Ela é Demais! escrita por LelahBallu


Capítulo 3
Capítulo 03 - Para onde você está me levando?


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha,
Desculpe a demora em atualizar ED+, mas eu estou envolvida com FS e FP, espero que não tenham ficado chateados, tendo em vista que maioria aqui acompanha essas outras fics... Obrigada pelos comentários, vocês são incríveis.



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– Bom dia coração. – Oliver falou no momento em que abri a porta de casa, minha raiva em escutar o apelido “carinhoso” foi tão grande que fechei a porta na sua cara e dei as costas voltando para a cozinha, infelizmente eu sabia que ele me seguiria, tinha virado um costume seu. – De mau humor tão cedo? – Sua voz soava em minhas costas - Em um sábado? – Ironizou. – Por que será?

– Suco? – Ofereci ignorando sua pergunta e enchendo meu copo com suco. Ele meneou a cabeça em negativa e sentou na cadeira ao meu lado em frente ao balcão em que eu estava.

– Ok preciso pedi algo sério. – Comentou.

– Essa seria uma novidade. – Ele bufou como resposta.

– Eu não sei onde você está me levando. – Prosseguiu. – Mas tenho certeza que faz parte de algum plano maligno dessa sua linda cabecinha. – Ergui uma sobrancelha, ele havia me chamado de linda, foi minha cabeça, mas eu faço parte do pacote né?! E por que diabos eu me importava com isso?

– E?

– E eu passarei pelo o que quer que você tenha planejado. – Concordou. – Desde que você vá comigo para praia depois.

– Eu não gosto de praia. – Menti.

– Você não gosta de praia? – Cruzou os braços, um sorriso prepotente nos lábios, ele sabia que era uma mentira. Revirei os olhos quando notei que não poderia contorna-lo quanto a isso.

– Ok. Você ganhou. – Dei-me por vencida, exibiu um sorrio vitorioso. – Mas não sei que horas vamos sair de lá. – O alertei.

– Onde é “lá”?

– Isso você só vai descobrir quando chegarmos. – O provoquei.

– Está pronta? – Perguntou me analisando atentamente, seu olhar desceu pelo meu corpo passando pelo o macacão curto que eu vestia, demorando em minhas pernas, corei ao notar que ele tomava seu tempo observando, seu olhar voltou a encontrar o meu e em vez de parecer constrangido pela sua atitude exibiu um sorriso infantil que perdeu sua inocência no comentário que veio a seguir. – Belas pernas. – Revirei os olhos e me levantei.

– Ei onde você está indo. – Perguntou me seguindo.

– Para o meu quarto. – Avisei. – Vou me trocar.

– Por que olhei para suas pernas? – Perguntou incrédulo. Parei me voltando para ele e quase trombando nossos corpos ao fazê-lo.

– Eu vou colocar um biquíni seu idiota. – Falei. – Como se eu fosse mudar minhas roupas por um garoto. – Resmunguei.

– Sabe coração, eu tenho um nome. – Gritou enquanto eu subia as escadas.

– Assim como eu! – Gritei de volta.

POV OLIVER

A observei subir as escadas e tinha que admitir, a irmã de Tommy tinha um belo traseiro, era a primeira vez que via com roupas diferentes das que usava para escola, como calça jeans ou saias longas, eu prefira dessa forma, não que tenha algo a que preferir, essa era apenas uma aposta, me envolver com Felicity não estava nas regras.

– Pronto Queen? – Perguntou quando desceu as escadas novamente, nada havia mudado exceto que agora seu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo, me peguei imaginando qual era o tipo de biquíni que Felicity Smoak usava.

– Por uma vez você poderia apenas me chamar de Oliver. – Falei indo em direção à saída, ela deu de ombros não considerando minha sugestão, apontei meu Jeep, mas em vez de ela entrar no do passageiro parou ao lado da porta do motorista, meneei a cabeça antes mesmo que ela estende-se sua mão pedindo as chaves. – Você não vai dirigir meu carro.

– Então não vamos a lugar nenhum. – Observou.

– Felicity. – A encarei com aborrecimento. – Não. – Ela sorriu inclinando a cabeça sua mão abriu e se fechou voltando a pedir a chave. Emiti um suspiro de rendição e a entreguei, seu sorriso se abriu ainda mais.

– Bom garoto. – Murmurou entrando no carro, meu rosto se formou em uma carranca quando a encarei. – Relaxe garoto bonito, estou apenas mantendo para onde vamos como surpresa.

– Você está se esforçando muito para isso. – Resmunguei. Sem nem mais uma palavra ela começo a dirigir. A esse ponto eu reconhecia as ruas que ela percorria, mas não esperava que ela parasse no estacionamento de um hospital.

– Um hospital? – Perguntei incrédulo. – Você passa seus sábados em um hospital? – Ela assentiu antes de descer do carro, quando parei ao seu lado me olhou atentamente. – Por quê? Você é o tipo de garota que gosta de... Serviço voluntário? – Perguntei admirado.

– Eu não sou uma santa Queen. – Meneou a cabeça e passou a andar na minha frente. – Eu não acordei de repente com a necessidade de ajudar o próximo, tornou-se um costume.

– Um costume? – Repeti. – Por causa de sua mãe? – Perguntei em tom suave, eu sabia que sua mãe havia morrido há dois anos devido ao câncer. Ela engoliu em seco antes de assentir e me encarar parando por uns instantes.

– Eu passei um bom tempo por aqui. – Deu de ombros. – A ala infantil precisava de alguns voluntários e enquanto minha mãe estava em uma das seções de quimioterapia eu os ajudava.

– Como? – Perguntei interessado. Um sorriso genuíno se estendeu pelos seus lábios.

– Siga-me Queen. – Chamou com um aceno de cabeça.

– Você ainda me chamará pelo meu nome. – Falei em tom alto. – Coração. – Ela não respondeu, continuou andando, entrando nos corredores e cumprimentando algumas pessoas, ela era reconhecida tanto por médico, enfermeira e pacientes, sequer havíamos entrado na ala infantil, em um determinado ponto ela segurou meu braço me levando até uma sala pequena, pegou uma caixa e me entregou.

– Vá ao banheiro e vista isso. – Pediu. – Quando terminar me encontre aqui, eu terminarei de ajeita-lo.

– O que tem aqui? – Perguntei desconfiado.

– Apenas vá se vestir. – Ordenou. Assenti pensando em que roubada Felicity me meteria agora.

[...]

– Nossa você está irresistível. – Brincou. Franzi o cenho analisando minhas roupas.

– Você é tão divertida. – Ironizei. Eu estava vestido com calças de pijamas xadrez, camisa branca com desenhos de amimais por baixo da camisa xadrez do pijama e um colete preto por cima. – Eu vou ser um palhaço?

– Você nem precisou pensar muito para isso. – Provocou-me enquanto se aproximava me surpreendi com sua aproximação súbita e encarei seu rosto enquanto ela dobrava as mangas da camisa, quando terminou com uma e passou para o meu lado senti o cheiro doce de seu perfume, ela ergueu o rosto me encarando e observei seus lábios, encarei a ponta da sua língua os umedecendo e me alarmei ao percebe que a encarava fixamente. – Está tentando me seduzir coração?

– Nos seus mais loucos sonhos. – Respondeu com tom ácido se afastando. Só então percebi como estava vestida, ela estava linda, embora não devesse, “palhaças” não era para serem atraentes não é mesmo? Ela estava com uma um vestido de mangas curtas, a parte de frente era branca com botões coloridos, enquanto a saia armada rodada toda colorida, meias igualmente coloridas iam até um pouco abaixo de seus joelhos, e sapatilhas azuis terminavam o visual, seu cabelo havia sido dividido em dois e amarrados no alto da cabeça, ela não devia estar bonita e ainda assim estava, eu estava ficando ridículo. – Preciso te maquiar. – Falou voltando a se aproximar trazendo uma pequena maleta. – Tente não pensar que quero roça meu corpo no seu de forma provocante e leva-lo para alguma sala escura. – Ironizou.

– Eu não iria me opor. – A provoquei levando um tapa no braço.

– Pare. – Mandou. – E fique quieto.

– Você não vai se maquiar também? – Perguntei quando finalmente se afastou.

– Claro. – Falou antes de desenhar um coração na trajetória de uma lágrima em seu rosto.

– Só isso?

– Por que não?

– Você pintou toda a minha cara!

– Você ainda estava com aquele ar que fazem as garotas da nossa escola ser tão... Estúpidas. – Deu de ombros.

– Você está tentando me deixar menos atraente? – Ri. – Conseguiu? – Perguntei analisando sua reação, ela franziu os lábios parecendo está chateada e deu as costas, voltou e colocou um chapéu de coco em minha cabeça, dando um peteleco antes de voltar a se afastar e me encarar.

– Droga. – Suspirou. – Siga-me.

– Isso quer dizer que você me acha atraente não é mesmo? – Perguntei com um sorriso a seguindo, ela bufou e eu tive certeza que Felicity sentia-se atraída por mim, mesmo que quisesse negar. – Mesmo vestido de palhaço você me acha atraente.

– Cala a boca Queen. – Exigiu e parou. – Ouça. – Seu tom de voz era sério agora, essas crianças precisam dar umas boas risadas, se distrair dos problemas que já tem com tão pouca idade, por favor, não me faça me arrepender de trazer você para isso.

– Eu não sou um monstro Felicity. – Falei sério. – Eu não vou magoar nenhuma criança daqui.

– Promete? – Pediu. Encarei seus olhos absorvendo a importância daquilo para ela, então me senti privilegiado em fazer parte disso, em ela confiar em mim.

– Eu prometo. – Sussurrei. Ela assentiu e me entregou um nariz de borracha vermelho, ante de colocar um em si, droga ela ficava linda de palhaça. – Vamos minha palhacinha, vamos alegrar o dia de algumas crianças. – Puxei seu cabelo de leve. Ela meneou a cabeça ainda que deixasse um sorriso aparecer em seus lábios traidores.

POV FELICITY.

– 13:00 hora! – Oliver olhou para o relógio enquanto andávamos pelo estacionamento. – Precisamos comer algo antes de ir para a praia.

– Não sei se ainda quero ir lá – Dei de ombros. – Me expor ao sol agora não era bem meu plano. – Confessei

– Eu conheço um lugar onde podemos comer passar um pouco de tempo lá e voltarmos pela praia. – Sugeriu.

– Soa como um plano. – Concordei.

– Seja sincera eu fui bem hoje. – Oliver falou se apoiando em seu carro. Suspirei, ele havia sido mais do que bem, Oliver havia me surpreendido e para minha surpresa havia sido um palhaço bem atraente.

– Depende. – Ergui uma sobrancelha. – Vou poder dirigir até a praia?

– Acho que já ficou evidente que você tem todo o poder sobre mim. – Resmungou antes de entrar no assento do passageiro. Não pude evitar em dar um pequeno pulo de comemoração e seguir até o assento do motorista. – Espere. – Falou antes que eu desse a partida, tirou o chapéu que havia insistido em pegar para si e colocou em minha cabeça, quando voltamos a trocar de roupa tinha voltado a juntar meu cabelo em apenas um nó, mas o havia colocado para baixo com os fios caindo por sobre meu ombro direito. – Linda. – Corei quando ele disse e minha atenção foi até sua bochecha, sorri ao encarar a macha branca em seu rosto.

– Você ainda está com... – Falei enquanto segurava seu rosto com uma mão e passava o polegar sobre sua pele a esfregando. -... Um pouco de maquiagem. – Completei quando a mancha sumiu, seus olhos estavam presos no meu, e por um momento, um breve momento pensei que ia se inclinar e beijar-me, se essa havia sido sua intenção ele havia mudado de ideia, pois virou seu rosto encarnando um dos retrovisores.

– Vamos? – Perguntou. Pisquei surpresa ao perceber o quanto eu queria aquele suposto beijo e estava decepcionada por não ter recebido, balancei a cabeça afastando o pensamento ridículo e dei partida no carro.

[...]

– Eu preciso saber... – Oliver começou caminhando ao meu lado, estávamos de pés descalços, o clima não estava quente e não havia tantas pessoas na praia, no momento estávamos apenas caminhando, durante o almoço havíamos conversando sobre as coisas mais ridículas possíveis, programas de TV, a escola, Tommy... Oliver era um bom ouvinte e claro não conseguia resistir a uma provocação ou outra, mas era divertido, aproveitar o dia com ele estava me surpreendendo.

– O que você saber? – Perguntei notando que ele havia deixado a pergunta de lado.

– Por que você me levou até lá? – Perguntou por fim.

– Por que você me seguiu pela escola insistindo nisso. – Franzi o cenho. – Não era isso o que você queria? “Sermos amigos?” – Perguntei observando seu perfil.

– Me referi por que “lá”, o lugar. – Explicou. – Desculpe abordar isso Felicity, por causa da sua mãe, mas o local parece pessoal para você, e eu não sou a pessoa mais próxima a você.

– Não pensei muito sobre isso Oliver. – Confessei. Era verdade, não havia dado uma atenção especial do por que havia escolhido aquele local, Oliver havia me surpreendido, pensei que ele ficaria incomodado, ou se mostrasse fútil diante a ideia, mas vê-lo entre as crianças, carinhoso com elas, as divertido... Acho que eu estava errada com relação a algumas coisas sobre ele. – Apenas o levei. – Parei ao notar que ele havia parado um sorriso presente em seu rosto, era diferente, ele não estava jogando seu charme, ou me provocando, ele parecia feliz.

– O quê? – Perguntei confusa. O que eu havia dito?

– Você me chamou de Oliver. – Observou.

– Até onde eu sei este é seu nome. – Dei de ombros.

– Você geralmente me chama de Queen ou eventualmente de idiota. – Retrucou.

– Bem, você também não usa muito meu nome. – Argumentei.

– Uso sim. – Replicou. – Eu apenas gosto de chama-la de um apelido carinhoso ou outro. – Encarou-me longamente.

– Eu acho que está na hora de irmos. – Falei ao notar que a atmosfera havia mudado.

– Com uma condição. – Exigiu.

– Sem mais condições Oliver.

– Você vai a uma festa comigo amanhã. – Falou ignorando minha advertência.

– Não eu não vou. – Neguei prontamente.

– Por quê?

– Por que... Eu preciso arrumar a casa. – Menti. – Toda a casa, polir, limpar banheiro, cozinha, sala... Você sabe, e não podemos esquecer o quarto de Tommy, o quarto de Tommy vai me tomar todo o dia.

– Essa é a razão?

– Sim. – Confirmei.

– Está bem. – Concordou. – É um motivo válido.

–No que você está pensando em aprontar? – Perguntei desconfiada.

– Você deveria confiar mais nos outros. – Ele retrucou. – Comece como um exercício, depois você pega o jeito. – Piscou. – Vamos, vou te levar para casa.

– Eu não vou poder dirigir dessa vez?

– Não. – Negou prontamente. – Tommy já está acordado, eu não preciso dele no pé quanto a isso.

– Idiota. Vocês dois. – Falei escondendo um sorriso. – Leve-me para casa Queen.

– Como desejar coração.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e aguardo vocês nos comentários... Xoxo LelahBallu