Apenas mais Uma de Amor escrita por Thaís Romes


Capítulo 4
All Of Me


Notas iniciais do capítulo

Oi gentes!
Então música de hoje é sugestão da minha florzinha Sweet Begônia (presente de natal, e aniversário, e páscoa, e dia dos amigos e...).
All Of Me - John Legend.
https://www.youtube.com/watch?v=V-p0Yy__qck
O video é Olicity meu povo, então saibam que as músicas que sugerirem e existir um video do casal com elas, vai ser o que estarei colocando aqui.
Espero que gostem!



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“O que eu faria sem a sua boca esperta? Me atraindo, e você me afastando, Minha cabeça está girando, sério, eu não consigo te decifrar”

All Of Me - John Legend.

OLIVER

Essa semana em especial Felicity parecia estar entediada ou frustrada na melhor das hipóteses, não quando estou por perto, mas sempre que a pego sozinha, ela está observando gráficos dos quais não tenho idéia de para o que servem, e tem essa expressão em seu rosto, e uma ruguinha entre seus olhos. O silencio relacionado à ela, nunca significou nada de bom. Quando resolvi partir, escolher ficar a seu lado, sabia que estava abrindo mão de uma parte minha, mas nunca cheguei a considerar que ela abriu igualmente mão de uma parte dela, não considerei até agora.

“O que está acontecendo em sua mente linda? Estou em sua jornada mágica e misteriosa. E eu estou tonto, não sei o que me atingiu, mas eu ficarei bem.”

–Hey! -me sento a seu lado no parapeito da varanda de nossa casa.

–Oi! -ela sorri me observando.

–O que é isso? -aponto para o tablete, e vejo seu semblante se fechar mais uma vez. -Todas as vezes que te encontro sozinha está observando seu tablet com essa ruguinha entre as sobrancelhas. -ela toca o local e solta um longo suspiro antes de me olhar nos olhos.

–Não deveria me deixar sozinha então. -sugere tentando me distrair com sua expressão de garotinha abandonada. O que quase funciona, mas nego balançando a cabeça, indicando que queria respostas melhores do que essa.

–Me diz, o que está acontecendo?

–Não vai ficar bravo? -impossível com ela me olhando daquela forma, mas tenho uma reputação a manter, então apenas nego a olhando sério.

–Promete?

–Geralmente, quando você precisa testar meu humor com antecedência, eu com certeza não vou gostar do que vem a seguir.

“Minha cabeça está debaixo de água, mas eu estou respirando bem.Você está louca e eu estou fora de mim.”

–O projeto ATOMO. -conta temerosa, mas lhe dou um sorriso fraco, para que perceba que estava tudo bem. -Tem algo errado, e não consigo ver o que é. Quando estive em Central City com Ray, nós enfrentamos uma hacker, quase tão boa quanto eu, o que foi estranho para mim, era como se pela primeira vez tivesse uma super vilã só minha. -perde o foco tagarelando.

–Felicity. -chamo seu nome baixinho, por mais que o parênteses de sua história me interesse muito mais do que o que ela precisa falar.

–Certo. -se recupera. -Ela tinha esses pequenos robôs em formato de abelhas. -demonstra o tamanho com os dedos. -Que usava para matar pessoas. -faz careta. -Eu sei, bizarro. Mas depois de conseguirmos derrotá-la, Ray pegou um de seus robôs, e disse a Barry que estava pensando que a resposta era ser grande, mas que percebeu que poderia ser pequeno... -parece se perder em pensamentos por um segundo. -Então ele acrescentou esses algoritmos ao projeto, e não entendo o suficiente de nano tecnologia para decifrá-los por completo.

–Sinto muito pelo que aconteceu com ele. -digo com sinceridade pegando sua mão livre. -Mas confesso, que estou feliz por ter aceitado vir comigo. Não consigo pensar no que poderia acontecer se estivesse lá no momento da explosão.

“Porque tudo de mim, ama tudo de você. Ama as suas curvas e seus limites. Todas as suas imperfeições perfeitas. Me dê tudo de você, eu darei tudo de mim para você. Você é o meu fim e o meu começo, mesmo quando eu perco estou ganhando. Porque eu te dou tudo, tudo de mim, e você me dá tudo, tudo de você.”

–Mesmo sem querer, você consegue ser meu herói. -sorri triste, se inclinando para me dar um beijo breve em meus lábios. -Mas Ray costumava ser descuidado às vezes, acredite, já impedi dezenas de explosões como aquela! -a olho assustado. -Muita informação não é? -acaricia minha face, sorrindo do meu choque. -Eu estou bem, nada aconteceu. Ao menos nada comigo... -o sorriso desaparece e mais uma vez a expressão de frustração toma conta de sua face.

–Não se culpe. -insegurança era algo novo para mim, e sei que ele a amava, e morreu, mas não me sinto o melhor dos homens quando a mulher que amo está sofrendo, mesmo que seja pela morte de outro. Hipócrita da minha parte, eu sei, já que desde que nos conhecemos ela me viu sofrer por Sara, Shado e mesmo Laurel.

–Eu não me culpo. -Felicity deixa seu tablete de lado, e vem em minha direção, ficando em pé entre as minhas pernas. -Só não consigo entender o que aconteceu naquele dia, não encontraram o corpo de Ray, ou o traje. -envolve seus braços ao redor do meu pescoço e seguro em sua cintura, a trazendo para mais perto, sentado dessa forma, ficávamos da mesma altura, ela me olha como se fosse sua pessoa preferida no mundo.

“Quantas vezes eu tenho que te dizer, mesmo chorando você também é linda. O mundo está te castigando, eu estou por perto acompanhando tudo. Você é minha ruína, você é minha musa, minha pior distração, meu ritmo e minha melodia. Eu não posso parar de cantar, está tocando, em minha mente para você.”

–Acho que não sei ter ciúmes. -assumo, arrancando uma risada dela, que dura um tempo, até que consegue voltar a ficar séria e me olhar nos olhos.

–Você é o pior tipo de ciumento que existe! -acusa ainda dando risada. -Sabia dos meus sentimentos, sempre soube, e quando me animava com outro cara você sempre tinha uma forma peculiar de dar sua opinião a respeito!

–Não sei do que está falando! -me defendo beijando seu rosto.

–Qual é Oliver? -suspira divertida. -Você arrumou defeito para todos os caras por quem me interessei!

–Dois caras, não todos. -corrijo.

–Exatamente, os únicos para quem olhei alem de você! -rebate. -Com Barry você insinuava que ele era “novo demais”.

–O cara parece ter dezesseis anos. -não vejo o que há de errado em dizer isso.

–Ele tem a minha idade!

–Você não parece ter dezesseis anos. -murmuro beijando seu pescoço. -Ele parece! -reforço com um sorriso de zombaria para ela antes de beijar o outro lado, sentindo sua risada baixinha.

–E aquela história de Ray ser meu parente? -impossível que ela me pergunte isso, nem me dou ao trabalho de responder, é uma lógica obvia.

–Qual é Felicity, você vivia dando apelidos as minhas “namoradas”. -ela me olha indignada. -Policial do Oliver, preciosa Laurel. -começo a contar nos dedos. - Namorada psicopata viciada em vingança contra o pai. -solta uma gargalhada. - Ilha da fantasia!

–Não tenho culpa se você me fornecia tanto material! -brinca.

–E nem vou falar da Isabel! -dou risada a abraçando um pouco mais apertado.

–Ela mereceu cada um dos apelidos! -se defende séria. -E algumas eu nem me dava ao trabalho de dar um nome.

–Claro. -me lembro das modelos, um, dois e daí por diante. -Mas eu não tinha relacionamentos sérios, bom, não com a maioria dessas. Só o que me incomodava é que com você sempre foi tudo ou nada. -confesso a olhando nos olhos. -Barry mexeu com você, te fez acreditar nele, de uma forma que você só tinha acreditado até então... Em mim. -o final sai com certa dificuldade. -E Ray. -suspiro. -Vocês avançavam rápido, e aquilo me assustava pra caramba.

“Porque tudo de mim, ama tudo de você. Ama as suas curvas e seus limites, todas as suas imperfeições perfeitas. Me dê tudo de você, eu darei tudo de mim para você. Você é o meu fim e o meu começo, mesmo quando eu perder estarei ganhando. Porque eu te dou tudo, tudo de mim, e você me dá tudo, tudo de você.”

–Era sua escolha desde o começo Oliver. -começa a dizer acariciando meus cabelos. -Eu já havia te escolhido, não me orgulho de assumir em voz alta, mas mesmo se do nada, e digo literalmente do nada. -enfatiza. -Depois de derrotar Ra’s, você me pedisse para ir embora com você, eu iria. Mesmo depois de se casar com a prole dele! -provoca me fazendo rir.

–Obrigado por ser tão condescendente comigo. -falo ciente de que não é nem de longe o que ela quer ouvir.

–Fico pensando se um dia você vai responder quando eu falo desse casamento. -pensa alto indignada.

–Você também não sabe ter ciúmes. -digo sorrindo, passando minha mão pela lateral de seu corpo. -Mas acho sexy quando tem. -ela passa a distribuir beijos estalados em meu pescoço, fazendo calafrios percorrerem por meu corpo.

“Cartas na mesa, nós dois estamos mostrando corações, arriscando tudo, embora seja difícil.”

–Nada? -uma parte da minha mente percebe sua voz dizendo, mas estava muito mais interessado na pele de seus ombros expostos, seus quadris perto dos meus, mas um suspiro frustrado dela me faz parar e encará-la.

–O que foi agora? -ergo uma sobrancelha a olhando.

–Tenho perguntas com relação à isso, mas você não parece se importar...

–Tudo bem. -interrompo seu discurso enérgico e ela me olha surpresa.

–Como é que é? -parece não ter certeza do que acabou de ouvir, o que me faz rir de sua expressão.

–Você quer respostas não é? -confirma balançando a cabeça. -Estou disposto a te dar, mas no fim terá que responder uma pergunta minha, só uma. -ela parece pensar por um tempo, antes de concordar.

“Porque tudo de mim, ama tudo de você. Ama as suas curvas e seus limites, todas as suas imperfeições perfeitas.”

–Se você ainda fosse rico, e morresse... Uau, isso pareceu horrível! Me deixe reformular. -apenas a encaro, sem expressão. -Se esse casamento acontecesse a dois anos atrás, e você ainda tivesse o duelo com o pai dela, então você sabe, morresse... É soa ruim de qualquer forma... -meneia a cabeça pensativa.

–Qual a pergunta? -encurto as coisas.

–Ela teria direito a metade dos seus bens?

–Não. -nego usando todo meu auto controle para permanecer sério.

–Se um dia algo te acontecer e você for para o hospital em um estado grave, eu preciso ligar para ela, e informar do estado de saúde do marido?

–Não acho que ela vá se interessar.

–E se você entrar em coma, e precisar des...

–Em alguma dessas situações que criou, eu saio vivo, ou ao menos com a saúde intacta? -interrompo quase assustado, ela parece pensar um pouco a respeito, e é quando me assusto de verdade.

–Não acho que me expressei direito. -suspira com um sorriso de desculpas. -Só quero saber, até onde esse casamento é válido. E acabo de perceber que deveria ter falado isso desde o inicio, mas por alguma razão gosto de complicar as coisas. -dá de ombros. -Quero cuidar de você Oliver, mas quando penso que é casado. -faz uma careta de desgosto. -Não sei se devo deixar que sua esposa tome as decisões, caso Thea não possa tomá-las. -então entendo sua frustração.

“Me dê tudo de você, eu darei tudo de mim para você. Você é o meu fim e o meu começo.”

–Isso ai é minha culpa. -acaricio seu rosto delicado. -Te acostumei a me ver ferido, partindo, morto. Já te fiz até mesmo acreditar que tinha passado por um lavagem cerebral. -encosto minha testa na dela. -Mas agora eu estou aqui, com você. Não precisa mais passar cada momento da sua vida se preparando para uma possível tragédia que me envolva, okay?

–Não vamos mais dizer adeus um para o outro. -sussurra.

–Não mais. -garanto antes de beijá-la.

“Mesmo quando eu perder estarei ganhando, Porque eu te dou tudo, tudo de mim, e você me dá tudo, tudo de você.”

–Então pode responder minha pergunta. -murmura quando nos afastamos.

–Você é irritante.

–E você sempre soube disso!

–Foi um casamento celebrado por uma curandeira, sacerdotisa ou sei lá como a chamavam. E ela casou Al Sah-Him e Nyssa, não Oliver Queen. Não tem validade. -respondo finalmente o que ela queria ouvir. -Pode mandar desligar meus aparelhos se eu tiver morte cerebral. Feliz? -Felicity abre o maior de todos os sorrisos e se joga em meus braços me abraçando apertado. -Devo me preocupar com você se alegrar tanto com a idéia de interromper meu tratamento médico?

–Só gosto de estar no controle, em algumas situações. -dá de ombros sem se abater por minha provocação. Claro que sei bem que ela gosta de ter o controle às vezes, o que me faz sorrir sugestivo, com minha mente se enchendo de idéias, mas ainda tinha minha pergunta a ser feita.

–Minha vez. -declaro.

–Tudo bem.

–Desde que saímos da cidade, você já quis voltar, se arrependeu, ou desejou você sabe, ter sua antiga vida de volta? -Felicity parece surpresa por minha pergunta.

–Eu me abalei com a noticia do incidente com Ray, mas acho que na hora certa vou descobrir o que deu errado. -ela nunca dizia que ele estava morto, mesmo se qualquer pessoa afirmasse isso segundos antes, ela apenas ouvia, mas nunca concordava. - E sinto pelo que aconteceu na empresa, mas não havia nada que eu pudesse fazer a respeito. -dá de ombros triste. -Sinto falta de John, Roy, Laurel e até mesmo Thea. -sorrio para ela. -Nós nos aproximamos bastante quando você partiu, e nesses casos, não é nada que a internet não resolva. Mas já fiquei longe de você por tempo suficiente, e nós dois já abrimos mão de coisas demais. Então agora, eu apenas me permito ser egoísta e ficar com o homem que amo!

–Repete. -peço segurando seu rosto entre minhas mãos.

–Estou no único lugar onde quero estar no mundo, com você, meu amor.

“Eu lhe dou tudo, tudo de mim, e você me dá tudo, tudo de você.”


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Notas finais do capítulo

Galera, comentem, me digam o que acharam.
Sweet amiga, espero que tenha gostado!
Bjnhos



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