Maternidade escrita por Xokiihs


Capítulo 15
Comemorando


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Acordei alvoroçada, saindo da cama em um pulo, enquanto corria para o quarto de Sarada. Ela ainda estava dormindo, enrolada em seus cobertores e abraçada ao seu urso panda, o que era uma gracinha.

Fiquei a olhando por alguns segundos, me esquecendo do real motivo de estar ali, já que ela parecia tão serena e tranquila dormindo. E ainda estando abraçada com o ursinho, o que era ainda mais fofo.

De qualquer forma, tive que ser a mãe carrasca, e corri para acorda-la. Pulei sobre sua cama, caindo sobre o seu corpo e a abracei.

– Vamos acordar, Sa-ra-da. – ela arregalou os olhos, me olhando como se eu fosse um extraterrestre.

– Mãe? – cerrou os olhos, provavelmente tentando me enxergar. Peguei seus óculos, que estavam sobre o criado-mudo, e lhe dei.

– Está na hora de acordar, querida. Vamos! – rolei para o seu lado, me sentando na cama.

– Ah mãe... eu ainda ‘to com sono. – resmungou, tirando os óculos do rosto.

– Nada de sono. Hoje é um dia importante, portanto, acorde! – enfiei um dedo em sua costela, fazendo-a sobressaltar na cama.

– Mãe!

– Vou descer para fazer o desjejum, se não estiver pronta em dez minutos, volto aqui. – apertei sua bochecha antes de levantar, e a vi soltar um muxoxo.

Fui ao banheiro, e, depois de pronta, fui para a cozinha. Preparei oniginiris, alguns ovos, e comecei a preparar o bento de Sarada, quando ela apareceu. Estava vestida com a blusa vermelha, com o símbolo do clã Uchiha nas costas, que eu tinha encomendado especialmente para ela.

Eu raramente achava ela parecida comigo, mas naquele momento eu quase ri ao constatar que Sarada parecia Sasuke vestindo minhas roupas. Era a perfeita mistura de nós dois.

Ela se sentou à mesa, claramente mal-humorada, e eu entreguei seus onigiris.

–Está preparada? – perguntei, sem conseguir conter um sorriso. Ela me encarou por baixo dos óculos, algo que me lembrava Karin, e anuiu.

– Sim. Por que está tão animada?

– Ora, porque você finalmente vai entrar na academia ninja. Vai aprender as coisas as quais eu e seu pai aprendemos, e aposto que será uma pequena gênia.- respondi, sonhando com minha filha sendo a número um da sala.

– Umpht, não entendo porque isso é tão importante. – ela bufou, mordendo um pedaço do onigiri. - Realmente precisamos ser ninjas? O mundo não está em paz, como vocês vivem dizendo?

– Sim, Sarada. O mundo está em paz, mas a paz não é plena. Em comparação com o meu tempo, está tudo bem tranquilo, mas isso não muda o fato de que ainda existem crimes por aí, e que precisam de nossa ajuda.

– Hm...crimes como pegar gatos que fugiram? – ela revirou os olhos.

– Sim, também. O dever do shinobi é ajudar os civis, a aldeia e o páis. Somos o que mantém o equilíbrio em nosso mundo.

– Eu não entendo o que uma missão idiota dessas pode fazer para ajudar.

– Cada missão tem um proposito, nenhuma é idiota. Nessas missões iniciantes é que aprendemos trabalho em grupo, e que ajudamos sem nos importar com o tamanho do problema.

– De onde tiram tantos gatos, afinal de contas? É da mesma pessoa? – dessa vez eu ri.

– Não sei, querida. Talvez seja, talvez não. – peguei sua mão, apertando, e sorri. – O que importa é que agora você entrará em um caminho grandioso, e descobrirá o que te agrada. Saiba que, se escolher não ser kunoichi, nós ainda teremos muito orgulho de você.

– Nós? O papai nem deve se lembrar que eu existo.

– Sarada, não fale assim. – falei sério, e apertei sua mão novamente. – Ele se lembra sim, e também sabe de todos os passos que você dá. Deve saber mais da sua vida do que você mesma.

– Hmpht... – bufou, voltando a comer o onigiri.

Eu a entendia, estava naquela idade em que perguntar sobre as coisas é absolutamente necessário. No entanto, Sarada parecia se rebelar quando o assunto “pai” era trazido a tona. Começou aos seus sete anos, e desde então ela não parava de perguntar onde o pai estava ou quando voltaria.

Eu não sabia dizer, afinal uma missão pode durar anos e anos a fio. Mas esperava que Sasuke voltasse logo, pois muito tempo já tinha se passado. Sarada só o conhecia por foto, não tinha memorias dele, ou pelo menos nunca me contou nenhuma. Era difícil para ela, e para mim, que tinha que segurar as pontas para acalmar a fera um pouco; fazer o que, era filha minha e de Sasuke. As vezes eu tinha medo dela simplesmente ir atrás de Sasuke, tal como Sasuke fizera com Itachi.

E chame de intuição de mãe, mas eu achava que isso aconteceria algum dia. De qualquer forma, ficarei sempre de olho nela.

– Terminei.- ela se levantou e colocou o prato na pia, enquanto ia até o quarto.

Eu também coloquei o resto das louças na pia, lavaria mais tarde. Encontrei Sarada na sala, com a mochila já nas costas, enquanto encarava a foto em que eu e o pai dela estávamos.

– Vamos? – chamei, já calçando minhas sandálias ninjas. Ela veio em minha direção e fez o mesmo, e juntas saímos de casa.

O caminho para a academia foi silencioso, e eu não forcei nada. Quando ela estava de mal humor, o melhor era deixa-la em paz.

Todavia, assim que chegamos a academia, que não era muito longe de nossa casa, vimos Ino, Sai e Inojin; Shikamaru,Temari e Shikadai; Chouji, Karui e Chouchou – que veio correndo cumprimentar Sarada.

– Testuda! – Ino me chamou, e eu fui em sua direção, cumprimentando os outros.

Todos estavam ansiosos, esperando pelo anuncio de quem iria entrar para a academia, apesar de todos sabermos que nossos filhos conseguiriam. Sarada se juntou com as outras crianças, e logo o mal humor dela passou e pude vê-la rindo com Chouchou. As duas eram grandes amigas – lembrava um pouco Ino e eu.

Quando os portões da academia abriram, todos foram correndo, e eu não fui exceção. Chouji entrou na frente com Chouchou nos ombros, tampando praticamente todo o quadro com nomes.

– Chouji! Sai dai! – Ino gritou, tentando arrumar uma brecha, e eu fiz o mesmo.

Era uma confusão de pais tentando ver o nome dos filhos, mas eu mal conseguia. Minha vontade era de empurrar a todos usando chakra, assim ficaria livre. Mas logico que não o fiz; acabei esperando Chouji achar o nome de Chouchou, para então tomar o seu lugar. Não sem antes puxar o braço de Sarada, que ficou meio assustada.

– Procure o seu nome. – eu lhe disse, colocando-a em meus ombros.

– Mãe! – ela gritou, provavelmente envergonhada por estar nos ombros da mamãe.

– Procure logo! – eu disse, e assim ela o fez. Ficou alguns minutos procurando, até que gritou.

– Achei! – eu olhei para onde ela estava apontando e sorri.

Uchiha Sarada.

Tirei ela do meu colo e a abracei, enquanto pulava com ela.

– Sabia que entraria! Sabia! – ouvi ela rindo.

– Mãe, ‘tá apertado. – a soltei e sorri.

– Parabéns, querida.


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Notas finais do capítulo

Oioi gentes!
Bem, como sempre, mais um capítulo semanal. Espero que gostem!
Desculpe a demora para responder aos comentários, estou correndo para responder. Obrigada a todxs que comentam, favoritam, acompanham ou apenas leem! Vocês fazem o meu dia mais feliz! :D
Bjs



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