Os guardiões - Os defensores da terra escrita por Bruno Moncayo


Capítulo 4
Capitulo 4 - O beijo da Morte


Notas iniciais do capítulo

neste capitulo você acompanhará como foi que Tony foi deposto de seu reinado e o que ele precisará fazer para rever sua amada. Espero que todos gostem da leitura.



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Stark dá o último gole com o que resta na garrafa de vinho, respira fundo e conta sua versão da história:

– Acordei com as explosões, pelo visto o exercito do Rei Victor tem um vasto domínio com artefatos com pólvora. Acordei assustado com os meus serviçais já me acudindo e mandando-me ir para os tuneis secretos para ter alguma esperança de escapar ileso. Recusei e pedi para que chamassem meu melhor cavalheiro e amigo enquanto ia preparar minha armadura. Fala Tony fala olhando para o nada, como se não pudesse acreditar no que está contando.

– James Rhodes era o nome do meu melhor amigo, chegou logo ao porão enquanto me preparava, ele disse que era loucura colocar uma armadura modificada que nem testei antes, eu ri e disse que mesmo que a armadura falhasse, ele estaria li para me ajudar. Quando cheguei ao salão principal mandei a maioria dos meus melhores homens da patrulha de ferro irem proteger as casas mais próximas ao castelo e guardar o monastério. Deixei apenas cinco homens mais o Rhodes comigo no salão a espera do principal inimigo. Enquanto dizia isso seu olhar perdido começa a ficar com raiva, seus punhos se fecham e com raiva Tony joga a garrafa no chão, partido-a em inúmeros pedaços espalhados pela sala.

– Sabotagem. Só pode ter sido sabotagem. Armaram contra mim, queriam me tirar do trono de ferro. Victor surgiu com seu cavalo branco por trás de nós, ficamos surpresos com aquilo, pois como ele poderia vir de dentro castelo? Eles mataram meus quatro homens e ainda feriram gravemente Rhodes, enquanto eu lutava com os outros homens de Victor. Como ele conhecia os tuneis? Victor não utilizava elmo, sua armadura era prateada e muito bem polida, como se nunca tivesse usado-a em um combate. Ele usava uma capa verde presa por dois brasões dourados da sua família encaixados em sua armadura, ao mesmo tempo em que eles chegaram, Virginia abriu a porta do salão. Meu coração disparou, poderia perder o reino, mas não ela. Fui atacar Victor com meu mini lança flechas portátil em meu punho direito e não funcionou, ativei a lamina interna na armadura neste mesmo braço e também falhou, quando olhei pra frente e percebi que ainda estava numa batalha meu maior rival vinha em minha direção com sua espada, batendo com muita força em meu elmo.

– Cai no chão com muita dor de cabeça e desnorteado, tirei o capacete e vi um corte que quase partiu a peça em duas partes, graças ao revestimento duplo estava vivo. Victor dá a volta no salão com seu cavalo e desta vez se joga do animal com a espada em mãos para cortar meu braço. Soltei a mola que prendia o escudo portátil, porém o escudo não abriu e nem senti o impacto do golpe, quando olhei além do meu braço Victor estava no chão sem a espada e Rhodes estava na minha frente com uma espada atravessando seu corpo. Tony passa a mão em seus cabelos, sua voz fica rouca e fraca, seu rosto agora não tem expressão, seu olhar volta a ficar perdido.

– Saquei minha espada e fui combater o homem que acabará de matar meu melhor amigo, dei um golpe tentando acertar a cabeça dele, porém ele desviou a investida com o braço esquerdo e com o direito me deu um soco no rosto me fazendo cair no chão. Victor pegou minha espada no chão e jogou em minha direção. Para a sorte dele acertou meu peito, para minha sorte o revestimento duplo não fez com que a lamina chegasse em meu corpo, ao tentar retirar a espada, Victor retirou a espada dele, segurou pela lamina e bateu com o cabo na espada alojada em minha armadura, fazendo com que ela entrasse de uma vez em meu peito. Com a força do impacto a espada de Victor se estilhaçou, fazendo com que alguns pedaços da lamina fosse em direção do seu rosto, cortando-o e desfigurando-o. Tony para de contar para dar uma breve risada e continua.

– Ele é um imbecil. Um imbecil vencedor que dominou meu reino, mas ainda sim é um imbecil. Continuando, seu rosto estava pintado de vermelho, pedaços da carne de seu rosto estavam pendurados, alguns até caíram no chão enquanto ele pulava em cima de mim me apunhalando com o que restará da espada em sua mão. Foi nesta hora que ele ficou louco e começou a me bater de forma brutal e descontrolada. Neste momento já não tinha mais nenhum sentido, apenas esperei pelo beijo da morte. Depois disso não lembro-me de nada mais. Termina Stark já de pé, abrindo outra garrafa de vinho, olhando para o dono da casa que nada fez.

– Virginia está em outra dimensão, bem o corpo dela pelo menos. Eu a coloquei lá por precaução. Ela não está viva materialmente, porém, também não está morta. Há leis que regem a natureza e o que eu fiz quebra algumas destas leis. Stephen diz estas palavras levantando-se da cadeira sem olhar para trás, já abrindo a porta da sala.

– Espere... O que podemos fazer para recuperar o castelo? Vamos deixar o reinado em posse de pessoas que destruíram todo sem piedade e compaixão? Exclama Daniel indignado com a reação de seu amigo.

Quando Stephen vira para responder as perguntas do amigo, Tony interrompe de diz:

– Eu sei um pouco de magia. Você me perguntou como eu conjurei aquele raio azul. Disse Tony dando mais um gole na garrafa e continuou:

– Meu pai tinha uma enorme livraria particular, além das que ficam entre o povo e quando criança sempre o via em seu laboratório fazendo suas alquimias. A maioria delas era apenas reações químicas para me impressionar, porém um dia ele acordou no meio da madrugada e como eu estava sem sono o segui. Ele foi para o laboratório, quando pensei em chamá-lo, ele pisou em uma determinada pedra e abriu uma passagem para uma sala menor, cheia de livros que nunca tinha visto, inúmeros vidros com líquidos que pareciam ter vida própria, no mesmo instante corri de volta para minha cama e tentei dormir. Nunca contei a ele que sabia do seu segredo. Quer um gole? Tony da um grande gole na garrafa e oferece a bebida para Daniel.

– Não. Obrigado. Só quero que você termine de contar como sabe magia. Termina Daniel tirando a garrafa de Tony que já estava ficando embriagado.

– Anos após de ele ter morrido, fui novamente ao laboratório e pisei na mesma pedra que acionava a sala secreta. Ao entrar naquela sala, vi livros que pareciam nunca ser abertos, já outros tão gastos que as letras já saiam do papel. Achei cadernos com diversas anotações, inúmeras vidrarias quebradas, marcas nas paredes, uma cama com mordaças, contudo o que mais me intrigou foi um escudo amassado, com se um punho tivesse danificado a peça. A partir daquele dia, passei horas e mais horas naquele lugar desenvolvendo minhas invenções e lendo os livros de magia, porém nunca as fiz. Fala Stark dando de ombros como se isso não fosse de grande ajuda para Stephen.

– Há uma maneira de você recuperar sua amada. Não será fácil, mas creio que para alguém como você isto não passa de diversão. Fala o feiticeiro movimentando as mãos fazendo com que um pergaminho empoeirado que estava numa prateleira cheia de teias comece a flutuar até suas mãos e continua a falar:

– Você vai para cidade de Wen Kroy, lá tem várias pessoas...

– Você quer que eu vá para a cidade livre de Kroy? No meu próprio reino? Você não acha que haverá homens do Victor naquela cidade? Interrompe Tony falando alto com um tom de indignação.

– Como você mesmo disse, ela está em seu reino, mas não pertence a você. Ela é uma das cidades centro do continente. Completa Daniel, não dando muita importância a preocupação de seu senhor.

– Como havia falado... Lá há várias pessoas, de diversas áreas do continente. Você mal será notado. Quantos daquela cidade ligam para você? Sabem quem você é? Conclui Stephen marcando o caminho necessário para chegar até a cidade no pergaminho com a mão, sem se importar com a exclamação de Tony.

– Como vou saber o que procurar? Fala Tony pegando o pedaço de papel e olhando continuou a falar:

– Vou ter que dar esta volta? Vou perder três dias de viagem. Termina Tony voltando a reclamar e revirando os olhos com reprovação ao plano de Stephen.

– Escute-me menino. Você é um ser mimado, criado com o melhor deste mundo. Tens tudo que quiseres, tu não sabes como é viver neste mundo e uma menina que mesmo sabendo disso deu a vida por você. O mínimo que você poderia fazer por ela é tentar, lutar, dar sua vida por ela. Você vai pegar o caminho que lhe ordenei, irá encontrar um homem que tem o poder de dominar raios e vai seguir seu destino. O feiticeiro fala estas frases com um tom de raiva, em seus olhos hé feixes de luz azul, de suas mãos saia chicotes, também azuis que levantam Tony do chão pelo pescoço sufocando-o, até que Daniel interviu acalmando Stephen.

– Antes que você vá quero lhe dar um presente. Algo que ninguém poderá tirar de ti. Fala Stephen ainda com seus olhos azuis, segurando a cabeça de Tony com seus olhos fixos nos olhos castanhos de Stark.

Um feixe de luz sai dos olhos do feiticeiro para os olhos do príncipe, que grita e se contorce de dor durante o ritual, enquanto Daniel se espanta com a cena que presencia, mas ainda sim não consegue virar os olhos para outro lugar. Stephen larga Tony e sai para a sala principal da casa, Daniel vai socorrer seu senhor que logo se levanta e juntos vão para de encontro com o mago.

– Eu lhe dei algo único: Dei-lhe conhecimento místico, além de te trazer a tona todo o conhecimento que você adquiriu lendo os livros de seu pai. Quer um exemplo? Chame sua armadura. Fala Stephen apontando para a armadura jogada no chão.

Stark fecha os olhos e respira fundo, aponta seu braço para a armadura sussurrando algo para si. A armadura começa a tremer e se montar mesmo vazia, Daniel se espanta com o que vê e dá um passo para trás enquanto Stephen apenas sorri. Ao abrir os olhos Tony vê a sua armadura vindo em sua direção e moldado-se ao seu corpo.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de deixar seu comentário, seja para criticar ou elogiar. Abraços e até quinta que vem.



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