Apenas mais Uma de Amor escrita por Thaís Romes


Capítulo 2
Give Me Love


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas!
Então a fic de hoje foi um pedido da leitora Andressa Freitas, que sugeriu a música Give Me Love, do Ed Sheeran. Bom, eu tentei pensar em um momento onde pudesse encaixá-la, e isso vai acontecer em The Calm 3.01. Espero que vocês gostem!
Essa versão é uma que eu particularmente amo:
https://www.youtube.com/watch?v=VEshiV3bQ_s



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Give Me Love

“Me dê amor, como ela. Por que ultimamente tenho acordado sozinho. Pintura manchada, lágrimas na minha camisa. Eu disse a você que os deixaria ir.”

Algo mudou depois que ele disse que me amava, mesmo sendo mentira, algo nunca mais foi o mesmo. Oliver me esperava aos pés das escadas à noite quando chegava a caverna depois da tortura que chamo de trabalho, perguntava sobre meu dia, não como antes, mas como se minhas reclamações que se seguiam como respostas fossem o equivalente a seu programa de televisão preferido. E quando ele finalmente me convidou para sair, não pude acreditar, estava resignada com minha sina de ser sua garota, sem nunca ser sua garota. Mas ele queria que fosse, por um segundo, Oliver quis que fossemos mais. Então tudo explodiu, e agora ele quer conversar.

“Eu vou lutar pelo meu canto, talvez essa noite eu vá te chamar depois que meu sangue se transformar em álcool. Não, eu só quero abraçar você.”

–Ela é linda. –comento sorrindo, ainda encantada pela filha do nosso amigo, enquanto caminhávamos pelos corredores do hospital.

–Ela é. –Oliver responde olhando para os próprios pés, ele nem precisava dizer o que disse a seguir, já sabia quais seriam as palavras. –Precisamos conversar. –doeu mais do que estava esperando, merda.

–Eu não quero conversar. –respondo me contendo. –Eu sei que no meu caso, não existem precedentes... Mas assim que conversamos, vai acabar. –tagarelo nervosa, e Oliver para na minha frente, mais próximo do que o normal, o que não me ajuda em nada no momento.

–Eu sinto, muito. –sorrio com tristeza, por que olhando assim em seus olhos, eu quase acredito que ele realmente sente. –Pensei que poderia ser eu, e o Arqueiro, mas não posso. Não agora, e talvez nunca. –sua voz era baixa, e seus olhos não deixavam meu rosto. Que inferno, estou terminando um relacionamento que praticamente, nunca existiu.

“Me dê um pouco de tempo, e vamos queimar isso. Vamos brincar de esconde-esconde e virar esse jogo.”

–Então diga nunca! –exclamo. –Pare de dizer talvez. –respiro fundo para me manter inteira. –Diga que nunca vai dar certo entre nós. –ordeno. -Diga que nunca vai me amar. Diga...

–Não, Felicity. –sussurra me interrompendo, me silenciando com seus lábios.

“Me dê seu amor como nunca antes, por que ultimamente eu tenho desejado mais. E faz algum tempo, mas eu ainda sinto o mesmo, talvez eu deva te deixar ir.”

Esperei por isso a mais tempo do que me lembro, e foi melhor do que em meus devaneios. Oliver é gentil, seus lábios são macios, suas mãos acariciavam minha face, ao mesmo tempo em que me seguravam junto a ele. Era tão certo que não entendo por que devo lutar contra, não entendo até o momento em que seus lábios deixam os meus, e sinto sua relutância em me soltar, entendo, assim que essas palavras saem por seus lábios:

–Não me peça para dizer que não te amo.

Era uma ordem, um limite imposto, pude ver tudo isso em seus olhos, a dor que sinto nesse momento poderia ser igual, talvez menor do que a que ele sentia. Espero que ele me solte, espero que diga as palavras finais, mas Oliver não pode dizer, e eu não posso pedir. Ele desenhou a linha, eu nunca iria ultrapassá-la. Só me resta uma coisa, fazer por ele.

–Eu te disse que assim que conversássemos... –respiro fundo, me esforçando ao máximo para ser convincente, por ele. –Acabaria. –tiro suas mãos da minha face, que não apresentam resistência, mas não suportaria mais olhar em seus olhos naquele momento.

“Tudo o que eu quero, é o gosto que seus lábios oferecem, minha nossa, me dê seu amor.”

Saio sem olhar para trás, não poderia fazer isso, entro no meu carro e dou partida o deixando no mesmo lugar, apenas como um devaneio impossível. Mas não era o que eu queria que acontecesse, isso era o que eu queria que acontecesse:

–Não me peça para dizer que não te amo.

–Diga Oliver!-peço o encarando, vejo o conflito em sua face, a luta interna que estava travando naquele momento. –Preciso que você diga.

–Não. Não precisa. –contenho um sorriso com seu tom autoritário.

–Preciso!

–Fe. Li. Ci. Ty! –ele dá um passo para trás soltando minha face, mas no mesmo instante olha para as próprias mãos, como se ela estivessem passado a ser estranhas a ele.

–Não vou deixar de ser sua parceira por saber que não é capaz de me amar. –agora ele estava ofendido, e me mantenho firme, o olhando cheia de petulância.

Oliver olha para os dois lados, constatando que estávamos sozinhos, então avança mais uma vez em minha direção, seus lábios cobrem os meus e suas mãos seguram meus ombros, então sinto a parede a minhas costas e seu corpo quente, firme, me encurralar. Seus lábios se tornam exigente, nada como foi da primeira vez, ele me beijou até que não pude mais me lembrar de como usar minha boca para outra coisa, que não fosse se moldar a sua.

–Quando te disser para não me pedir algo... –diz com a voz rouca e sua boca roçando em meu ouvido. –Não peça. Entendeu? –ele se afasta para me olhar nos olhos, e apenas balanço a cabeça confirmando.

“Love me! Give me Love!”

–Acho que oficialmente, não existe mais nenhuma circunstância platônica. –suspiro, falando sozinha.


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Notas finais do capítulo

Então galera, me digam o que acharam okay? Espero vocês nos comentários.

Quanto as sugestões de músicas, podem sugerir, estarei anotando, mas peço que sugiram o que vocês acreditam que combinem com eles, algo que vocês pensem em Olicity ao escutar. No mais, será um prazer atender. E Andressa, espero que tenha gostado flor.
Bjnhos