The New Age escrita por FairyTales


Capítulo 11
Resgatando velhos amigos.


Notas iniciais do capítulo

Gente mas a coisa ta ficando boa o/



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Depois de ter apresentado para Tânia que sua maior inimiga havia participado de seu passado, as árvores voltaram ao normal desfazendo o círculo. Tânia estava com muito raiva de Natália, ela sentou de volta na pedra e não conteve o choro, saber que teve dois pais que sempre cuidaram dela, era demais.

Amélia, eu quero ver mais– Ela disse limpando o rosto com um pedaço de pano.

Isso é tudo que eu posso lhe mostrar, essas foram partes da sua memória que ainda estavam com você - Amélia se aproximou e sentou-se ao lado de sua filha - O resto dela, bom você já sabe com quem está...

Tânia tinha tantas perguntas, tanta dúvidas, não sabia por onde começar, queria saber de tudo sobre a vida que ela não conseguia se lembrar nem um pouco que fosse.

Então...

Pode falar filha estou aqui para tirar todas as dúvidas que você tiver – Ela sorriu.

Porque retirar minha memória?

Desconfiei que essa fosse a primeira pergunta. Bom, quando você era pequena eu pedi para meus pais te levarem ao prognóstico também, visto que eu estava banida dos reinos divinos e seu pai expulso– Ela deu uma pequena pausa para uma risada bem simples - O oráculo fez uma profecia especial sobre você e a revelação foi:

Das Trevas nasceu;

Na menina, a luz apareceu;

Cabe a ela decidir;

O destino que irá seguir.

Amélia continuou.

Todos os bebes normalmente nascem com o coração para bem ou para o mal, só que você nasceu especial, seu coração tem duas partes uma das trevas e outra da luz.

Devido aos meus pais serem os deuses das trevas e da luz?– Tânia riu levemente.

Exatamente.

Mas você ainda não me contou o porque de retirar minhas memórias.

Lúcio e eu percebemos que você não era capaz de aprender magias devido a sua imunidade a ela, então te ensinamos a caçar com seu arco e a utilizar armas leves– Amélia balançou a mão e uma espada surgiu, mas não uma comum, sua lâmina era bem fina, não parecia ter sido forjada por humanos - Eu sempre quis te dar isso, mas não conseguiria devido as trevas em seu coração, e como agora você teve seu destino traçado para o caminho da bondade, ela é sua.

Quando Tânia pegou a lâmina, quase não sentiu seu peso, uma pena devia ser mais pesada do que aquela espada.

Que bonita que é– Ela balançou a espada de um lado para o outro e reparou que tinha algo escrito na empunhadura - Calaya, O que significa?

Na língua dos deuses Calaya significa, raio de luz. – Ela sorri vendo a filha ficar admirada com o presente. - dei esse nome por ela ser bem rápida e ter a propriedade da luz em seus ataques, podendo ferir qualquer ser das trevas, além de ser inquebrável.

Eu adorei, mãe.

Para invoca-la apenas diga Calaya e ela aparecerá em suas mãos seja onde for.

E como ela volta para onde veio?

Enterre-a e diga reditum, ela sumirá.

Tudo bem, entendi– Tânia enterrou a espada, disse a palavra e ela sumiu num raio de luz em direção ao céu - Continue eu quero saber tudo que puder me contar.

Como eu ia dizendo, assim que seu pai e eu percebemos que você tinha duas virtudes em seu coração e que era imune a magias, decidimos então te tornar uma corajosa guerreira– Amélia se levantou, foi até o lagarto que observava tudo e o pegou o colo - até que um dia, Natália se revoltou com nossa família e armou contra nós, não é mesmo bruxa?

Amélia olhou pro lagarto que voltou a ficar sem vida no momento em que ela terminou a frase. Tânia arregalou os olhos.

Pera, esse tempo todo ela estava nos vigiando? Como a senhora percebeu?

Sim estava.– Amélia voltou a se sentar na rocha - Eu percebi o movimento assim que ele chegou mas deixei que ouvisse até essa parte, porque de agora em diante o que te contarei será de mãe para filha apenas.– Ela respirou e continuo a falar - Natália tinha muita inveja de você, nunca teve família, então todas as vezes que ia no castelo treinar com seu pai ou nos visitar eu percebia uma certa raiva dela por você.

E o que foi que ela fez?

Bom, a inveja consumiu seu interior, Natália ficou perversa, então no meio de uma noite bem tranquila enquanto nós estávamos dormindo, ela invadiu o castelo e roubou o livro de feitiços do seu pai.

E o que tem de mais? Não é só um livro de feitiços qualquer?

O livro de feitiços do Lúcio é até hoje o livro mais forte de magia que existe, o problema não foi ela ter roubado ele. – Amélia estava começando a ficar transparente - Essa não, isso não é bom.

Mãe o que está acontecendo?– Tânia estava ficando assustada.

É disso que eu estava falando, preciso ser rápida Tânia, Natália não queria o livro para aprender alguns feitiços – Amélia já estava sem os membros - Ela amaldiçoou a mim e a seu pai, nós não podemos ficar no mesmo mundo e ela tirou toda a parte boa que havia nele. Cuidado ele agora é totalmente maligno.

Entendi então ele está na Terra.

Para eu estar sendo puxada de volta tão rápido ele está perto. Tome cuidado minha filha, eles querem matar você.

Foi bom te ver Amélia, digo mãe! – Tânia sorria feliz - Quero saber mais sobre minha vida, vamos nos encontrar de novo, eu te prometo.

Amélia sorriu, deu as costas e sumiu. A filha ficou vendo a aura da mãe indo embora em direção ao céu, vestiu seu sobretudo e partiu cavalgando.

Aquela imbecil sabia que estávamos vendo tudo!

Querida, nunca subestime Amélia. – Ele sorriu - A essa hora ela já deve ter sumido do planeta e voltado para as terras de Zelani.

Temos que prever o próximo movimento de Tânia, agora que ela sabe de tudo pode se tornar um perigo para nosso futuro.

Agora o futuro é nosso? Isso é uma parceria minha querida?– Lúcio ofereceu a mão para a aluna.

Natália aperta a mão do mestre e sorri.

Temos uma inimiga em comum, sua filha, e precisa ser detida o quanto antes.

Mas ela não vai ser burra de fazer um ataque direto, temos Otávio, Lanuzi e Prado conosco, ela não seria idiota.

Enquanto os dois conversavam e discutiam sobre o que poderia ser feito para impedir que Tânia estragasse todo plano deles, uma serva entra desesperada pela porta, toda suja e de avental. Ela se curva e permanece assim durante todo o aviso.

Minha senhora, vim lhe informar que Lorde Blank chegou, ele disse que virá ao encontro da senhora em alguns instantes.

As coisas estão começando a dar certo.– Ela sorriu.

A serva continuava curvada ali.

O que ainda faz aqui? Já não deu o aviso?! Suma da minha frente!

A escrava fez que sim com a cabeça e saiu desesperada pela porta. Natália se voltou para Lúcio que olhava para a penteadeira dela, se arrumando.

Então acho que vamos precisar decapitar o casal pobre que ajudou minha filha – O deus das trevas disse de forma sugestiva.

Porque eu faria isso? - a princesa indagou – eles não seriam outro motivo para Tânia não nos atacar?

Você tem um problema maior.

Lúcio balançou a mão perto do espelho, que agora mostrava o povo lá fora gritando "Morte aos traidores!", "Vocês disseram que iam matar quem ajudasse a Tânia!".

Se não der o que o povo quer, eles vão se virar contra o reino de Drest e aí que você vai ver o que será problema de verdade.

Natália engoliu a seco, ela concordou que deveria executar Lanuzi e Prado. Enquanto os dois continuavam a pensar em algo, um soldado de armadura branca e dourada com sua espada enorme pendurada nas costas entrou e se ajoelhou.

Madame, trouxe tudo que a senhora pediu, aqui está.

Ele tira o saco do bolso e entrega a Natália.

Lord gostaria de nos acompanhar na execução de hoje?

Ele apenas concordou com a cabeça e os acompanhou, os três saíram da sala e foram ao encontro do povo que estava reunido lá fora para ver as execuções do dia. Saíram vários presos mas quando Lanuzi e Prado apareceram na fila o público foi ao delírio, bateram palmas e comemoraram. Natália, Lord Blank e Lúcio que estava com capuz para que ninguém reconhecesse sua face, chegaram e se sentaram em seus respectivos tronos.

Natália se levantou e começou a falar.

Meu caro povo, meu pai o vosso rei Drest, não pode comparecer ao dia de execuções de hoje – Disse a princesa bradando para que todos pudessem ouvir o anúncio - Então fui designada para comandar o ritual de hoje!

O povo aplaudiu a princesa.

Então o que vocês querem?

Todas as pessoas que estavam ali gritaram e pediram por vingança.

Então prepare os presos - Natália se sentou em seu trono.

O soldado real reverenciou a princesa e acorrentou os prisioneiros a um poste de madeira, jogou feno e palha seca em volta deles e os encheu de óleo de baleia, ele acendeu a tocha e ficou virado para a princesa esperando a ordem.

Se é isso que vocês querem, então darei isso a vocês– O povo comemorou - Que comecem as execuções!

O servo ergueu a tocha e a inclinou em direção ao feno que rodeava, quando ao longe uma mulher cavalgando num cavalo vinha em direção aos portões do reino, todos puderam reconhecer a maior fugitiva daquele país, a princesa se levantou espantada.

Como ela pode ser tão idiota de vir fazer um ataque direto?– Ela sussurrou para Lúcio que deu um sorriso meio torto.

Temos que admitir que a coragem dela não é de jogar fora.

O guarda estava parada esperando uma nova ordem da princesa.

O que está esperando, acenda logo a fogueira humana, vamos!

Assim que o soldado estava prestes a atear fogo naqueles prisioneiros, uma flecha voa e acerta em cheio seu peito, fazendo ele cair, com isso a multidão ficou perplexa e em silêncio, não estavam entendendo o que aconteceu.

Tânia continua avançando e retira uma corda da bolsa laçando o pescoço de um soldado que estava em seu caminho arrastando ele atrás do cavalo. Natália então, conjura uma orbe de magia negra e lança sobre Tânia, nesse instante a multidão entra em desespero e as pessoas começam a correr de um lado para o outro numa tentativa de evitarem a própria morte..

Calaya!– A espada aparece nas mãos de Tânia que corta a magia em duas e faz com que a bruxa erre o alvo.

Como isso é possível!? – Disse Natália olhando para Lúcio.

Lúcio apenas gargalhou em deboche, Tânia chegou aonde os prisioneiros estavam e soltou todos.

Prado, preste atenção pegue Lanuzi vá ao estábulo e pegue um cavalo, eu lhe darei cobertura enquanto isso.

Prado assentiu com a cabeça e foi para onde Tânia dissera. A guerreira derrotava qualquer soldado que vinha tentar impedir e cortava qualquer magia lançada pela princesa Natália, assim que Prado chegou ao estábulo pegou um corcel, botou sua mulher em cima dele e saiu. Tânia parou olhou para os três que estavam no trono, mais particularmente para Lúcio, ela apontou para ele e em seguida passou o dedo em seu próprio pescoço, desafiando o pai, ele apenas sorriu.

Os três estavam quase no portão, quando Lúcio fala para Lord Blank descer lá e impedir a passagem, ele concorda com a cabeça e se teleporta para frente do portão. O lorde da as costas para os dois cavalos, fala algumas palavras e sua espada se expande fazendo um escudo enorme, por sorte Prado consegue passar com o cavalo mas Tânia fica para trás. Ele desfaz o escudo e vira de frente para ela.

Me deixe passar Lorde ou você será o próximo– Ela diz apontando Calaya em direção a ele.

Acha mesmo que consegue me derrotar com essa coisinha?

Sem perceber que Lanuzi estava chegando perto com um pedaço de madeira, Blank recebe um golpe que não o machuca mas o distrai tempo o bastante para que Tânia passe por ele, então os três fogem floresta a dentro.

Vá! Siga-os e me traga todos mortos– a voz de Lúcio ecoou na cabeça do Lorde que percebeu que o deus estava falando com ele por pensamento.

Ele assobiou e seu cavalo veio relinchando, o lorde o montou e cavalgou floresta a dentro atrás dos três maiores fugitivos da história...


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Notas finais do capítulo

Está ficando demais não está? hahahahaha.. vejo vocês amanhã no próximo o/. Deixe seu comentário respondo todos :)