Os Marotos - Entre Tapas e Beijos escrita por Laura Yasmin


Capítulo 4
A chamada


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOI GENTEE!
Decidi que agora haverá capítulos segundas, quartas, sextas e domingos, mas não garanto nada, beleza? Às vezes não dá mesmo para postar.
Então, espero que gosteeeeeem!
Fiz com muito carinho e emoção!
Beijoos e até lá nas notas finais!



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No quarto das meninas...

POV LÍLIAN

Acordo mais ou menos 7:30 da manhã, para começar a me arrumar, já que 7:40 é a hora que começa o café da manhã e 8:10 começa as aulas. Só teremos um intervalo de 15 minutos as 10:30, e depois mais aulas até 12:30, com pausa de uma hora para almoço. Depois, continua o estudo até 15:40. Deu para entender? Até hoje fico confusa.

Jogo um travesseiro em cada uma das cinco meninas, porque não gosto de ficar sozinha, e eu sou uma amiga muito legal.

Dorcas pula toda descabelada da parte de cima do beliche, e acaba caindo no chão, Marlene bate a cabeça na parte de cima (ninguém mandou ela ter medo de altura e querer ficar na parte de baixo) e Andrômeda gritou.

Amo minhas amigas.

(...)

Depois de finalmente tomarmos um banho, escovarmos os dentes e arrumarmos a bolsa com os livros e cadernos, arrumamos nossos cabelos, passamos um rímel e gloss (Lene decidiu fazer um delineado no olho também) e conferimos nossa roupa. Nada demais, na verdade. Eu, por exemplo, estava com uma blusinha branca, jeans e uma sapatilha, e Molly fez a mesma coisa, mas pôs um All Star vermelho.

Descemos as escadas na direção do refeitório, atraindo olhares de realmente MUITA gente, principalmente garotos. Algumas meninas metidas, também do terceiro ano, estavam se exibindo com saltos de tortura, com beeem mais de 15 centímetros, e saias mega curtas e justas, e ficaram irritadas ao verem que nós, discretas e simples (só que não), estávamos aparecendo mais que elas.

Bando de recalcadas.

Continuamos nosso desfile e chegamos em uma mesa, ainda sendo o centro das atenções. Agora eu entendi porque o jeans é melhor que o moletom nessas coisas.

Um garçom, de aproximadamente 20 anos, veio passar para nós alguns croissants, pãezinhos e sucos. Além de chá, já que ingleses são APAIXONADOS por isso.

Esse cara aí, depois de deixar a bandeja na mesa, colocou a mão no bolso, e quando tirou, estava com um papelzinho dobrado nela. Ele a deixou na frente de Marlene, que levou um susto.

Vocês não estão entendendo, ele era muuuuuito gato. Loiro de olhos verdes, pele bronzeada...

Lene pegou trêmula o papel e o abriu. Ela leu em voz alta:

– Warren Green, 2198-55321. Aparentemente é o nome e o número dele.

– Juuuuura McKinnon? Não, não, é o filho de John Green, e esses números são coordenadas geográficas! - digo, zoando dela.

Ela fica corada e olha para ele, que já tinha se afastado da mesa há um tempão. O que minha amiga não esperava era que ele fosse olhar novamente, abrir um sorriso e dar uma piscadinha para ela.

Olho para um outro lado do refeitório e vejo que AINDA somos o centro das atenções, mas dessa vez as meninas olham irritadas para Marlene, e vários meninos olham com raiva para Warren, por ter feito isso antes deles.

Abafo o riso ao ver a cara de Bellatrix e Narcisa. Elas estão muuuito furiosas.

POV MARLENE

Okaaay, o que foi aquilo? Aquele menino acabou de me passar o número dele?

Para tudo! Não acredito, isso nunca aconteceu antes!

Saímos dali ao parar de comer e olhamos nosso horário, que recebemos uma hora durante o café. Eu tinha aula de Geografia, junto com a Molly e Andrômeda. Já Lily, Dorcas e Alice ficariam com Matemática, com o Profº Flitwick.

Subo com minhas amigas, rindo um monte, as escadarias.

Pelo amor, só tem escadas naquele colégio?

"Pense na vida fitness, Marlene, pensa nisso"...

Que se dane a vida saudável! Quero elevador, já!

Pareço uma criança birrenta, preciso parar com isso.

Sentamos em umas cadeiras perto da parede, onde dá para se encostar (sou preguiçosa, eu sei) e conversar sem o professor ver. Como nesse caso era o Profº Moody, melhor ainda, já que ele tinha um leve problema de visão.

Ele nem fez a chamada, e muita gente se decepcionou, pois queria saber meu nome. Ainda não entendo qual é a dificuldade.

POV DORCAS

A aula com o Flitwick é muito legal, mas Matemática? Não gosto muuuito assim, sabe... Quem gosta é a Lily, mas ela é boa em quase tudo mesmo. Ela só é um pouco desordenada em Educação Física.

Ele acabou esquecendo de fazer a chamada, e os meninos se entristeceram, mas eu não entendi o porquê. Talvez eu seja meio lerda...

Quando, (obrigada, Merlin), a aula acaba, saímos da sala e nos encontramos com Lene, Molly e Drômeda. Era uma das aulas que tínhamos juntas agora, Inglês. Também ficávamos juntas em Artes e Educação Física, pois todo o terceirão se unia nessas, e em Francês, Química e Tecnologia.

Entramos na sala e ficamos perplexas. Bellatrix, Narcisa, várias líderes de torcida (incluindo Parkinson e suas amigas) e mais os marotos também tinham aula conosco. Um deles, que eu conhecia por Lupin, me olhava como se nunca tivesse me visto antes, e eu podia ver sua mente trabalhando uma forma para me pegar um dia. Isso se eu deixasse, e não era algo que fosse acontecer.

Desfilamos até umas carteiras próximas à parede esperamos a professora Minerva McGonagall chegar. E ela não era de se atrasar.

POV ALICE

Quando a professora finalmente chegou, ela estava acompanhada de um garoto, que eu NUNCA havia visto antes. E eu era beem observadora, principalmente se tratasse de um gato daqueles.

E o melhor, e ele não parava de me olhar.

– Olá, pessoal, temos um novo garoto aqui, ele ficará com vocês esse ano. Pode dizer seu nome? - a professora falou.

– Olá, eu sou Longbottom, Frank Longbottom.

Um menino gritou que ele era bolsista, mas ele, me surpreendendo, nem mudou de expressão. Os marotos, percebendo seu olhar safado e, bem "maroto", o chamaram para se sentar perto deles.

Fiquei ainda mais surpresa, assim como grande parte das pessoas da sala, que cessaram o riso por saber que ele era pobre. Mas o que estava acontecendo? Desde quando aqueles garotos se misturavam com gente como nós?

Mas que ele era gato, aaah, se era...

Olho para ele novamente, que está fazendo um tipo de cumprimento com as mãos com James Potter. De repente, seus olhos se desviam e varrem a sala, procurando alguém.

Então eu percebo que esse alguém era eu, pois ele para quando me encontra e sorri. E pisca.

Não preciso nem dizer o quanto fiquei vermelha, certo? Errado, tenho que dizer sim. Se colocasse meu rosto ao lado de uma plantação de tomate, aqueles vegetais ficariam com inveja de mim, por tê-los imitado tão facilmente.

A culpa não é minha se não estou acostumada com isso, né?

As meninas, ao perceber o que aconteceu, fazem a coisa mais sensata. Começam a rir como hienas e a cantar "É o amooooooor, que mexe com a minha cabeça e me deixa assiiiiiim". Mereço...

Longbottom ri ao ver meu desconforto, e os marotos percebem isso também. Eu não tenho nada muito sério contra aqueles garotos, pois eles não eram que nem os outros, que nos zoavam e nos xingavam. O único problema deles é esse fogo no ** que eles têm. Acho que me entenderam.

POV MARLENE

Depois de acabar todo aquele fuzuê por causa do garoto novo (hmm, tô sabendo de tudo já, dona Alice... *carinha maliciosa*), a professora diz:

– Bem, já que essa agitação toda acabou, posso começar a fazer alguma coisa de útil. Vou começar com a chamada.

Meu coração dispara, é a hora que vamos ser... "reveladas". Atraímos a atenção de TODOS, exatamente, todos os garotos do colégio, incluindo os marotos, mas até agora ninguém ligou que somos aquelas mesmas garotas. E agora saberemos se funcionou mesmo.

– Alice Carter.

Todo mundo para de respirar, mas logo minha amiga diva, suspirando, fala:

– Aqui. - e o pandemônio começa de perplexidade e surpresa, fora o sorriso de orelha a orelha de Frank Longbottom, que está beeeeeeem na da Alice.

Eu sou super focada.

– Posso continuar? Amanda Patil.

– Presente. - ouve-se um gritinho.

– Andrômeda Black.

– Eu. - ela fala, fazendo Bellatrix e Narcisa revirarem os olhos.

– Bruno Wood.

– Aqui.

(...)

– Dorcas Meadowes.

Um silêncio preenche a sala, e algumas pessoas se entreolham dizendo: "Nossaa, verdade, onde aquela loira ridícula foi? Não a vi na sala". E finalmente minha amiga respira fundo e diz:

– Aqui.

O mundo cai. Todo mundo para, e ninguém respira. Percebo muito bem Remo Lupin olhando para ela, com um brilho nos olhos, e foi a primeira vez que o vi olhando para uma menina bonita sem aquela comum expressão maliciosa. E parece que Dorcas percebeu isso também.

– Ca-ham. - tosse a professora - Será que agora podemos continuar, por favor? - Todos param de falar, mas ainda olham para minha amiga, sem acreditar.

– Douglas Rocha.

– Pre-presente. - ele diz hesitante, ainda olhando com uma expressão sinistra para Dorcas, como se fosse comê-la a qualquer momento. Eu hein, fica longe.

(...)

– Lílian Evans.

– Presente - ela diz, sem hesitar.

O mundo cai (de novo), e a reação de Potter foi engraçada. Ele basicamente cuspiu a água dele na cara de Sirius Black, mas ninguém além de nós viu. Todos estavam olhando para uma Lily incrivelmente vermelha, e muuitos garotos a olhavam maliciosos.

E chegou a minha vez.

– Marlene McKinnon.

– Eu. - falo com orgulho.

É possível o mundo parar tantas vezes no mesmo dia? É. Acabo de comprovar isso. Todo mundo me encara, e eu ouço alguém gritar "gostosa". Levanto e dou um tapa na cara dessa pessoa, que por acaso é o Wood. Não admito esse tipo de coisa. Volto para o meu lugar, e a professora, por mais incrível que pareça, em olha com orgulho.

Sirius me observa, mas não com um olhar malicioso, nem com nojo, nem com espanto. E sim com... curiosidade? Surpresa? Foi estranho.

– Pelo amor de Merlin, terceiro ano, vamos ficar quietos? As meninas mudaram sim, e daí? Mas tenho certeza que foi só por fora, por dentro ainda são aquelas meninas meigas que VOCÊS desprezaram durante todo esse tempo. Acham que será agora que elas perdoarão vocês? Parem com essa palhaçada. - a professora dá um sermão. Quase bati palmas. - Molly. - ela continua com a chamada, como se nada tivesse acontecido.

– Ah, aqui professora. - minha amiga diz.

(...)

Depois de um tempo, a chamada finalmente termina, mas ninguém liga para o que Minerva McGonagall está escrevendo no quadro. Todos ainda nos encaram.

Não era mais como antes, que éramos rejeitadas por sermos bolsistas. Conquistamos nosso lugar como igual, pois se apenas há algumas horas atrás estavam basicamente nos idolatrando, não seria agora, depois de uma chamada, que voltariam a nos excluir.

Olho para Patrícia Parkinson, que está com uma expressão realmente de bosta, nem acreditando que nos convidou para sermos líderes de torcida e AMIGAS dela. Rio que nem uma idiota.

Agora sim aquilo estava começando a ficar bom.


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Notas finais do capítulo

Heeey, gostaram? Que tal um review/comentário assim, bem divo, para deixar essa autora feliz? Talvez, quem sabe, favoritar a fic?
Espero que tenham gostado do capítulo e até o próximo!
nhá ;3
Beijoos de brigadeiro