Histórias Intrísecas escrita por Renata


Capítulo 2
A Ponte


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoa que está lendo esse conto... Demorei, tive bloqueios criativos imensos mas aqui estou. Espero que esteja pelo menos razoável e tem umas notinhas lá embaixo explicando algumas coisas que aparecem no decorrer do texto. Boa leitura! :)



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Oliver era um pouco chato... mas mesmo assim eu estava prestes à atravessar a ponte e descobrir (ou pelo menos tentar) o que tinha acontecido. Eu sabia que ele não tinha faltado no colégio uma semana inteira por pura preguiça ou por estar doente, como eu escutei os outros alunos comentarem. Tinha gente que achava que ele tinha finalmente abandonado o colégio e se mudado com os pais mais uma vez.

Bom, eu tinha certeza de que não. Oliver tinha me contado que ele e seus pais finalmente tinha decido ficar na cidade, sem se mudar, pelo menos até ele terminar o ensino médio e começar a faculdade, e aí, quem sabe, ele seria o único a ter que se mudar.

Eu não gostava de admitir, mas eu conhecia Oliver muito bem. Mais do que qualquer um no colégio, mas isso não significa que somos amigos. Pelo menos não exatamente. O fato é que eu sempre estive lá, em todas as turmas em que Oliver fora alocado quando finalmente voltava à cidade. Os pais de Oliver eram engenheiros da aeronáutica, então eles sempre acabam se mudando. Inclusive para outros países. Oliver era um brasilo-estadunidense e vivia contando coisas sobre Illinois, estado norte americano onde nasceu e passou uma parte da infância.

Eu chutei uma pedrinha na calçada, e suspirei um pouco alto demais. Eu sabia que aquilo significava encrenca. E uma encrenca daquelas. Eu simplesmente não tinha ideia de como lidar com a questão, e talvez fosse mais fácil esquecer tudo isso. Mas eu não estava conseguindo ignorar o fato de que Oliver estava em apuros. Afinal que tipo de pessoa eu seria se eu estivesse apenas fingindo que nada estava errado? Eu não conseguia nem dormir nos últimos dias desde quando tive a constatação do que poderia ter ocorrido.

Engoli em seco e continuei a caminhar, segurando as alças da mochila com força. Eu estava nervosa e com medo. É, medo. E só piorou quando eu finalmente cheguei perto da ponte.

Aquilo era tudo muito estranho. O contraste das duas cenas me deixavam ansiosa. De um lado, a cidade, barulhenta, caótica e incansável. E do outro, um bosque. Um bosque espesso, silencioso e um pouco assustador. E era ali que minha intuição tinha me levado.

Eu sempre escutei histórias, burburinhos, aqui e ali sobre aquele lugar. Nunca ninguém entrava muito no assunto, nunca ninguém tinha uma explicação clara. Eu geralmente ignorava tudo à respeito da ponte e tratava de ficar bem longe dela .Pelo menos até enquanto Oliver não estava de volta à cidade.

Quando tínhamos 11 anos passamos com o ônibus da excursão ao Museu de História do lado do bosque. Para minha infelicidade Oliver estava sentado do meu lado tagarelando sobre a origem da expressão "vitória pírrica" estar relacionada à alguma coisa sobre uma garota furiosa que atirou uma telha na cabeça do rei Pirro, enquanto este comemorava a vitória de mais uma batalha, matando um dos grandes opositores da Antiga Roma. Eu realmente estava tentando ser simpática com o garoto, mas aquilo não pode ser o tipo de conversa que dois pirralhos de onze anos podem considerar normal. A questão é que Oliver continuava a falar sobre as trapalhadas acontecidas na Antiguidade e eu simplesmente fingindo estar interessada quando ele bateu no meu ombro com força.

Eu encarei seus grandes olhos azuis e tive vontade de bater nele de volta. Mas aí eu percebi que ele chamava minha atenção para que eu olhasse pela janela. Eu não acreditava que aquilo era possível. Alguma coisa corria absurdamente veloz pelo descampado e logo depois se esgueirava para debaixo da ponte, sendo ocultado pelas sombras. Nós andamos juntos pela exposição, e quando trocávamos poucas palavras era sobre o que poderia ser aquilo que vimos.

Depois do Natal daquele ano Oliver foi embora para Londres, onde ficou por dois anos. No dia do meu aniversário de 14 anos, quando a turma inteira cantava parabéns, a diretora empurrou um garoto de cabelos escuros bem familiar para dentro da classe.

Era Oliver, quase a mesma coisa a não ser pelo fato de estar dois anos mais velho e alguns centímetros mais alto. E a primeira coisa que ele me disse quando teve a oportunidade foi sobre aquele dia estranho no ônibus da excursão. Eu ignorei boa parte de suas especulações na hora do intervalo, apenas concordando com a estranheza da situação.

Mais um bom tempo sem ver Oliver, e agora, no último ano do ensino médio ele volta novamente, dessa vez, depois de uma temporada no Illinois e outra em Paris, para finalmente terminar o colégio sem mais nenhuma mudança prevista. Ele, agora com 17 anos, era bem mais alto do que eu, usava uns óculos quadrados imensos e não conversava mais tanto quanto antes. Pelo menos não até o dia em que fomos sorteados como dupla num trabalho de física.

E foi nesse dia que descobri que Oliver não era nenhum pouco parecido com os pais, que provavelmente esperavam que o filho se formasse engenheiro. Ele me disse antes de começarmos a pensar em qual protótipo faríamos para a exposição que queria fazer cinema em Nova York. Eu o analisei por um momento. Ele realmente tinha cara de cineasta, com seu rosto de feições exóticas e aquele óculos de armação colorida. Foi nesses poucos segundos que Oliver segurou meu braço e apertou um pouco. Ele fez uma expressão bem esquisita e então pareceu ensaiar o que iria dizer.

Mila... eu ainda tenho pensado naquela ponte. Você não? Foi tudo tão estranho, não acha? Eu queria descobrir.

É... eu acho. Eu contorci as expressões.- Quer dizer, eu acho esquisito e tudo mais...

Podemos ir lá qualquer dia. E eu poderia levar minha câmera.

Eu estava ficando incomodada com o rumo da conversa. Eu não pensava na ponte com frequência, na verdade eu preferia não pensar na ponte... Não era possível que Oliver ainda estivesse tão obcecado com aquilo. Meu Deus, nós tínhamos 11 anos e aquilo tudo podia ser simplesmente uma ilusão que tivemos...

Oliver, o protótipo.

Oliver assentiu, arrumou os óculos e se sentou na mesa onde estávamos trabalhando. Não tocamos no assunto por quase um mês, quase não falávamos um com outro a não ser sobre o trabalho e sobre o curso de cinema que ele queria fazer e sobre o fato de eu não ter ideia de que fazer depois do colégio. No dia da apresentação, Oliver me procurou depois que o sinal bateu e disse que iria até o lugar, me disse que ia tentar descobrir alguma coisa e que me avisava se isso acontecesse. Eu balancei a cabeça, negativamente, quase rindo de sua insistência. Mas ignorei o fato de ele estar complemente decidido. Mais tarde recebi uma mensagem dele, me dizendo que estava pronto.

"Estou aqui. É, bem... torça por mim. É mesmo uma pena que não tenha vindo."

Eu respondi com apenas um "boa sorte, me conte tudo depois" e voltei a assistir um seriado qualquer.

O final de semana passou quase se arrastando e na segunda, quando esperei ver Oliver e perguntar sobre como tinha sido sua pequena aventura ele não apareceu. E foi assim na terça também. Quarta feira eu estava preocupada, não queria admitir, mas acabei resolvendo por ligar na casa dele. A mãe disse que ele tinha avisado na sexta-feira, em cima da hora que precisava passar uma semana trabalhando em um projeto dele e um primo numa cidade vizinha. Quinta eu comecei a pensar sobre a ponte e na sexta eu estava convencida de que deveria ir lá, dar uma conferida.

E bem, aqui estou, encarando a ponte. Eu afastei o cabelo que caia sobre meus olhos e soltei um suspiro cansado. Eu estava tremendo. Minhas pernas pareciam feitas de geleia. Eu estava assustada com o que eu poderia encontrar, afinal de contas.Eu não sabia exatamente o que esperar, mas precisava tirar minhas próprias conclusões. E mais do que tudo, precisava descobrir o que realmente aconteceu com Oliver. Contei até três e coloquei o pé direito sobre a ponte. Olhei para baixo, o buraco fundo e cheio de pedras parecia normal, como um buraco deve se parecer, naturalmente.

Continuei a atravessar a ponte, e dessa vez comecei a assoviar, para tentar controlar a respiração nervosa. Me aproximei da amurada e dei mais uma boa olhada no fundo. Nada. Dei um risinho nervoso e comecei a pensar se eu não estava pirando e que Oliver tinha mesmo ir ver esse primo dele em outra cidade.

Quando coloquei meus pés na grama alta do outro lado, comecei a respirar normalmente e relaxei os ombros. Eu iria voltar para casa e assistiria uma série qualquer, como de costume, e na outra semana Oliver estaria novamente no colégio. O vento soprou tão forte que eu senti meus olhos se encherem de lágrimas e quando me dei conta eu estava me desequilibrando. Quando eu vi estava caindo para dentro do buraco.

Na verdade alguma coisa agarrou meu pé. Me dei conta disso e comecei a puxá-lo de volta, tentando me desvencilhar. Eu consegui, corri pela extensão da ponte, e quando olhei para trás para ver o que tinha acontecido dei um esbarrão em alguma coisa. Caí sentada e me senti um pouco tonta. Tentei me levantar e tudo começou a girar. Segurei as laterais da cabeça, me concentrando. Consegui focalizar a imagem à minha frente.

Era um cara. Quer dizer, se parecia muito com um cara. Mas ele era quase verde. Não um verde grama, mas um verde oliva pálido. Ele tinha também orelhas bem pontudas, que estavam aparecendo no meio de seus cabelos castanhos claros, para serem consideradas normais e bem, suas expressões faciais nada se pareciam com a de um "cara normal"... era uma coisa quase mística, se é que eu posso mesmo usar essa expressão para descrever o rosto de alguém, ou coisa... Tudo o que eu fiz foi balbuciar alguma coisa que nem eu entendi. Poucos segundos depois eu percebi que ele usava a jaqueta do meu colégio.

"Aí Meu Deus, é a jaqueta do Oliver..."- Foi a única coisa que eu consegui raciocinar. Me levantei e percebi que eu estava tremendo ainda mais do que antes. Eu tentei parecer mais corajosa do que eu realmente era, então fechei a cara e apontei o dedo em riste para aquele cara verde oliva de orelhas pontudas.

Ei!- Eu berrei.- Essa jaqueta é do meu amigo!

Então ele é seu amigo?- Ele disse e eu senti meus ossos se congelarem. Ponderei por alguns segundos o que ele disse.

Onde está o Oliver?

Eu gostei dessa jaqueta, não é bonita?

Eu estava paralisada. O que estava acontecendo afinal? O que aquele ser de orelhas pontudas pretendia? O que ele era? E como alguém pode achar uma simples jaqueta azul marinho "legal" (tá, eu não consegui evitar esse último pensamento estúpido).

Ele ignorou a minha pergunta e minha grande expressão de interrogação estampada no rosto. Então o cara verde oliva simplesmente me deu as costas e saiu andando em direção ao bosque. Eu dei dois passos em direção à ele, mas parei no meio do caminho. Senti minhas mãos se fechando em punho, com força. Mas eu precisava descobrir o que tinha acontecido. E precisava encontrar o Oliver. Bem... a jaqueta eu já encontrei...

O cara verde já estava longe quando decidi que precisava correr até ele e obrigá-lo a me contar tudo. Eu estava pensando em como fazer isso e em como me defender caso precisasse. Lembrei da enciclopédia de história das civilizações antigas que estava na minha mochila, devia servir para nocauteá-lo se eu fosse precisa. Abri o zíper da mochila cautelosamente e apanhei o livro pesado e me preparei para fazer o que eu precisava. As árvores já estavam tão próximas que não dava mais para voltar atrás.

O verde-oliva me encarou por cima dos ombros e eu senti meus ombros ficarem pesados. Ele olhou para a enciclopédia mas não esboçou reação nenhuma.

Vocês são um pouco estranhos.

Estranhos?-Eu olhei incrédula para ele.

Mas tem esses casacos legais.

Estranhos... tá legal, eu acho que posso lidar com isso.

Fala sério. O cara é verde, tem orelhas exageradamente pontudas e gosta de jaquetas de malha que compõe uniformes escolares. Okay, vou me concentrar em encontrar o Oliver.

Onde o Oliver está? - Eu quase gaguejei.- O que aconteceu com ele?

Ah, você vai vê-lo logo, mas só se você se apressar. -Ele sorriu, e aquilo me deixou bem preocupada. Agarrei a enciclopédia com mais força. Ele adentrou ainda mais no bosque e eu fechei meus olhos com força antes de continuar.

Eu o seguia de uma distância relativamente segura, ou pelo menos era o que eu achava.Os pássaros estavam cantando naquele ponto do bosque, mas nem aquilo diminuía meu nervosismo. O estralo dos gravetos e folhas secas em baixo dos meus pés me incomodavam muito. De repente ele parou e eu fiz o mesmo. Escutei passos abafados e senti meus músculos retesarem. Eu estava considerando sair correndo dali.

Antes que eu me virasse e saísse correndo como uma louca na direção oposta e o vi. Eu apertei a enciclopédia contra os dedos e marchei em direção à ele. Eu estava furiosa e confusa. Passei pelo cara verde e bati com a enciclopédia com força no ombro de Oliver. Ele me encarou de um jeito bem estranha e quando ia falar alguma coisa eu o cortei.


Mas o que está acontecendo aqui?- Eu estava com o dedo indicador bem próximo do rosto dele.- Oliver! Você ficou maluco? Ah meu Deus, eu devia ter imaginado...

Oliver afastou meu dedo do rosto dele e ajeitou os óculos. Ele me analisou por um tempo e depois começou a falar.

Ah...-Oliver ficou gaguejando, misturando português com inglês e aquilo estava me deixando ainda mais irritada.- Acho melhor você se sentar, é uma história longa.

Eu não quero me sentar. Não tem aonde se sentar... Oliver estamos num bosque com um cara verde oliva de orelhas pontudas e ele está usando a sua jaqueta.

Oliver puxou meu braço e me fez sentar num tronco que estava bem próximo. O cara verde ficou andando de um lado para o outro e eu segurava a enciclopédia com força. Oliver puxou a enciclopédia, e eu a segurei, puxando de novo. Até que ele venceu e a deixou num amontoado de folhas.

Tá, deixa eu começar. Não grite comigo, por favor.

Eu deixei um suspiro exasperado escapar.

Eu encontrei o Caá na sexta passada, e ele me contou que é uma... Ah, como posso dizer isso... Ah bem, você deve imaginar. Ele é uma criatura...

Uma criatura verde de orelhas pontudas e que está usando sua jaqueta.

Um ser fantástico desses que a gente pensava até então que existia apenas em lendas. O fato principal é que ele realmente é aquilo que a gente vi correndo pelo descampado seis anos atrás, não é incrível?

Eu respirei fundo e ajeitei a alça da mochila no ombro.

Tá, agora vamos dar o fora daqui. Oliver, isso é loucura.

Oliver me encarou. Os seus grandes olhos azuis estavam cintilantes, e seu rosto estava um pouco sujo, assim como as suas roupas.

Faz uma semana que você saiu de casa... Isso é insano!

Mila... é estranho, eu sei. Mas é incrível também. E eu estou escrevendo um roteiro...

O que?-Eu disse desacreditada.

Então seu nome é Mila?- Caá se aproximou.

Milena.

Oi Milena. -Ele disse.-Eu sou Caá.

Oi Caá.

Caá significa folha em Tupi-Guarani. -Oliver observou.

Eu fechei meus olhos e coloquei a mão na testa.

Ótimo.-Me levantei e apanhei a enciclopédia, retirando todo o pó e folhas secas que grudaram em sua capa.- Eu vou embora, e vou fingir que eu não estive aqui, tudo bem? Vou tomar um milk-shake no caminho e quando eu chegar em casa vou ver o episódio final daquela série sobre adolescentes com super poderes e depois vou adiantar meu trabalho de história.

Mila...-Oliver se levantou também.- Me desculpa e obrigada.- Ele sumiu atrás de uma árvore e eu me senti ofendida. Resolvi que era hora de ir embora. Passei por Caá que parecia absorto em suas próprias ideias e comecei meu caminho de volta.

Quando me dei conta Caá estava do meu lado, caminhando em passos largos e todo sorridente. Suas orelhas e o verde não eram as únicas coisas estranhas nele, os caninos eram bem pontudos também. Engoli em seco e não disse nada. Segundos depois escutei Oliver aos berros.

Ei! Me esperem!- Ele estava ofegante, correndo até nós com a própria mochila nas costas.

Parei e fiquei esperando por ele. Caminhamos de volta sem trocar uma única palavra.

Eu acho que posso dar os ajustes finais no roteiro em casa, afinal de contas.

Quando enfim chegamos a ponte, Caá deu um assovio estridente e num piscar de olhos desapareceu. Eu fiquei alguns segundos estática tentando processar tudo.Quando escutei Oliver pigarrear ao meu lado.

Eu estou feliz que tenha ido me procurar...

E eu nenhum pouco.

Ah, me desculpe.

Porque não me mandou uma mensagem com algo do tipo: "Ei Milena, encontrei um cara verde esquisitão e vou passar uma semana com ele trabalhando em um roteiro" ?

Meu celular ficou sem bateria.

E o que você comeu?

Trouxe comida enlatada de casa, barrinhas de cereal e frutas desidratadas... Caá adorou a barrinha de morango e chocolate.

Oliver. Você é maluco.

Posso ir tomar milk-shake com você?

Nem pensar, olha só esse seu cabelo...- Eu comecei a rir da cara frustrada de Oliver.

Eu ia te mostrar o roteiro.

Você vai me mostrar de qualquer jeito. Eu quero de morango e você?

Ovomaltine. -Ele respondeu simplesmente.

Eu comprei os milk-shakes enquanto Oliver me esperou do outro lado da rua da lanchonete. No fim das contas eu fiquei com o de Ovomaltine e ele com o de morango. Fomos até a casa dele, ele entrou e tomou um banho, enquanto eu fiquei do lado de fora, sentada na escada folheando a enciclopédia. Quando ele voltou estava limpo e segurava um caderno, obviamente, era onde ele tinha escrito o roteiro.

Oliver era um pouco chato. Mas eu estava feliz por ele estar bem e por estar dividindo comigo aquele roteiro. Eu estava feliz por ele ter descoberto enfim, aquilo que tanto a afligia desde quando tínhamos 11 anos. Eu estava feliz por sermos... ah, amigos.

Você sabia que os egípcios tinha uma espécie de universidade chamada Casa da Vida?- Oliver estava segurando a minha enciclopédia, que estava aberta na seção "O mundo Egípcio".- E eles tinham templos que foram construídos de tal forma que os raios do sol refratavam as cores do arco-íris nas salas.

Oliver definitivamente não era um adolescente comum. Mas eu poderia lidar com isso.



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Notas finais do capítulo

* Todos os fatos/curiosidades históricas citadas por Oliver são reais. Me lembro de ter um ataque de risos em uma aula da Universidade quando o professor de História Antiga e Medieval contou sobre como o Pirro morreu ao ser atingido por um pedaço de telha atirado aparentemente por uma garota... teve encenação e tudo. E sobre a Casa da Vida, ela realmente existiu, e acredita-se que a Filosofia tenha surgido lá, e os pensadores gregos acabaram por aprender um pouco com os egípcios e a levaram para a Grécia... Enfim, acho que compensa dar uma pesquisada se se interessar, recomendo, hahaha.

*Caá quer mesmo dizer folha em Tupi-guarani.

Gente, eu sei que é chato eu ter que tocar no assunto, mas seria legal ler uma opinião sobre os contos. Então, se sentir vontade de comentar, tirar dúvidas e fazer críticas construtivas, não se sintam acanhados. :)



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