Ela é Demais! escrita por LelahBallu


Capítulo 4
Capítulo 04 – Eu conseguiria ir adiante?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo demorado eu sei, mas por que eu não tenho juízo e tenho trocentas fanfics em andamentos, além do quê estava em final de semestre, e por fim quero agradecer a Iza uma pessoa muito querida que recomendou essa fanfic, obrigada flor... Agora vocês estão livres para ler.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/621892/chapter/4

– Então... Como foi? – Sara perguntou deitando-se ao meu lado na cama enquanto eu permanecia sentada.

– Se eu perguntar o quê você vai achar muito ofensivo? – Perguntei a encarando, eu sabia que ela queria saber sobre ontem, meu dia com Oliver.

– Sim. – Respondeu com um erguer de sobrancelhas. – Sem enrolação e me diga como foi seu encontro com Oliver.

– Primeiro: Não foi um encontro e segundo... Eu até que me surpreendi com ele. – Confessei.

– Ollie não é o cafajeste que aparenta. – Deu de ombros. – Não sempre. – Ergueu o corpo animada. – Vocês marcaram um novo encontro?

– Não foi um encontro. – Revirei os olhos com sua insistência. – Ele me chamou para uma festa que teria hoje...

– Oh eu vou estar nessa festa! – Sorriu ainda mais animada.

– Eu imaginei. – Concordei. – Mas... Eu disse que não. – Ela me encarou incrédula.

– Por que você disse semelhante bobagem?

– Bem a razão que eu dei a ele é por que estaria ocupada...

– Ocupada?

– Arrumando a casa. – Expliquei.

– Felicity Smoak! – Exclamou incrédula. – Quando foi à última vez que você arrumou a casa?

– Não desde que minha mãe casou com Malcolm Merlyn. – Assenti com um sorriso.

– Eu não acredito que você dispensou Ollie com essa desculpa. – Meneou a cabeça. – Ele é um tolo se tiver acreditado.

– Sara eu não tenho ideia do por que Oliver de repente se interessou por mim. – Falei a encarando. – Mas eu sinto que me deixar envolver por Oliver só terminará ruim, para mim. – Expliquei. – Não quero ser mais umas das garotas que tem seu coração quebrado por Oliver Queen. – Confessei.

– Você mesma disse que ele não é ruim. – Sara protestou. – Você precisa dar uma chance a ele. Ollie pode ser exatamente o que você precisa Lis.

– Eu...

– Felicity. – Escutei a voz de Malcoln me chamar. Ele entrou no quarto com o semblante confuso. – Você tem visitas.

– Eu? – Perguntei estranhando, a única visita que eu recebia estava bem ao meu lado. Ele deu de ombros e Sara saiu da cama empolgada com a ideia de eu está recebendo visitas fora ela, ela desceu as escadas a minha frente, mas parou deixando-me passar quando observou Oliver encostado no batente da porta aberta. – Oliver.

– Coração. – Seu sorriso era enorme e eu queria me dar um tapa por reagir a ele.

– O que você está fazendo aqui?

– Eu te convidei para uma festa. – Veio à resposta simples.

– Sim. – Concordei. – Que vai ser à noite e que eu neguei.

– Sim. – Assentiu. – Pode me lembrar de qual foi à razão mesmo?

– Eu te disse, eu preciso arrumar a casa. – Falei, no momento que terminei escutei o bufo feminino vindo atrás de mim.

–Olá Sara. – Oliver a encarou por trás do meu ombro e voltou a me encarar. – Felizmente eu tenho uma solução para isso.

– Tem? – Perguntei apreensiva. – Qual?

– Fico feliz que tenha perguntado. - Sorriu, ele olhou para trás e se afastou da entrada. – Vamos lá garotos, podem entrar. Observei boquiaberta um grupo de garotos entrar em fila carregando cada qual utensílios de limpezas. – Quero tudo muito limpo e brilhando...

– Oliver. – Falei o encarando. – Esse é...

– O time de futebol juvenil. – Completou sorrindo voltando a se encostar no batente da porta após o último passar.

– Você não pode fazer isso! – Protestei.

– Já fiz.

– Mas... Mas... – Procurei em minha mente uma nova desculpa.

– Sim?

– Eu não tenho o que vestir! – Falei sincera e sentindo-me vitoriosa por ter encontrado uma boa razão. – Eu não posso ir.

–Sobre isso... – Ele olhou por sobre o ombro. – Speed!

– Quem é...

– Eu sou Speed. – Uma garota vestida com roupas de colégio interno falou entrando carreando com sigo várias sacola em uma mão e segurando um cabide com uma roupa protegida por uma capa preta. – Mais precisamente Thea Queen, irmã desse tolo e sua “Personal Style” por hoje.

– Minha...

– Vamos. – Me interrompeu. – Eu tenho muito o que fazer. – Olhou para Oliver. – Ollie vá se divertir com Tommy ela está em boas mãos.

– Mas eu...

– Tchau coração. – Oliver piscou se afastando. Sara se aproximou cada vez mais empolgada com o que estava acontecendo, ela já conhecia Thea e ambas conversaram com naturalidade, Sara ajudou Thea a carregar as coisas, e ambas me arrastaram até meu quarto. O que veio a seguir me deixou tonta, Thea praticamente me recriou, eu não era mais morena, meus cabelos foram tingidos de loiros e recebeu um corte, a maquiagem era mais leve e o vestido era... Lindo, era vermelho uma cor que eu não usava, mas quando me vi nele um sorriso escorregou dos meus lábios enquanto contemplava me reflexo.

– Ollie vai literalmente babar. – Thea falou passando as mãos nos meus cabelos.

– Eu não estou querendo impressionar seu irmão. - Protestei.

– Mas vai. – Sara falou ao meu lado. – Você está linda. – A encarei ela também estava bonita, tinha saído apenas para buscar suas coisas para se trocar aqui, agora estávamos as duas prontas, encarando uma a outra, de repente rimos e nos abraçamos.

– Você também está linda. – Murmurei por sobre o seu ombro.

– Por favor, linda a amizade entre vocês duas, mas você está proibida de amassar esse vestido. – Thea reclamou. – Vamos! – Ela chamou. – Eu e Sara desceremos e chamarei você.

– Não precisa disso. – Protestei.

– Como sua futura cunhada eu preciso avisar... – Thea tocou meu braço, abri a boca para protestar com o “futura cunhada”, mas ela ergueu um dedo me silenciando. -... Não adianta tentar protestar, eu sempre acabarei tendo o que quero.

– Isso é um pouco assustador. – Falei a encarando.

– Apenas esteja sempre do meu lado. – Retrucou com um sorriso. – Agora vamos!

POV OLIVER

Encarei Malcoln em minha frente, geralmente ele não fixava muito sua atenção em mim, ele era o melhor amigo do meu pai, eu sou o melhor amigo do seu filho, ele estava acostumado a minha presença, mas desde o momento que eu cheguei para buscar Felicity ele me encarava com o olhar meio... Sinistro.

– Pai. – Tommy chamou sua atenção de onde ele estava sentado me encarando fixamente, eu havia preferido permanecer em pé, apenas no caso de precisar sair mais rápido. – Você está assustando Ollie.

– Mesmo? – Um sorriso se estendeu em seus lábios. – Não havia sido minha intenção. Mas por falar em intenções Oliver, quais foram as que você disse ter com relação à Felicity mesmo? – Mexi-me inquieto ao escutar sua pergunta, mas fui salvo ao escutar o pigarro feminino, o pigarro havia sido feito por Sara que havia atraído toda a atenção de Tommy que a encarava embevecido, ele parecia um tolo.

– Atenção garotos. – Thea chamou a atenção com um certo drama. – Quero apresentar a vocês minha maior obra prima até hoje, eu realmente estou muito orgulhosa do resultado final. Senhoras e Senhores, Felicity Smoak. – No momento em que ela chamou o seu nome Felicity desceu as escadas hesitante e lentamente. Meus olhos acompanharam cada segundo mínimo que ela desceu cada degrau, senti-me nervoso, perplexo, Felicity costumava ser bonita, mas agora ela estava... Estoteante, meus olhos deslizaram pelo seu rosto notando a insegurança nos olhos femininos e acompanharam as linhas do corpo feminino envolto pelo tecido do vestido sensual, voltei a encarar seus olhos e quando percebi que ela me encarava fixamente senti meu próprio ar se esvair, eu sabia nesse exato momento que meu rosto não era muito diferente do de Tommy ao encarar Sara. Sorri me aproximando e no exato momento em que alcancei a base da escada ela tropeçou caindo em meus braços, não me importei, na verdade ter uma desculpa para envolve-la em meus braços era algo pelo qual eu agradeceria, seus olhos me fitaram assustados até que um sorrio iluminou seu rosto.

– Eu sou um desastre. – Murmurou.

– O desastre mais bonito que eu vi. – Respondi sem sequer me dar conta. Observei seus cabelos. – Você está loira.

– Mesmo? – Perguntou irônica.

– Agora eu tenho duas loiras preferidas. – Tommy brincou se aproximando. – Você está linda maninha.

– Oh obrigada. – Ergueu uma sobrancelha. – Você também está incrível, vai dar algum trabalho para Sara.

– Eu não tenho ideia por que ele me daria trabalho. – Sara protestou. – Podemos ir?

– Claro. – Concordei. – Obrigado Speed.

– Não há de quê. –Deu de ombros. – Exceto que você sabe que eu cobrarei isso mais cedo ou mais tarde. – Piscou. Ela se despediu dos demais e acompanhamos ela até a porta, dali em diante tomamos nosso caminho, todo o momento Felicity estava nervosa, eu podia perceber, me surpreendi com a vontade súbita de envolver sua mão e acalma-la, mas não fiz, primeiro por que me envolver com Felicity não estava no trato e segundo por que temia que ela se afastasse, e sentisse ainda mais nervosa. Quando chegamos à festa estava tudo muito agitado, todos estavam se divertindo muito, a festa já começava no jardim da casa, o som estava bastante alto e na medida em que entrávamos na casa podíamos observar algumas pessoas dançando, encontrei alguns amigos e comecei a conversar com eles, e a medida que o tempo passava, cada vez eu notava que Felicity não estava vontade, especialmente agora que Sara havia se afastado com Tommy e ela havia ficado sem nenhuma amiga, quando ela se afastou lentamente dando espaço para uma garota que insistia conversar comigo colocando seu corpo entre nós dois eu segurei sua mão a impedindo de se afastar, pedi desculpa aos outros e com sua mão ainda envolta pela minha sai em direção ao terraço, fechei a porta de vidro abafando apenas um pouco o som estridente.

– Você não precisava se afastar de seus amigos por mim. – Murmurou me encarando.

– Eu a trouxe para nos divertimos. – Esclareci. – Você e eu. – Dei de ombros. – Você não parecia estar se divertindo.

– Eu não sou boa com pessoas. – Fechou os olhos brevemente. – É claro que eu me dou bem com pessoas, eu apenas não me dou bem com muitas pessoas, especialmente esse tipo de pessoas.

– Qual tipo? – Inclinei minha cabeça a avaliando. – Fútil? Festeiros, playboys, riquinhos mimados? Pessoas como eu?

– Sim. – Concordou e meneou a cabeça. – Não! – Negou rapidamente. – Você não é como eles, você é... Diferente.

– Como pode ter certeza? – Perguntei me aproximando. – Até o outro dia você me odiava.

– Eu não te odiava Oliver. – Protestou. – Eu só não gostava da pessoa que eu acreditava que você era, mas agora eu sei...

– O quê? – Perguntei minha mão alcançando sua cintura e a aproximando de mim, ela lambeu os lábios e pareceu ficar ainda mais nervosa, esqueci minha pergunta e o que ela estava falando, esqueci de tudo exceto o quanto eu estava próximo de acabar com a distância de nossos lábios, de como era bom sentir a maciez dos seus lábios quando entrou em contato com os meus, de como ela emitiu um pequeno suspiro quando delineie a abertura dos seus lábios coma ponta da minha língua e entreabri seus lábios a deslizando para dentro, roçando a sua com a minha, o beijo havia começado terno, casto até, mas de súbito em poucos segundos eu a beijava com intensidade, ela segurava em meus ombros enquanto eu aprofundava o beijo e inclinava sua cabeça ganhando um melhor ângulo, quando minhas mãos deslizaram por sua coluna escutei o so da porta se fechando com força, quando me separei de Felicity perplexo e exultante virei-me para encarar nosso visitante, soltei um xingamento ao observar Laurel nos encarando com um sorriso de escarnio.

– Sério Ollie? – Ela ergueu uma sobrancelha. Segurei a mão de Felicity sentindo-me de repente com vontade de protegê-la de qualquer veneno que Laurel com certeza despejaria. – A esquisitona da escola? - Felicity se encolheu ao meu lado. – Sinto muito dizer querida, mas qualquer que seja a razão dele está com você é totalmente egoísta, e para me superar. – Trinquei os dentes ao escutar o que ela havia dito.

– Laurel. – A repreendi. – Afaste-se.

– Eu vou. – Sorriu. – Mas não esquecida querida, provavelmente tem haver com pena, não vê que ele precisou muda-la totalmente para ficar com você? – Felicity reagiu como se tivesse levado um tapa e puxou sua mão da minha com tanta força que a soltei, ela só precisou disso para sair correndo. – Oh lá foi à patinha feia.

– Eu não tenho ideia do por que eu fiquei com você. – Murmurei com raiva.

– Eu sei. – Falou dando de ombros. – Somos exatamente iguais Ollie.

– Você pode falar o que quiser de mim. – Murmurei. – Verdade ou mentira, mas não volte a se aproximar de Felicity.

– Não irei me aproximar de sua preciosa Felicity. – Falou com um sorriso. – Conhecendo você... Você mesmo irá estragar as coisas. – Não esperei ela dizer mais nada, eu saí correndo em busca de Felicity, passei por entre as pessoas sem assimilar os rostos e vozes que falavam comigo, cheguei ao jardim e a encontrei encostada contra meu carro, emiti um suspiro de alívio ao saber que ela não havia fugido.

– Felicity. – Murmurei chegando ao seu lado. – Sobre o que ela disse...

– Eu ia embora. – Interrompeu-me. – Mas eu percebi que eu não sabia onde diabos eu estou, então...

– Você não pode levar a sério o que ela disse. – Protestei. – Feli...

– Apenas me leve para casa Oliver. – Pediu.

– Ela só estava sendo amarga. – Falei. – O que ela sempre foi e sempre será, uma pessoa vazia...

– Leve-me para casa Oliver. – Pediu com tom de voz firme. Assenti a contra gosto, tal como ela pediu fiz seu desejo, a levei para casa, e quando ela se despediu com um aceno rápido me peguei sentado no carro a observando entrar em casa com uma sensação amarga, a sensação de Laurel estava certa, a final eu havia aceitado essa aposta, eu estava usando Felicity, eu estava sendo egoísta, eu não tinha certeza se conseguiria levar isso adiante.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, aguardo vocês nos comentários... Xoxo LelahBallu.