Maternidade escrita por Xokiihs


Capítulo 9
Brincando


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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– 15...16...17...18...19....20! Lá vou eu! – Gritei, descobrindo os meus olhos. Dei uma olhada ao meu redor, vendo apenas o varal com lençóis e roupas estendidas. Percebi que não dava para ver nenhuma sombra por detrás das roupas, então me virei para entrar em casa.

Tudo estava silencioso, eu ouvia apenas o som de pássaros lá fora e dos meus passos no chão de madeira. Passei pela sala, procurei atrás do sofá, das cortinas, sob a mesa... e nenhum sinal de minha fugitiva. Fui para o segundo andar, onde os quartos ficavam, tendo certeza de que eu conseguia camuflar meus passos. Sorri ao ver que todas as portas estavam abertas, uma boa estratégia para esconder sua localização. Primeiro fui ao banheiro, depois para o meu quarto.

Se eu fosse uma mãe comum, poderia demorar um bom tempo procurando minha filha pela casa. Até porque a casa era grande, então ela poderia se esconder em qualquer lugar. Porém, minha filha, ainda um neném de três anos, apesar de ser bem esperta, não pensava muito ao se esconder. Ela simplesmente arrumava um bom lugar, que coubesse seu pequeno corpo e não me deixava com desconfianças. E ela nunca, de forma alguma, se escondia no mesmo lugar. Já brincamos centenas de vezes, e ela já se escondeu nos piores lugares possíveis. Uma vez até mesmo dentro do forno ela se escondeu, o que me deixou maluca, e quando eu não consegui acha-la em lugar nenhum, tive que usar minha percepção ninja para procura-la. E lá estava ela, encolhida de mal jeito dentro do forno.

Aquela foi a primeira vez que briguei com ela, e também foi o que me fez decretar proibida a entrada dela dentro da cozinha, a não ser que estivesse comigo.

– Hum... onde será que ela está? Não consigo acha-la em lugar nenhum. – não demorou para ouvir os risinhos infantis abafados vindos de dentro do guarda-roupas. Ainda assim, para não estragar a brincadeira, continuei procurando pelo quarto. Olhei debaixo da cama, atrás das cortinas, debaixo do tapete, e quanto mais eu procurava, mais ouvia as risadinhas.

– Gente, onde essa menina se meteu? – me perguntei, colocando um dedo na boca e pensando. – Ah! Será que ela se escondeu dentro da gaveta?

Fui na cômoda de meu quarto e abri as quatro gavetas, depois soltei um suspiro.

– Será que a raposa comeu ela? – perguntei preocupada, abrindo a boca em um “o”. Ouvi mais risinhos. – Ou será que ela... – fui andando em direção ao guarda-roupas, - se escondeu em cima do guarda-roupas?

Acho que ela cansou de minhas encenações, pois abriu a porta do guarda-roupa e saiu com um pulo, me assustando.

– Não, mama! Eu ‘to aqui! – ela disse rindo, e eu não pude evitar de pega-la no colo e abraça-la apertado. – Ai, ‘tá muito apertado.

­– Ops... Você sabe o que criança que se esconde da mamãe merece? – perguntei, ainda com ela no colo, mas não abraçando. Ela não gostava muito de abraços, para minha tristeza.

– Sorvete? – ela perguntou inocentemente, e eu ri.

– Não. Cosquinhas! – ela arregalou os olhos e tentou se desvencilhar de mim, mas eu era a mamãe- urso, e sair do meu aperto não era tão fácil assim. Comecei a fazer cosquinha em sua costela e ela morria de rir.

Descobri as cosquinhas quando ela ainda era neném e, no mesmo dia, descobri que Sasuke também sentia cosquinhas nas costelas. Era bem divertido provoca-lo com os dedos na costela. Infelizmente ele sempre conseguia se esquivar, para minha tristeza.

– Ma-ma-ma... pa-para. – ela dizia, ainda rindo. Ao ver seu rosto vermelho, soltei-a. E ela saiu correndo porta afora. – Você não me pega!

E assim fui correndo atrás dela, como sempre fazia. Hoje era minha folga, que caia em pleno sábado e domingo. Pedi a Shizune, já que o hospital contava com diversos novos médicos, que estavam sendo formados para serem mandados para outras vilas. E eu agora ficava com a ala das crianças que sofreram traumas na guerra, intercalando com Ino. As vezes aparecia alguma emergência, mas Shizune ou outro médico logo dava conta, então não tinha muito a me preocupar.

Sarada já estava relativamente grande, então já fazia pirraça quando eu tinha que ir trabalhar. Não que ela não gostasse de ficar com os meus pais, mas segundo ela “as brincadeiras do vovô são chatas”. Mas apesar de conhecer o meu pai, eu sabia que ela só dizia isso por sentir minha falta. Afinal, éramos eu e ela apenas, então todo o amor e carinho eu tinha que suprir. E apesar de eu ter muito amor para dar e vender, e acredite em mim quando digo isso, Sarada conseguia me sugar. Eu vivia para ela, e somente para ela.

– Peguei você! – Disse, pegando-a novamente no colo e me jogando no sofá. Ficar sem fazer missões ou treinar estavam me deixando sedentária... teria que começar a fazer alguma coisa para não perder a forma física.

– Mama, quero tomar sorvete. – Sorri, tirando alguns fios de cabelo que caiam em sua face arredondada. Seus cabelos estavam crescidos, chegando quase aos seus ombros. Segundo ela, queria deixar como o meu – que no momento chegava na metade de minhas costas.

– Boa ideia. – Peguei seu nariz entre os dedos e apertei, rindo ao vê-la fazer uma careta.


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Notas finais do capítulo

Olá, queridxs!
Aqui estou eu com mais um capítulo. Eu sei que está pequeno, mas como são pequenas estórinhas, está valendo. Adorei escrever esse capítulo, espero que gostem de lê-lo.
No ultimo capítulo perguntei a vocês o que achavam de uma one-shot para contar sobre a tarde de Sakura e Sasuke. Então... tcham tcham tcham tchaaaam! Aqui está:< http://fanfiction.com.br/historia/631476/Maternidade_-_para_maiores_de_18/ >
Eu não sou a rainha do hentai, tentei fazer da forma mais natural possível. Se gostarem, comentem aqui, ou lá, tanto faz.
Bem, gostaria de agradecer a todxs que tiraram um tempo para comentar, acompanhar, favoritar ou apenas visualizar. É muito importante para mim ver que as pessoas se interessam pela história.
É isso ai, falarei com vocês nos comentários.
Até mais!
Bjs