Hell on us escrita por Sami


Capítulo 57
A guerra continua


Notas iniciais do capítulo

Não vou ficar enrolando muito aqui, mas saibam que se vocês acharam que não rolaria mais merdas...vocês se enganaram.



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Assim que ouvi gritos e milhares de tiros abri meus olhos imediatamente me deparando com uma cena meio que bizarra, alguns dos homens de Negan caíram no chão atirando para todos os lados sem ter controle. Aquilo surpreendeu o líder dos Salvadores que se virou parecendo assustado com ação. Não levou mais que dois segundos para que mais três homens caíssem no chão disparando mais tiros, logo estavam todos atirando sem ao menos saber o que estava acontecendo ali.

— PAREM DE ATIRAR SEUS MERDAS! — Cada vez que Negan gritava só ficava mais evidente o quanto ele estava ficando mais nervoso com tudo aquilo, na verdade estava saindo de si.

Ele parecia ter ficado perdido naquele momento. 

— Ayla! — Olhei para trás escutando a voz de Aaron, onde um dos caminhões de Negan estava estacionado vi o namorado de Eric escondido chamando por mim. — Vem pra cá! 

Olhei para Negan que continuava parado na minha frente agora a poucos metros de mim olhando para seus homens que continuavam atirando e sendo derrubados de forma misteriosa. Mesmo estando de costas Negan ainda sim poderia me ver fugindo e isso não acabaria bem, olhei novamente para Aaron e neguei. Não tinha como escapar sem ser vista por Negan e bem, eu não queria ser morta por ele. 

— Nós vamosos te dar cobertura. — Assegurou Daryl logo em seguida, o olhei também e ele balançou sua cabeça indicando que eu saísse logo dali. — Agora vai logo antes que ele te veja!

Me coloquei de pé o mais rápido que pude e fiz o que Daryl e Aaron falaram para fazer, corri até onde o namorado de Eric estava escondido me surpreendendo por Negan continuar dando atenção apenas para seus homens gritando com eles para que todos parassem de atirar. Assim que cheguei ele olhou para todo o grupo de Negan que estava nos cercando como se estivesse contando mentalmente quantos haviam ali e me entregou uma arma.

— Você está bem? — Perguntou preocupado tocando meu ombro por breves segundos.

Bom, eu quase tive minha cabeça estourada por um taco de baseball, acho que eu estava bem sim.

— Acho que sim. — Respondi segurando a arma com mais firmeza. — O que foi tudo isso?

Aaron soltou o ar lentamente.

— Rick viu uma oportunidade e queria aproveitá-la. — Explicou com pressa. — Estava no muro com os outros e quando vimos que as coisas não saíram como ele queria eu e Spencer saímos. Ele está do outro lado, Jesus também está aqui fora. 

Balancei minha cabeça tentando entender aquilo, Negan estava em Alexandria, Rick havia chegado de Hilltop e ele tentou fazer um ataque contra Negan. Tudo isso enquanto Daryl e eu fazíamos a ronda que não chegava a durar mais do que meia hora. Aaron e eu continuamos escondidos até que ele voltou a chamar mais pessoas para sair dali, Eric foi o segundo que veio seguido por Heath. Ouvimos mais uma rajada de tiros enquanto Negan continuava gritando para que eles não atirassem mais; não estava adiantando de nada. 

Aaron indicou um caminho para que eu e Eric seguisse dizendo para ajudarmos Jesus a derrubar a maior quantidade de Salvadores que conseguiríamos, Eric olhou para seu namorado por poucos segundos como se dissesse alguma coisa para ele e então foi na minha frente mantendo-se atento enquanto seguíamos até onde Jesus estava escondido. Ao ouvimos mais tiros imediatamente nos escondemos outra vez para que nenhum daqueles tiros nos atingisse e assim que tivemos certeza de que não havia mais tiros sendo disparados na nossa direção continuamos seguindo até Jesus.

— Esse barulho todo vai atrair os mortos pra cá! — Minha voz saiu mais preocupada do que eu pensei, se aquele tiroteio continuasse logo estaríamos tendo problemas não só com o grupo de Negan mas também com os errantes.

— Vamos nos preocupar com isso depois, agora precisamos cuidar dos Salvadores! — Eric parecia tentar manter sua voz o mais calma possível naquele momento, mas por mais que ele tentasse fazer aquilo sua voz saiu ainda mais preocupada que a minha. 

Era óbvio que ele estava com medo e eu também estava com medo. Medo de como toda aquela merda iria acabar.

Atrás de outro caminhão que pertencia aos Salvadores, Jesus estava improvisando (já que ele estava sem arma) conseguindo derrubar vários Salvadores dentro de uma vala onde havia pelo menos cinco errantes presos ali, ele era habilidoso, usava alguns golpes de luta para conseguir derrubar os Salvadores. O vimos fazer isso pelo menos mais quatro vezes até deixar toda aquela parte livre.

— Me dêem cobertura, eu preciso chegar até Negan! — Falou sem esperar por uma resposta, quando me dei conta Jesus já estava no meio de toda a confusão chutando e socando Salvadores.

Meu Deus, acabe logo com tudo isso!

Eric e eu atiramos em alguns que por muito pouco quase conseguiram pegá-lo. Dois Salvadores vieram na nossa direção e sem hesitar Eric e eu atiramos nos dois matando-os na mesma hora, olhei brevemente para os dois corpos caídos no chão, havíamos atirado em seus rosto e foi um pouco estranho ver em como foi fácil matá-los sem ao menos pensar duas vezes no que eu estava fazendo. Percebi que eu sequer me senti incomodada por estar vendo como os dois Salvadores haviam ficado depois que atiramos neles.

— Ayla! — Eu só tive tempo de ouvir Eric gritar meu nome e então ficar na minha frente atirando com uma mira perfeita na cabeça de um Salvador que, por muito pouco mesmo quase me pegou de surpresa. O namorado de Aaron virou o rosto me olhando com uma preocupação palpável.

— Eu tô legal, Eric. — Falei o assegurando disso o olhando de volta, mas foi mais para me assegurar que eu estava mesmo bem.

Ele assentiu com pressa, estava tudo acontecendo rápido demais para conseguir acompanhar e em um momento como aquele não podíamos dar bobeia ou seríamos mortos em segundos. 

— Vamos ficar ali, podemos ter uma visão melhor do que está acontecendo e dar uma melhor cobertura para Jesus fazer o que ele precisa fazer. — Assenti e mudamos de posição até termos uma visão melhor e mais ampla de tudo.

Jesus já tinha conseguido mobilizar Negan, seus homens estavam com suas armas apontadas na sua direção mas a mando de seu líder logo a abaixaram.

— Nenhum de vocês vão sair vivo daqui! — O líder dos Salvadores continuava gritando. — Se você me matar meus homens vão continuar essa matança do caralho! Vai todo mundo acabar morto aqui e eu sei que você não quer isso!

— Não, eu não quero! — Jesus começou a gritar também. — E é por isso que você vai deixar eles entrar pelo portão e você e seu grupo vão dar meia volta e deixar esse lugar!

Negan riu alto, sendo escandaloso como sempre.

— Assim que eu der as costas Rick e todos vocês vão nos atacar de novo! — Negan continuava nervoso. — Acha mesmo que serei um burro do caralho assim? Eu posso acabar com todos vocês só com esses homens aqui e você seus putos? O que você tem além desses merdinhas? 

Assim que Negan disse aquilo, Jesus tirou uma pistola de seu casaco e então atirou para alto, segundos foram se passando até que um tigre (sim, era mesmo um tigre) pulou em cima de dois Salvadores derrubando-os com rapidez e os matando em poucos segundos. Logo atrás do tigre havia um grupo numeroso de pessoas pronto para atacar; dentre eles Morgan, que estava ao lado de um homem também negro com umas roupas estranhas.

Mais tiros foram disparados, porém já era impossível saber quem estava atirando em quem. Eu e Eric saímos dali nos mantendo um pouco afastados e escondidos da troca de tiros cuidando de alguns errantes que começaram a aparecer por causa do barulho do tiroteio.

Quando toda aquela confusão de tiros finalmente cessaram, vi Negan e seus homens correrem para dentro de seus caminhões, estavam finalmente recuando e indo embora. Demorou um pouco mais de cinco minutos até que não houvesse mais ninguém que fosse dos Salvadores ali; estávamos livre deles. Pelo menos por um tempo.

— Acho que já chega por hoje. — Falei limpando o suor da minha testa, não tinha como acreditar que tudo aquilo havia acontecido.

— É eu concordo. — Eric respondeu pendurando a arma em seu ombro, ele parecia estar pior que eu naquele momento.

Caminhamos juntos matando mais um pouco de errantes que apareciam limpando um pouco a área próxima de Alexandria, havia corpos demais ali fora, tanto dos Salvadores que havíamos conseguido matar quanto dos errantes que foram atraídos para lá por conta de todo o barulho feito por todos nós. Ao chegarmos aonde o grupo desconhecido trazido por Morgan estava, não pude esconder minha surpresa e espanto ao olhar para o tigre mantido preso numa corrente era mesmo de verdade. E eu pensando que aquele dia não traria mais surpresas. 

— Eu queria que tivéssemos nos conhecido em circunstâncias bem diferentes dessas atuais, Morgan contou muito sobre vocês e Alexandria. — O homem negro que segurava a corrente com o tigre se aproximou de Rick com um curto sorriso em seu rosto. — Eu sou Ezekiel e esse é o meu povo.

***

Depois de tomar um longo banho eu só conseguia pensar em relaxar e tentar esquecer a merda que quase havia acontecido comigo mais cedo; fora que seria bem mais difícil tentar esquecer a quase guerra que começamos hoje. Muita coisa havia acontecido em apenas um único dia, muitas pessoas mortas em apenas um único dia.

Sentia que minha cabeça fosse explodir a qualquer momento se continuasse pensando em tudo aquilo e não me surpreenderia se isso acabasse mesmo acontecendo.

Ao sair do banheiro dei de cara com Carl, ele estava parado do outro lado do corredor ficando assim de frente para a porta do banheiro. Desde que eu soube que ele e os outros haviam retornado aquela era a primeira vez que eu o via naquele dia e mesmo que ainda não estivéssemos nos falando foi bom vê-lo de novo. Carl não estava usando sei chapéu de xerife como ele sempre usava. 

— Você está bem? — Ele me surpreendeu ao fazer aquela pergunta já que eu pensei que ficaríamos mais tempo sem nos falar.

— Bom, estou mais aliviada por não ter tido minha cabeça esmagada por um taco de baseball. — Só de me lembrar daquele momento eu sentia um arrepio na espinha, se toda aquela confusão de tiros não tivesse começado eu não estaria viva naquele momento. — Eu só quero tentar apagar esse momento da minha cabeça o quanto antes e

Antes que eu pudesse continuar Carl praticamente correu até mim me abraçando com força, aquele abraço se assemelhava muito com aqueles tipos de abraços que damos quando sentimos falta de alguém. O abracei de volta sentindo um calor percorrer por todo meu corpo na mesma hora, a sensação era boa e eu não queria que aquele momento terminasse tão cedo.

— Eu fiquei com medo de te perder, Ayla. — Carl sussurrou no meu ouvido me causando um leve arrepio ao dizer aquilo.

— Eu já disse que você não irá se livrar de mim tão cedo assim. — Respondi o abraçando com mais força. — Só depois dos oitenta, Carl. Só depois dos oitenta.

Carl aos poucos foi me soltando.

— Desculpe por isso, eu deveria ter pulado o muro assim que ele fez a ameaça, mas Rosita não deixou que eu fizesse isso e então tudo começou a dar errado e aí...

— Rick te mataria se você fizesse isso. — Dei um meio sorriso o interrompendo. — E mesmo que você tivesse feito isso Negan teria matado a todos nós, depois do que houve hoje ele tem motivos de sobra para nos matar. 

Me lembrei do momento que Negan teve sua preciosa Lucille acertada por dois tiros disparados por Carl, acho que havia sido a primeira vez que eu vi Negan ficar tão descontrolado e bravo daquele jeito. E tudo isso porque seu precioso taco de baseball chamado Lucille havia sido atingido por tiros. Aquele homem era ainda mais doente do que eu pensava. 

Carl segurou meu rosto com as duas mãos e então começou a acariciar meu rosto com seu polegar passando-o por minha bochecha. Acho que ele nem havia prestado atenção no que eu disse. Ele estava fazendo aquela carícia com tanta delicadeza e gentileza que eu cheguei a estranhar aquela atitude, mesmo que Carl tentasse não era sempre que ele conseguia ser fofo.

Carl finalmente ergueu o rosto também me encarando com aquele mesmo par de olhos azuis que eu tanto gostava de encarar, era um olhar diferente dos demais que Carl já havia me lançado antes. Para falar a verdade Carl parecia estar um pouco diferente de dois dias atrás. O que dois dias dando um gelo no outro não fazia com alguém. Passei minha mão por seu cabelo (que parecia crescer como grama na sua cabeça) e tirei um pouco da sua franja que cobria parte do seu rosto deixando o curativo em seu olho exposto. Aquele cabelo todo estava pedido por um corte.

Devagar aproximei meu rosto do dele sentindo seus lábios nos meus. Diferente de antes que sempre que nos beijávamos, Carl não pareceu ficar sem jeito com isso, pelo contrário. Suas mãos logo desceram até a minha cintura e dando um leve aperto nela ele me puxou para mais perto dele colocando nossos corpos.

Mesmo que suas mãos não estivessem nem mesmo se movendo, senti todo meu corpo se aquecer em poucos segundos; era uma sensação até que semelhante da vez que nos beijamos pela primeira vez, uma sensação muito boa.

Apesar de nós dois sabermos que Rick e Michonne poderiam chegar em casa a qualquer momento não paramos de nos beijar. Senti uma vontade imensa de começar a rir ao pensar que já fazia um bom tempo que não nos beijávamos daquele jeito e precisei me controlar para não estragar aquele momento que era raro de acontecer.

Passei minhas duas mãos por seu cabelo notando que aquela juba estava mesmo grande, procuraria por uma tesoura o mais rápido possível para tirar um pouco daquele matagal que existia na sua cabeça. Meus dedos desceram para seu pescoço e assim que toquei na pele exposta, Carl parou de me beijar afastando seu rosto do meu e fazendo um movimento entranho com seus ombros.

Aquilo foi tão... esquisito que sem perceber comecei a rir sem conseguir me controlar. Havíamos conseguido estragar aquele momento.

— É bom te ver rindo. — Ele me olhou um pouco sem graça. — Fazia tempo que não a via desse jeito.

— Se você tivesse visto o que fez com os ombros também estaria rindo.

— Então... Estamos bem de novo? — Perguntou erguendo uma sobrancelha.

Estreitei meu olhar de forma pensativa. Ele só me beijou para pedir desculpas? 

— Vamos considerar esse beijo como um pedido de desculpas de ambos os lados. — Respondi. — Somos oficialmente namorados agora e tivemos nossa primeira briga. 

Carl deu um curto sorriso e começou a aproximar seu rosto novamente do meu, porém antes que pudéssemos nos beijar novamente ouvimos Rick gritar por nossos nomes pedindo para que fôssemos até a sala.

Momento estragado pela segunda vez no mesmo dia.

***

Ao descermos até a sala, fomos recebidos por Rick (que estava com Judith em seu colo), Michonne e Jesus. Os três estavam sentados no sofá e pareciam estar nos esperando para dizer alguma coisa. Eu e Carl nos sentamos ficando de frente para os três e então Rick começou a contar sobre Ezekiel e seu grupo que havia nos ajudado mais cedo; ele também iria ajudar a acabar com Negan.

— Pedi que Morgan procurasse por Ezekiel, não contei a ninguém sobre isso porque assim como vocês, eu também temo que as pessoas erradas descubram sobre o plano e nos entregue ao Negan. — Jesus nos olhou. — Claro que, não queria que esse encontro fosse num momento como o de hoje. 

Jesus virou o rosto olhando outra vez para Rick e Michonne.

— Dwight já havia conversado com Ezekiel sobre querer acabar com Negan, mas ele parecia um pouco incerto de fazer isso. — Continuou. — Acho que depois de hoje podemos contar com a ajuda dele também. 

Conforme Rick e Jesus contavam mais sobre Ezekiel e seu grupo denominado O Reino, eu só conseguia pensar no tigre que ele mantinha acorrentado; era a primeira vez que via um tigre no meio de um apocalipse.

— Ele e os outros vão ficar aqui em Alexandria? — Carl perguntou. 

— Sim, amanhã mesmo vamos começar a treinar todos que vão participar dessa luta. — Rick explicou nos olhando. — Isso me faz lembrar o motivo pelo qual chamei vocês dois aqui, já falei com todas as outras famílias sobre isso e todas concordaram. 

Rick fez uma curta pausa arrumando Judith em seu colo.

— Quero que separem algumas roupas porque amanhã bem cedo todas as crianças, adolescentes e idosos que vivem aqui vão para Hilltop. — O pai de Carl nos olhou com atenção. — Não vamos deixar nenhuma criança no meio disso e nem mesmo os que não podem lutar. 

— O quê!? — Carl e eu falamos ao mesmo tempo.

Rick não poderia estar falando sério sobre aquilo. 

— Não pode fazer isso, pai! — Carl protestou indignado. — Queremos ajudar também! É a nossa obrigação!

Seu pai ergueu a mão pedindo que Carl parasse de falar. 

— Já está decidido, Jesus já conversou com um do seu grupo e ele concordou em levá-los para Hilltop. Vão estar seguros e longe de toda essa confusão até que tudo acabe. — Rick nos olhou sério e antes que Carl pudesse dizer mais alguma coisa ele continuou: — Eu não vou discutir isso com vocês dois, quanto antes forem melhor será. Não vou arriscar a vida de vocês.

— E além disso, vamos nos preocupar menos sabendo que vocês estarão seguros e longe disso. — Michonne também nos olhou, mas dificilmente de Rick, seu olhar era mais compreensivo que o dele.

— Mas se formos para Hilltop não vamos estar colocando a vida deles em perigo? — Perguntei olhando para Rick e depois para Jesus já que, ele era um morador de Hilltop. — Negan não vai querer atacar o lugar se souber que tem gente indo pra lá? Alguém pode acabar contando.

E com alguém eu quis dizer com Dwight que poderia acabar nos traindo e contando sobre aquilo para seu líder. 

— Não, ele não vai. — Jesus respondeu me olhado também. — Antes de Rick nenhuma das comunidades sequer discordava dele e agora estamos nos unindo contra ele, Negan vê apenas Rick como o culpado.

Ele se arrumou em seu lugar.

— Entre Hilltop, O Reino e Alexandria ele vai querer atacar o primeiro grupo que começou isso: Alexandria. — Jesus parecia ter certeza disso. — Rick é o único que foi louco o bastante até agora. 

— E também, Dwight não sabe sobre isso. — Rick me olhou. É, ele sabia a quem eu me referi quando disse que alguém poderia contar sobre o plano. 

Não houve mais resposta, nem adiantaria também. Rick não mudaria de opinião mesmo que Carl e eu ficássemos implorando para que ele nos deixasse ajudar. De certa forma até concordava com ele, mas também discordava; não adiantava nos manter seguros quando quem realmente precisava disso eram que iria ficar aqui em Alexandria. Será que Rick estava contando com a possibilidade de que tudo aquilo poderia acabar dando errado? Afinal, não podíamos descartar e nem esquecer de que Dwight poderia sim nos trair a qualquer momento. 

Vi Judith se agitar no colo de Rick e então segundos depois um vaso pequeno de porcelana que estava bem no meio da mesa de centro da sala foi atingido por um tiro preciso que o fez se quebrar em milhares de pedaços, assustando a todos que estavam ali. Jesus foi o primeiro a se colocar de pé correndo até a janela, Rick e Michonne já estavam prestes a fazer isso quando Jesus saiu de perto da janela correndo na direção em que eu e Carl estávamos, gritando para que fossemos para o chão.

Aconteceu muito rápido, levou pouquíssimos segundos para que uma rajada de tiros começasse, o vidro da janela se quebrou e vários cacos foram jogados no chão por causa dos inúmeros disparados dados. Jesus havia praticamente pulado na nossa direção protegendo a mim e Carl dos inúmeros tiros, Virei meu rosto vendo Rick proteger Judith a todo custo dos tiros enquanto ela já chorava alto por causa do barulho feito. O tiroteio durou um pouco mais de dois minutos e quando havíamos pensando que eles haviam acabado ouvimos um estrondo alto o suficiente para chamar a atenção de todos ali, algo muito semelhante a uma explosão. 

O chão tremeu por segundos e então mais tiros começaram a serem disparados, estes porém não estavam sendo direcionados para nossa casa. 


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Notas finais do capítulo

Beijos.



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