Os guardiões - Os defensores da terra escrita por Bruno Moncayo


Capítulo 3
Capitulo 3 - Bem, por onde eu começo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desta capitulo, tentei introduzir mais ação desta vez.

Boa leitura.



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– Me diga... O que houve com a sua casa? Pergunta para o feiticeiro um homem magro com cabelos claros, com uma vestimenta verde do exército do Reino de Ferro, usando um pano amarelo como máscara. A cor combinava com o tecido que usava na cintura, onde prendia dois punhos de armadura em forma de dragão.

– Que bom que chegou velho amigo, já estava ficando preocupado. Sabia que havia alguém nos observava. Respondeu o mago trazendo Tony ainda inconsciente flutuando pelo buraco na parede com um de seus feitiços.

– Quem é este cavaleiro? Um dos homens do Rei Victor? Perguntou o homem se abaixando perto de Tony que agora estava novamente perto da lareira. Enquanto o soldado falava retirou o elmo do cavaleiro caído e se surpreendeu, virando rapidamente o olhar para o feiticeiro.

– Ele é um bom guerreiro, mas não imaginei que você o renovaria o bastante para ele lutar de imediato. Disse o homem colocando seu senhor numa cadeira ao lado da velha mesa.

– Bem Daniel, preciso mostrar lhe algo. Vamos para o porão. Ah, não se esqueça de trazer o seu senhor. Terminou Stephen, reconstruindo o estrago que havia em sua casa com seus poderes, depois ainda retirou a armadura de Tony deixando apenas suas roupas com o colete de metal.

Os dois foram andando pela casa, enquanto Stephen ia explicando o que houve desde logo cedo, quando uma moça bateu em sua porta.

– Eu já vi que meu lord se encontra muito bem, mas cadê Virginia? Ela não veio? Ela saiu e já volta com algo para ele, remédios? E bem que você poderia o fazer flutuar de novo. Ele é pesado. Resmungou Daniel abrindo um portão de ferro enferrujado e com várias teias de aranha ao seu redor e com seu senhor em suas costas.

– Deixe Tony naquela poltrona, vá para o meio do círculo e coloque a mão em meu ombro. Falou o mago que ainda completou: Você está bem, com a roupa um pouco suja, queimada, mas está bem. Terminou o mago rindo.

Quando Daniel fez o que Stephen lhe pediu, o mago fez um encanto transportando ambos para uma sala escura e úmida, iluminada apenas pelas velas flutuando por todo ambiente. Nas paredes sem janelas havia armaduras paradas em posição de guarda com os elmos voltados para o centro da sala onde havia um altar de pedra com uma armadura feminina deitada avermelhada com detalhes prateados.

– Esta é Virginia. Eu a coloquei nesta dimensão com esta armadura esperando que Tony a resgate. Disse Stephen passando a mão pelo altar e continuou: O que houve no castelo?

– Vamos voltar que eu lhe conto o que você desejar. Falou o soldado de braços cruzados virando o rosto do altar, querendo evitar olhar a mulher na armadura.

Quando os dois voltaram, Tony estava de pé enfrente a um espelho sujo, cheio de teias de aranhas em sua borda, observando o que lhe havia acontecido.

– Eu posso senti-la. Posso sentir o poder que há em mim. Sei que deve haver de revê-la. Disse Tony passando a mão pelo seu peito que agora é feito de metal, olhando para o espelho e vendo no reflexo Stephen e um de seus soldados para seu espanto.

– Que bom que acordou meu senhor, fico muito feliz. Já ia contar ao meu amigo o que houve conosco. Exclamou Daniel se agachando ao seu príncipe.

– Estou ouvindo soldado, estou ouvindo. Respondeu príncipe com uma voz calma, sentado no chão ao lado do espelho, pegado uma garrafa de vinho que abriu antes dos dois voltarem da outra dimensão e dando um longo gole na bebida. Stephen apenas observou dando de ombros e sentando numa poltrona próxima ao grande portão que sela o ambiente.

– Bem, por onde eu começo? Perguntou-se Daniel ao começar a contar a história e continuou: A cidade dormia como qualquer outro dia, os guardas vigiavam as muralhas como de costume, não se infelizmente ou felizmente estava de folga da guarda ontem.

– Fiquei sabendo durante a luta que havia um incrível arqueiro que foi derrubando cada sentinela, um por um, foi caindo nossas defesas e aqueles guardas que conseguiram escapar foram mortos por um vulto feminino preto com cabelos de fogo, que após matar os guardas restantes abriu o portão para que o exercito já a nossa porta entrasse e como gafanhotos e fossem consumindo toda nossa cidade. Falou soldado sentando também no chão, atirando sua máscara deixando transparecer seu olhar de dor e pesar.

– Quando ouvi o alarme a cidade já estava parcialmente em chamas. Apressei-me para colocar o uniforme e pegar meus punhos. Corri para onde estava o conflito, pensei que conseguiria evitar a entrada do rei Victor, porém me deparei com o habilidoso arqueiro num beco perto do portão principal. Ele vestia um sobretudo preto com detalhes em roxo com gorro, ombreiras de metal muito gasto, no seu sinto havia duas facas, contundo o que mais me espantava era seu arco encantado de metal com algumas marcas e pedras. Para ele lançava alguma flecha, bastava apenas puxar a corda e mirar no seu alvo que a flecha se conjurava num roxo cintilante e saia do arco numa velocidade que não sabia que era possível. Sei disso, pois levei três flechadas no mesmo lugar, uma seguida da outra.

– Onde ele lhe acertou? Perguntou Stephen se levantando do lugar.

– Acertava sempre no meu punho direito. Não me deixando levantar a mão contra ele. Aproveitei uma distração quando ele disparou contra um companheiro de batalhão e dei um soco no queixo dele, fazendo com que sua mascará em forma de bico de gavião e seu arco caíssem longe dele. No mesmo momento apoiei uma das mãos no chão e chutei a costela direita enquanto ele tentava correr em direção ao arco e disparar uma flecha contra mim. Ele foi para trás, pulou na parede e me acertou com um soco em meu rosto e depois uma cotovelada na lateral do meu crânio. Senti o sangue na máscara, quando me levantei ele já havia pegado o arco de novo. Sofri uma sequência de socos e golpes com o arco e após uma rasteira, encontrei-me de costas no chão.

– Ele olhou para mim já puxando a corda do arco, com aquele brilho roxo sendo mirado para minha cabeça quando dei um chute em seu joelho fazendo com que ele se curvasse, pulei saindo do chão e dei uma joelhada no rosto dele. Neste momento lembre-me do meu treinamento, concentrei todo meu chi em meus punhos fazendo que eles inflamassem. Fui com todas minhas forças para derrotá-lo, apliquei vários golpes. Alguns ele esquivava, defendia com o arco outros, mas a maioria pegava em seu corpo. Ele já estava ficando exausto, com sangue embaçando sua visão, assim como eu também, foi aqui que senti uma forte dor no pescoço como uma picada e vi tudo escurecer. Quando acordei o sol já estava prestes a raiar, a batalha já estava no fim com os guerreiros do Rei Victor vencendo, queimando, matando tudo que havia na cidade e Virginia me chamando, me acordando pedindo ajuda. Foi neste momento que indiquei sua casa Stephen. Terminou Daniel com lágrimas nos olhos.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar sobre o capitulo.

Abraços.



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