Hell on us escrita por Sami


Capítulo 58
Guerra part I -Ataque


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei mais cedo do que o previsto por causa de vocês e como o nome do capítulo já diz sim, agora é GUERRA TOTAL GALERA. Quero dedicar esse capitulo a todas as minhas fieis leitoras que estão comentando sempre e que não desistiram de mim, obrigada mesmo meninas, sem vocês eu já teria parado de escrever a muito tempo.

Segurem os forninhos porque esse capitulo só tem tiro, porrada, bomba, Negan, Carl e Ayla e mais um monte de coisas. Boa leitura.



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(...)

Seu numeroso grupo cercou todo o lugar em questão de poucos minutos, como formigas saindo de um formigueiro quando pisado, seus homens saíam dos veículos se posicionando do jeito que lhes dissera para fazer. O massacre iria começar! Pensou abrindo um sorriso largo em seu rosto exibindo seus dentes. Ele iria adorar ver tudo aquilo de camarote, veria de perto todas aquelas pessoas gritarem de medo por estarem sofrendo aquele ataque -ataque que ele mesmo planejou de última hora-, todos eles saberiam como é serem atacados sem ao menos estar preparados para tal coisa.

Negan tinha uma lição para ensinar para aquelas pessoas e faria isso naquela noite em questão.

Negan estendera a mão para o capanga ao seu lado, o mandatário dos Salvadores portando como sempre sua mais fiel companheira Lucille logo sentiu o pesar da primeira granada que lhe foi dada. Esperou seus homens pular o muro invadindo o lugar comandado por Rick e então, contando mentalmente até vinte, Negan tirara o pino da granada jogando-a pelo muro e a ouvindo explodir segundos depois.

— É disso que você gosta não é mesmo, Rick? — O louco falava consigo mesmo enquanto ouvia os primeiros tiros que dariam início ao ataque. — Vai se arrepender por ter brincado comigo seu filho de uma puta fodida!

Seu sorriso se ampliou. Iria derrubar aquele lugar tão precioso para Rick naquela noite, ele mostraria que com ele não se pode bancar de esperto.

— O massacre vai começar pessoal! — Bradou abrindo os dois braços olhando brevemente para seus homens com diversão em seu olhar. — Matem todos que quiserem, mas me tragam o filho de uma puta do Rick, vivo! EU QUERO ELE VIVO!

Ele jogara então a segunda granada fechando os olhos ao ouvi-la explodir em poucos segundos, aquilo tudo era como música para seus ouvidos. Iria ouvi-los gritar de pavor enquanto seus homens faziam aquilo que mais gostavam de fazer. O louco sorria largamente escutando o primeiro sinal do começo daquele ataque; seu sorriso se esticou mais. Se ele pudesse cortaria seu próprio rosto para que aquele mesmo sorriso ficasse ainda maior; ele queria que todos vissem como estava feliz naquele momento.

Todos vocês vão aprender hoje que não se pode ferir Lucille e simplesmente ficar por isso mesmo. Eu vou ensinar uma lição muito valiosa a todos vocês filhos da puta! Negan se encostou no caminhão segurando sua querida Lucille com mais firmeza, mas sem machucá-la; não queria deixá-la mais machucada e nem mesmo deixá-la nervosa por tê-la ferido. Eu mesmo vou matar aquele pirralho que fez isso com você Lucille, eu vou arrancar o outro olho dele e enfiar no buraco da bunda dele e depois vou fazer o pai fodido dele comer! O líder dos Salvadores se encontrava agora acariciando o taco de baseball com certa delicadeza jamais vista por seus homens; somente Lucille recebia aquele tipo de carinho dele e mais ninguém. Afinal, Lucille era bem mais importante do que qualquer outra pessoa.

A guerra começou Lucille, minha querida. Ela finalmente começoou e você terá sua tão merecida vingança!



POV Ayla
[...]

 

Os incontáveis tiros logo cessaram, houve silêncio em toda Alexandria durante alguns breves segundos até que o curto momento de 'paz' que tivemos foi novamente interrompido por uma explosão. O chão abaixo de nós tremeu por exatos dois segundos e antes que pudéssemos ter tempo de alguma coisa houve uma segunda explosão. Fechei meus olhos apenas ouvindo aquele som estrondoso ecoar por toda Alexandria enquanto mais tiros eram também disparados. Caos, tudo aquilo só estava dando inicio para o caos.

— Precisamos sair daqui! — Gritou Michonne tentado se colocar de pé dentre tanta confusão. — E precisamos fazer isso agora!

Jesus ajudou Carl a se colocar de pé e ele logo fez o mesmo comigo (mesmo que não fosse necessário me ajudar a ficar de pé), Carl me olhando de cima abaixo como se estivesse procurando por algum machucado que aquele tiroteiro pudesse ter feito em mim, balancei minha cabeça em negação mostrando que eu estava bem.

Olhei em volta vendo pelo menos metade da nossa casa praticamente destruída por causa dos vários tiros que haviam sido disparados, parte da mobília estava com buracos grandes de tiros e até mesmo as paredes não haviam escapado daquilo. Boa parte da sala havia sido destruída em questão de poucos minutos.

— Precisamos atacar também! — Rick entregou Judith para Carl com certo desespero. — Vocês três não podem ficar aqui... — Rick parecia perdido naquele momento, respirava fundo limpando a própria garganta para continuar falando— Vão até a enfermaria e se escondam no porão da Denise, lá é mais seguro.

Caminhando até uma das estantes que havia sido atingida por poucos tiros, Rick esticou os dois braços tirando de cima dela uma pistola, olhando para Carl como se pedisse que ele ficasse com a arma, Rick esperou que ele me entregasse Judith para então aceitar a arma que seu pai mantinha escondida.

— Você terá só oito tiros, se eles estiverem aqui dentro saiba como usar esses tiros. — Alertou Rick. — Tentem levar mais crianças junto com vocês se encontrar no caminho, tem umas quatro armas escondidas lá, quero que os dois se protejam.

Carl e eu balançamos nossa cabeça ao mesmo tempo, houve uma terceira explosão que fez com que a atenção de todos fosse agora para o lado de fora. Estávamos literalmente numa guerra ali não era preciso pensar muito para saber quem estava fazendo aquilo, a pessoa responsável usava um taco de baseball para matar todas as pessoas que não o obedeciam e estava agora nos atacando como nunca. Estavámos sendo atacados pelos Salvadores.

Michonne nos levou até a porta dos fundos onde daria para um lugar mais curto até a enfermaria de Denise, pouco antes de sairmos de casa ela nos abraçou por poucos segundos como se estivesse se despedindo de nós. Claro que aquilo me preocupou demais, mas não tive tempo para questioná-la, Carl já estava me puxando pelo braço para que saíssemos logo dali e fôssemos para o local que Rick dissera para irmos.


***

Ter saído de casa talvez não tenha sido uma boa ideia, ao olharmos para como Alexandria estava me senti num lugar completamente desconhecido naquele momento. Em poucos minutos de ataque, Alexandria parecia um verdadeiro cenário de guerra, algumas casas que se encontravam mais próximas do muro estavam sendo bombardeadas por granadas que eram jogadas constantemente do outro lado, uma parte da Igreja que era cuidada por Padre Gabriel já estava pegando fogo e seus vidrais já nem existiam mais; estavam destruindo tudo o que possuíamos em Alexandria. As pessoas estavam correndo na tentativa de encontrar algum ligar seguro no meio de todo aquele caos enquanto Os Salvadores conseguiam invadir Alexandria derrubando uma parte do muro que mantinha o lugar seguro, não demoraria muito para que os errantes também começassem a ser um problema para nós.

— Meu Deus! — Gritei quando vi um dos moradores ser lançados para longe por causa de outra explosão que havia acontecido, me firmei no chão segurando Judith com mais força em meu colo usando meus braços para protegê-la daquela explosão. — Deus...

Carl e eu tentávamos passar pelas casas sem sermos notados, por estar de noite aproveitamos que estava tudo escuro e nos escondíamos nas sombras para não sermos vistos pelos Salvadores. Abracei Judith com força fazendo seu rosto ficar contra meu peito para que ela não visse o que estava acontecendo; eu não queria que ela visse aquele caos que Negan e seus homens estavam propagando em Alexandria. Senti Carl me puxar pela mão para que continuássemos andando, ele tentou fazer isso umas três vezes, porém eu não conseguia enfrentar tudo aquilo que estava acontecendo; muitas pessoas estavam morrendo e poderíamos acabar morrendo também a qualquer momento naquele ataque. Eu me senti completamente travada naquele mesmo lugar.

— Ayla vamos logo, precisamos continuar! — Carl ficou na minha frente me encarando, seu olhar parecia me pedir a mesma coisa. — Não pode parar agora, não quando estamos no meio dessa merda toda!

Balancei a cabeça diversas vezes para o lado.

— Eu não consigo, Carl. — Olhei para os lados ouvindo mais tiros. — Não posso fazer isso!

Eu já havia visto coisas piores que aquelas, antes mesmo de fazer parte do grupo de Rick eu e David havíamos enfrentando diversos ataques como aquele, claro que nenhum deles chegava perto do que eu estava presenciando naquele momento, mas mesmo assim não era tão diferente. Eu não entendi muito bem o que estava acontecendo comigo que me fez parar de andar, eu sabia que continuar ali sem proteção nenhuma era muito, muito perigoso mesmo, mas eu simplesmente travei.

— Pode sim, Ayla! — Ele segurou meu rosto com a mão que estava livre. — Nós três precisamos chegar até a enfermaria para nos proteger e para proteger os outros. — Ele me olhou com firmeza em seu olhar. — Ei, eu não vou deixar nada acontecer com vocês duas! Agora precisamos mesmo ir!

Respirei fundo assentindo, forcei a mim mesma para continuar. Agora não é hora de amarelar Ayla! Não estava cem por cento bem para continuar, mas eu sabia que precisava fazer aquilo para o nosso próprio bem. Carl destravou a arma que seu pai lhe deu assim que falei que iria continuar, passamos por quase seis casas encontrando vários corpos mortos no chão; rostos conhecidos por nós dois. Atravessamos a rua o mais rápido que conseguimos, por estar com Judith no colo precisei ter o dobro do cuidado para correr lembrando sempre de mantê-la segura de tudo aquilo que acontecia à nossa volta; eu nunca iria me perdoar se alguma coisa acontecesse com ela.

Estávamos próximos a uma árvore quando fui lançada para o chão com violência por alguém, ergui meu rosto vendo o Salvador que havia se jogado para me derrubar se levantar com rapidez e então partir para cima de mim puxando meu cabelo com força e fazendo com que eu ficasse de pé na mesma hora. Judith imediatamente começou a chorar alto o suficiente para conseguir ultrapassar o som dos tiros; provavelmente por ver que estávamos em perigo.

— Negan nos permitiu matar qualquer um do seu grupinho! — O Salvador colocou uma faca na minha garganta. — Ele nos deu armas, mas eu gosto mais das facas, elas fazem mais estragos!

Eu me esforcei para ao máximo para não entrar em pânico naquele momento, estava fazendo isso apenas por Judith do que por mim mesma. Não importa o que eu faria, eu iria conseguir protegê-la de qualquer jeito mesmo que isso acabasse custando a minha vida.

Foi num único segundo que pisquei, o tiro passou próximo demais do meu rosto acertando em cheio o Salvador no pescoço. Eu literalmente vi minha vida passar diante de meus olhos naquele momento. Olhei completamente surpresa e espantada para Carl, se ele tivesse errado aquele tiro ele teria me matado também, mas eu já deveria saber que ele possuía uma mira excelente.

— Nunca mais faça isso! — Minha voz saiu trêmula, se eu não estivesse segurando Judith naquele momento era bem possível que talvez eu já estivesse no chão por estar com minhas permas completamente moles naquele momento.

Arrumei Judith no meu colo novamente e voltamos a correr, ainda tínhamos que chegar até a enfermaria de Denise para nos proteger.
Carl já havia usado seis tiros da arma, todos os seis foram usados para matar Salvadores que por muito pouco não conseguiu nos atacar. Para matar os errantes que estavam invadindo Alexandria (atraídos pelo barulho dos tiros e explosões que pareciam não cessar) ele precisou improvisar num momento, já que estávamos apenas com duas balas. Pelo menos tinhamos duas boas notócias: (não sei se deveria mesmo falar que eram uma boas notícias num momento como aquele) Uma delas era que havíamos encontrado algumas crianças e como Rick havia nos dito para fazer; a levamos junto conosco para a enfermaria. A segunda notícia era que havíamos finalmente conseguindo chegar até a enfermaria de Denise vivos. Encontramos a médica loira e Rosita assim que entramos, as duas estavam tentando manter o lugar seguro e livre tanto dos Salvadores que nos atacavam quanto dos errantes.

Denise nos levou para o porão mostrando-se completamente nervosa com a atuação situação de Alexandria, ela não era a única que estava assim. Qualquer um na mesma situação ficaria nervoso e me surpreenderia se alguém estivesse calmo num momento tão tenso como aquele que estamos vivendo ali. Ao abri a porta do porão da enfermaria, vi que já havia uma boa quantidade de crianças e adolescentes escondidos ali dentro, a maioria encolhida em algum canto tentando não ouvir os sons da guerra que acontecia fora dali.

— Abraham e Tobin trouxeram a maioria pra cá. — Comentou a enfermeira loira enquanto liberava caminho para que Carl e eu entrasse também. — Eu e Rosita vamos ficar lá em cima para proteger o lugar e vocês não abram essa porta de forma alguma!


***

Já trancados ali no porão, Carl procurou pelas armas que Rick havia dito que estariam escondidas, havia mesmo as quarto armas que ele dissera que teria e como não podíamos arriscar a vida de ninguém ali dentro, Carl entregou uma somente para quem realmente soubesse usar uma. Eu, Charlie e Alex. Acho que éramos os únicos que realmente sabia como usá-las.

Carl achou melhor que ficássemos preparados para agir caso acontecesse alguma coisa da qual não estávamos esperando. Deixei Judith sob os cuidados de , uma menina ruiva com milhares de sardas no rosto e a fiz me prometer que tentaria encontrar alguma forma de distrair aquela criança de todo aquele barulho de tiros e explosões.

O porão de Denise estava praticamente cheio de crianças e adolescentes ali dentro, algumas estavam tentando consolar umas a outras dizendo que tudo aquilo iria acabar logo. Eu também desejava que tudo aquilo acabasse logo. Como Carl, eu, Charlie e Alex éramos os únicos ali que estavam armados tínhamos que proteger não apenas a entrada do lugar como também tínhamos que proteger as outras crianças que estavam ali dentro também. Estando ali dentro o som das explosões e dos tiros pareciam ficar distantes, claro que não adiantava de nada pois todos ali sabiam que estávamos no meio de uma guerra; uma guerra da qual já era possível saber qual seria o lado perdedor. Por sorte Julie estava conseguindo manter Judith distraída de tudo aquilo; exatamente como ela me dissera que faria.

À medida que os segundos passavam eu sentia meu corpo cada vez mais tenso que o normal, minhas mãos estavam suando assim como minha testa e meu coração parecia querer sair pela boca. Mais uma explosão aconteceu, essa pareceu acontecer próxima de onde estávamos escondidos. Carl e Alex andavam de um lado para o outro completamente aflitos, não conhecia todos ali mas sabia que a maioria estavam com seus pais lá fora lutando para manter Alexandria de pé, de todos Carl era o que mais parecia preocupado.

Fechei meus olhos respirando fundo por um longo tempo, já havia passado por situações semelhantes aquelas uma vez, mas nenhuma dessas se comparavam com aquele momento que estava vivendo. Eu nunca havia ficado com tanto medo como estava naquele exato momento, estava com medo de como aquela guerra terminaria (se é que isso fosse mesmo acontecer), medo de quantos pais daquelas crianças morreriam e medo de alguém conseguir nos encontrar escondidos ali. Já não era mais uma surpresa de que Negan era um homem louco e de que ele não hesitaria em matar todo mundo ali se nos encontrasse ali dentro.

Ouvimos passos. Passos pesados que pareciam querer anunciar que havia alguém ali dentro, assim que ouvimos vozes desconhecidas imediatamente nos colocamos de pé ficando os quatro na frente da porta com nossas armas apontadas para a mesma direção; Rick falou para protegermos uns aos outros e era isso o que iríamos fazer naquele momento. Ouvimos mais tiros, barulhos de coisas sendo quebradas e mais tiros.

— Tem mais de um deles aqui dentro. Eu tenho certeza disso. — Alex olhava para a porta nervoso, porém tentava ao máximo manter uma posição firme. — Somos só quatro, se eles estiver em maior quantidade o que vamos fazer?

— Vamos fazer o que nos mandaram fazer. — Respondi o olhando de esgueira. — Vamos proteger uns aos outros!

Destravei a arma logo em seguida ouvido todos os três fazerem o mesmo, não podíamos deixar ninguém passar daquela porta. Não iríamos permitir que isso acontecesse.

— E se eles tentarem entrar? — Dessa vez foi Charlie quem perguntou, sua voz quase tão trêmula quanto a de Alex. — Se eles forem mesmo muitos, não vamos ter nenhuma chance com eles!

— Vamos fazer de tudo para proteger todo mundo aqui dentro. — Alex respondeu incentivando Charlie. — Vamos deixar todo mundo aqui dentro seguro!

Dei um pulo quando ouvi dois tiros do outro lado da porta, isso só fez com que nós quatro nos aproximasse mais da porta deixando a mira de nossas armas centradas num único ponto. Olhei para a esquerda onde Carl estava e ele parecia concentrado em fazer isso, não parecia estar com medo do que poderia acontecer, diferente de Charlie e Alex que olhava para a porta como se pedisse mentalmente para que não acontecesse nada. Uma ansiedade tomou conta de todo meu corpo, não era uma ansiedade boa como aquela que sentimos quando sabemos que algo de bom irá nos acontecer. Era uma ansiedade misturada com medo. Como a que eu senti quando nos encontramos pela primeira vez com Negan.

— Eu quero a minha mãe! — Uma das crianças começou a chorar. — Me levem para a minha mamãe!

Me virei olhando para a cena, Ben, o menino ruivo que estava chorando por querer sua mãe estava encolhido em um dos cantos do porão usando os próprios braços para cobrir as orelhas, para que assim ele não escutasse os tiros. Algumas das crianças o olharam e não demorou muito para que logo começassem a dizer a mesma coisa, algumas choravam pedindo pela mãe ou pelo pai enquanto outros que pareciam tentar se manter firmes faziam de tudo para conseguir consolá-los. Ver aquilo partiu meu coração, a maioria poderia nem ter seus pais de volta depois desse ataque. Um estrondo alto o suficiente para levantar suspeitas de que havia acontecido do outro lado daquela porta, fez com que todos nós olhássemos para uma mesma direção: a porta que Carl havia trancado. Imediatamente todo mundo ficou em silêncio permitindo que conseguíssemos ouvir o que estava acontecendo do outro lado.

Foi então que tudo passou a ir de mal a pior, tentando arrombar a porta para conseguir entrar Salvadores começaram a empurrá-la com toda força possível. Várias das crianças gritaram quando eles fizeram a primeira investida, Carl e Charlie foram os primeiros a se posicionarem na frente da porta mostrando-se prontos para o futuro ataque que sofreríamos em breve. Eu e Alex ficamos um pouco mais atrás de forma que pudéssemos proteger tanto as crianças quanto Carl e Charlie. A segunda e a terceira investida vieram quase que seguidas uma da outra, à medida que eles tentavam arrombar a porta eles pareciam aumentar mais a força com que faziam isso. Mas eles não iriam entrar. Nós não iríamos permitir isso e mesmo que conseguissem, iríamos matá-los assim que colocassem o pé ali dentro.

— Não olhem! — Carl berrou olhando rapidamente para as crianças assustadas atrás de nós, ele já sabia o que viria a seguir e estava querendo prepará-los para isso. — NÃO OLHEM!

Quatro, cinco, seis investidas até que finalmente eles conseguiram arrombar a porta do portão. Os três primeiros Salvadores que entraram foram recebidos por tiros de Carl e Charlie, mais quatro conseguiram entrar e então começamos todos a atirar como nunca havíamos feito antes. Contamos pelo menos dez Salvadores mortos ali dentro, mas não poderíamos contar que ficaria só naqueles. Com um ataque acontecendo era provável que mais deles viriam até ali.

Carl ergueu a mão e fez um aceno para que ficássemos na porta, assim iríamos mantê-la bloqueada e poderíamos ver qualquer tipo de aproximação que viesse. Claro que não podíamos negar o quanto aquilo era arriscado demais, mas em momentos como esse não podíamos ter medo. Nós quatro nos colocamos na porta, Carl e Alex ficaram na frente enquanto eu e Charlie ficamos logo atrás deles, estavámos todos prontos para atacar a qualquer segundo.

Ouvimos então mais alguns passos e quando nos preparamos para atirar vimos dois corpos mortos de Salvadores rolarem escada abaixo, ambos estavam feridos no mesmo local: com um golpe certeiro bem no meio de seus crânios impedindo que eles voltassem como zumbis. Os passos então voltaram a serem escutados por nós, vimos uma sombra se projetar e então aos poucos a pessoa foi descendo os degraus com calma até se revelar. Era Michonne. Ela estava completamente suja de sangue e parecia cansada, sua katana também estava suja de sangue, mas não tinha como saber se era apenas sangue dos errantes ou se era sangue dos vivos que estavam nos atacando.
Abaixamos nossas armas assim que a vimos, ela se aproximou de todos nós olhando durante rápidos segundo para o porão onde havia as crianças escondidas e então voltou a nos olhar.

— Acabou. — Ela disse ofegante. — Acabou.

 


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Notas finais do capítulo

Gif do maior filho de uma p*** sorrindo porque eu sou completamente apaixonada por esse homem desgraçado e maravilhoso. E antes que eu me esqueça, no próximo capitulo teremos um pouco do capitulo contado do ponto de vista do Rick. Tem uma parte que eu quero contar e tipo, se não tiver o ponto de vista dele não será a mesma coisa.
Beijos da Sami e espero saber a opinião de vocês! Beijão!!



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