Sempre Em Meu Coração escrita por Carpe Librum


Capítulo 5
Para Sidney Sheldon


Notas iniciais do capítulo

Esta é de uma jurada também, autora do Nyah e membro da Liga dos Betas, porque somos chiques, obrigada.



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Brasília, 29 de maio de 2015.

Querido Sheldon,

É impressionante como você foi justamente a primeira pessoa que me veio à cabeça quando decidi escrever uma carta para alguém querido e que se foi. E não me leve a mal por não chamá-lo de senhor, por favor, mas é que sinto como se o conhecesse tão intimamente, que é como se não precisasse de formalidades.

Pode ser apenas uma impressão, claro, porque nunca pude apertar sua mão em cumprimento como amigos fazem, ou mesmo me sentar ao seu lado pra bater papo. Mas acontece que foram incontáveis as vezes em que seus personagens me fizeram companhia. E que bela companhia! Eu consigo me lembrar de cada um deles, se quer mesmo saber. Tá, talvez não exatamente de cada um, mas dos protagonistas? Ah, pode apostar que sim!

Lembro-me das fraquezas e da força de cada uma das protagonistas sagazes que você criou e que tive o prazer de conhecer. Angela, Paige, Ashley, Grace e, claro, minha queridinha Tracy. Ela foi mesmo demais. Mas confesso que legal mesmo foi saber que você batizou uma personagem, mesmo que pra lá de secundária, com o meu nome. Tudo bem, ela só apareceu uma única vez na história e nem era assim tão relevante. Mas quem liga? Eu confesso que fiquei me achando por um tempo. Em segredo, mas ainda assim.

Sério que eu ainda me pergunto como alguém conseguiu criar todos aqueles cenários maravilhosos, tão ricamente detalhados e eternizados. Você me fez desejar a vida de escritora, sabia? Pois é... Foi você a pessoa que me fez perguntar como seria poder me tornar “a senhora do jogo”. Com trocadilhos e tudo o mais. Até o sobrenome da família Blackwell eu tomei emprestado quando decidi que sim, eu criaria enredos que fariam com que as pessoas se perdessem e se encontrassem, assim como Sidney Sheldon. Mas posso confessar? Não chego nem aos seus pés...

Talvez seja esse o motivo desta carta. Eu queria que você (ou o senhor, se preferir) soubesse o quanto me influenciou. Que soubesse que graças a você me tornei uma leitora compulsiva e dependente, porque “Se houver amanhã” sempre será o primeiro título que me vem à cabeça quando me perguntarem sobre meu livro favorito. Ele me fez saber quem era Sidney Sheldon, e Sidney Sheldon me fez saber que eu também podia criar meu próprio enredo, universo e até personagens, que por mais que saiam do meu controle às vezes, ainda carregam um pouquinho de mim.

Claro que aquelas longas conversas entre amigos nunca aconteceram e nem poderão acontecer, mas se você tivesse sabido quem eu era, é importante ressaltar que eu gostaria de “destrinchar” o seu cérebro brilhante que, por muitas madrugadas, me deixou boquiaberta e com insônia.

Você criou um novo personagem, sabe? Mesmo inconscientemente. Ela é meio que uma autora anônima, que se senta em frente ao computador e escreve cartas ao ídolo da Literatura, mesmo que ele jamais possa ler.

Com todo meu carinho,

Evelyn


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Notas finais do capítulo

Orgulho da minha alfa e "lilou" sis. Obrigada por apoiar nossa escola.