POV OLIVER

– Felicity! – O menino a abraça assim que a loira abre a porta, pegando-a totalmente desprevenida.

– Connor! – Beija sua cabeça e traz os olhos até mim. – Fique à vontade. – Abre espaço para eu passar.

– Obrigado pela ajuda. – Digo entrando em seu apartamento. – Não sabia o que fazer com ele no apartamento de Thea. – Beijo seus lábios de leve e ela sorri.

– Imagina. Vai ser bom ter companhia essa noite. – Olha para Connor e sorri. - O que acha de pedirmos uma pizza? – Sugere e o menino assente rapidamente.

– Pode deixar que eu ligo. – Pego o celular e vou até a cozinha fazer o pedido. Quando volto para sala os dois estão sentados no chão da sala com consoles na mão, completamente entretidos em uma partida de vídeo game. Meu coração aquece em ver as duas pessoas que mais amo se dando tão bem.

– Felicity! – Connor choraminga por ter perdido a corrida.

– O que? – A loira olha por cima dos óculos. – Acho que eu ia deixar você ganhar? – Pergunta sincera e os dois riem. – Você falou que podia me detonar, quero ver se essa ameaça é válida. – Connor estreita os olhos.

– Fechado. – Pensa um pouco. – O que acha de fazermos uma aposta? – Sugere e Felicity franze o cenho. Me aproximo e sento no sofá entre os dois, tentando descobrir onde isso vai dar.

– Que tipo de aposta? – A loira pergunta pensando na ideia.

– Se eu ganhar, hum... – Parece pensar. - O Oliver dorme aqui com você. – Felicity quase engasga com sua insinuação e me lança um olhar significativo, esperando que faça algo. Me seguro para não rir e fico animado com a ideia. Esse menino é definitivamente meu filho.

– E se eu ganhar? - Felicity pergunta e Connor coça a cabeça.

– Eu lavo a louça da janta. – Sorrio com sua proposta e com a cara de Felicity que parece cogitar a ideia. Estou me divertindo muito com isso. – O que foi, Felicity? – Estreita os olhos. – Está com medo de perder? – Uma risada baixa escapa de meus lábios e me arrependo por tê-la deixado sair, quando recebo um olhar mortal de Felicity. Paro de rir na hora e levanto a mão em rendição.

– Fechado! – Aperta a mão de Connor e se alonga como se fosse realmente pilotar um carro de corrida. Os dois se preparam e enfim a corrida começa. Minhas mãos começam a soar e não sei o motivo. Talvez, porque quero muito que Connor ganhe essa corrida. O menino a ultrapassa e contenho um grito empolgado. A campainha toca e vou pegar a pizza.

– Melhor de três. – Ouço Felicity choramingar feito criança.

– Negativo. – Esse é o meu garoto.

– Eu te deixo comer uma fatia a mais se jogarmos de três. – Sugere e bufo porque sei que o menino vai ceder.

– Tudo bem. – Assente e iniciam outra partida. Resolvo colocar a mesa e de vez em quando ouço alguns gritos empolgados vindos da sala. O que fiz para merecer essa mulher e esse filho? Minha vida sempre foi conturbada e parece que agora as coisas estão se acertando. Nunca estive tão feliz, nem quando era um irresponsável e tinha várias mulheres aos meus pés.

– Isso! – Ouço um grito de Felicity e enfio a cabeça na sala. A loira está de pé com os braços para cima. – Ganhei. – Sorri vitoriosa para Connor que cruza os braços.

– Ainda tem mais uma partida. – O menino rebate e a hacker se recompõe. Resolvo assistir à partida e apoio meu corpo no encosto do sofá observando os dois compenetrados no jogo. A loira usa a super velocidade e Connor ri baixo. O carro de Felicity se aproxima da linha de chegada, até que Connor usa sua super velocidade e a ultrapassa no último segundo. – Bum! – O menino levanta e canta a vitória. – Parece que terá um colega de quarto essa noite. – Diz e olha para mim. Meus olhos vão até a loira extremamente vermelha e pisco com um olho para ela, que parece relaxar.

– Vamos comer! – Esfrego as mãos e guio Connor até a mesa da cozinha pelo ombros.

– Calabresa! – Esfrega a barriga. – Minha favorita. – Sirvo seu prato e comemos em meio a piadas.

[...]

– Já que não vou precisar lavar a louça, posso assistir televisão? – Provoca Felicity e sorrio com a intimidade entre os dois.

– Engraçadinho. – A loira responde e recolhe os pratos. – Fique à vontade. – Caminha até a pia e começa a limpeza.

Me aproximo lentamente, observando seu lindo corpo. Colo meu corpo ao seu e ela estremece surpresa.

– Precisa de ajuda? – Sussurro em seu ouvido e vejo seus pelos arrepiarem. Abraço seu pequeno corpo e suas mãos geladas tocam meu braço.

– Oliver. – Sussurra. – O Connor está logo ali. – Diz mais para ela do que para mim. Deposito um beijo leve em seu pescoço e ouço um gemido escapar de seus lábios. Me afasto como se nada tivesse acontecido e sorrio. – Oliver Queen. – Ameaça e meu sorriso se estende. Ajudo ela a terminar de arrumar as coisas até que a campainha toca. Felicity vai atender a porta, enquanto vou ver como Connor está. Chego na sala e o menino está adormecido no sofá. Sorrio com a imagem e vejo Sandra entrar com Felicity no cômodo. Faço um gesto para ficarem em silêncio e ergo o menino nos braços. Caminho com ele até o carro e o entrego para Bill. Connor se mexe um pouco e abre os olhos ainda sonolento.

– Tchau, pai. – Sussurra e me surpreendo com sua fala. Uma sensação maravilhosa se apodera do meu corpo. Olho para Bill com receio, mas o homem assente e sorri com a situação. Volto para o apartamento com um sorriso idiota nos lábios e encontro Felicity em seu quarto. Meu olhos analisam seu corpo que agora está vestido com um pijama curto. Meu coração acelera em meio a tantas emoções e sem pensar muito agarro a loira pela cintura, unindo nossos lábios. Nossas línguas travam uma batalha prazerosa e sem paciência para brincadeiras ergo Felicity pelo quadril. Sento na cama com a loira por cima e minhas mãos desatam o nó de sua blusa sem afastar nossas bocas. Suas mãos ágeis removem minha camisa e suas unhas arranham minhas costas conforme meus beijos caminham em seu pescoço. Me livro de sua blusa e agarro seus lindos montantes, fazendo um gemido escapar de seus lábios. Troco nossas posições e a deito delicadamente sob meu corpo. Minhas mãos inquietas vagueiam por seu corpo perfeito, parando no cós de seu short. Suas mãos agarram e puxam meus cabelos com força, indicando seu desespero. Rasgo a peça sem dó e Felicity grita fino com minha atitude. Procuro novamente seus lábios, enquanto a mão da mulher chega ao meu cinto. Estremeço ao sentir seu toque e a ajudo a me livrar das calças. Procuro seus olhos e me surpreendo ao vê-los completamente nublados de prazer. Deito meu corpo sobre o seu enquanto a preencho devagar. Uma série de gemidos escapam de seus lábios como uma sinfonia e não sei se vou conseguir ficar assim por muito tempo. Uma dança ritmada e sensual começa e rapidamente sinto Felicity começar a tremer sob meu corpo. Seu corpo todo se contrai e mantenho o ritmo torturando-a mais um pouco. Ela morde meu pescoço tentando conter um grito e quem grita sou eu. A sensação maravilhosa me domina e enfim desacelero meus movimentos. Caio ao seu lado ofegante e com a visão completamente turva de prazer. Aos poucos consigo me acalmar e passo a observar o corpo pequeno e suado de Felicity. Deus, como é perfeita! Seu rosto se vira, ficando a centímetros do meu, mesclando nossas respirações.

– Nossa. – Solta todo o ar. – Estamos ficando cada dia melhores nisso. - Sussurra e rapidamente cora ao perceber que falou em voz alta. – Um dia eu ainda aprendo a guardar esses pensamentos. – Diz e rio abertamente.

– É o seu charme. – Beijo a ponta de seu nariz e a puxo para meu peito. Se tudo o que eu passei nesses últimos anos, me trouxe a este momento, não me arrependo de um único segundo.