Once Upon a Time escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 17
Sem atividades.


Notas iniciais do capítulo

GENTE VOCÊS VIRAM O PRESENTE QUE EU GANHEI?! A linda Tata Neves fez essa capa para nossa história e como forma de agradecimento, dedico esse capítulo a ela. Muito obrigada, flor. Adorei!
Atendendo a pedidos, preparei um capítulo tranquilo, sem muita ação da equipe. Focado em mais um momento dos nosso triângulo amoroso favorito ;) Ele ficou curtinho, mas como não ia postar hoje, foi um lucro para vocês. Muito obrigada pelos comentários! Espero que gostem. Boa leitura!



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POV OLIVER

Depois de três dias internado após o procedimento, finalmente recebi alta. Connor também, é claro. Seu cuidado teria que ser dobrado, porque seu organismo poderia reagir mal ao transplante. Minha recomendação é não praticar atividades físicas pelo menos nos três dias seguintes e voltar à ativa aos poucos. Me despeço de todos e vou para o único lugar que estou com saudade de estar. A caverna. Digito a senha de acesso, mas as luzes vermelhas piscam. Mudaram a senha? Tento novamente e sei que a esse ponto os alarmes silenciosos já estão tocando. Aguardo alguns segundos e a luz verde pisca, liberando minha passagem. Entro no local e vejo apenas a loira sentada. Me aproximo devagar, mas paro de andar quando ela levanta e cruza os braços com um biquinho lindo no rosto.

– O que pensa que está fazendo aqui? – Franzo o cenho. – Você teve alta hoje! Precisa descansar. – Ah, ela está preocupada.

– Já descansei o suficiente. – Digo sabendo que não será o suficiente para convence-la.

– Oliver. – Começa.

– Fe.li.ci.ty. – Interrompo o possível sermão que iria fazer. – Eu estou bem. Já descansei o que precisava. – Permanece emburrada e sorrio fraco com sua atitude. – Prometo que não farei atividades. Só quero conversar. – Parece pensar e por fim assente.

– Ok! Mas se sentir mal, vai direto para casa. – Estreita os olhos e me ameaça. Sorrio com sua abordagem e vejo-a engolir seco.

– Então, o que aconteceu nos últimos dias? - Me apoio na maca metálica adotando uma posição confortável para ouvir todas as novidades.

– Algumas coisas. – Maneia a cabeça e seu olhar é distante. Ela fica em silêncio e parece refletir sobre como me contar, o que quer que seja. Confirmo minhas suspeitas, quando prende seus lábios inferiores entre os dentes.

– Felicity. – A chamo, mas ela parece não ouvir. – Felicity! – Se sobressai. - O que está acontecendo? – Ela franze o cenho. - Você está mordendo o lábio inferior e pensando em como será minha reação ao contar o que pretende me contar. – Cruzo os braços demonstrando que a conheço e posso imaginar o que se passa em sua cabeça.

– Eu descobri quem me salvou no dia que fui agredida. – Desencosto da maca ao perceber que o assunto é mais sério do que imaginava. – Foi o Batman, quero dizer, o Sr. Wayne. Aliás, os dois. – Franzo o cenho. - O Batman e o Sr. Wayne, porque eles são a mesma pessoa. – Começa a gesticular e falar rápido. Como se tentasse explicar o que está dizendo.

– Bruce Wayne é um vigilante? – Pergunto sem acreditar e ela assente com a cabeça. O que deu em todos? Agora todo mundo resolveu virar herói?

– Ele é um herói em Gotham. Veio até Starling City porque precisava da minha ajuda com um sistema criptografado que continha informações de um dos bandidos que ele está caçando. – Fecho a cara. Lógico que ele veio por causa dela. Por qual motivo a mais viria?

– Quanto interesse na sua ajuda. – Solto sem perceber, a surpreendendo. – Ele conseguiu o que queria? – Pergunto querendo saber se realmente perdi minha loira para mais um cosplay de herói.

– Ele precisava da minha ajuda, e eu ajudei. Apenas. – Explica e solto o ar em deboche. Até parece. Não era o que parecia durante a reunião, as flores e o jantar.

– Parece que todos os homens que estão próximos a você, se tornam algo mais ou desenvolvem outra personalidade. – Rebato e vejo seu rosto mudar. Como se já tivesse pensado nisso.

– Oliver, nós não temos nada. – Diz secamente. - Ele voltou para Gotham para resolver alguns problemas e volta apenas para a última reunião com os acionistas. Além disso, você sabe que tenho sentimentos por outro herói. – Tento conter meu sorriso de satisfação por saber que ainda tem sentimentos por mim.

– Bom, parece que muita coisa aconteceu então. – Solto o ar e esfrego as pálpebras. Pedir por dois dias de paz, é muito?

[...]

– Como o Connor está? – Quebra o silêncio do local. Levanto a cabeça e sorrio com sua preocupação.

– Ele está bem. – Suspiro ao lembrar do menino. – Não parou de falar de você. Parece que ele também me puxou nesse sentido. – Essa paixonite de Connor por Felicity me deixa aliviado. Fico feliz que ele consiga ver as qualidades que vejo nela. – Obrigado por aparecer. – Me lembro de agradecer, já que esqueci no hospital. - Não tinha a obrigação de ir lá. – Digo e o sorriso antes em seus lábios, some.

– Eu não fui porque me senti obrigada, Oliver. – Se levanta e ergue a cabeça. –Fui porque estava preocupada com você. Porque é isso que acontece quando se ama uma pessoa, Oliver, você se preocupa com ela! – Meu coração aperta ao vê-la tão nervosa. – Sei que foi uma surpresa encontrar Connor lá, não esperava vê-lo, pelo menos não agora. Mas não me arrependo de ter ido. Muito pelo contrário, fico feliz por tê-lo conhecido. Fico feliz por ver o que estão cultivando juntos. Você merece essa felicidade, Oliver. Merece ter esse menino maravilhoso na sua vida e fico muito feliz por fazer parte disso, mesmo sabendo que não estamos mais juntos. – Algumas lágrimas escorrem por seu rosto, mas não vejo tristeza em seu olhar. – Você me afastou sem ouvir o que eu tinha para dizer e agora eu estou aproveitando a oportunidade de dizer tudo o que penso. – Engulo seco e temo o que está por vir. - Eu quero ficar com você, Oliver. Queria antes e quero mais ainda depois disso tudo. Eu te amo e não aceito a sua decisão. – Finaliza e não sei o que pensar com essa declaração. Resolvo que já é hora de ignorar minhas atitudes e marcho rapidamente em sua direção. Seu corpo estremece com a proximidade e meus olhos antes em sua íris azul, vão até seus lábios convidativos. Seu doce perfume me envolve e resolvo encerrar nossa distância. Avanço contra seus lábios e quase gemo ao sentir a maciez de sua pele. Só me dei conta da saudade que estava de toca-la, agora que meu corpo está preso ao dela. Agarro sua cintura com força e sinto suas mãos agarrarem meu cabelo. Peço passagem com a língua e aprofundo o beijo. Suas unhas arranham meu pescoço e meu corpo todo acende. Subo a mão por suas costas e acho o que tanto procuro. Sinto suas pequenas mãos empurrarem meu peito e parto o beijo puxado seu lábio como protesto. A loira se afasta um pouco e leva a mão até o peito extremamente ofegante. Franzo o cenho com sua atitude.

– Você prometeu que não faria atividades. – Diz ainda sem ar e rio com sua brincadeira. Puxo sua mão e prendo meus braços envolta de sua cintura novamente. Tento beija-la, mas ela recua. – Estou falando sério. Você ainda está em recuperação. – Reviro os olhos ao perceber que ela está falando sério. – Você não me tocaria se fosse o contrário. – Rebate e sem querer deixo um grunhido frustrado escapar de meus lábios. Ela beija suavemente meus lábios e me abraça enquanto acaricia meu pescoço. Sei que sua intenção é apenas de fazer carinho, entretanto meu corpo ainda não desacelerou do momento que tivemos a alguns segundos.

– Felicity. – A chamo baixo. – Se você continuar agarrada em mim dessa forma, não serei capaz de me controlar. – Solto o ar pesado, tentando manter minha mente sã e ela parece enfim entender minha situação.

– Me desculpe. – Recua sem jeito. – Não sabia...

– O efeito que tem sobre mim? – Pergunto suando e tentando controlar minha respiração. – Não faz ideia do efeito que tem sobre mim. – Enfatizo e um sorriso toma conta de sua face.

– Prometo compensa-lo quando estiver totalmente recuperado. – Pisca um olho sugestiva. Ok. Agora já deu.

– Vou para casa. – Franze o cenho. – Preciso de um banho gelado. – Engulo seco enquanto meus olhos analisam seu corpo. – Avise para Thea que estarei a esperando em casa. – Dou um beijo rápido em seus lábios e saio antes que meu corpo pare de me obedecer. Está cada vez mais difícil ficar longe dessa mulher.

[...]

Depois de um banho para acalmar meu corpo, resolvi deitar e tentar dormir um pouco. Amanhã retomo meu trabalho na empresa e preciso estar preparado. Duas batidas me despertam. Sento na cama ao ver Thea entrar no quarto.

– Desculpe te acordar, Ollie. – Sorri arteira e senta na beirada da cama. – Preciso saber como está. Já fazem alguns dias que não te vejo. – Abaixa a cabeça. – Deveria ter ido até o hospital. – Ela está se sentindo culpada por não ter ido.

– Hey. – Ergo seu rosto. – Eu sei o peso de ser um herói. Não precisa se culpar, estava apenas fazendo seu trabalho. – Sorrio e ela assente de leve.

– Fiquei sabendo que dividiu o quarto com Connor. – Assinto feliz e ela sorri. – Estou louca para conhece-lo. Mas sei que requer tempo. – Maneia a cabeça. – O que está achando disso tudo? – Me surpreende com a pergunta.

– Eu não esperava que as coisas se tornariam fáceis. Digo, não imaginava que fosse me apegar a ele tão rápido e nem que ele fosse me querer em sua vida. – Suspiro. – Estou feliz. – Finalizo e Thea sorri.

– E essa sua felicidade não tem a ver com uma certa loira também? – Pergunta sugestiva e rio abertamente.

– É, parece que nos entendemos. – Digo e Thea fecha a cara. - Ok! Parece que eu entendi a situação. – Ergo as mãos em rendição e ela sorri.

– Fico feliz por você, Ollie. – Me abraça. – Você merece ser feliz. – Ficamos alguns segundos assim e por fim ela se afasta. – Boa noite. – Diz e deixa o quarto. Suspiro e enfim caio no sono.

[...]

Acordo com uma disposição fora do normal. Visto meu terno e sigo direto para a empresa. Chego em minha sala e rapidamente chamo Jerry.

– Sr. Queen. – Entra apressado. – Deseja um café? –Nego com a cabeça e estranho seu nervosismo.

– Se uma mulher chamada Sandra entrar em contato me avise, por favor. – O menino assente e se vira para sair. – Jerry. – O chamo e ele para. – A Srta. Smoak já chegou?

– Sim, senhor. – Assinto e me levanto.

– Obrigado. – Deixo a sala em direção a sala da presidência. Me surpreendo ao ver Sandra e Connor na sala de Felicity. Bato duas vezes na porta e pigarreio, chamando a atenção dos três.

– Oliver! – O menino grita empolgado e sorrio com seu jeito.

– Está tudo bem? – Pergunto preocupado. – O que fazem aqui?

– Está sim. – Sandra diz. – Ele queria ver a Felicity e você, é claro. – Me choco com a resposta e fico feliz. Olho para Felicity que sorri abobada enquanto conversa baixo com Connor. – Oliver. – Sandra me chama. – Posso te pedir um favor? – Nossa dá última vez que me perguntou isso descobri que era pai e que meu filho estava doente.

– Claro. – Tento parecer calmo.

– Eu e Bill completamos cinco anos de casados hoje e gostaríamos de sair para comemorar. – Começo a entender onde quer chegar. – Será que você poderia ficar com o Connor essa noite? – Olho para os dois rindo por cima de meu ombro e assinto. – Nossa, obrigada! – Se afasta. – Connor. – Chama a atenção do menino. – Oliver e Felicity precisam trabalhar. Mais tarde nos encontramos. – O menino abaixa a cabeça.

– Mas já, mãe? – Lança um olhar de piedade e me seguro para não rir.

– Connor Hawke, você sabe que esse olhar não funciona comigo. – Sandra rebate e o menino dá os ombros.

– Precisa me ensinar como fugir desse olhar. – Felicity diz e Sandra ri abertamente.

– Anos de prática. – Pisca um olho e segura a mão de Connor.

– Nos vemos mais tarde. – Observo os dois até sumirem do meu campo de visão e me viro para Felicity que faz a mesma coisa.

– Parece que meu filho está apaixonado pela minha namorada. – Digo sério e Felicity sorri. – Sandra me pediu para ficar com ele essa noite. – Se surpreende. – Eu sei! Também fiquei surpreso. – Desabafo. – Não sei cuidar de uma criança.

– Ela confia em você, Oliver. – Se aproxima. – Tenho certeza que vai saber lidar com a situação. – Envolve os braços no meu pescoço e me beija de leve.

– Srta. Smoak. – Jerry entra no local e congela ao nos ver juntos. – Me desculpe! Não sabia que estavam... – Aponta o dedo para nós e discretamente nos afastamos. – Eu posso... – Indica o dedão por cima do ombro em direção a porta. – Voltar depois. – Se vira.

– Jerry! – Felicity o chama. – O que foi? – Pergunta indiferente, como se nada tivesse acontecido.

– Está na hora da sua reunião. – Diz ignorando minha presença e sai da sala. Agora eu entendi. Por isso ele está tão apressado, porque está atendendo a mim e a Felicity.

– Onde está a Selina? – Franzo o cenho e Felicity sorri.

– Está com o herói dela. – Me dá um selinho e deixa a sala.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu ia colocar a noite com Connor nesse capítulo e postar só amanhã. Então, optei por dividir. Espero que estejam gostando ;) Não deixem de comentar. Beijinhos e até breve!