Once Upon a Time escrita por Lucy G Salvatore
Notas iniciais do capítulo
GENTE VOCÊS VIRAM O PRESENTE QUE EU GANHEI?! A linda Tata Neves fez essa capa para nossa história e como forma de agradecimento, dedico esse capítulo a ela. Muito obrigada, flor. Adorei!
Atendendo a pedidos, preparei um capítulo tranquilo, sem muita ação da equipe. Focado em mais um momento dos nosso triângulo amoroso favorito ;) Ele ficou curtinho, mas como não ia postar hoje, foi um lucro para vocês. Muito obrigada pelos comentários! Espero que gostem. Boa leitura!
POV OLIVER
Depois de três dias internado após o procedimento, finalmente recebi alta. Connor também, é claro. Seu cuidado teria que ser dobrado, porque seu organismo poderia reagir mal ao transplante. Minha recomendação é não praticar atividades físicas pelo menos nos três dias seguintes e voltar à ativa aos poucos. Me despeço de todos e vou para o único lugar que estou com saudade de estar. A caverna. Digito a senha de acesso, mas as luzes vermelhas piscam. Mudaram a senha? Tento novamente e sei que a esse ponto os alarmes silenciosos já estão tocando. Aguardo alguns segundos e a luz verde pisca, liberando minha passagem. Entro no local e vejo apenas a loira sentada. Me aproximo devagar, mas paro de andar quando ela levanta e cruza os braços com um biquinho lindo no rosto.
– O que pensa que está fazendo aqui? – Franzo o cenho. – Você teve alta hoje! Precisa descansar. – Ah, ela está preocupada.
– Já descansei o suficiente. – Digo sabendo que não será o suficiente para convence-la.
– Oliver. – Começa.
– Fe.li.ci.ty. – Interrompo o possível sermão que iria fazer. – Eu estou bem. Já descansei o que precisava. – Permanece emburrada e sorrio fraco com sua atitude. – Prometo que não farei atividades. Só quero conversar. – Parece pensar e por fim assente.
– Ok! Mas se sentir mal, vai direto para casa. – Estreita os olhos e me ameaça. Sorrio com sua abordagem e vejo-a engolir seco.
– Então, o que aconteceu nos últimos dias? - Me apoio na maca metálica adotando uma posição confortável para ouvir todas as novidades.
– Algumas coisas. – Maneia a cabeça e seu olhar é distante. Ela fica em silêncio e parece refletir sobre como me contar, o que quer que seja. Confirmo minhas suspeitas, quando prende seus lábios inferiores entre os dentes.
– Felicity. – A chamo, mas ela parece não ouvir. – Felicity! – Se sobressai. - O que está acontecendo? – Ela franze o cenho. - Você está mordendo o lábio inferior e pensando em como será minha reação ao contar o que pretende me contar. – Cruzo os braços demonstrando que a conheço e posso imaginar o que se passa em sua cabeça.
– Eu descobri quem me salvou no dia que fui agredida. – Desencosto da maca ao perceber que o assunto é mais sério do que imaginava. – Foi o Batman, quero dizer, o Sr. Wayne. Aliás, os dois. – Franzo o cenho. - O Batman e o Sr. Wayne, porque eles são a mesma pessoa. – Começa a gesticular e falar rápido. Como se tentasse explicar o que está dizendo.
– Bruce Wayne é um vigilante? – Pergunto sem acreditar e ela assente com a cabeça. O que deu em todos? Agora todo mundo resolveu virar herói?
– Ele é um herói em Gotham. Veio até Starling City porque precisava da minha ajuda com um sistema criptografado que continha informações de um dos bandidos que ele está caçando. – Fecho a cara. Lógico que ele veio por causa dela. Por qual motivo a mais viria?
– Quanto interesse na sua ajuda. – Solto sem perceber, a surpreendendo. – Ele conseguiu o que queria? – Pergunto querendo saber se realmente perdi minha loira para mais um cosplay de herói.
– Ele precisava da minha ajuda, e eu ajudei. Apenas. – Explica e solto o ar em deboche. Até parece. Não era o que parecia durante a reunião, as flores e o jantar.
– Parece que todos os homens que estão próximos a você, se tornam algo mais ou desenvolvem outra personalidade. – Rebato e vejo seu rosto mudar. Como se já tivesse pensado nisso.
– Oliver, nós não temos nada. – Diz secamente. - Ele voltou para Gotham para resolver alguns problemas e volta apenas para a última reunião com os acionistas. Além disso, você sabe que tenho sentimentos por outro herói. – Tento conter meu sorriso de satisfação por saber que ainda tem sentimentos por mim.
– Bom, parece que muita coisa aconteceu então. – Solto o ar e esfrego as pálpebras. Pedir por dois dias de paz, é muito?
[...]
– Como o Connor está? – Quebra o silêncio do local. Levanto a cabeça e sorrio com sua preocupação.
– Ele está bem. – Suspiro ao lembrar do menino. – Não parou de falar de você. Parece que ele também me puxou nesse sentido. – Essa paixonite de Connor por Felicity me deixa aliviado. Fico feliz que ele consiga ver as qualidades que vejo nela. – Obrigado por aparecer. – Me lembro de agradecer, já que esqueci no hospital. - Não tinha a obrigação de ir lá. – Digo e o sorriso antes em seus lábios, some.
– Eu não fui porque me senti obrigada, Oliver. – Se levanta e ergue a cabeça. –Fui porque estava preocupada com você. Porque é isso que acontece quando se ama uma pessoa, Oliver, você se preocupa com ela! – Meu coração aperta ao vê-la tão nervosa. – Sei que foi uma surpresa encontrar Connor lá, não esperava vê-lo, pelo menos não agora. Mas não me arrependo de ter ido. Muito pelo contrário, fico feliz por tê-lo conhecido. Fico feliz por ver o que estão cultivando juntos. Você merece essa felicidade, Oliver. Merece ter esse menino maravilhoso na sua vida e fico muito feliz por fazer parte disso, mesmo sabendo que não estamos mais juntos. – Algumas lágrimas escorrem por seu rosto, mas não vejo tristeza em seu olhar. – Você me afastou sem ouvir o que eu tinha para dizer e agora eu estou aproveitando a oportunidade de dizer tudo o que penso. – Engulo seco e temo o que está por vir. - Eu quero ficar com você, Oliver. Queria antes e quero mais ainda depois disso tudo. Eu te amo e não aceito a sua decisão. – Finaliza e não sei o que pensar com essa declaração. Resolvo que já é hora de ignorar minhas atitudes e marcho rapidamente em sua direção. Seu corpo estremece com a proximidade e meus olhos antes em sua íris azul, vão até seus lábios convidativos. Seu doce perfume me envolve e resolvo encerrar nossa distância. Avanço contra seus lábios e quase gemo ao sentir a maciez de sua pele. Só me dei conta da saudade que estava de toca-la, agora que meu corpo está preso ao dela. Agarro sua cintura com força e sinto suas mãos agarrarem meu cabelo. Peço passagem com a língua e aprofundo o beijo. Suas unhas arranham meu pescoço e meu corpo todo acende. Subo a mão por suas costas e acho o que tanto procuro. Sinto suas pequenas mãos empurrarem meu peito e parto o beijo puxado seu lábio como protesto. A loira se afasta um pouco e leva a mão até o peito extremamente ofegante. Franzo o cenho com sua atitude.
– Você prometeu que não faria atividades. – Diz ainda sem ar e rio com sua brincadeira. Puxo sua mão e prendo meus braços envolta de sua cintura novamente. Tento beija-la, mas ela recua. – Estou falando sério. Você ainda está em recuperação. – Reviro os olhos ao perceber que ela está falando sério. – Você não me tocaria se fosse o contrário. – Rebate e sem querer deixo um grunhido frustrado escapar de meus lábios. Ela beija suavemente meus lábios e me abraça enquanto acaricia meu pescoço. Sei que sua intenção é apenas de fazer carinho, entretanto meu corpo ainda não desacelerou do momento que tivemos a alguns segundos.
– Felicity. – A chamo baixo. – Se você continuar agarrada em mim dessa forma, não serei capaz de me controlar. – Solto o ar pesado, tentando manter minha mente sã e ela parece enfim entender minha situação.
– Me desculpe. – Recua sem jeito. – Não sabia...
– O efeito que tem sobre mim? – Pergunto suando e tentando controlar minha respiração. – Não faz ideia do efeito que tem sobre mim. – Enfatizo e um sorriso toma conta de sua face.
– Prometo compensa-lo quando estiver totalmente recuperado. – Pisca um olho sugestiva. Ok. Agora já deu.
– Vou para casa. – Franze o cenho. – Preciso de um banho gelado. – Engulo seco enquanto meus olhos analisam seu corpo. – Avise para Thea que estarei a esperando em casa. – Dou um beijo rápido em seus lábios e saio antes que meu corpo pare de me obedecer. Está cada vez mais difícil ficar longe dessa mulher.
[...]
Depois de um banho para acalmar meu corpo, resolvi deitar e tentar dormir um pouco. Amanhã retomo meu trabalho na empresa e preciso estar preparado. Duas batidas me despertam. Sento na cama ao ver Thea entrar no quarto.
– Desculpe te acordar, Ollie. – Sorri arteira e senta na beirada da cama. – Preciso saber como está. Já fazem alguns dias que não te vejo. – Abaixa a cabeça. – Deveria ter ido até o hospital. – Ela está se sentindo culpada por não ter ido.
– Hey. – Ergo seu rosto. – Eu sei o peso de ser um herói. Não precisa se culpar, estava apenas fazendo seu trabalho. – Sorrio e ela assente de leve.
– Fiquei sabendo que dividiu o quarto com Connor. – Assinto feliz e ela sorri. – Estou louca para conhece-lo. Mas sei que requer tempo. – Maneia a cabeça. – O que está achando disso tudo? – Me surpreende com a pergunta.
– Eu não esperava que as coisas se tornariam fáceis. Digo, não imaginava que fosse me apegar a ele tão rápido e nem que ele fosse me querer em sua vida. – Suspiro. – Estou feliz. – Finalizo e Thea sorri.
– E essa sua felicidade não tem a ver com uma certa loira também? – Pergunta sugestiva e rio abertamente.
– É, parece que nos entendemos. – Digo e Thea fecha a cara. - Ok! Parece que eu entendi a situação. – Ergo as mãos em rendição e ela sorri.
– Fico feliz por você, Ollie. – Me abraça. – Você merece ser feliz. – Ficamos alguns segundos assim e por fim ela se afasta. – Boa noite. – Diz e deixa o quarto. Suspiro e enfim caio no sono.
[...]
Acordo com uma disposição fora do normal. Visto meu terno e sigo direto para a empresa. Chego em minha sala e rapidamente chamo Jerry.
– Sr. Queen. – Entra apressado. – Deseja um café? –Nego com a cabeça e estranho seu nervosismo.
– Se uma mulher chamada Sandra entrar em contato me avise, por favor. – O menino assente e se vira para sair. – Jerry. – O chamo e ele para. – A Srta. Smoak já chegou?
– Sim, senhor. – Assinto e me levanto.
– Obrigado. – Deixo a sala em direção a sala da presidência. Me surpreendo ao ver Sandra e Connor na sala de Felicity. Bato duas vezes na porta e pigarreio, chamando a atenção dos três.
– Oliver! – O menino grita empolgado e sorrio com seu jeito.
– Está tudo bem? – Pergunto preocupado. – O que fazem aqui?
– Está sim. – Sandra diz. – Ele queria ver a Felicity e você, é claro. – Me choco com a resposta e fico feliz. Olho para Felicity que sorri abobada enquanto conversa baixo com Connor. – Oliver. – Sandra me chama. – Posso te pedir um favor? – Nossa dá última vez que me perguntou isso descobri que era pai e que meu filho estava doente.
– Claro. – Tento parecer calmo.
– Eu e Bill completamos cinco anos de casados hoje e gostaríamos de sair para comemorar. – Começo a entender onde quer chegar. – Será que você poderia ficar com o Connor essa noite? – Olho para os dois rindo por cima de meu ombro e assinto. – Nossa, obrigada! – Se afasta. – Connor. – Chama a atenção do menino. – Oliver e Felicity precisam trabalhar. Mais tarde nos encontramos. – O menino abaixa a cabeça.
– Mas já, mãe? – Lança um olhar de piedade e me seguro para não rir.
– Connor Hawke, você sabe que esse olhar não funciona comigo. – Sandra rebate e o menino dá os ombros.
– Precisa me ensinar como fugir desse olhar. – Felicity diz e Sandra ri abertamente.
– Anos de prática. – Pisca um olho e segura a mão de Connor.
– Nos vemos mais tarde. – Observo os dois até sumirem do meu campo de visão e me viro para Felicity que faz a mesma coisa.
– Parece que meu filho está apaixonado pela minha namorada. – Digo sério e Felicity sorri. – Sandra me pediu para ficar com ele essa noite. – Se surpreende. – Eu sei! Também fiquei surpreso. – Desabafo. – Não sei cuidar de uma criança.
– Ela confia em você, Oliver. – Se aproxima. – Tenho certeza que vai saber lidar com a situação. – Envolve os braços no meu pescoço e me beija de leve.
– Srta. Smoak. – Jerry entra no local e congela ao nos ver juntos. – Me desculpe! Não sabia que estavam... – Aponta o dedo para nós e discretamente nos afastamos. – Eu posso... – Indica o dedão por cima do ombro em direção a porta. – Voltar depois. – Se vira.
– Jerry! – Felicity o chama. – O que foi? – Pergunta indiferente, como se nada tivesse acontecido.
– Está na hora da sua reunião. – Diz ignorando minha presença e sai da sala. Agora eu entendi. Por isso ele está tão apressado, porque está atendendo a mim e a Felicity.
– Onde está a Selina? – Franzo o cenho e Felicity sorri.
– Está com o herói dela. – Me dá um selinho e deixa a sala.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gente, eu ia colocar a noite com Connor nesse capítulo e postar só amanhã. Então, optei por dividir. Espero que estejam gostando ;) Não deixem de comentar. Beijinhos e até breve!