Ela é Demais! escrita por LelahBallu


Capítulo 2
Capítulo 02 - Por que está me perseguindo?


Notas iniciais do capítulo

Já estou trazendo o segundo capítulo para vocês... Espero que gostem!!
Para Iza e Lea, que ficaram muito empolgada com uma fic baseada nesse filme.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/621892/chapter/2

POV OLIVER

Observei Felicity recolher suas coisas, e senti uma vontade súbita de dizer a Tommy que a aposta estava desfeita, Tommy me conhecia bem por que me deu um empurrão nas costas fazendo com que eu desse dois passos involuntários, o encarei apertando os lábios em irritação. Ele deu um aceno e fez um gesto com a mão para que eu me apressasse, aquele bastardo arrogante exibia um sorriso de divertimento. Virei-me pensando em me aproximar de Felicity com a desculpa de ajuda-la com as coisas, mas ela já havia partido.

Olhei ao redor a procurando e a vi se afastando, mais uma vez me vi tentado a desistir, mas pensar em tirar aquele sorriso idiota de Tommy quando vencesse a aposta me fez dar um passo em a frente, a segui parando apenas para rasgar a folha do caderno de um dos garotos do primeiro ano, ignorei seu protesto e a alcancei.

– Felicity. – A chamei, ela me olhou de esguelha e me ignorou, dava para perceber pelo seu cenho franzido que estranhava minha aproximação. – Felicity. – A chamei novamente, mas ela apenas acelerou seus passos. – Coração! – A provoquei. Ela se virou com o que deveria ser o olhar mais furioso que uma garota deveria possuir. – Desculpe. – Pedi automaticamente, embora não tivesse feito nada de errado... Ainda.

– O que é “Ollie”. – Perguntou com um falso tom adocicado. Preferi ignorar a clara provocação com meu apelido e estendi a folha que havia arrancado, sua mão se ergueu automaticamente a segurando.

– Você deixou cair isso. – Murmurei.

– Oh. – Exclamou ante de baixar a cabeça e encarar a folha em questão, estava contente comigo mesmo pela desculpa que havia arranjado quando ela ergue o rosto e sua expressão é de fúria pura e mortal.

– Seu idiota! – Bravejou enquanto empurrava a folha contra meu peito, a segurei automaticamente e olhei para ela, oh merda, o idiota tinha desenhando seios.

– Isso não é meu... – Falei me defendendo, mas ela já estava se afastando novamente. – Felicity! – A chamei voltando a correr atrás dela, eu não conseguia acreditar que ela estava me fazendo literalmente correr atrás dela. – Fe-li-ci-ty. – A chamei novamente, agora segurando seu braço. – Isso não é meu repeti. – Desculpe, vi que você estava juntando suas coisas no chão, e essa folha estava por perto, eu sequer a tinha olhado até agora. – Jurei. – Ela me olhou atentamente verificando a veracidade das palavras, o resultado não deve ter sido bom por que ela voltou a andar me ignorando, suspirei aborrecido, que inferno de garota! Custava me dá dois minutos de atenção? Geralmente eu tinha que ignorar as garotas não o inverso. Eu não acreditava no que estava fazendo, por que contrariando tudo o que fui até hoje voltei a ir atrás dela.

– Você não viu, entendi Queen. – Falou antes que eu abrisse a boca novamente, quando fiquei lado a lado com ela.

– Então por que você está se afastando?

– Por que você está me seguindo? – Retrucou.

– Por que... – Comecei, mas percebi que não tinha uma resposta. – Saiba que você é muito irritante! – Acabei soltando. – Me arrependi no segundo seguinte. Grande Queen, chame a garota que você quer... Precisa conquistar, de irritante. Para minha surpresa ela parou e cruzando os braços me encarou.

– Como disse?

– Desculpe. – Voltei a pedir, num espaço pequeno de tempo eu já havia corrida atrás desta garota e pedido desculpas três vezes, muito mais do que havia feito por qualquer garota.

– O que você quer Oliver? – Suspirou. – Nos conhecemos a anos e você nunca parou para falar comigo, e quando o faz ganho um desenho de seios e sou chamada de irritante.

– Só pensei que poderíamos conversar um pouco. – Brilhantemente falei. Eu podia ver as engrenagens do seu cérebro trabalhando.

– Agora... Sem mais? – Indagou.

– Você é irmã do Tommy...

– Há quatro longos anos. – Cortou.

– ... E eu achei que seria legal, se até o fim do ano letivo tivéssemos falado mais do que duas palvras.

– Bem... – Balançou a cabeça. – Eu tenho quatro. – Nada de bom viria dai. – Me Deixe Em Paz. – Falou contando nos dedos antes de virar as costas novamente, e eu juro por Deus com aposta ou não, dessa vez eu não a seguiria.

[...]

– Você sabe que eu posso chamar a polícia? – Felicity perguntou no momento em que entrei na sala de informática. - Isso

– Eu só vim me desculpar. – Ergui as mãos fingindo-me render. Levantou o olhar do computador em sua frente.

– Pelo o que você está se desculpando? – Me encarou com atenção. – Algo me diz que você não saberia responder essa pergunta.

– Por que... – Respirei fundo. – Eu não sei. – Observei o canto de sua boca dá uma pequena puxada. – Espere, isso foi um sorriso? – Fechou a expressão novamente. – Não! Eu vi. – Encostei-me a bancada em que estava, invadindo seu espaço pessoal. – Você não pode toma-lo de volta.

POV FELICITY

Por que ele tinha que está tão próximo? Havia uma lei na qual eu não conseguia lembrar agora a quem pertencia e qual era devido a sua proximidade inquietante, que dizia que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Eu estava com raiva de mim mesma, eu não podia estar suspirando por Oliver Queen. Eu não podia estar agitada por que Oliver Queen estava tão próximo de mim.

Encarei seu sorriso de menino, enquanto ele mesmo me observava e exalei com força.

– Você está em mim. – Murmurei. – Digo em cima de mim... – Fechei os olhos brevemente assimilando que havia piorado. - Não em cima de mim, você... – Seu sorriso se ampliou ao ver minha reação. – Você... Pode se afastar? – Recebi outro de seus sorrisos antes que ele se afastasse.

– Eu falei sério Felicity. – Falou após pegar meu chaveiro que estava em cima da bancada e brincar com o ridículo ursinho que falava “I Love You” quando apertava a barriga, ele franziu o cenho ao escutar a frase idiota e me encarou erguendo um sobrecenho, já revirei os olhos provocando um sorriso nele, ele se endireitou ao perceber que eu não retribuía. – Eu achei que poderíamos ser amigos.

– Sim, claro. – Ironizei. – E o inferno acabou de congelar. – Suspirou ao escutar minha resposta.

– Eu tenho a impressão de que você não gosta muito de mim. – Murmurou me observando atentamente.

– Ohh o que será que me entregou?! – Ele apertou os lábios em irritação, eu mordi o meu evitando deixar escapar um sorriso, estava óbvio que ele estava se contendo, eu tinha a lere impressão que Oliver na verdade não queria estar aqui, a questão grande questão era: Por quê? Por que Oliver Queen acordou com a súbita vontade de... Importunar-me, na ausência de uma palavra melhor.

– Por que não eixar seu humor ácido um pouco de lado e me dá uma chance? – Perguntou se aproximando novamente, evitei pedir que se afastasse novamente e me concentrei no tecido de sua camisa branca, por baixa da jaqueta do time de futebol. – Feliciy? – Por que ele não me chamava de esquisita ou nerd ou ambas as coisas, como todos os outros caras faziam? Por que meu nome tinha que soar tão bem em seus lábios? Maldito Queen, malditos hormônios! – Vamos fazer algo juntos. – Sugeriu.

– Sabe... eu pensei que em algum canto desse colégio você tinha uma namorada. – O provoquei. – Ou era duas?

– Laurel e eu terminamos. – Deu de ombros, isso me surpreendeu o rei e a rainha do baile separados? – Na verdade ela terminou comigo. – Confessou. – Mas vamos manter essa parte entre nós. – Piscou. Ok, agora eu voltei a me lembrar que ele estava perto, e se eu não mudasse isso tornaria a falar alguma besteira, espalmei minha mão em seu peito e o afastei.

– Eu só sua distração?- Perguntei. – Vem dai essa súbita vontade de drenar toda a minha paciência?

– Por que não podemos apenas sermos amigos? – Franziu o cenho. – O que eu fiz para você me odiar tanto?

– Ok. – Levantei-me e cruzei os braços na defensiva. – Vou fingir que acredito nesse lado bom moço seu, algo me diz que não me deixará em paz se não lhe der o quer. – Dei de ombros. – Esteja em minha casa amanhã as 07:00, não acredito que precise dizer o endereço. – Acrescentei já que ele passava um bom tempo lá, sempre nas horas que eu não estava, ou se estava, estava trancada no meu quarto. – Em vez do sorriso vitorioso que imaginei que receberia me olhou confuso.

– As 07:00?

– Sim. – Confirmei.

– Em um sábado? – Continuou.

– Sim. – Repeti. – Mas se preferir é só não aparecer, Deus sabe que não estarei esperando ansiosa. – Na verdade eu esperava ansiosamente que ele mudasse de ideia e de fato me deixasse em paz.

– Eu estarei lá as 07:00. – Falou decidido. Afastou-se com seu já conhecido sorriso, respirei aliviada, quando encarei incrédula minhas chaves no balcão sem o chaveiro, ergui meu rosto encarando-o já na porta, ele piscou maroto e balançou o pequeno urso idiota na mão antes de apertar com o polegar a barriga e saindo antes que eu emitisse qualquer reclamação, pude escutar sua risada por minutos mesclada com a estúpida frase.

POV OLIVER

– Então como foi? – Tommy perguntou horas mais tarde jogando os pés na mesinha de centro da minha sala de televisão.

– Sua irmã é osso duro de roer. – Limitei-me a responder.

– E o quê mais? – Indagou. – Isso eu já sabia, o que aconteceu?

– Ela basicamente me fez agir como um idiota implorando por sua atenção. – Resmunguei.

– Aposto que você era um idiota implorando por sua atenção. – Retrucou. Bufei em respota.

– Você apenas correu atrás de Felicity? Foi tudo o que Oliver Queen, o senhor “Tenho a garota que eu quiser” conseguiu?

– Nós vamos sair amanhã pela manhã. – Confessei, então encarei curioso. – O que diabos Felicity faz as 07:00 da manhã? – No momento em que perguntei um sorriso se alastrou em seu rosto, ele sabia. – Tommy?

– Como eu saberia? – Fingiu-se de desentendido. – Sabe tão bem quanto eu que não acordo até depois das 12:00 nos fim de semanas.

– Tommy. – Repeti duro.

– Eu não posso, nem vou facilitar para você. – Respondeu. – É uma aposta Ollie, não seria junto se eu o ajudasse.

– Mas prometa que não vai me atrapalhar. – Exigi pensando que ele poderia levar isso e, consideração.

– Não acho que eu precise atrapalhar. – Riu. – Meu maior trunfo é Felicity.

– Prometa Tommy. – Exigi.

– Está bem, está bem. – Concordou. – Mas eu tenho duas regras adicionais.

– Que é...

– Felicity não pode saber dessa aposta, ela não pode sonhar sobre isso e que estou envolvido. – Alertou-me.

– É claro. – Concordei. – Qual é a outra?

– Não a magoe Ollie.

POV FELICITY

– O que Oliver Queen quer me seguindo? – Perguntei a sara no momento em que ela entrou no meu quarto.

– Desculpe. Balançou a mão como se tivesse desfazendo alguma confusão. – Eu acho que perdi alguma parte aqui.

– Oliver passou o dia m seguindo. – Repeti. – E eu quero saber o por que.

– Defina seguindo. – Pediu sentando em minha frente em minha cama.

– Começou cedo pela manhã com ele me entregando uma folha dizendo ser minha. – Ainda não acreditava que aquele episódio havia acontecido de fato. – E surpreendente algum idiota, que ele alega não ter sido ele, desenhou um par de seios nessa folha, e então ele foi até o laboratório de informática me importunar e roubar meu estúpido chaveiro.

– Eu me perdi na parte dos seios...

– Não importa. – Revirei os olhos. – A questão é que do nada Oliver está interessado em mim...

–Por interessado você diz...

– Não nesse sentido. – Tratei de tirar isso de sua cabeça. Mas ela exibia um sorriso repleto de malicia. – Estou falando que do nada Oliver passou a parar de me ignorar, e afirma querer ser meu amigo.

– Isso é estranho até mesmo para o Ollie. – Admitiu.

– Se interessar por mim? – A provoquei.

– Não seja idiota Felicity. – Me repreendeu. – Oliver se interessar por você não seria estranho, o estranho é isso ter surgido do nada.

– É isso que não sai da minha cabeça. – Concordei. – Tem que ter algo por trás. E eu vou descobrir. - -Falei determinada. - Aceitei sua companhia para amanhã. – A informei em seguida, seus olhos brilharam em expectativas.

– Para onde você vai leva-lo? – Perguntou ansiosa.

– Para onde vou todos os sábados pela manhã. – Dei de ombros.

– Sério? – Perguntou divertida. – Ollie nunca estará mais deslocado. – Por que está decidida em leva-lo para lá?

– Vou fazer com que Oliver se arrependa de ter se envolvido comigo. – Sorri imaginando sua cara. Oliver Queen não sabia onde havia se metido.

– Talvez Felicity... – A encarei sabendo que não gostaria de escutar o estava por vir. – Você devesse dá uma chance ao Ollie.

– Chance para quê? – Perguntei rindo. – Oliver vem aqui com muita frequência, e ele nunca teve essa vontade de ser meu amigo. Ele nunca me dirigiu mais do que algumas palavras e um olhar.

– Bem, ele sempre te chama de “Coração”. – Argumentou.

– Para me provocar. – Retruquei. – Ele faz isso por que sabe que não gosto.

– Isso. – Concordou, não entendi qual era o seu ponto.

–Por quê uma pessoa perderia seu tempo provocando a outra, se não estivesse interessado? – Sorriu.

– Ei. – Estalei o dedo em frente ao seu rosto querendo acorda-la daquela ideia maluca. – Tire isso de sua cabeça. – Pedi. – E a propósito você não é irmã de Laurel Lance? – Perguntei a provocando. – Você não deveria defender o namoro deles.

– Minha irmã é uma vaca. – Não pude evitar rir de seu comentário ávido que saiu tão naturalmente de sua boca, como se tivesse falando de uma pessoa que não fosse próxima.- Eu estou pouco me importando com seu namoro com Ollie.

– Ex. – Comentei. Seus olhos se abriram par. – Pelo menos foi o que ele disse.

– Ollie falou que eles terminaram?

– Ele disse que ela terminou com ele. – A corrigi. – E que supostamente eu não deveria ter dito isso.

– Isso é legal. – Falou. – Agora você pode se envolver com ele sem culpas.

– Por favor, Sara. – Menei a cabeça de deboche. – Como se Oliver Queen quisesse realmente se envolver com a esquisita da escola.

– Felicity...

– E você deveria ficar preocupada. – A cortei.

– Por quê?

– Por que Laurel está livre. – Dei de ombros. – Logo irá cravar suas garras em meu irmão. – Aborrecimento passou pelo seu rosto, foi rápido pois disfarçou logo, mas pude vê-lo.

– Tommy é meu amigo. – Respondeu. – Ele é galinha, não consegue se envolver com apenas uma garota, eu não estou interessada nele. – Negou com convicção. – Se quer saber, por mim Tommy e Laurel formam um ótimo casal.

– Alguém está na defensiva. – Brinquei.

– Digo o mesmo. – Devolveu. – Dê uma chance para ele Felicity.

– Eu vou. – Concordei. – Apenas até descobrir o que está por trás do seu desejo súbito de ser meu amigo, e você me conhece, eu vou.

– Quase tenho pena de Ollie. – Comentou enquanto meus pensamentos voltavam para o momento em que ele havia se aproximado, afinal o que Oliver queria de mim?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada pela atenção, espero que tenham gostado e encontro vocês nos comentários... Xoxo LelaBallu.