Maternidade escrita por Xokiihs
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura! ;)
Era um sábado quando eu e Sarada nos arrumamos para ir à casa de Ino. Era aniversário de Inojin, ele faria oito anos, e eu tinha prometido a Ino que a ajudaria com a festa.
O dia estava lindo, como um dia de verão geralmente era, com o sol a pino no céu e um vento quente. Apesar de estar cansada, estava bem feliz por poder sair da rotina e ajudar uma amiga. No entanto, minha companheira para todas as horas, Sarada, não estava tão feliz assim.
– Sarada, pare de fazer bico. É só um dia, não vai doer. – eu disse, observando-a de soslaio. Tive que reprimir um riso ao vê-la aumentar ainda mais o bico, mania que ela tinha quando estava com raiva ou irritada.
– Mas eu não quero ir.
– Não é questão de querer. Ino me pediu para ajudá-la, e eu não podia dizer não.
– Por que eu tenho que ir? Podia ficar em casa! – suspirei, ajeitando os cabelos que tinham caído em minha face, devido ao vento.
– Você sabe muito bem que não te deixaria em casa sozinha. Ou você vinha ou ia para a casa dos seus avós. – ela cruzou os braços, mas não disse mais nada.
A ideia de ficar com os avós parecia pior do que ir até a casa de Ino, afinal, meus pais ainda insistem em trata-la como um bebê, apesar dos sete anos, e ela detestava isso.
Fomos o caminho todo em silencio, já que ela não estava disposta a manter uma conversa comigo; estava com raiva, mas eu não ligava. Não faria todas as vontades dela.
Chegamos a casa de Ino, e eu apertei a campainha.
– Testuda! Obrigada por vir, já estou ficando maluca com essa festa! – Ino disse, abrindo a porta para mim e Sarada.
Tiramos nossos sapatos e seguimos a loira casa a dentro. Na sala, Sai e Inojin enchiam balões, enquanto Temari e Shikadai prendiam em cachos.
– Boa tarde! – eu disse, sorrindo para os meus amigos. Cutuquei Sarada, que logo fez uma reverencia e cumprimentou a todos.
– Sakura, como está? – perguntou Temari, que tinha ficado minha amiga depois de anos de convivência. Sentei-me no sofá, ao lado de Sai.
– Cansada. E você? – ela riu, antes de responder.
– Entediada. Acho que estou convivendo muito com Shikamaru. – dessa vez eu ri, balançando a cabeça.
– Não está fazendo missões? – ouvi um suspiro vindo não só de Temari, como de Sai e até mesmo de Ino. Pelo visto não.
– O Hokage está fazendo questão de dar missões aos novos gennins e jounins, deixando os “antigos” de lado. – quem respondeu foi Sai, antes de se continuar a assoprar um balão azul.
– Bem, eu não posso reclamar. Tenho o hospital e uma casa para cuidar, então estou bem cheia. – eu disse, dando de ombros.
– Ah! Como sinto falta da juventude, quando nós só pensávamos se voltaríamos vivos de uma missão ou não. – Temari disse dramaticamente, e eu pude ver Shikadai revirando os olhos ao seu lado.
Não pude deixar de imaginar que, se Shikamaru estivesse ali, teria feito a mesma coisa. Era incrível como pai e filho se pareciam, tanto em aparência, já que Shikadai usava o mesmo penteado que Shikamaru, quanto em personalidade. Chegava a ser cômico.
– Já eu sinto falta dos tempos em que eu não fazia nada além de sair para comer com Shikamaru e Chouji. – Ino apareceu da cozinha, trazendo vários copos com algo gelado e colorido, que eu supus ser suco.
– E você faz o que agora, querida? – perguntou Sai, naquele tom irônico e com o sorriso falso, que, acreditem ou não, fora herdado pelo filho. Ino ficou vermelha de raiva, e pude jurar que ela jogaria aqueles copos na cara do marido.
– Eu cuido de você e desse pentelho ai! – respondeu, fazendo o sorriso de Sai aumentar.
– Ei! Não sou pentelho! – resmungou Inojin, com o cenho franzido. Era uma cópia perfeita de Ino, aquele menino.
– Vocês são muito resmungões. – disse ninguém menos do que minha querida filha, que tinha decidido prestar atenção na conversa.
– Sarada! – falei, olhando feio em sua direção. Ela apenas deu de ombros, ajeitando os óculos na face.
– Essas crianças... – murmurou Temari, balançando a cabeça.
~
A noite tinha chegado, e com ela vários convidados de Ino e Inojin, os mais animados da festa. Tínhamos passado a tarde toda arrumando tudo, para depois irmos para casa, para nos arrumar.
Apesar de estar cansada, afinal tive que ajudar Ino a fazer tudo relacionado a comida, mesmo não sendo tão boa na cozinha. A porca conseguia ser pior do que eu. Conversamos besteiras, relembramos o passado, como sempre, reclamamos dos filhos reclamões, mas no fim das contas, nos divertimos bastante. Até mesmo Sarada, que ficou brincando com Inojin e Shikadai.
A casa de Ino estava bem cheia, e pude reconhecer praticamente todos os rostos.
– Vá lá dar o presente para o Inojin, Sarada. – disse para minha filha, que segurava um embrulho nos braços. Ela me olhou mal- humorada, mas foi mesmo assim.
Observei-a de longe, em seu vestido floral, os cabelos soltos, como uma princesa. Era muito raro vê-la vestida daquela forma, por isso tinha trazido a câmera, pronta para tirar várias fotos como recordação. Afinal, minha filhinha estava crescendo e já não era o bebê mais fofo do mundo.
– Sakura! – me virei, vendo Hinata, que vestia um vestido azul escuro e saltos médios, com os cabelos curtos. Tinha uma Himawari em seu colo, dormindo tranquilamente.
– Hinata! Como vai? – perguntei, vendo-a sorrir.
– Muito bem, e você?
– Estou bem também. – olhei ao redor, procurando com os olhos o marido e o filho mais velho da morena. – Onde está Naruto e Boruto?
– Ah! – ela suspirou, revirando os olhos. – Naruto foi procurar comida, Boruto foi brincar com as crianças.
Eu ri, balançando a cabeça. Certas coisas nunca mudam.
– Vamos procurar um lugar para sentar. – sugeri, e ela prontamente aceitou. – Como está a Himawari?
– Bem. Está com quatro meses, acorda poucas vezes durante a noite. Ah, chega a ser um sonho. E a Sarada- chan?
– Graças a Kami-sama ela parou de chorar a noite. – brinquei, tirando uma risada dela. – Está cada dia mais parecida com Sasuke e eu, as vezes até tenho medo dessa mistura de personalidades... mas fora isso, é bem estudiosa, obediente.
– Isso é ótimo! Boruto é a cópia de Naruto, tanto na aparência quanto na personalidade. – ela parecia cansada ao dizer aquilo, e eu tive que parabeniza-la pela força, porque aguentar dois Narutos não era fácil não.
– E o Naruto? Continua usando clones para fazer as tarefas? – ela assentiu, ajeitando Himawari no colo.
– Sim. Às vezes acho que ele está se sobrecarregando demais...mal dorme, mal vem para casa. A única coisa que faz com frequência é comer. – eu ri, balançando a cabeça. Típico de Naruto.
Continuamos conversando, até Sarada interromper, chegando até nós com os braços cruzados e o bico nos lábios.
– O que foi? – perguntei, quando ela sentou ao meu lado.
– O Boruto não quer me deixar jogar no vídeo game. Disse que não é coisa de menina. – ela dizia tudo entre dentes.
– Aquele Boruto...- murmurou Hinata, um pouco envergonhada. Eu apenas sorri, dando de ombros.
– Sarada, ao invés de ficar aqui do meu lado, resmungando e reclamando, por que não toma o controle das mãos dele e mostra que pode jogar tanto quanto ele?
Ela ficou quieta, me olhando, antes de levantar e ir na direção das outras crianças, enquanto eu só observava.
Vi ela pegar o controle das mãos do loirinho, enquanto ele ficava vermelho e se levantava para ficar frente a frente com ela. Já ela apenas deu-lhe um soco na cabeça, dizendo que iria brincar. Os outros meninos riram, e Boruto, vermelho, veio em nossa direção.
Eu olhei Hinata, que prendia uma risada atrás da mão.
– Tia Sakura, a Sarada me bateu!
– Você mereceu. – Hinata respondeu, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. – Não existe brincadeira de meninos e de meninas. Brincadeiras são para todos!
– M-mas...- ele tentou, mas então Hinata mandou um olhar severo em sua direção, e ele abaixou os ombros, derrotado. – ‘Tá bom, mãe.
Voltou para onde estava, observando Sarada jogar. Eu e Hinata rimos, vendo a interação de nossos filhos, e eu não pude deixar de pensar em como seria quando eles crescessem. Seria bem interessante se eles ficassem no mesmo time.
A festa foi bem divertida, mas como todos estavam cansados, acabou cedo. As crianças estavam mortas, todas dormindo nos colos dos pais, e Sarada não era exceção. Estava em meu colo, agarrada ao meu pescoço, enquanto ressonava baixo.
Me despedi de todos e fui embora, pensando em como seria bom se Sasuke estivesse aqui, se divertindo conosco. Quando chegamos em casa, fui direto ao quarto de Sarada, colocando-a na cama.
– Mamãe...- ela me chamou, ainda sonolenta. – Por que meninos são tão idiotas?
Antes que eu pudesse responder, ela voltou a dormir, e eu só pude rir, sem deixar de concordar com ela. Afinal, meninos são mesmo idiotas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Oioi gentes!
Aqui estou eu de novo, com mais um capítulo para vocês! ( ^-^)V
Nesse capítulo, tivemos participação especial de alguns de nossos personagens preferidos!