido quando descobriu que Thea era filha de Malcom, quando passou uma semana inteira sem conseguir nem mesmo me olhar nos olhos. Me lembro dos olhares que trocaram no dia que te confrontei.

–Olha ai, você já sabe da história!

–Pode falar. -velho Oliver em ação.

–Eu fui até sua casa quando descobri, e a confrontei. O que foi um plano terrível, alias, meu plano acabou na parte de ir a sua casa e confrontá-la...

–Felicity! -chama minha atenção.

–Claro. -respiro fundo antes de voltar a falar. -Ela me disse que eu não te contaria. Por que via como eu olhava para você, que sabia que eu te amava. E se eu te contasse, o perderia para sempre, pois para você eu seria a culpada.

–Nem sei o que dizer. -murmura com o semblante sério. -Às vezes simplesmente não entendia minha mãe.

–Sinto muito, não deveria ter dito nada. -ele se inclina me dando um beijo que dispensava minhas desculpas.

–Não vai me perder. -repete o que disse no dia em que o contei sobre Thea. -Nunca. -mas seu rosto ainda tinha certa tristeza.

“Feitos um pro outro, feitos pra durar. Uma luz que não produz sombra.”

–Deveríamos ir visitar minha mãe. -falo, e isso faz com que me olhe surpreso. -Se você quiser é claro.

–Quer me apresentar para sua mãe? -não parecia estar certo do que ouvia.

–Bom, tecnicamente ela já te conhece, então... Acho que fazer uma visita, seria um termo mais apropriado.

–Essa vai ser a primeira vez que digo isso em minha vida, sendo sincero. -me olha de lado, e sua expressão coloca um sorriso largo em meu rosto. -Quero mesmo conhecer sua mãe...

–Você já conhece. -interrompo e ele me olha sério.

–Não atrapalha meu momento. -reclama. -Vamos para Vegas. -diz se levantando, e fico estática o olhando bater a terra da bermuda.

–Oliver, não agora. -digo em meio ao riso.

–Agora? -me olha confuso. -Não, agora não. -me estende a mão para me levante. -Tem um cara ali subindo, vamos pedi-lo para tirar uma foto, acho que as que temos até agora, não seriam apropriadas para mostrar sua mãe. -franze o nariz sorrindo.

–Isso é verdade. -aceito sua mão estendida.

“Somos o que há de melhor, somos o que dá pra fazer. O que não dá pra evitar, e não se pode esconder.”

Era um rapaz que deveria ter no maximo seus vinte e seis anos, com um sorriso simpático, que me fez pensar em Barry. Ele parece feliz em ajudar, aceitando de imediato. Nós posicionamos de forma que a paisagem seja enquadrada, e Oliver passa o braço em minha cintura.

–Digam “xs”. -o moço pede.

–Não vou falar isso. -Oliver murmura, e estico meu braço fazendo pose, no momento em que vemos a claridade do flash.

“Feitos um pro outro, feitos pra durar. Uma luz que não produz sombra.”


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Notas finais do capítulo

Galera, com relação as sugestões, estão todas anotas, eu escrevo a fic e depois coloco a música que mais se encaixa. Então podem sugerir, tenho todas, com o nome de cada uma de vcs anotado.
Comentem!!
Bjnhos