There is Something Ahead... escrita por Vicky


Capítulo 22
We Are Still Alive


Notas iniciais do capítulo

Hello my little walkers!
Ai vai o capítulo 21!Espero que gostem,depois do capítulo anterior vieram alguns pedidos de "Beijo" até mim!Eu me contive e não coloquei,por enquanto,tenho uma situação para o mesmo e não demorara muito!Se acalmem pupilos viciados em romance!
Ah!Tenho uma breve notícia!Estou pensando em postar mais uma FF sobre TWD.Sim,vai ser difícil de controlar,mas pretendo postar um capítulo por semana,assim como nessa aqui,ou seja,vou começar a postar um capítulo semanalmente e quando a outra lançar vai ser no mesmo ritmo!
O que acham disso?Me deem as opiniões nos comentários!Please!
Boa Leitura,Little Walkers!



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A chuva ficava mais intensa a cada minuto,raios explodiam no céu causando um barulho ensurdecedor.Daryl estava segurando as portas do celeiro e pedia ajuda,todos,incluindo eu e Carl,correram para ajudar pois as mesma balançavam e balançavam,mas não pela chuva,pelos infectados que nela batiam,um pesadelo e tanto.

Acordei com um toque em meu ombro,assustada,mas logo relaxei ao perceber que a mão era de Carl.Ia perguntar o por que dele ter me acordado mas não tive tempo pois ele logo levou o dedo indicador aos lábios,indicando para que eu fizesse silêncio,obedeci.Me levantei e em seguida olhei em volta,todos dormiam mas não tão tranquilamente,apesar de Judith parecer estar em sono profundo,eu não entedia bebês.Carl fez um sinal com a mão para que eu o seguisse,logo assenti e o fiz.

Tentamos fazer o mínimo de barulho possível e obtivemos sucesso em nosso objetivo,eu segui Carl até o lado de fora do celeiro.

–Olha isso.-disse ele,logo depois de fechar a porta atrás de si,me surpreendi de imediato.

Não foi um pesadelo,pensei.Havia uma imensa árvore caída bem a frente do celeiro e embaixo dela uma horda de infectados,alguns mortos de verdade e outros ainda gruindo e se debatendo.O que aconteceu na madrugada tinha mesmo sido verdade,ninguém entendeu o por que de as batidas terem parado,mas todos nós ouvimos o estrondo,depois disso eu comecei a entender.

–Meu Deus...foi como um milagre?-perguntei a meu acompanhante um pouco mais alto.

–Parece que sim...ainda estamos vivos.-Sorriu ele.

–É...ainda estamos vivos.-respondi distraída,até voltar para a realidade.-Vamos...matá-los?

–Tecnicamente eles já estão mortos.-isso me fez sorrir.-Mas,respondendo a sua pergunta,acho melhor fazermos antes que esses grunhidos acordem os outros.

–Certo.-tinha pegado meu canivete,que tinha uma faca significantemente grande,apunhalando o crânio do primeiro infectado,esse não tinha os braços e a mandíbula estava quebrada.

Não demorou muito para que eu e ele apunhalássemos todos os infectados restantes pois era muito mais fácil quando eles não se mexiam,não demorou nem meia hora.

–É estranho não?-perguntou Carl,estava guardando a faca no cinto.

–O quê?

–Imaginar que,uma vez,essas coisas eram pessoas como a gente,sabe?Tinham família;ficavam felizes e tristes;davam bom-dia pro vizinho no domingo de manhã.

–Eles podem parecer pessoas...mas acho que a pessoa não está mais ali dentro.Eu pensei que eu e o Jim nunca íamos morrer pra essas coisas,que íamos sobreviver a isso tudo e que quando isso acabasse íamos viver como uma família de verdade,assim como você disse...dar bom-dia pro vizinho no domingo de manhã.Mas quando me toquei de que isso nunca ia acabar as coisas meio que pioraram,e agora ele está morto...

Um silêncio se instalou sobre nós,eu não tinha percebido que começara a falar de Jim,a coisa tinham fluido tão bem no dia anterior,mas logo as lembranças voltaram e eu não queria levar o Carl para esse abismo comigo.

Ah,desculpe eu...-parei de falar no instante em que vi o que ele estava fazendo.

Um sorriso solidário passara por sua face e ele estendera o braço,como um cavalheiro fazia a uma dama quando pedia a sua companhia,isso fez meu sangue subir até a minha cabeça e eu rezei para que não estivesse tão visível.O fiquei encarando por alguns minutos,o que o fez levantar uma sobrancelha e dar um sorriso torto,não consegui me conter;lentamente me aproximei e entrelacei o meu braço no dele.

–Você não tem jeito,Carl Grimes.

–Eu sei,Lissandra Sainor.-respondeu ele com o sorriso ainda nos lábios,tentei me conter para não fazer o mesmo,mas ainda consegui fracassar.

Não consegui dizer nada e não precisei pois ele logo começou a andar.Eu não tinha motivo nenhum para ficar parada então o acompanhei,ele nos levou até uma árvore,havia um banco sob a mesma e uma pequena cerca atrás,a qual tivemos que atravessar.Com a distração da árvore caída sobre os zumbis eu não pude perceber que ainda não tinha amanhecido por completo,eu estava um pouco cansada até notar isso,maldita mania daquele garoto de acordar com o sol,mas eu não podia negar:amava acompanhar ele nisso.

–Então,vamos fazer como fazíamos todos os dias?-perguntei,ainda com o braço no dele.

–Exato.-respondeu ele,como um cavalheiro no século dezoito. –Já está nascendo,temos um pouco mais de dez minutos.

_______ _______

O silêncio era uma coisa bem comum e assustadora naquele novo mundo,mas com o Carl era apenas relaxante e adorável.Ficamos alguns minutos,quatro pra ser exata,observando o silêncio do nascer de um novo dia,eu sabia que estava apaixonada por ele mas mesmo assim algo me assustava nisso tudo e eu não gostava de ficar assustada só por gostar dele.Meus pensamentos foram totalmente interrompidos pelo sujeito de olhos extraordinariamente azuis.

–Sobre o que você disse lá atrás...sinto muito por ter te feito lembrar.

–Não sinta...a dor é fichinha comparado com o resto...

–Eu...Você não sente vontade de chorar?-perguntou ele,agora com a cabeça virada pra mim.

Eu não respondi apenas o olhei nos olhos,eu não queria responder mas olhar diretamente nos olhos dele não me ajudava nessa questão;desviei o olhar comecei a falar.

–Senti,mas agora já passou...-menti.

–Lis,quantas vezes tenho que te dizer que você não sabe...-o cortei antes que ele pudesse dizer a palavra mentir.

–Tá!Eu sinto,mas não tem problema algum eu não chorar.-elevei a voz,jogando as mãos para o alto.

–Certo,mas você sabe que pode chorar agora,não é?Chorar não demonstra fraqueza,pelo contrário,mostra o que ainda há de humano em nós...depois dessa confusão toda.-disse ele calmamente,aqueles olhos dele me davam,sim,vontade de chorar.

Fiquei um tempo observando sua expressão,serena e corajosa,como sempre,até perceber que algo molhado escorria em minha bochecha;olhei para o céu mas estava com poucas nuvens depois da tempestade,demorei um pouco para perceber que estava chorando.Tentei esconder o rosto entre meus joelhos mas não consegui fazer a tempo.

–Não precisa se esconder.-disse Carl,com a mão em meu ombro.

Com um suspiro pesado o olhei de volta,estava tentando ao máximo conter as lágrimas,mas já era tarde de mais.

Ah,droga!-exclamei enquanto me jogava no colo do garoto,o abracei com força,eu estava precisando de uma coisa do tipo.

Eu me surpreendi quando o mesmo retribuiu com a mesma força,eu não sabia o que ele sentia em relação a mim mas se eu pudesse ficar abraçada com ele pelo resto da eternidade,seria uma pessoa muito feliz.Lágrimas rolavam de meus olhos azuis acinzentados,lágrimas que estavam querendo sair a muito tempo,eu estava começando a perder o fôlego mas não sabia se isso era por causa do choro ou pelo abraço,eu apenas queria chorar ali com ele.Em alguns livros,que peguei de uma biblioteca enquanto estava com Jim,falavam de algum tipo de romance e neles sempre havia um melhor amigo;Carl se comportava como o melhor amigo mas dava sinais,algumas vezes,do protagonista e isso me deixava muito confusa,ele era o única pessoa que eu não conseguia ler como um livro.

–Viu?Não precisa esconder as lágrimas...

Eu estava completamente fora de órbita.

–Eu já te falei que essa camisa te deixa com ombros largos?-perguntei,ainda com a cabeça enterrada em seu peito,pude notar que seu coração tinha batidas rápidas,como o de um beija-flor.

–Verdade?Nunca prestei atenção nisso,obrigado por avisar.-respondeu ele,mesmo não olhando-o diretamente pude sentir que estava sorrindo.

–Posso te perguntar uma coisa?

–Seu poço de perguntas nunca seca,não é Sainor?-riu ele.

–Primeiro:não me chame assim.Segundo:não ele não seca,até eu conseguir ter todas as respostas que eu procuro...

–Caramba,seu poço de respostas boas também não é ruim!Tudo bem,vai em frente.

Me afastei dele,rapidamente,mas não antes que eu pudesse perceber o rubor de suas bochechas,Acho que o surpreendi pensei.

–Por que você foi tão grosso comigo quando nos conhecemos?Eu fui fria com você e eu me arrependo muito por isso,mas não consigo entender.

–Eu...-antes que ele pudesse concluir a frase Maggie e Sasha apareceram,do nada,fazendo eu me afastar dele rapidamente e ele fazendo o mesmo.

–Então vocês então aqui.Percebi que faltava dois adolescentes quietos,o silêncio de vocês me assusta sabia?Ah,e os zumbis mortos com facadas na cabeça também davam algumas pistas.-riu Maggie,acompanhada pelo breve sorriso de Sasha.

–Nós viemos ver aquilo.-apontou Carl,para o grande nascer de um novo dia.

–Nós também,mas parece que perdemos o lugar na primeira fila,e também nos atrasamos.-agora foi a vez de Sasha dizer algo.

Carl demorou um pouco para responder,o que eu não entendi bem.

–Podem sentar.-respondeu o garoto,agora com as bochechas menos rosadas.

Tive uma sensação estranha nesse momento,algo como estar sendo observada,não só naquele mas em todo o nosso trajeto até o pequeno celeiro,minhas dúvidas foram confirmadas quando coloquei a habilidade em ação;estávamos sendo observados.Cutuquei Carl e logo o tornozelo de Maggie,que ainda estava em pé,e apontei para uma grande árvore,não muito distante dali.As mulheres ficaram apostas e Carl me puxou para perto.

–Sabemos que esta aí,sai agora eu vamos estourar seus miolos.-gritou Maggie para a grande árvore,não demorou muito para um sujeito estranho aparecer.

–Oi!-gritou um homem com uma camisa xadrez e um casaco,tinha as mãos levantadas em sinal de paz e carregava uma mochila grande.Tinha um ar simpático na face,mas isso não identificava seu caráter.


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Notas finais do capítulo

O novo dia lhes reservou uma pequena surpresa,bem no período da manhã,um sujeito simpático que diz querer ajudar.Lis e Carl não sabiam como reagir a tal coisa,o que os fez pensar,e se Maggie e Sasha não tivessem chegado?Eles estariam mortos?Ou nem notariam a tal presença simpática?
Um novo rumo é descoberto!De onde será que o estranho sorridente vem?
Não perca no capítulo 22!



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